Poema Quase de Pablo Neruda
você não acreditaria que eu sigo
mentindo e que agora as mentiras
são quase bonitas
apenas porque morremos:
a beleza.
apenas porque morremos
o sol voltará amanhã
exigindo que ao menos
um
de nós
tente de novo
você não acreditaria nas coisas
que tenho tentado provar –
a libido, o corpo, o frio
(sobretudo o frio)
você não acreditaria que
apenas porque morremos
as coisas ainda brilham
que apenas porque morremos
ainda somos necessários
Maremotos de perguntas
Pensamentos recorrentes
Imagens quase avulsas
Estão em disputa
Para influenciar minha mente
O amor que eu sempre quis?
Era um daqueles amores
Que quase sempre são indolores
Mas que por trás dos bastidores
Apertam o nosso coração
Sim, um daqueles amores
Que eu assistia nas novelas
E ao imaginar ser eu e ela
Perdia a respiração
Um beijo simples
Sentimento mútuo
Vontade de estar junto
Não ir sozinho o mundo afora
De vez em quando
A gente finge estar brigado
Mas de um jeito humorado
Eu não te deixo ir embora
Faz de conta
Que eu sou o teu melhor amigo
E eu vou caminhar contigo
Olhando cada passo teu
No fim das contas
Sei que sou o teu namorado
Sim, eu nunca fui obrigado
Mas decidi ser todo seu
O amor que eu sempre quis?
Aos poucos nasceu.
Quando você chegou, eu perdi o sentido
O teu sorriso quase que acabou comigo
Me acertou em cheio esse tal cupido
O amor nasceu em mim
Um rio vem da nascente,
seja ela de onde for,
as lágrimas que brotam na gente,
quase sempre são por amor!
. Passos (Genelucia Dalpiaz)
Passos que vão ao longe
quase perto do infinito
sempre a procura de um lugar
mais aberto mais bonito.
Tentando sempre alcançar
a linha do horizonte
mas nunca vai lá chegar
é tão longe, tão distante.
O lugar que se quer chegar
não se sabe ao certo
mas continua a caminhar
pois pode estar perto.
Um lugar o sol possa brilhar
sem da humanidade se envergonhar
sem mortes, sem guerras, sem destruição
onde tudo funcione com o coração.
Um lugar onde haja fraternidade
um ajude o outro
onde exista muita igualdade
e tudo seja somente bondade.
Onde as rosas possam florescer
sem nada para perturbá-las
que seja novo cada entardecer
e belo cada amanhecer..
“Recordações”
Acende em minha memória...a velha roda d'agua girando, aquela luz quase apagando e o velho balanço que ainda pende, naquela àrvore frondosa em frente ao alpendre. Uma menina magra e traquina correndo pelos campos entre flores pequeninas e seu canto.Só não me recordo de tristezas , nem de prantos, que agora dos meus olhos sinto escorrer, de saudades das tardes de verão e de seu encanto.
"Juro que tento não me aproximar de você, mas quando percebo já estou tão próxima. Quase deixo você ouvir as batidas de meu coração, tento silenciar meus pensamentos, disfarço meu olhar pra que você nada perceba.
Não posso te encarar, pois meus olhos entregariam meu segredo.
Disfarçando meu olhar, escondo meus sentimentos, me afastando pra que meu coração não me entregue.
Me recuso a conversar, caso contrário as palavras podem me trair, deixando sair meus pensamentos.
São pensamentos impuros, desejos obscenos que me corroem por dentro, meu olhar é pecaminoso quando te vejo.
Qualquer dia desses cometo uma insanidade, perderei a noção da razão, mostrando meus pensamentos a você.
Revelarei meus sentimentos, deixando meus desejos falarem mais alto que meu medo.
Sua chegada é tempestade que me acorda, vento que me sopra, brisa que me traz consigo lembranças de algo que eu já havia esquecido.
Sua presença é reviver o passado, é como voltar no tempo, é querer vivenciar algo inconfessável, é o desejo de reecrever uma nova história de amor, onde nós seríamos os protagonistas."
(Roseane Rodrigues)
Sem você
Essa força que me arrebata,
Essa tua ausência que quase me mata,
Mas afiada do que uma faca,
É esse amor que me resgata.
É como viajar no espaço,
Correr com os pés descalços na areia,
Sem você não sei o que faço,
Tu és o fogo que me incendeia.
És a lenha da fogueira,
Do meu coração, o alimento,
Meu limite, minha fronteira,
O meu mais doce sentimento.
És flor da primavera,
O doce mel de uma colméia,
O despertar de uma nova era,
Minha grande epopéia.
O vento suave em uma tarde de calor,
Cachoeira refrescante em um dia ensolarado,
Filme insinuante de amor,
A beleza de um céu estrelado.
Tu és meu bem querer,
A mulher que me ensinou o amor,
Meu motivo,meu melhor prazer,
Meu universo multicor.
No turbilhão da louca vida,
Existem motivos para prosseguir,
A esperança, uma grande dívida,
Ela nunca me deixou desistir.
Do mundo de um sonhador,
Apaixonado pela vida e cheio de amor,
Percorreu as estradas sentindo dor,
Sempre procurando pela doce flor.
A doce flor e o fútil poeta,
No grande palco da verdade,
Mais uma porta aberta,
E uma chance para a felicidade.
Lourival Alves
Num vazio, quase cheio.
Completo, repleto.
Repleto de mim.
Repleto do mundo que há em mim.
