Poema Sobre Solidão

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⁠Tempo

Algo imutável, imponente... transcendente.
Paira sobre nós como um deus silencioso,
indiferente às nossas ânsias,
alheio às nossas dores.

Vejo-os passando, indo e vindo,
uns rumo ao trabalho, outros ao descanso,
uns sonhando, outros se desfazendo em cansaço
todos correndo, desesperados,
tentando alcançar o inalcançável.

E eu, de fora, observo.
Por um instante, sou nada,
um ponto fora da órbita,
um pensamento sem corpo,
e, no entanto, sei que logo hei de reingressar.

Mas o que mais me angustia
não é partir, nem retornar,
é saber que o tempo permanece,
intocado, inalterado,
enquanto tudo que sou
desvanece diante dele.

Por vezes me pergunto…
Quantas vidas cabem em um segundo?
Quantos sonhos se desfazem num suspiro?
Quantos "para sempre" morrem antes do amanhecer?

Mas se algo há de ser eterno,
que seja ele... o tempo.
Pois todo o resto...
é sombra, pó e esquecimento.

Inserida por J_Clementino

⁠A música permite a mais fina harmonia,
Entre o momento, a mente, o sentimento e o coração...
Ouvir uma interessante canção e sua melodia,
Nos transporta, alegra, conforta ou nos tira da solidão...

Inserida por aldergan_pacifico

⁠Você é meu castigo.

Querendo te querer,
Sem poder viver contigo.

Quando você me quis eu não quis te querer.

Agora tenho que me acostumar viver sem você.
Outro alguém já vive com você e eu aqui a sofrer.

06 - 01 - 23

#MariaFerreiraDutra
#Pensamento
#solidão
#arrependimento
#superação

Inserida por _maria_dutra_

⁠Misericórdia
ficarei sempre com a poesia,
ela me deu colo e me pôs em contato
com a inspiração...
E quando meu coração
assiste este filme da "solidão"
aos gritos com o silêncio,
eu me recolho ao meu interior
e encontro AMOR
no seio da poesia...
***

Inserida por ostra

⁠Mais ardente que beber café quente,
É engolir essas lágrimas secas que rasgam minha garganta,
Quando nossas memórias vem me assombrar.
E de assombração em assombração, estes vagos fantasmas
Me aterrorizam constantemente
Ao me lembrar que você não se importa com o estrago que fez,
Com suas vagas promessas e doce voz,
Que continuam a causar devassidão em m'alma.
Meu luminoso anjo, aos tropeços segui em frente da melhor forma que pude,
E por meses já não guardo seu número com medo de te falar,
Dessa saudade a que sou submetido, quiça escravizado.
Em segredo me reencontro contigo nas mais impossíveis horas,
Ansiando respostas para tudo,
Desistindo de certas perguntas, por migalhas de paz.
Compreendi no meio deste grande conflito e com grande tristeza,
Que nascemos para ficarmos juntos,
Mas...não fomos feitos para ser um só.

Inserida por nina-chan

⁠⁠teu espaço

Usam-te como corpo,
descartam-te como osso.

Tocam-lhe a pele, mas sujam tua alma.

Perguntas a Deus de onde vem a tristeza,
mas não enxergas a solidão da vida vazia que levas.

Podem brincar contigo porque permites?

Quão pouco é o teu valor para não valer nada?
Quão vão é o teu próprio amor para que tua pele não queime,
e que somente o ardor sintas por quem te usa?

Inserida por emily_bersanetti

Para os que Virão: VI

Se algum dia lerem estas palavras, saibam: nossa maior doença não foi a depressão, mas a cegueira que nos impediu de vê-la como tal. Durante séculos, tratamos a dor da alma como fraqueza, o desespero como falta de caráter, o vazio existencial como preguiça. Transformamos sofrimento em vergonha, e a vergonha em silêncio. Enquanto negávamos diagnósticos, construímos um mundo doente: competitivo até a exaustão, individualista até a solidão, rápido até a desconexão.

A depressão não é "falta de Deus" ou "modinha". É o corpo gritando que a vida pesa mais que os ossos podem carregar, nós ignoramos a química cerebral, menosprezamos traumas, romantizamos a resistência. E, assim, permitimos que milhões definhassem em leitos invisíveis, sem remédio ou acolhimento.

