Poema Quase de Pablo Neruda
Escrever um poema
É eternizar seus momentos em vida.
Imortalizar o que diz a alma.
Numa atitude sempre bonita.
Concretizar suas palavras abstratas.
Numa frase, deixando-a explicita.
Dizer mais de Mil pensamentos.
Em boas ações distribuídas.
Externizar o melhor de você.
Junto ao que sua boca dita...
A vida passa
Passando estou
De passagem
No passado passageiro
Entre linhas de um poema
A espera suprema
De um beijo delicado
Do porta retrato
Entre versos sem sentindo
Sentindo sentir o coração
Escrevendo palavras
Ignorando a razão
Gritos internos
De um voz ímpar
Que grita sem parar
Não posso te amar
Dentre os motivos que posso escolher
Escolho o que me motiva
A nem um deles escolher
Eu escolhi te esquecer
Depois de ouvir o relato de uma pessoa com depressão, escrevi este poema.
"ESPERANÇA
Minha alma está vazia,
Sem um pingo de poesia.
Sob o império da razão,
Fica triste, sem ilusão.
Queria ver o calor das cores,
Dos cheiros, de novos amores.
Mas o tempo está tão escuro!
Só vejo o presente, sem futuro.
O que antes era prazer,
Agora virou tarefa, dever.
A alegria que senti outrora
Despediu-se, foi embora.
Recordo-me, com pura saudade,
Daquele tempo em que a felicidade
Estava ali, sempre parceira.
Mas ela partiu, virou poeira.
Virou cinza o que era azul,
Não tenho norte, leste, oeste ou sul.
Estou só, aqui neste ponto.
Nem pra um passo estou pronto.
Meu sorriso é caricatura.
Porque rir é uma tortura
Para uma alma que somente chora,
Que anseia pela alegria, até implora.
Mas morreu aquela alegria,
Foi partindo, dia a dia,
Até pra sempre se despedir
Deixou-me assim, também querendo partir.
O que me faz permanecer na luta,
Mesmo com esta dor absoluta,
O que busco na minha lembrança...
Seu nome é ESPERANÇA."
É difícil explicar que um poema
não possui objeto como um navio
os recipientes desse uma estação as flores dela
Indivisível como um número primo
Ele foge do tempo como você
e acaba
quando você deixa de escrever deixa
de ler quando você não se
lembra mais do que você acabou de ser
há apenas um instante
durante um momento durante uma palavra
rampa do cais flama poeira cometa
que assobia para um bando
de pequenos pássaros cantando longe
sobre nós tudo afastado nada tangível
nem mesmo preto no branco
Poema do infinito
tâmaras maduras em teus quadris
corpo em flor de anis
escapa vivo num torso místico:
todo o profano
Aruanda é aqui
nesta cama
Último poema
Nestes lugares desguarnecidos
e ao alto limpos no ar
como as bocas dos túmulos
de que nos serve já polir mais símbolos?
De que nos serve já aos telhados
canelar as águas de gritos
e com eles varrer o céu
(ou com os feixes de luar que devolvemos)?
É ou não o último voo
bíblico da pomba?
Que sem horizonte a esperamos
em nossa arca onde há milénios se acumulam
os ramos podres da esperança.
Censura pura
Escrevi um poema e cortaram minhas mãos.
Comecei a gritar e colocaram cadeados na boca.
Apenas pisquei meus olhos e vendaram minha face.
Foi exatamente isso que aconteceu naquele verão chuvoso.
As águas levavam a esperança.
Inconformado e revoltado sussurrei.
Os microfones estavam ligados e a voz ditou.
Foi a ignorância popular e elite boçal.
Se uniram contra a mesa farta.
Culparam a chuva, por isso mataram os rios.
Logo percebi um futuro febril.
Resolvi escrever.
A censura veio perceber.
Meu grito para alcançar a multidão.
Percebi o povo rodopiando bobo.
Estava eu sozinho.
É que em geral esperamos contar com a massa.
Mas a massa é manobrada pela imoralidade.
E distante vem um grito solto.
Alguém, a esperança no açoite.
Mas por todo lado repreensão.
O gado, o vaqueiro, o fazendeiro.
Todos colecionando a amargura.
Contra a pátria que mata fome.
Censura pura.
Giovane Silva Santos
Poema
Quero estar junto ás estrelas,
com os pingos de chuva
encharcando meu vestido cor de sol.
