Poema Quase de Pablo Neruda
Quando alguém cria um conflito não se trata de lados opostos onde estão o bem e o mal a se enfrentarem, se trata de resistência onde a ignorância está acima do conhecimento. Então é prudente alimentar os limites para evitar as intrigas, incentivar a fraternidade para prevenir as contendas, e, principalmente, praticar a bondade para despertar a paz. Dentro de um conflito que se cria sempre há dois caminhos para as relações entre as pessoas: arruinar ou fortalecer, e em ambos o mais importante sempre é a atitude. E ao fim de tudo não importa de quem é a culpa porque ela é sempre repartida, o problema é quem deu o primeiro passo. Ter compaixão no que fazemos nos afasta da menor possibilidade de criar conflito com os outros. Sabedoria não significa não ter conflito, e sim ter serenidade para refletir e lidar com ele de maneira a transformá-lo em aprendizagens. No tempo e espaço de erros e errados e certos e certezas, existem o antes e o depois das atitudes, que sempre carregam a angústia da culpa ou purificam o sentido do arrependimento. Procurar bem estar e harmonia nos direciona para propósitos de felicidades, e pessoas na posse de bons pensamentos procuram bons caminhos para serem felizes, e não tem tempo de plantar discórdias, pois até quem desfruta de pouca felicidade pode não ter o melhor, porém faz o melhor ser bem duradouro.
John Pablo de La Mancha
Às vezes viver e conviver com a sensação de abandono, ou mesmo de ausência, nos faz compreender possibilidades que desmotivam e entristecem nos mostrando certas obscuridades que podem ser bem prejudiciais. Não há abandono cuja causa não sejam a incompreensão, falta de amor; de carinho, respeito; consideração e outros tantos sentidos que convergem para desperdiçar tempo e vigor, e quase sempre é por causa dos egoísmos. É preciso ter a exata noção de o quanto as pessoas são importantes para nós, o quanto são necessárias para nos mover à simplicidades que as farão felizes, o quanto precisam da nobreza de nossas atitudes e um pouco de dedicação. Sobretudo é importante que essa ligação esteja atada por fortes laços de afetuosidades que fortaleçam o que é pouco e aproximem as extremidades. Imagine que o amor ao próximo esteja em um leito, muito debilitado e ligado a aparelhos para se manter vivo, se recuperar e dar o melhor de si aos outros, pois ele é muito importante. Então quando você deixa de se importar com o outro, está desligando os aparelhos.
John Pablo de La Mancha
E como diz Mário Quintana: "O QUE MATA UM JARDIM NÃO É O ABANDONO. O QUE MATA UM JARDIM É O OLHAR DE QUEM PASSA POR ELE INDIFERENTE."
Existem inúmeros adjetivos desagradáveis que, em algum momento da vida, muitos expressarão, porém jamais se deve fazer disso uma parte do caráter, sob pena de nos tornarmos insolentes, intocáveis, ignorantes e egoístas. Pessoas que fazem questão de ser assim, se enxergam sábias sem saber que não sabem, se dizem maduras sem respeitar limites, se sentem escolhidas sem ter nenhum mérito, e sobretudo, se colocam em um frágil pedestal e pensam que é inquebrável. Essas pessoas não tem equilíbrio ou sensatez que as façam recuar de suas absolutas verdades, e por isso são incapazes de compreender o menor sofrimento que seja, do outro. Vivem conflitos internos que excluem o NÓS em favor do EU, e não percebem que fora de si devoram a tudo e a todos, para estarem por cima, e não vêem que por dentro são devoradas pelo mostro da soberba. Para o artogante ser humilde é ser inferior, ser solidário é ser dissimulado, ter respeito ao próximo é ser fraco, e em todos os sentidos ter bom senso é um defeito. A pessoa arrogante é completamente desprovida de quaisquer vestígios de de renúncias em proveito do outro, pois ser prestimoso é uma qualidade moral que ela não exercita. E ao fim, a arrogância conduz a um tortuoso caminho onde se encontram todos os declínios, de onde voltar não é uma escolha, é um merecimento.
