Poema sem Amor Madre Teresa
Um amor...
Um amor que chegou como ventania de outono, nada espalhou mas juntou tudo dentro de mim, até as cinzas das antigas ilusões, este amor as soprou e no palco do meu coração as fez dançar.
Um amor que chegou em noite de primavera em um estender de mão, derrubou as portas da minha desabitada morada, dobradiças e fechaduras em ferrugem tiniram ao chão. Quem ousaria entrar neste coração em ruínas?
Coração adormecido despertou, viu entrar pelas portas e janelas o clarão de um luar sem reserva, estrelas de prata se davam em bandeja a outro céu. Era você, era o amor.
Hoje o coração arredio baila, vendo as ruínas levantadas, as veses chora sem consolo vendo o amor em ventania ensaiando suas asas para voar.
FIQUE! Mas por favor, só fique se ficar por inteiro.
POR ELE
Por ele não quero sentir amor e nem ódio, não quero ser juíza, promotora sequer defensora desses dois impostores.
Por ele não quero sentir paz e nem guerra, não levanto bandeira branca como perdedora e nem bandeira vermelha em regulamento interno confidenciado.
Por ele não há mais lágrimas e nem sorrisos, as lágrimas em estado gasoso suspensas no diário dos sonhos se negam ao processo neste rosto fechado que se esconde no negrume da noite.
Por ele não quero o ontem nem o amanhã, preferiria o hoje com a liberdade de não lembrar aquelas paisagens, momentos e legendas que permitir acontecer. Quero o hoje de graca, sem preço algum para desmontar os castelos que criei fundamentado num amor que se foi sem explicação. Queria hoje anular os planos que fiz para o amanhã, aventuras desenhadas na linha mais rara do horizonte em fantasias de prosa e verso. Hoje quero me achar, me amar e flutuar isenta daquele prefácio e desse tédio que não sei decifrar.
UM AMOR QUE SOBRESSAI
No outono é ventania, levanta as folhas e desnuda o improvável, seu gemido é uma canção que faz bailar a emoção e sobressai.
No inverno é esperança da mais atrevida e ácida, meu pé de hortelã em concorrência cobre-se de puro ardor, vendo meus olhos prostrados na estrada esperando seu retorno sem sucesso. Meu lábios no frio rachados em dor, eleva-me a ilusão de viajar no peito seu e sobressai.
Na primavera a fragrância das flores desce com o amor deslizando no rio cego da noite, segue a risca a correnteza transborda de desejo o coração e sobressai.
No verão entre os pingos pesados da chuva o amor chora e ninguém ver, na noite de lua prateada sonha, debaixo do pisca pisca estelar que torce incansavelmente para que, num dia de praia e sol, ouriço e arraia, vencida a guerra em posse de medalha, o amor não mais sobressaía será coroado.
Não podem prender o amor!!!
Se condensa no ar.
Acena pra fora.
Tem asas por dentro.
O melhor a fazer é deixá-lo ir, quando tomar impulso.Visto que nenhuma corrente pode sustê-lo, e permitir que fique espontaneamente, para que na vida misture as cores e defina os sentidos.
Cada novo dia é um recomeço efêmero para quem ama.
Porque no amor não existe exatas...
Somente indefinidos
_____Leonice Santos
*Teu amor foi um tiro no escuro...
*Meteorito luzindo minha atmosfera...
*Venceu pelo impacto da emboscada...
*E pelo descuido de mim
O problema de envelhecer é saber que não podemos mais ser o primeiro amor de alguém.
Mas ainda podemos ser o último.
Alguns dizem que, no amor, é melhor ser o último do que o primeiro.
E talvez seja mesmo.
Afinal… o meu último amor continua sendo o meu primeiro.
O dia em que meus olhos primeiro se abriram
foi também o que meu coração se encheu de seu amor
que longínquo e as vezes turbulento
nunca me trouxe dor
Crescendo como um girassol
minha vida seria incompleta se sem sua presença
eu acordasse em manhãs de sol
Mãe e pai eu vos agradeço então
pela pessoa que preenche meu coração,
repleta de razão minha vida é
na presença de um irmão.