Quero ver o sol nascer pela manhã
e sentir o privilégio de ouvir
você cantar para os pássaros.
Vejo um mundo a gosto,
sinto um mundo dramático,
mas que sorri como ninguém.
Instagram: @poemas_da_vida_sao_fantasia
Só pensando:
Hoje eu quero fazer um poema
Falar sobre o que me convém
Não sei qual será o tema
Pra isso que me faz tão bem.
Parece exibicionismo
Vontade de aparecer
Pode ser ilusionismo
Mas falo só pra espairecer.
Um pouco é vaidade minha
Outro tanto é tristeza
Um pouco é ser mesquinha
Outro tanto é só proeza.
Mistura de exibe esconde
Parece brincadeira de criança
Achar mesmo sem saber onde
Essa é minha esperança.
Do que eu fiz, nada arrependi
Do que eu não fiz, menos ainda
Cada coisa - eu aprendi -
No seu tempo é bem vinda.
Saudades de muita gente
Lembranças sem muitos "ais"
Caminhar e seguir em frente
Essas coisas me atraem mais.
Me guiaram algumas promessas
Me perdi n'outras conversas
Viajei por alguns planos
Mas ficaram só nos sonhos.
Sem enganos ...
Sem enganos ...
D'uns encontros nos caminhos
Me disseram pra fugir
Cai fora, me alertaram
Eu fiquei, eu insisti
Não me ferem os espinhos
Não liguei pro que falaram.
Quando a vida me ensina
Nada deixo pra depois
Venha riso venha choro,
Nada de mal agouro,
Eu reforço a minha sina
Eu aguento "todos dois".
Quem dá de ser de alguém
Será sempre de ninguém
Porque se é pra ser do bem
Pra ser o que de real convém
Tem que ser livre
Tem que voar também.
E se não deu pra ser nós dois
Se nao deu de formar prole
Não esmoreço não sou mole
Pico a mula, tomo um gole
Pra poder seguir depois.
S'as palavras juntei agora
Agrupando em harmonia
E pra não ser triste esse papel
- Nisso peguei mania -
Ponho ginga, melodia
Tentando fazer poesia
Tentando fazer cordel.
(Pretenciooosa)
Agora um poema
Não conheço palavras bonitas, nem tão pouco elegantes, conheço você delicada como uma rosa, doce como mel e rara como diamante.
Gênese Poética
Cada poema de um escritor é como um filho que foi gestado com carinho em seu sagrado ventre poético. Às vezes, o processo de gestação é demorado, outras vezes não. Quase sempre o parto é natural e sem nenhuma dor. No instante do nascimento, se cria um vínculo emocional eterno entre o poema e o seu autor. Vínculo este que nem o tempo desfaz. Depois de parir, a escolha do nome é um dos momentos mais emocionantes, seguido do registro em seu nome. Como toda mãe zelosa, um escritor não admite que toque em seus filhos. Se quiser arrumar briga com ele, pelas próximas dez encarnações, basta tocar em um fio de cabelo do seu filho. Então, não tente tomar para si um poema dele.