John Pablo de La Mancha
É tão saudável e produtivo iniciarmos todos os dias evitando a intromissão, a ingratidão, a arrogância, a soberba e nos resguardarmos das decepções que podemos causar. Estas condutas ocorrem, em geral, porque, às vezes, somos desatentos demais para discernir o que é bom e o que não é, a partir da leitura que fazemos das realidades e das pessoas que nelas vivem, e quase sempre o fazemos por ignorância. Compreensão e solidariedade devem direcionar ao que é bom, para proporcionar paz e bem estar para o que é desejável. Se não temos nada a acrescentar, se não podemos ou não queremos ajudar então é prudente nos afastarmos para não criar conflitos, não gerar discussões, não causar rupturas, pois muitas vezes o silêncio constrói muito mais do que uma infeliz iniciativa. Provocar contendas é odioso sob todos os pontos, além de ser bastante vergonhoso e, talvez com sérias consequências irreparáveis. Quem perde tempo cometendo este desatino mostra, para os demais, que sua vida pode ter vazios, incompletudes, amarguras, frustrações, tristezas, angústias e tantas outras negatividade, pois procura se envolver em assuntos que não entende e não lhe dize respeito, ou simplesmente não tem o que fazer além de plantar a semente do mal prejudicando outras pessoas, o que aos olhos do céu e da terra, é reprovável. Devemos sempre perder tempo cultivando bondades e cooperações, pois assim ganhamos vida, e quando agimos contra o outro agimos contra muitos princípios, e isso abre caminhos para muitos julgamentos, inclusive que não gostamos do próximo. A maldade pode até não ser intencional, mas a atitude sempre é.
John Pablo de La Mancha
Bom dia. É prudente ter atenção e cuidado com alguns sorrisos, pois podem destruir a harmonia e não se preocupam em ajudar, desorganizam o equilíbrio, e se negam a consertar a desordem que causaram. Atitudes prestimosas vem de um caráter transparente e sincero, mas às vezes algumas máscaras se disfarçam em forma de vazias bondades que em algum momento aparecem. Quando imaginações ardilosas colidem com os fatos sempre encontram refúgio nos ouvidos das inimizades, e nos mostram como certas decepções nos revelam certas pessoas. A generosidade precisa extrair coragem de onde há malícia, criar distância do que é conflituoso, buscar esperanças onde se vê desesperos, refletir honra onde há audácia e, repensar os afetos onde a bondade é ausente. Quem não nos acrescenta devemos deixar em seu lugar, sem desmerecimentos ou mágoas, pois cada um se reflete no que realmente é e como pensa, uns são traídos pelas próprias palavras, já outros colhem os louros do bom coração. Não esbarre no que pode lhe levar a direções construtivas, siga caminhos onde sopram bons ventos, onde se possa prosseguir, não perca tempo tentando compreender os conceitos de mentes fechadas em si mesmas, apenas viva e comece a repensar atitudes para não se igualar. Adia o sofrimento quem se nega ao óbvio, ao irreversível, à sensatez, quem quer luz não deve se preocupar com a cegueira alheia, sob pena de não ter paz para atravessar os amargos dias inevitáveis, por isso deixe cada tolo na sua ignorância e cada soberbo na sua escuridão.
John Pablo de La Mancha
É olhando para frente que nos situamos nas realidades que cabemos e vamos buscando equilíbrios e reparações para tentar preencher alguns vazios que as vaidades provocam. Ao olharmos para trás temos a chance de observar onde erramos, e seria tão bom se pudéssemos retornar para corrigir, não sendo possível então então nos resta recomeçar, e se for com maturidade, já é um importante passo para evitar sofrimentos. Algumas pessoas tem sérias dificuldades para reconhecer fragilidades e deslizes, por menores que sejam, pois isso exige renúncias e reflexões, o que pode significar DEIXAR DE SER, ou seja, mudar, ceder, permitir, assumir, somar, compreender, consertar... Deixar o orgulho de lado também é fazer o caminho do retorno e redescobrir simples valores que revigoram as coerências, retirando da escuridão bondades adormecidas. Atitudes impensadas precipitam muitos equívocos que podem causar rupturas desnecessárias que levarão aos conflitos, por isso se esforce em ter humildade e sabedoria para encontrar dentro de si as razões que levam aos erros, que escraviza você nos rancores e nos remorsos criando recusas que apenas lhe isolarão em seus erros. Não se acovarde atrás da dureza de seus julgamentos, se mova pelos valores que fortalecem paz e justiça, é bom expurgar o que não faz bem, o que não acrescenta, o que não nos ilumina para que possamos caminhar na clareza da luz.