Vocês, que herdarão o futuro, não repitam nosso erro. Enxerguem a saúde mental como direito, não luxo, ouçam os suspiros antes que virem colapso. Construam uma sociedade que não precise adoecer para descansar. Lembrem-se: a humanidade só avança quando cuida dos que caem não quando os chuta para frente.

Sejam mais sábios. Sejam mais humanos.

Inserida por CesarKaabAbdul

⁠Validade

Já reparou no prazo de validade ?
Ontem mesmo tentando resolver um dilema .
Percorri toda a cidade.
Andei, e andei...
E nada de resolver este dilema.

Tu já se perguntou algum dia...
Será que teria amizade, prazo de validade?

Já dizia Bauman na sua tese da modernidade...
Ninguém é confiável nesta cidade.

Amizades se transformam.
Quando o outro já não mais se favorece.
E nessa insegurança toda uma sociedade padece.

Afundando na liquidez.
Escolho andar só..de vez.
Parafraseio sábio...antes só ,do que mal acompanhado.

E nessa de lobo solitário
Desbravo cada vez mais meu ser.

Quero ter honestidade...
Nem venha com parecer.
não me encaixo em sociedade com prazo de validade.

Inserida por AlexandreRibeir

⁠Quando as encarou de frente
O que as árvores e teus medos te disseram?
Quais são as verdades que o vento te sussurrou?
Quais murmúrios dos riachos você ouviu?
Quantos quilômetros contigo mesmo você caminhou?
Talvez o que tenhas ouvido não tenhas conseguido decifrar
Ou nem tudo lhe foi desvendado
Quem sabe achaste aquilo que nem ao menos procurou
E procurou aquilo que não se pode encontrar
Segue com Fé pelo Caminho
Assim, quando as tuas respostas chegarem
E tuas dúvidas se esvaírem num brisa
Te olhando de frente estarei aqui
Com os ouvidos e coração aberto
Para poder te escutar
E caminharmos juntos uma vez mais
E se o vento ainda soprar perguntas sem respostas
E os passos ainda ecoarem incertezas na trilha
Que a jornada te ensine a abraçar o desconhecido
Pois nem sempre é preciso entender
Às vezes é necessário apenas sentir
E saber que nunca nesta vida
Se caminha realmente só.

Inserida por rafakoz

O vazio do Jeca

Vai lá neguinha
esquentar os pezinhos
é a estação mais propícia
para tomar chá e tirar a cortiça
Vai lá neguinha
seja ao menos coadjuvante
para esse triste cenário
solitário, invernal
leve o seu calor no abraço
nem só de outono
vivem os palhaços.

Inserida por MariadaPenhaBoina

⁠Tenho medo do abandono,
da sombra fria que se avizinha,
do vazio que preenche as lacunas
onde antes habitava o afeto.

Tenho medo do silêncio que ecoa,
nas paredes do peito, tão só,
onde outrora as vozes dançavam,
agora apenas o eco de um nó.

Tenho medo de ser esquecido,
como um livro fechado na estante,
as páginas amarelas de histórias,
que ninguém mais se lembra ou sente.

Mas também tenho a esperança,
de que no fundo desse temor,
encontro forças para aceitar,
que o abandono não apaga o amor.

E assim, entre o medo e a coragem,
vou costurando as feridas do ser,
pois mesmo que o medo me assombre,
aprendo a viver, a crescer.

Inserida por Gamorim99

⁠Eu espero que cada erro seu se transforme em verso
Que cada tristeza sua vire melodia
E que você aprenda a fazer um samba com a sua solidão

Inserida por prisavelar

O valor da amizade! Amigos verdadeiros são essenciais para não morrer no esquecimento e na solidão.
É a única riqueza que não se mede.
#bysissym

Inserida por BySissym

⁠Sabe o que me corrói?


Me perceber fria,
apática,
triste.
E ainda saber que desconheço
outro ser que, como eu,
carrega uma alma amorosa,
doce,
intensa,
acolhedora,
e de sorriso fácil.

Me sinto vazia,
como se tivesse me perdido
em algo que não sei mais nomear.
Onde está a minha essência?
Onde está o amor que eu sempre dei?
O sorriso que eu não conseguia esconder?

Isso me consome,
porque sei que posso ser tudo isso de novo,
mas ainda não encontrei o caminho de volta.

