Poema sem Amor Madre Teresa
Há um desejo avassalador em meu coração de arrancar a agonia do escárnio que existe em minha vida. Há um desejo de me tornar aquela a quem sempre desejei ser e sempre tive preguiça de perseguir.
Há um desejo de viver aquilo que eu nunca consegui por medo de tentar.
Há, antes de tudo, um desejo gritando, ecoando em meu coração... há um desejo de ser eu.
E esse, eu nunca tive, o que torna tudo tão mais especial.
Há o desejo de ser alguém que eu nunca fui. De amar como nunca amei.
Há o desejo de me amar como nunca fiz, e essa é a melhor angústia que já tive.
No fim de tudo, o que quero é apenas ter a certeza de que vivi da melhor forma, de que fui feliz e fui triste... e que alcancei o que havia em meu destino alcançar.
No final de tudo, eu só não desejo partir sem ter pelo menos tentado ser feliz e sem ter pelo menos uma vez conseguido...
Somos seres em vão
em busca de propósitos.
Essa viagem interior
que todo o ser faz,
perdendo-se no labirinto
da crise existencial.
É demasiado querer,
essa descoberta sem fim,
porque somos instantes,
metamorfoses constantes
sem chances de sair do vício.
Mas há males cujos bens
são melhores,
e basta a loucura da vida
para que que nenhum mal
seja pior.
Apenas sejamos o que somos,
pois quem vive para ser outro
sem ser aquele que é,
jamais se sentirá vivo.
Hoje me deparei com um sentimento tão familiar. Amargamente saboroso. Pela primeira vez a solidão não me soa vazio e medo, é ao contrário disso, algo que parece que me faltava.
Penso que em algum momento me perdi de mim, me espremi para caber em mundos e contextos que não eram meus. Fui ao fundo de vários poços que não o meu. Encontrei soluções e vi as várias pessoas a quem ajudei partirem felizes e realizadas, certas de que não mais são vazias.
O que restou de mim foi a força de me refazer... ou talvez não seja a força e sim a unica opção que me resta.
Prefiro em muito pensar que tenho em mim uma força que outros não tem. Isso me tranquiliza em pensar, que no final das contas, por mais que eu tenha sido um mero apoio na vida de outrem, eu contudo consigo andar só. Não fui apoiada, tive força, por dois, por três... e venci.
Despedacei o vidro que eu dei. Mas me mantive inteira para mim.
E mesmo ao pensar nesse meu vazio tão bonito... percebo o quão é necessário para mim, estar só.
Eu me salvo de mim. Estou com medo do que estou me tornando. Deixei de ser criança. Percebi isto quando vi que não consigo mais ver leveza e sorrir de coisas simples. Deixei de ser inocente e me tornei algo que eu temia. Alguém que sofre com o ontem, achando que o amanhã mudará por isso. Me tornei alguém que chora no hoje, tentando mudar algo do ontem. Alguém que tenta prever o amanhã fracassado pelo ontem fudido e o hoje sem esperança.
Eu me tornei o que eu mais temia. Me tornei um remendo de mim. um pedaço do que eu poderia ser. E sim, sei que sempre posso ser melhor. e é triste pra mim, que neste momento eu não deseje isso. Eu apenas quero não chorar mais. não quero "me sentir" merecedora de algo. Quero ter forca pra lutar por isso. Não quero achar que estou sofrendo, quero me levantar contra isso. Não quero ceder a tristeza... quero sorrir e tomar uma vodka com ela.
Eu quero voltar a ser criança!
A não temer o amanhã. Quero não precisar de nada mais do que minha imaginação pra ser feliz. Brincar com o vento. Sorrir com a água que corre. Sentir e saber que as coisas mais simples são aquelas que não se podem tocar.
Quero poder sorrir de mim novamente, e então perceber, sozinha e sem esforço, que tudo o que eu tive, tenho e terei, é passageiro. Que tudo o que eu senti, sinto e sentirei também é.
Que as coisas se vão, as pessoas mudam, e o momento passa...
Quando isso não me trouxer mais angustia e dor, eu saberei, que mais uma vez, eu transbordo a inocência de quem não se preocupa em perder... so celebra o que ganha e ama enquanto existir significado.
Enfraquecido pela acidentada inclinação da dúvida,
matou-se. A caminhada do entendimento era infinita
e as pegadas pesavam. Cada passo que dava à frente,
era outro que ficava pra trás; assim que o sabia,
logo se desmoronava. Que brutalidade, a morte
ser brotada das sementes da razão. Ser cultivado é libertar-se!
Mas, ser-se livre sozinho é… lenta
mente morrer de solidão. Então, para quê viver
num universo de ideias estéreis, onde o ignorante
é mais valorizado do que o próprio sábio…? «qual homem,
qual quê, aquele ali é louco!»
Quantos loucos geniais, «marginais!»… Ah…!
Morrer de morte subtil, sentir vivaz o sangue
escorrer dos pensamentos,
a vibração da alma rugir o que ficou no silêncio,
fazendo a dança dos espasmos percorrer o corpo.
Morre-se sim, de epidemia filosófica! Não porque é mais digno
do que tornar-se igual aos outros, mas porque a liberdade é tamanha
e não cabe em prisões.
A sabedoria não pode ser ensinada,
porque a sua verdadeira doutrina
está na comunhão com a experiência.
Que o medo não nos impeça
de dar passos largos e compridos,
ou de encher o olhar de brilho;
resvalemos e abramos rasgões
no corpo e na alma,
embriaguemo-nos de coragem
para sentir desgostos e solidão.
É detestável passar pela vida
com tanto rigor e apenas espreitá-la,
sem nunca entender o seu desordenamento
e olhá-la reparando.