John Pablo de La Mancha.
Presente e passado não podem ocupar o mesmo tempo e espaço em nossas vidas. O que passou faz parte de um todo imóvel que nos deu aprendizados, nos mostrou erros e acertos, nos concedeu maturidades, porém ficou em seu lugar. Não podemos parar o tempo, prendê-lo ou controlá-lo, pois nossas atitudes determinarão, de alguma forma, como ele passará por nossas vidas e nos mostrará nossas culpas e amores, pecados e rancores, as falhas e temores... E nada disso será suficiente para compreendermos as necessidades que deixamos de atender, os bons momentos que deixamos de ter ou proporcionar, as pessoas que deixamos de abraçar... Simplesmente porque para muitos o orgulho é bem maior que a capacidade de reconhecer e a soberba está acima da bondade de amar e conceder. Tem gente que quer ajustar o que não se encaixa, quer enxergar o invisível, viver o que não entende e por mais que lutem não conseguem evitar os mesmos erros. Se não andarmos por todo o caminho até seu fim jamais entenderemos os propósitos de nossos passos, e então poderemos tropeçar e cair, há quem se transforme e consiga reiniciar, porém há quem prefira a vaidade de suas certezas e a arrogância de suas convicções. Todo pensamento é princípio de um julgamento, que passará à suposição, depois à análise e por fim a conclusão, mas nem tudo que se conclui reflete a realidade, pois o pensar é uma manifestação individual movida por uma observação, e tem o tempo como filtro das ações. É preciso ter consciência de que quando uma etapa se aproxima do fim significa que os ciclos cumpriram suas finalidades, e quem não deixou o tempo passar em vão compreenderá mais facilmente certos desígnios e aceitará com menos pesar as dores e tristezas, viverá com paz e serenidade no coração e, sobretudo, não carregará por toda vida o pesado fardo do remorso.
John Pablo de La Mancha
Ser cristão é dizer que crê em Cristo? Tem quem enche a boca de doces palavras para falar de Deus, mas profana o coração praticando injustiças. Quem é bom agricultor da fé semea paz ou contendas? Dizer o que se pensa requer sabedoria, mas para levantar falsos basta o mínimo de sordidez. Falar em nome de uma fé não é garantia de bom caráter, da mesma forma como imaginar sem respeitar o outro não é ato de amor. É glorioso o gesto de humanidade no intuito de se descobrir útil ao propósito do bem, pois bondade também se aprende. Às vezes uma palavra pode destruir um contexto inteiro, por isso nunca se deve escolher entre o bem e o mal, pois quem traz consigo a bondade jamais permite a mínima margem para o oposto, se há um caminho incerto então recue, repense, reflita e corrija seus pensamentos. Ser justo não é ficar entre certo e errado, é ter a capacidade de compreender o que é certo, fazê-lo e fortalecê-lo sempre porque a justiça pode caminhar livre, mas a injustiça precisa do silêncio e cumplicidade de alguns para justificar seus argumentos. Ser justo também é alimentar a consciência com atitudes que não desagreguem e nem desmereçam a dor de ninguém, quem consegue ouvir a voz de seus erros facilmente enxerga a luz da justiça. Benevolência sem altruísmo produz perversidades, justiça sem verdade gera injúrias, palavras sem absolutas certezas criam demagogias, oração sem espiritualidade disfarça as malícias... Fonte de fé sem amor deforma o caráter. A injustiça que se pratica contra alguém é uma tirania consciente que vive à espreita ameaçando a harmoniosa convivencia entre as pessoas.
