Poema sobre Cultura
No lugar de um mundo, há uma cidade, um ponto, em que toda a vida de vastas regiões se acumula enquanto o resto seca. No lugar de um povo verdadeiro, nascido e crescido no solo, há um novo tipo de nômade, coando instavelmente em massas fluidas, o habitante da cidade parasita, sem tradição, totalmente realista, sem religião, esperto, infrutífero, profundamente desdenhoso do camponês e especialmente daquela forma mais elevada de camponês, o cavalheiro do campo.
O último homem da cidade-mundo não quer mais viver - ele pode se agarrar à vida como um indivíduo, mas como um tipo, como um agregado, não, pois é uma característica desta existência coletiva que elimina o terror de morte.
Atualmente, devido ao hábito do século XIX de superestimar o fator econômico, caracterizamos o conflito pelos termos superficiais socialismo e capitalismo. O que realmente está acontecendo por trás dessa fachada verbal é a última grande luta da alma faustiana.
Falar sobre paz mundial é ouvido hoje apenas entre os povos brancos, e não entre as muito mais numerosas raças de cor. Esta é uma situação perigosa. Quando pensadores e idealistas individuais falam de paz, como fazem desde tempos imemoriais, o efeito é insignificante. Mas quando povos inteiros se tornam pacifistas, é um sintoma de senilidade. Raças fortes e não gastas não são pacifistas. Adotar tal posição é abandonar o futuro, pois o ideal pacifista é uma condição terminal contrária aos fatos básicos da existência. Enquanto o homem continuar a evoluir, haverá guerras.
Para compreendermos e vivenciarmos as questões mais sublimes, faz-se necessário um esvaziamento mental e um retorno à pureza da infância.
É deveras importante que mantenhamos nossa mente aberta ao mundo das possibilidades que nos brinda a vida diariamente.
Precisamos de uma educação que promova seres protagonistas de seus raciocínios e não meros reprodutores de conhecimento e vítimas de doutrinação ideológica e alienação.
Se a vida não para de nos ensinar todos os dias, porque deveríamos nós pensar em pararmos de aprender estando ainda vivos? Do nascimento até momento de nosso último suspiro de vida, é sempre tempo de aprendermos.
É preciso que se supere o receio de arriscar e que se arrisque com retidão se quiser ser bem sucedido.
Se realmente quisermos prosperidade precisamos abandonar a zona de conforto em que nos encontramos e nos submetermos abertamente aos riscos de nossas ações.
A educação, pode sim, ser uma ferramenta libertadora para o povo, desde que não seja usada como uma espécie de salvacionismo manipulatório e alienante.
Faz-se necessário que tenhamos um olhar biopsicossocioespiritual sobre o ser humano, enxergando-o de maneira integral, pois se trata de um ser que está para além do visível corpo físico.
A maioria de nós tem o problema de valorizar somente o que vem a perder, o que nunca teve ou o que gostaria de ter, e poucas vezes o que realmente já ou ainda possui.