Completam-se as linhas.
Fecham-se os furos.
Indicam-se as entradas.
Iluminam-se as saídas.
Uma história de amor vivida!
Tudo que passamos foi árduo,
Ficamos separados de quase tudo,
Os caminhos se tornaram opostos.
Um amor adolescente imaturo,
Às vezes escondidos do mundo,
Separados e, ao mesmo tempo, juntos.
Na roda da vida que gira,
Que girou a roda do amor,
Um dia girou, enferrujou e parou.
No passado que era presente,
O que era um amor adolescente,
Tornou- se maduro em corações adultos.
A roda girante voltou a funcionar,
Girou para o lado ao contrário,
Dando chance de revivermos o nosso amor.
Sob a licença dos véus e das metáforas por ora
A lucidez rasga, sangra, quase, por vezes, mata.
No entanto, seja talvez, a escolha mais libertadora de uma vida.
Reveladora do bem, do mal, portanto, justa.
Permissiva ao alcance dos equívocos reincidentes e indolentes de nós, portanto, artesã de rumos e de condutas.
Transcende o pobre e o raso do ver, portanto esclarece e amplia.
Concilia um querer ir com um poder chegar, portanto, baliza os sonhos.
Seja qual for seu jeito, seja qual for seu tempo de chegar e se impor...
Estejas sempre alta e plácida em mim. Confunda se comigo até, minha tão cara e já visceral lucidez . Sigas fiel e cúmplice a desmistificar em mim as ilusões de querer, de ser, de ver e de sentir que a vida preemente e prudente não mais me autoriza ter. Só não extremize-se a ponto de tirar- me as crenças. Sem estas, sou retina perdida do olhar.
( Lu Menezes )
Se já não bastasse essa distância....
Você quase não fica mais comigo.
Sinto sua falta o dia inteiro!
O Ser Racional”
(Nazaré Ribeiro – 17.12.2015)
Eu sinto!
Mas, por que sinto?
Eu quase sei, mas não quero saber...
Preciso continuar sentindo...
Pois, se me permito saber
Renego o mistério do sentir
E morro duplamente...
Porque será que este silêncio ensurdecedor me faz gritar.
Sentindo a água fria,quase que me congela o sangue que me corre nas veias,sentido um gelar por mim acima.
Segurando este chapéu,mal sinto as minhas mãos,sinto que gelo toda por dentro.
Vim me confessar ao universo,vim falar com o oceano,só ele me escuta,dentro do seu silêncio,eu escuro os seus conselhos,sinto a sua maresia batendo no meu rosto,sei que deixei cá tudo,vou embora em silêncio.Porque ele é de ouro....(Adonis Silva 08-2018)
Naturalmente superiores,
Quase que como um sétimo sentido;
Pois o sexto, já fora acima referido, Sendo algo próximo
Da autopromoção inconsciente.
Não que fosse um problema para ela,
Pois parecia tratar-se de uma aliada,
Das atitudes que constrangem outros
E jamais a constrangiam;
"Uma ideia quase geral, entre os que não conhecem o Espiritismo, é a de crer que os Espíritos, pelo simples fato de estarem desprendidos da matéria, devem saber tudo, estar de posse da sabedoria suprema. É um grave erro.
Não sendo mais que as almas dos homens, os Espíritos não adquirem a perfeição logo que deixam o envoltório terrenal. Seu progresso só se faz com o tempo, e não é senão paulatinamente que se despojam das suas imperfeições, que conquistam os conhecimentos que lhes faltam.
Seria tão ilógico admitir-se que o Espírito de um selvagem ou de um criminoso se torne de repente sábio e virtuoso, como seria contrário à Justiça de Deus supor que ele continue perpetuamente em inferioridade. Como há homens de todos os graus de saber e ignorância, de bondade e malvadez, dá-se o mesmo com os Espíritos. Alguns destes são apenas frívolos e travessos; outros são mentirosos, fraudulentos, hipócritas, maus e vingativos; outros, pelo contrário, possuem as mais sublimes virtudes e o saber em grau desconhecido na Terra.
Essa diversidade nas qualidades dos Espíritos é um dos pontos mais importantes a considerar, por explicar a natureza boa ou má das comunicações que se recebem; é em distingui-las que devemos empregar todo o nosso cuidado."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
(O que é o Espiritismo / por Allan Kardec. [tradução da Redação de Reformador em 1884] – 56. ed. 1. imp. – Brasília: FEB, 2013.)
Da série quase sessenta
Escaneando fotos antigas...
Percebo que à medida que vivemos também morremos aos poucos a cada dia. Primeiro morre em nós a infância, depois a juventude. Na idade adulta as preocupações diárias nos envolvem. Falta tempo. Ou não nos damos o tempo que precisamos, para viver plenamente. O tempo vai passando, se desfazendo dia após dia e não percebemos o que deixamos de fazer, ou de dizer.
E nosso livro da vida vai sendo apenas folheado.E não lido...
Eu estava em um quarto escuro , minha esperança estava quase no fim . Quando alguém abriu a porta e me tirou de lá .
Foi a luz do amor , que me fez te encontrar !
Graz🌷
Uma das artes da vida do ser humano é viver como se não soubesse de quase nada, escondendo de si e dos outros sua verdadeira face para se proteger, para ajudar ou para tirar vantagem.
Como mereceremos da divindade algo superior se escondemos dos outros nossos pensamentos, nossos ideais, e o nosso verdadeiro Eu Puro e Criativo?