John Pablo de La Mancha
Somos nós quem damos direção aos ventos que sopram em nossas vidas, e também cabe a nós forjarmos algumas correntes que nos prendem, desprender-se delas é importante para que possamos llibertar os pensamentos. É preciso compreender as razões na inteireza dos propósitos a que nos obstinamos, e ter confiança no todo e observar as partes que não se encaixam para desfazer as irracionais dúvidas que bloqueiam o conhecimento do que é necessário, correto e justo. Ainda que nos digam que a vida está moldada por raízes fincadas nos caminhos para guiá-la, é sempre bom que procuremos ter liberdade para repensar e analisar convicções que nos entregaram como um manual que não pode ser questionado. Quando decidimos afrouxar as amarras que nos limitam e nos escravizam, também é uma decisão para revisar, reescrever, reconsiderar e respeitar a possibilidade de uma nova história, para provarmos das levezas que podemos ter a cada novo ciclo que começa, e amadurecer a cada ciclo que termina. Viver sob as aflições das incertezas alheias é compactuar com uma realidade distorcida das necessidades, é perder um tempo que não está disponível, pois segrega de nós pequenos milagres da vida que são possíveis. O poder transformador das escolhas nos permite enxergar além das mudanças, nos eleva espiritualmente, nos alivia as dores das decepções e nos alegra infinitamente no aconchego de quem nos abraça e nos diz: estamos aqui. O sentido libertário dos dias de paz não está preso às benevolências inconstantes, nem às palavras que aprisionam muitas verdades empoeiradas, por isso devemos sempre nos ligar pelos elos e não nos prender às correntes.
John Pablo de La Mancha
Admitir é um dos muitos caminhos pelo qual podemos chegar a algumas remissões, porém é preciso buscar novas condutas que nos levem a olhar para dentro de nós e reconhecer que o problema pode não estar nos outros. Novas atitudes nos mostrarão novos passos, o que representa deixar de ser para significar passar a ser, pois desta forma largaremos verdades egoistas e pequenas em troca de possibilidades que nos aproximem das alegrias, das harmonias, dos abraços e da paz. Por nossos abandonos nossos arrependimentos tem que ser honestos para receber abrigo e acalento, nossas confissões precisam ser compreendidas dentro do que é justo, e assim poderemos acreditar que as simples mudanças sempre trazem excelentes resultados. Quase sempre mediamos o abandono que causamos com justificativas sem sentido, e por isso tentamos mascarar nossa indiferença com ausência, e ao abandono chamaremos de falta de tempo para não ter que admitir a razão não nos pertence, pois é muito difícil abandonar as vaidades em nome de um bem maior. Então é notório perceber que a minha indiferença e o meu abandono são bem piores que qualquer ausência, pois provocam muito mais danos e causam mais sofrimentos, ausências são superáveis quando frutos de descuidos, mas quando nascem de indiferenças e abandonos raramente se convertem, pois neste caso faltam bons sentimentos. Não compartilhar, não dividir, não participar, não repartir são atitudes individuais que precisam de bastante coragem para termos firmeza em sustentar tais condutas, e infelizmente isso reflete nos outros nossa completa e sombria prepotência, pois mostra que nossa noção de falta, de pouco, de incompleto, de insuficiente, de metade, de necessidade se limita ao nosso profundo desconhecimento de generosidade, visto que quando desprezamos a dor alheia, em qualquer tamanho, significa que nossa existência se resume à mesquinha e fragílima certeza de que o universo somos nós.
