Poema que Fale sobre o Universo
Sou tão pouco de mim todos os dias, pelo cósmico segredo de não querer ser e nada com certeza, pela afirmativa dizer. Rogo a vida, minha leal e fiel confidente, não tão distante do presente, que um dia há de amanhecer, simplesmente, sob os mil raios de luzes das manhãs e tenha enfim chegado a grande síntese, de perceber que tanto fiz mas nunca serei e eu não sou nada.
Nem toda arte criação que está na dimensão de fora é reflexo exato criativo da dimensão do imaginário linguagem do artista que está dentro. Muita coisa se perde, durante o processo, desde a imaginação e a criação. Só com a experimentação e com o exercício cotidiano que a verdadeira arte e o artista pleno podem alcançar está coesa e única metalinguagem.
A paz não se compra, se conquista pelo amor a vida, pelo respeito a menor das criaturas visíveis e invisíveis e pela paz.
Me visto com retalhos de papel crepom multicoloridos, pois se vier a chuva consigo passar despercebido, com a pele de todas as cores.
Salvo algumas exceções mas geralmente o herdeiro de um grande legado artístico, é por si só um infeliz e um grande idiota.
Ver uma obra de arte é bem simples, basta perceber o exposto do meio externo com um dos cinco sentidos, seja pelo olfato, paladar, visão, audição ou tato, isolados ou combinados mas para compreender o que ela significa e ter a satisfação de aprecia la ou não, demanda incontáveis conceitos, estudos e conhecimentos, bem longe do lugar comum.
Se eu fosse um poeta, teria aprendido estar sempre, em solta liberdade, a navegar entre as nuvens, a sonhar, a amar e a voar.
Idiotiza se quem pensa que a arte e a cultura, devem estar sempre na esquerda. Elas são livres e se esparramam como águas límpidas e turvas por todas as direções.
Minha vaidade é pouca, afinal sempre fui um ser inacabado. Esforçado sempre, em parecer o mais comum possível mas sem exageros. Meu ego, foi passear um dia e nunca mais voltou, que bom, tenho aprendido muito bem, a viver sem ele. Já minha liberdade, é infantil vinda da terra do nunca, nunca cresceu. Vive na rebeldia de achar que tudo que é muito serio, é chato. Procurando um arco-íris hoje de novo.
Confesso, que tenho muito mais dividas com o acaso do que com minhas propositais e artificiais projeções.
A liberdade e a independência não chegam de graça a ninguém, custam caro. Costumo pagar altas parcelas por elas, todos os dias.
O bom dos saberes populares, deve ser copiado, sim e ofertado generosamente a um numero cada vez maior de pessoas.
Na maioria das vezes me decepciono com todos os insensíveis e ignorantes, mas não aprisiono, minha latente generosidade espalha se por liberdade, que por amor a vida por vida, está sempre bem acima, de tudo.
Diante de toda natureza irretocável e em liberdade, reafirmo que não há lugar do grande santuário, onde possamos sentir na mente, na alma e no espirito por vida a harmonia, o amor e a perfeição, de toda a criação divina, manifestada em cada detalhe isoladamente e em conjunto a onipotência, onipresença e onisciência de Deus.
A alma é circuncisa a fenomenologia existencial de cada corpo físico mas o espirito é eterno e livre, parte indivisível do todo que sempre existe.
Infelizmente a ignorância, a superficialidade, a beligerância e o egoísmo ego centrista doentio, nas sombras do mundo de hoje, muitas das vezes me vencem, oro silenciosamente por dias melhores, calo e me afasto.
O natural destino de uma boa obra de arte, não é ficar escondida e circuncisa, trancada, refém em uma coleção como símbolo de status e poder. Pelo contrario, ela em si não pertence a mais ninguém e é de todos, quando o artista finaliza, a obra passa a ser do mundo. Sua promoção, publicação e exposição por direito deve alcançar o maior numero de pessoas e culturas, se tornando a base comum do conhecimento criativo do universo.
A contabilidade da vida é magica e prudente. Algumas pessoas nocivas e interesseiras saem naturalmente de nossa vida, bem mais barato do que imaginávamos.