Somos escravos da morte, então,
recorramos ao mais alto dos cumes
da nossa criatividade
e façamos dela a nossa libertação.
Da minha janelinha
vejo a luz entrar.
O quarto está iluminado
de amanheceres
e entardeceres.
Espreito a vista
e admiro o espetáculo
que encena a vida.
O tempo vadia pelas energias
vibrantes, alegres e bonitas,
assobiando paz imensa.
Ouço o jazz latino
cantando nas ruas
e os seus bailaricos embriagados.
Sinto o cheiro do mar
e do amor no vento.
O suor escorre-me nu,
já só tenho um cigarro.
Estou contente.
Pensei demais
sobre como seria tornar-me cinzas
e acabei perdendo tempo de vida pensando
e agora ainda, porque penso sobre pensar.
Sem dar conta da verdade,
cinzeiro sou desde já pela metade,
e cada segundo vivido em ato de pensar
torna-se metamorfose de cinza.
Se metade sou cinzeiro
e se tanto penso de tudo,
quanto será o pouco que resta de mim?
Não sei saber tudo o que se sabe,
é que o vento traz e leva,
então o que há, logo esvoaça.
Dei por tudo a viajar no tempo,
a vida, principalmente.
E desde aí que o vinho é mais saboroso
e o cigarro mais atraente.
De repente, tudo é leve,
breve, um universo caótico
de instantes aparentes,
um reflexo paralelo de nós mesmos.
Relevemos revelares,
porque tudo o que é dado como certo,
tende a ser secretamente torto.
Deixa as lembranças que são sobreviventes, por que de resto, resta a experiência ensinar: esqueça.
Já me basta apagar da memória minhas farras descabidas, as noites mal dormidas e as ações desmedidas.
O dia já foi muito pesado. Tua presença é só o recado dizendo ao meu corpo que está tudo bem.
Deixo estar. Deixo ser.
Se é teu fogo que aquieta meu demônio:
Te espero acordada pra trocarmos um pouquinho de paz.
Pega toda essa mágoa e transforme.
Pegue essa desilusão e faça a esperança.
Que essa carência de gente vazia vire pura ternura.
Amor perdido não se cura,
leva-se como experiência.
O fardo só existirá se você perceber que o carrega,
deixe mais leve sua procura.
Permita-se fixar a beleza do mundo.
Que seja feita de luz,
que no seu céu haja um sol,
Que não carregue uma cruz.
Não se afogue em misérias, e;
em hipótese alguma
deixe de driblar a rotina.
Encontre em tudo que seus dedos toquem
a forma que te forma divina.
A vida ensina, regenera, cura o surto e lambe com bálsamo o que antes ardeu na pele.
Tal qual o mecanismo de um moinho de vento. Singelo e cru; ele sempre segue adiante. Gira a hélice após hélice e quando o inverno o congela; o sol posterior derrete o gelo. Um mantra que informa ao desavisado que relembrar o vento ruim é perpetuar o mau tempo. Quase uma prece gritada, dizendo: SEGUE ADIANTE!
Achei que éramos iguais.
Que éramos a mesma pessoa.
Imagine meu choque, quando descobri;
Você jogava sempre sozinho.
Precisava era de uma muleta,
enquanto eu só queria teu carinho.
Não te digo que este coração seja rico em sabedoria, pois de fato, este é um fato que ainda não sei. Mas imaturo e inconstante, sei quanto ele quer bem. Não confia muito em regras e pulsa por vontade própria. A razão, esta mocréia, frequentemente o abandona. Obedece sua natureza e não tem medo de se perder.
Se ativo, obedece. Enquanto passivo o ordena.
Faz ele certo, pois a moralidade, meu bem; está no juízo que de nossas ações fazemos. Castigo maior não há de ter que de nossas virtudes sobrem apenas remorsos.
Na televisão querem seu dinheiro, vendem a beleza do álcool, a compra da própria segurança por ter um silicone no corpo, a idéia que um bisturi vai te fazer se sentir mais atraente, mais invejável. Somos ensinados a cuidar do nosso corpo, mas o prazer por meio dele é um pecado. Hoje a felicidade vem dentro de uma pílula emagrecedora.
É uma espécie de conspiração na qual todos participam desde pequenos, um acordo velado em que você finge que fala a verdade e eu finjo que acredito.
Menina
Vê por onde anda
Que a rapaziada já quer te engolir
Menina
Cadê tua turma
Se não tem, se enturma
Dá teu jeito, então
Cuidado com a sinceridade
Já mataram a verdade e eu não li no jornal
Que o mal dessa gente miúda
É fazer da palavra glorioso punhal
Menina
A soberba é surda
Vai que a moda muda
Guarda o teu refrão
Menina
Sei que a saia é justa
Pra cair não custa, basta um tropeção
Cuidado com a mão da maldade
Já mataram a verdade
E eu não li no jornal
Que o mal dessa gente miúda
É fazer da palavra glorioso punhal
Menina
Vem viver a vida
Firme e decidida, como Deus bem quer
Quem sabe essa é tua sina
Pra dormir menina e acordar mulher
Menina....
SEDUÇÃO
Eu queria oferecer-te
Versos lindos!
Como a vida desabrochando
E as flores se abrindo.
Queria encher-te de alegria,
Cantar a nostalgia
Juntamente contigo
Todos os dias.
Eu queria oferecer-te
Cada estrela, cada lua.
E sob tal claridade
Sentir-me completamente tua.
Queria enlouquecer-te
De prazer, de sedução,
E poderia ser a única mulher
A acarinhar teu coração.
Queria estar contigo
Diante de uma onda do mar,
Queria ficar observando
Ela sobre teu corpo quebrar.
Queria encontrar-te um dia
Quando a morte nos separar
Porque a morte só separa os corpos
Mas alma do amor continua lá.
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