John Pablo de La Mancha
Quando pensamos em ausências nem sempre isso pode significar uma perda, às vezes é melhor continuar a luta sem algumas expectativas, pois mais à frente saberemos que este foi o melhor caminho. Ao longo de nossa existência encontraremos diferentes pessoas com diferentes ensinamentos, diferentes sentimentos e diferentes verdades, filtrar o bem e o mal é árdua tarefa que devemos fazer constantemente, para saber por quem e por quê temos que nos esforçar. Os caminhos das verdades é por onde devemos nos guiar para seguir em frente, as bondades são partes do caráter que devemos cultivar e praticar, em nosso pensamento a paz tem que reinar e preencher os vazios das maledicências, para que o amor ao próximo cresça e se multiplique. Jamais podemos esquecer que toda vez que amanhece é mais uma chance que nos é concedida para escolher fazer o certo ou o errado, mas para tanto é preciso ccompreender a mínima noção das consequências. A vida tem inúmeros significados e sentidos, a depender do que fazemos, como fazemos, para quê fazemos e por quem. Quando lutamos internamente para nos corrigir estamos em busca de nos redimir diante dé quem magoamos, quando praticamos a retidão estamos em busca de nos compadecer com os sofrimentos fora de nós, quando nos empenhamos em proporcionar alivios e felicidades a quem precisa estamos à procura da satisfação coletiva. Fazer o simples e com dedicação às nossas crenças, com respeito à nossa fé, com discernimento e cautela ao que é nocivo, fortalece cada vez mais nossos corações para que nossos valores morais e espirituais não sejam frágeis nem em vão. Devemos ter obediência e respeito ao que mostramos como fonte de direção de nossas atitudes, pois falar e fazer não podem andar por caminhos diferentes, pois são completudes inseparáveis.
John Pablo de La Mancha
Ao longo da vida enfrentamos inúmeras adversidades, e cabe a nós permitirmos que elas nos ensinem ou que nos contaminem de amarguras e tristezas. Não dê importância demais aos conflitos, às vaidades, aos rancores, às mágoas sem que mereçam, pois, às vezes, deixamos de dar o minimo de atenção às pessoas e suas dores por acreditarmos que os outros não importam. De uma forma ou de outra as experiências vivenciais nos mostram aprendizados que podem nos melhorar, mas certos egoísmos nos prendem à realidades que criamos somente para não dar razão ao outro, e reconhecer nossa arrogância. A postura de se importar com as pessoas nos sugere uma forma de bondade que supera a indiferença e preenche vazios que nos angustiam, e olhar para as necessidades do outro não significa que será recíproco, pois não se trata de uma troca ou uma expectativa, se trata de maturidade, de desprendimento, renúncias é doação. Quem escolhe viver nos dramas das suas mediocridades jamais fará algo importante para si e para os outros, pois se perde dedicando tempo para maldizer quem está se esforçando para fazer. Procure não se importar à exaustão com tantos problemas, encontre a medida de cada um, e pratique a bondade para as pessoas, pois corações bons e mentes em paz não dão espaços para sofrimentos. Existem diferentes maneiras de importâncias em nossa vida que nos permitem progredir em todos os sentidos, e compreender as razões que se manifestam a favor das boas e cativantes mudanças é descobrir que podemos permitir que as pessoas que amamos recebam o conforto de nossos abraços e sorrisos, que aproveitem o tempo e a coragem de nossas decisões, que se sintam importantes e amadas em nossas vidas, e saibam que não há prioridade maior do que elas.
John Pablo de La Mancha
Pensamentos e palavras nunca trazem vazios e sempre provocam circunstâncias para claros significados e proveitosas lições, pois elas sempre estão carregadas de bondades ou de indiferenças. Alguns discursos podem nos impressionar, e até nos comover pelas palavras que objetivam nos convencer a refletir sobre suas finalidades, porém devemos observar atentamente e comparar a grandeza do que ouvimos, e de quem ouvimos, com o que presenciamos. Às vezes a pompa apenas disfarça um sentido inexistente de renúncia, por isso devemos olhar para as miudezas, para os pequenos gestos, pois são eles que nos emocionam e nos marcam pela sinceridade, pela fé, pela humildade e preenchem os vazios do nosso coração, e completam a parte ausente que alguém sempre deixa. Quando nossas atitudes e palavras são desprovidas do mínimo de honestidade as intenções são vistas com desconfiança, porque a bondade que sai da boca nnunca deve ser diferente da que existe no coração, ambas não podem se contradizer sob pena de nos tornar pessoas de caráter duvidoso. Não é saudável permitir que os olhares das indiferenças nos afetem, nem que conversas inúteis desequilibrem nossas vidas, ou que certezas sem verdades destruam nossa paz, pois pessoas fúteis sempre estão cheias de si e vazias dos outros. A indiferença nos torna volúveis e superficiais, com sentimentos sem vida incapazes de nos transformar, a soberba esfria nosso coração e impede de nos enxergarmos, de nos reencontramos em algum momento de necessidade para renascermos, e isso nos tira a possibilidade de crescimento para alcançar um nível mais puro de conscientização. A maturidade está para todos, mas é preciso conhecê-la, aprendê-la e praticá-la antes de dizermos que somos maduros. Ela nos ensina que o silêncio é um barulho ensurdecedor para ouvidos egoístas e arrogantes, pois na essência de pessoas de vazias todos os sentimentos são ocos.