O Amor que Permanece
Amar quando tudo vai bem é simples. Quando os dias são iluminados, as risadas vêm fácil e as palavras fluem sem esforço, o amor parece leve, quase natural. Nos momentos de festa, nas viagens inesquecíveis e nas celebrações, amar é um prazer espontâneo. Mas e quando os dias se tornam nublados? Quando o outro se perde dentro de si mesmo? Quando as palavras machucam mais do que acolhem, e os silêncios gritam mais alto do que qualquer conversa?
É nesses momentos que o amor se revela. O amor verdadeiro não se prova na euforia, mas na tempestade. Ele não depende da reciprocidade imediata nem da perfeição do outro. Ele escolhe ficar quando a razão diz para partir. Ele entende quando o outro não consegue se entender. Ele permanece mesmo quando não há nada para oferecer além da própria presença.
O amor real não exige dias ensolarados para existir. Ele floresce nas noites mais escuras, cresce nos terrenos mais áridos e resiste ao vento forte das dificuldades. Ele não se abala diante das imperfeições do outro, mas as abraça. Ele não desiste quando o caminho se torna incerto, mas caminha junto, mesmo sem enxergar o destino.
Porque amar de verdade não é sobre ter sempre borboletas no estômago. É sobre ter raízes profundas. É sobre ser abrigo, ser paciência, ser fortaleza. O amor que resiste ao tempo e às dores é aquele que não se esgota na dificuldade, mas se fortalece nela. É aquele que cuida, que suporta, que permanece.
Porque amar, no fim das contas, não é apenas sobre sentir. Amar é decidir. Decidir ficar, decidir compreender, decidir lutar, mesmo quando tudo parece dizer o contrário. Esse é o amor que vale a pena. Esse é o amor que transforma. Esse é o amor que, acima de tudo, permanece.
SÓ O AMOR NÃO BASTA:
Sim, isso é totalmente correto! Para um relacionamento saudável, gostar/amar é simples, o importante é cuidar, o trabalho que isso demanda e, o esforço consciente dessa situação. Um filho/cônjuge/amigo nãose dará bem "de graça", é preciso dedicação!
A comunicação é a ponte por onde o amor caminha, ligando almas e corações por meio da verdade, da empatia e do desejo ardente de compreender. É nesse entrelaçar de palavras e silêncios que a essência do sentir se revela."
— Diane Leite
Texto autoral site Pensador.
Amor Incondicional
Ama-se na ausência,
No silêncio faz morada.
Não pede, não cobra, não força,
Acolhe, transforma, é jornada.
É toque sem tocar,
Luz no olhar perdido,
Aceita o outro inteiro,
Mesmo que venha partido.
Não vive de condições,
Ama por existir.
É um campo infinito de flores,
Onde a alma escolhe fluir.
– Diane Leite
O que aprendi quando parei de exigir amor"
Por Diane Leite
Desde pequena, entendi que ninguém tem a obrigação de me amar. Quando o primeiro amor que conhecemos falha — aquele que vem da mãe — a vida nos ensina cedo que o amor não é garantia, é escolha. E, quando se compreende isso, algo muda para sempre.
Eu parei de correr atrás.
Parei de me explicar.
Parei de tentar convencer alguém a ficar.
Parei de insistir onde já não havia espaço para mim.
Hoje, se alguém escolhe ir, eu deixo.
Mas se escolhe ficar, terá o melhor de mim — inteiro, verdadeiro, leve.
Não porque preciso agradar. Mas porque eu quero doar.
Aprendi que amor não se exige, se cultiva.
Que presença não se implora, se atrai.
E que quem merece, vibra comigo, cresce comigo, floresce comigo.
Não, não é orgulho. É cura.
Não é frieza. É paz.
Não é jogo. É maturidade.
O amor próprio me ensinou a economizar energia com quem não vibra na mesma frequência.
E desde então… minha vida só floresce.
Nem todo amor fala. Alguns se movem.