AMOR
Na minha nudez
Que eu seja um poema
Um corpo, uma alma
Que o rio rasga e o mar beija
Sem dó como eu gosto
Chocalhando o meu silêncio
Nas palavras que me devoram
Entre os sonhos de amor
A transbordar em paixão
Na minha nudez
Que eu seja um verso
Um corpo, um amor
Que o rio beija e o mar rasga
Em desejo numa sedução de ti
Te trouxe um poema Anna
Com você Ohana
vim com flores meu bem
E de quebra trouxe meu amor também
Você aquela menina de sempre
Com aquele sorriso de sempre
Com o mesmo cabelo de sempre
Com o mesmo cheiro de sempre
Eu quero isso pra sempre
Ainda não a um nós mais tou tentando
Pra isso venho conspirando
Enquanto o nosso amor flui
Nós estamos apenas começando
Você é uma coisa boa que vem se aproximando
Quero assistir Shakespeare contigo anna
Nós dois agarradinho na cama
Quando acordar passa a mão e te sentir
Te olhar e te ouvir
Teu amor me beneficia
A curto a médio e a logo prazo
E isso que o meu cérebro me notícia
Tou nos Regan em um vaso
Poeta e poema
Escrevo minhas palavras
Em meio ao vazio sem nada
Crio rimas de poesia
Um poema de minha autoria
Tudo isso tem um sentido
É como percebo as coisas e sinto
Meus pensamentos e sentimentos
É parte de mim , é quem eu sou
Somente tenho a certeza
Ao menos para mim
Isso tem um grande valor
E também não busco elogios
Apenas guardo em sigilo
A minha inspiração
Mas , minha motivação é nítida
Facilmente vista
Mesmo assim , dificilmente
As palavras são entendidas
Aparentemente se codificam
Pelo olhar do racionalismo
Não é a interpretação que é errônea
Mas sim , agir como se nada fosse claro
Pois os versos já estão postos
E por si próprios já falam ao leitor
Que se recusa a escutar
E chega a conclusões incoerentes
Totalmente diferentes
Da mensagem que o poeta quis mostrar
Este poema
Não é um poema complicado,
Tanto Estoicos
Quanto Epicuristas
Compartilham do resultado
Este poema
não é um poema apaixonado
cultivo uma apatheia
sem ao menos fielmente ter tentado,
alado às ridicularizações dos dois lados,
fadados
de qualquer forma
às suas paixões de cada lado
Sofrósinas você daqui
Antes que lhe joguem o
Buquê errado
E você chegue a este mesmo
Verso-estado
de amar eufórico
irracional e vulgarmente amarrotado
A verdade é que
Este poema
É um poema falhado
Sem resultado
Amordaçado
Do intelecto ao meu suspiro fraco
Cansado
De meu estado desolado
Apaixonado-desapaixonado
E tu
Tu dos Estoicos e Epicuristas
Está do mesmo lado,
De paixões, conciliações
E Hipona!
Não entende nada,
Coitados.
Venha para o poema,
lá a dor é trema,
caí obsoleta,
no limbo ortográfico,
de ideias vencidas!
Ambíguo não sou eu,
e sim o jeito que você me vê!
o eixo do ângulo,
não faz a figura,
só prefigura,
o prumo,
de uma concepção!
Não retiro sua razão,
cada qual tem um formato,
que cabe perfeitamente,
no retrato,
do singular!
mas se havemos de viver em plural,
que tal,
remover molduras pejorativas?
o adorno mais lindo da dialética,
é não atacar o sujeito,
e sim entender o verbo...
Sim,eu creio na simplicidade,
de mãos que alinhavam bondade,
como flores enfeitando planícies hostis!
Sim,já colhi interrogações!
mas aprendo um pouco mais a cada vírgula,
e se tem algo que a poesia não descrimina,
são linhas que fogem à margem...da compreensão!
nada afirmo,
nada rejeito,
apenas aprendo a interpretar um meio,
de não dividir pessoas e sim compartilhar emoções!
Poema que governa
nos laços do teorema
sois cada estrofe deste soneto,
no glamour de tantas vidas,
sois o desejo eterno...
que busca profundamente em teus sonhos,
momentos furtivos,
em instantes inesquecíveis,
as obras do acaso nos encontramos.
no ador do amor somos uma unica nota,
entre sussurros se tem o amor.
nas eternas declarações te amo...
e o para sempre ganha outros valores...
quando acordamos desde sonho estamos mortos.
a morte é um poema...
e a vida é parte do esquecimento...
entre todos estão os vivos,
assim estou morto,
no destino estamos sozinhos,
sobre o rios de mortos estamos vivos,
mesmo assim nos sentimos mortos....
protelar sob os sonhos,
vai dizer vai esquece los em momentos,
mais sera mais um instante que desejou viver.
no âmbito da desilusão acredita em algo que nunca existiu.
e tudo se apaga na escuridão,
dando o breio a atenua virtude de existir,
sendo fato real já morreu,
nesse apogeu está tua verdadeira essência...
O Poema que eu nunca escrevi
Acabei de escrever um poema
Nele falo um pouco de amor
Em alguns versos trago um dilema
Em outros descrevo uma flor
É bonito, do meu ponto de vista
Parece obra de um grande artista
Ou de um quase artista que sou...
Misturei realidade e fantasia
Acrescentei as folhas de um gibi
Distingui felicidade de alegria
E fiz dele, o melhor poema que li
Fiz até um poema bobo
Para descrever o poema mais doido
O poema que eu nunca escrevi...