John Pablo de La Mancha
Algumas lógicas das experiências de vida devemos observar sempre com atenção e muito cuidado, acreditar sem ter certeza, reproduzir palavras sem nenhum esclarecimento, desarmonizar o equilíbrio de um ambiente contaminando a paz, tais atitudes são reprováveis sob todos os aspectos, pois fazer o certo requer completude e não fragmentos. Para algumas situações a descoberta pode ser surpreendente porque, às vezes olhamos para o mesmo que os outros olham, mas enxergamos verdades diferentes, e isso não pode esconder nenhuma razão que seja fato irrefutável. Para aceitarmos uma realidade, ainda que seja difícil, temos de ser realistas e aprender a conviver com certas angústias, que naturalmente confrontam nossas convicções. Porém é árdua tarefa que precisa de discernimento e equilíbrio, para não criar realidades fora do que está acontecendo, do que existe, do que é real e, de nada terá proveito querer viver o que não se pode, e procurar erros na ordem dos fatos é querer encontrar luz na escuridão da ignorância. As dúvidas são compreensíveis e aceitáveis, até certo limite, pois refletem uma descrença diante do desconhecido, porém a permanente recusa leva à desconfianças que se sustentam apenas pelos sentimentos de culpa e de remorsos. Quando nos defrontamos com as contrariedades que a vida nos impõe há tempo para questionar, negar, conhecer, agir, aceitar, participar, permitir... Mas infelizmente este tempo não se recupera, pois se perde em atitudes ingênuas que provocam o distanciamento da realidade, e por mais dura que seja, ao lutarmos contra ela estamos deixando passar bem mais que o tempo, deixamos se esvairem possibilidades, de viver alegres momentos, de construir boas lembranças... Deixamos de proporcionar felicidades.
John Pablo de La Mancha
Quando zelamos bem nosso coração e lhe damos limites, permitimos que ele desfrute das mais significativas alegrias e seja livre para prover suas necessidades. Saber viver é simples quando entendemos que entre acordar e dormir existem inúmeras escolhas que constantemente temos que fazer. Ouvir mais que falar é um aprendizado dos mais sábios, não distorcer o que se ouve é prudente, a vida é na medida certa quando nos interessamos pelo que faz jus às nossas atitudes, pelo que edifica a bondade em nossos pensamentos sem precisar de platéia. Viver e fazer o necessário é o suficiente para preenchermos os vazios que surgirão ao longo da vida, porém jamais podemos permitir que estes vazios nos dominem e nos tornem pessoas vazias. Qual o sentido de uma vida centrada na indivudualidde?É possível que nem todos os amigos sejam parte do nosso todo, e nem todos os parentes sejam certeza de amparo, talvez as direções que a vida nos mostra podem estar fora das expectativas naturais das convivências e das relações. Devemos sempre questionar se todas as pessoas que sorriem são felizes, se as que se revoltam contra a maldade são boas, se quem fala em construir felicidades viver a paz não quer destruí-las. Muitas realizações que completam a muitos estão em tantas pequenices que não percebemos o valor de um bom dia, por exemplo. É inegável que precisamos das materialidades, mas também da espiritualidade para que se encontre em cada momento vivido um pouco de esforço, para fazer o mínimo que justifique nossa passagem no tempo e na vida. Contribuir tem que ser um exercício contínuo da consciência para que possamos compreender que é impossível viver sem escolhas e que devemos decidir sempre com muito critério pelo que vale a pena lutar, lembrando que o tempo pode ser pouco, as dificuldades muitas, mas os benefícios tem que ser necessários.