Inserida por Jorgeanesquivel

⁠"Na Sombra do Silêncio"

Perdido no labirinto da memória,
Na sombra da tua ausência, sem glória,
Os tempos avançam, eu, um eco só,
O vazio, um abismo, na alma um nó.

O tempo enubla o que fomos um dia,
Histórias que se desvanecem com o vento,
Desperto à noite com os uivos da agonia,
Um trovão retumba, dilacerando o tempo.

Impotência e orgulho, parceiros nesta dança,
Desilusão ecoa, no campo da lembrança,
Lutei só e perdi a esperança,
O Graal já não se alcança.

Sangro em silêncio, cada gota uma memória,
Por um amor sem vitória,
Notas etéreas ao frio, ao relento,
Nossos nomes, um grito de desalento.

Enterrados estão os nossos segredos,
Não acredito que foi tudo em vão,
Acorrentado aos sonhos e medos,
Na minha nostalgia, na escuridão.

O horizonte ermo e noturno,
E eu aqui, desorientado, sem razão,
No eco do silêncio, um coração soturno,
Estou perdido, num tempo já perdido, na solidão.

⁠O horizonte ermo e noturno,
E eu aqui, desorientado, sem razão, No eco do silêncio, um coração soturno,
Estou perdido, num tempo já perdido, na solidão.

⁠A minha existência é um pequeno clarão,
Que brilha por instantes na vastidão,
E ilumina a noite fugazmente sem pedir permissão.

Sou um relâmpago que não sabe por que surge,
Um lampejo que não questiona seu destino.
A vida é simples, como a luz de uma vela ao vento,
E eu sou apenas o que sou, sem intenção ou lamento.

As estrelas observam-me sem curiosidade,
Assim como eu observo o campo, a árvore, o rio.
Nada tem propósito além de ser,
E nesse ser, encontro minha paz e meu viver.

Não há mistério no clarão que sou,
Não há desejo de eternidade ou de compreensão.
Sou um instante de luz na escuridão do mundo,
E isso basta, sem razão, sem ilusão.

A vida não se pede, nem se rejeita,
Apenas se é, como o sol, como o mar.
E ao findar do meu brilho, algo persiste,
Pois na vastidão, meu clarão resiste.

Ser é suficiente, ser é tudo,
E o pequeno clarão que sou,
Ilumina outros caminhos na escuridão,
Deixando uma fugaz e efêmera recordação.

⁠Como a noite é longa!
Só, as noites sem ti.
Senta-te, amor, perto
Do leito onde esperto.

Vem pr'ao pé de mim...
A saudade me consome,
Em cada pulsar do coração.
Aqui ao pé da cama

Teu nome ecoa, chama,
Ansiando por tua mão.
És a minha estrela,
A luz que me guia.

Como estou presente!
Sussurra-me ao ouvido
E a distância se afilia.
Que é feito de tudo?
Que fiz eu de mim?

Deixa-me sonhar,
Sonhar a sorrir
E seja isto o fim
Desta noite sem ti.

⁠O Olhar do Mundo

Não, não é fácil ser lido.
O mundo vê-me passar
e já decidiu quem sou
antes que eu tenha dado um passo.

Se fico, sou pedra imóvel.
Se ando, sou vento sem raiz.
Se espero, sou indeciso.
Se escolho, sou rígido.

As sombras que se movem nos muros
não são minhas,
mas o mundo insiste em vê-las em mim.
Os gestos que lanço no tempo
mudam de forma ao tocar outros olhos.

E assim me perco nos reflexos,
na dobra das interpretações,
na lente de quem vê o que já esperava ver.

Mas talvez valha a pena seguir,
deixar que o dia corra o seu curso,
que a poeira assente,
que o próprio mundo reveja o que viu
e, quem sabe, um dia entenda.

⁠O Que Se Lê no Mundo

Não, não é fácil compreender.
O que se vê nem sempre é o que é,
o que se sente nem sempre é o que se quis dar.

A luz que atravessa as folhas
é sombra ou claridade?
O rio que corre apressado
foge ou segue o seu rumo?

Tudo depende do olhar que pesa,
da memória que julga,
do medo que contamina.

O mundo não se explica,
move-se, respira, transborda
— e cada um o lê à sua maneira.

Mas talvez valha a pena ficar,
esperar que o tempo dissipe os enganos,
que a verdade encontre fenda na rocha
e que, no silêncio certo,
o mundo se mostre sem precisar de tradução.