É curioso como, por tanto tempo, a gente aprende a lutar sozinha. A se defender, a sobreviver, a não esperar nada de ninguém — porque quase sempre, quando precisávamos, não tinha ninguém. A gente acaba confundindo amor com palavras bonitas, com discursos ensaiados e juras vazias. Mas com o tempo, a gente entende que amor mesmo... tem mais a ver com movimento do que com fala.
Amor é quando alguém te protege do mundo — não com grades, mas com gestos. Quando percebe sua vulnerabilidade e não se aproveita dela, mas estende a mão. Quando não tem muito a oferecer, mas oferece tudo o que tem.
É aí que mora a diferença.
Tem gente que diz “cuida” e nunca cuida.
Tem gente que não promete nada, mas aparece. Fica. Aguenta. E ama no silêncio das atitudes.
É hora de prestarmos mais atenção nas ações.
Em como as pessoas nos olham quando estamos frágeis.
Em como elas reagem quando erramos.
Em quem nos defende quando o mundo vira as costas.
Palavras qualquer um diz.
Mas o cuidado… o cuidado exige presença.
E a presença, essa sim, é a maior declaração de amor.
O amor-próprio é o presente mais raro e valioso que você pode se dar.
Quando você se ama, não sobra espaço para entregar ao mundo nada menos que amor.
A empatia começa dentro — com o jeito que você se escuta, se acolhe, se honra.
Quem se ama de verdade não fere, não mendiga, não implora.
Oferece presença, oferece paz.
Porque sabe que quem transborda, não precisa implorar por migalhas.
Seja o seu amor mais bonito.
Autoria: Diane Leite
Um amor visceral – porque só amei uma vez
por Diane Leite
Eu só amei uma vez.
Mas foi amor com todas as letras,
com todas as vidas,
com todos os silêncios e todos os gritos contidos no peito.
Não foi um amor comum.
Foi um amor que rasgou camadas,
que me tirou o chão — e me ensinou a voar mesmo assim.
Foi o amor que atravessou portais,
que ouviu os sussurros da alma antes mesmo que os corpos se tocassem.
Amei como quem reconhece.
Como quem encontra o lar no olhar do outro.
Como quem diz: “eu sei quem você é”,
mesmo que o mundo insista em desmentir.
Esse amor não pediu licença,
não bateu na porta:
ele arrombou os portões do meu destino.
Fez do meu ventre templo,
e do meu silêncio, altar.
Amei com o corpo, com o coração, com a mente…
mas, sobretudo, com a alma.
E talvez por isso, nunca mais tenha amado assim.
Porque quando você ama com a alma,
o resto do mundo fica pequeno demais.
Não amei por carência.
Amei por conexão.
Não amei pela presença.
Amei pela essência.
Não amei para ser amada.
Amei porque era inevitável.
E o que é visceral nunca se perde.
Ele vive além da matéria,
além do tempo,
além de qualquer ausência.
Porque quando o amor é verdadeiro,
ele não termina.
Ele se transforma em força.
Em propósito.
Em poesia que pulsa — para sempre — dentro de mim.
Talvez seu mundo seja cheio de amor,
Que você passará a enxergar
Quando parar de buscá-lo
Nos lugares errados.
Por tanto tempo andei sem saber, o que era o amor. Me perdendo em desertos escuros, tentando encontrar a mais linda flor.
Fecho os meus olhos, tento ver onde está, não consigo encontrar, um caminho que me leve para luz, com certeza é la que ela está.
Quero sorrir, não mais chorar, fechar as feridas que parecem nunca parar de sangrar.
Levo você para onde quer que eu vá, do meu coração, jamais sairá.
O início de um novo tempo.
Eu sei que é amor quando chega a hora de te levar embora.
Só tenho vontade de ficar com você agora.
Apaixonei-me com seu jeito de ser.
Me conheci ao te conhecer.
Quero te mostrar a liberdade de poder viver um amor de verdade,
e justificar toda essa saudade.
Descobri que é no meu coração que você mora.
Não precisa mais ir embora.