John Pablo de La Mancha
Fazer o bem, sob todos os aspectos e sentidos pode não ser tarefa sua ou mesmo missão, mas se puder evitar o mal já é uma excelente iniciativa. A bondade em si mesma não carece de reconhecimentos ou retribuições, à medida que experimentamos a doçura da bondade em nossa boca cessam toda sorte de desdém e maldizer. É muito raro que todos se sintam realizados porque estamos felizes, que fiquem comovidos por nossas necessidades, a dignidade de termos grandeza nas atitudes não pode ser passageira e se esgotar quando nos sentimos contrariados, ela tem que ser constante e alimentada pelo que é verdadeiro e justo. Do coração transborda aquilo que está sobrando, pois quanto mais achamos bondade em uma pessoa menos tempo temos para procurar maldade em outras, afinal a vida nos retribui tudo em igual proporção, já que erramos por ingenuidade, desatenção ou por maldade consentida. Há maldades passageiras, às vezes involuntárias, que o tempo a consome e pode ser reparada, porém há maldades motivadas pela incessante busca por superioridade, esta é permanente. Livrar-se das animosidades exige o abandono das falsas condutas, e fazer o bem nada de opressor nos obriga, basta que tenhamos o desprendimento como meio e a generosidade como objetivo. E isso nunca será sobre a gratidão alheia ou sobre expectativa de pensamentos, opiniões, observações, julgamentos ou gestos, em simples sentido de ser é sobre princípios, finalidades, espiritualidade, crenças... É sobre caráter. Às vezes são nos momentos de duras adversidades que a vida nos apresenta as melhores chances para praticamos a nós e aos outros o bem, de forma indistinta. Talvez a alegria em fazer o bem seja a uma felicidade verdadeira e definitiva.
John Pablo de La Mancha
Uma verdade fechada em si mesma sempre é fruto de uma imaginação, um delírio ou é a suposição da mente de quem a produz. Boas palavras alimentadas por bons pensamentos criam confiança bons laços de afetos, e previnem os enganos e as injustiças. Bons gestos trazidos pela sincera caridade, revelam honestas preocupações e, nada há de temeridade quando o que pensamos e fazemos nos aliviam à alma e nos fortalece a resignação. Quem distorce a realidade a coloca fora do lugar, provoca uma desarmonia que pode durar pela vida inteira, pois quem, enganosamente, vê além do que existe o faz com os olhos da maldade e o coração resistente . A diferença que separa uma jóia de uma bijuteria é a autenticidade, porém a bijuteria tem aparência de verdadeira pelo falso brilho que mostra. Às vezes algumas verdades refletem uma luz que não clareia e não brilha na escuridão, e assim ocorre com pessoas que não tem luz própria e se escondem nas penumbras de seus fracassos tentando ofuscar a luz alheia. Nossa visão começa a clarear quando começamos a compreender que precisamos olhar o mundo de fora para dentro já que a realidade não se resume ao que entendemos e queremos, ela resulta dos conflitos ou equilíbrios das justas verdades que passamos a conhecer, pois cada uma delas será caminho para evoluírmos. Um dos muitos males irreparáveis é a partida sem volta, das pessoas que amamos, nem sempre há tempo para despedidas ou sorrisos de maneira espontânea, pois das diversas formas de ignorâncias, das quais muitas maldades se alimentam, talvez a indiferença seja a mais cruel, pois ela destrói as esperanças, anula as afeições e desdenha da dor.
John Pablo de La Mancha
Quando edificamos as bases para nossa sabedoria, a definimos como o conjunto do que vivemos em todos os aspectos da vida, e assim dizemos ter experiências. Então teremos a razão como a guia dos caminhos. Oposto a isso estão as condutas, às vezes, imprudentes, como a ingenuidade, impetuosidade, descuidos, soberbas, indiferenças, egoismos que podem nos levar aos dramas e preocupações, e suas bases estão fincadas nas psssionalidades. Por isso muitos vivem uma intensa luta dentro de si, onde paixão e razão convivem em constantes conflitos, quando agimos ou falamos sem pensar as paixões nos dominam, mas quando a razão move nossas escolhas as inquietudes nos angustiam. Onde muitos tem razão o melhor a fazer é primeiro observar, depois compreender e por fim decidir, pois é comum a razão escravizar o pensamento de pessoas que não sabem lidar com seus próprios medos e inseguranças, e por isso se mostram incapazes de sustentar o que dizem ou provar o que afirmam. Muitas vezes se esforçar para ter razão é inútil porque além de perder tempo se perde a própria razão, pois antes de se estabelecer uma verdade existem inúmeras realidades e fatos que estão acima das nossas razões. Nossas paixões, ás vezes, se confundem com nossas racionalidades e em alguns momentos se complementam, mas neste conflito de equilíbrios precisamos manter a consciência, pois se permitirmos que ela sucumba ao mais vaidosos instinto que alimentamos, certamente libertará o pior dos tiranos que está preso em nós, e nossa verdadeira essência será revelada.
John Pablo de La Mancha
Quando lembramos, falamos ou dedicamos bons significados às pessoas amigas, o que enche nosso coração de alegrias é o completo amor que nos dedicam mesmo se não as conhecermos, posto que muitas vezes nem é preciso. Quando nos empenhamos em agir harmoniosamente com nossos pensamentos para fazer o melhor que nos cabe ao outro, justificamos mais do que um gesto bondoso e desinteressado. Mostramos o quanto é simples dedicar tempo e sinceridade a quem, de alguma forma, precisa. Pois quem muito fala de grandezas e imensuráveis esforços para evidenciar seus feitos, sempre são incapazes de praticar pequenos gestos. A cada instante que você deixa de se permitir a menor possibilidade de fazer, está se afastando da realidade de se dedicar, o propósito não é procurar uma razão para fazer, é descobrir um louvável propósito e por ele se transformar, a ele se submeter e a partir dele se dedicar. Quem exaustivamente dedica sua existência a buscar a verdade, jamais a encontrará se o espírito estiver na escuridão, e se não tiver coragem de fazer as renúncias necessárias para libertar-se de seus tormentos. Não são exatamente as suas atitudes que dão sentido às suas iniciativas, o quanto de pureza nos bons sentimentos que você dedica ao que faz é que de fato importa e engrandece. As alegrias e satisfações não estão nas chances de possuir ou nas situações de domínio e controle, encher um coração de levezas, sabedoria e dedicação nos leva às boas escolhas e nos aproximam das felicidades.
John Pablo de La Mancha
Às vezes a coragem e a força não se obstinam às vitórias, mesmo que encontremos no caminho pessoas que sempre nos desanimem com suas palavras, pensamentos de derrotas e omissões. Nossas batalhas nos fazem descobrir novas forças e renovar crenças em poder contar com quem nos apoiam, nos amparam e abraçam nossa causa sem duvidar um centímetro da nossa dor e sofrimento. E desta forma atravessaremos incontáveis tempestades, enfrentaremos tortuosas dificuldades, e de mãos dadas com aqueles que nos escolheram não nos renderemos às desistências, mesmo que alguns se afastem, pois quando decidimos lutar por um bem maior somente quem tem coração bom fica ao nosso lado. Ao longo da vida quando encontramos pessoas boas conseguimos compreender que os desígnios que nos trazem sofrimentos ou alegrias são frutos da árvore do amadurecimento, mas quando são estas pessoas que nos encontram então muitas dúvidas se esclarecem e temos a mais absoluta certeza que nem sempre quem nos abraça está do nosso lado. Quem se empenha em sanar necessidades que não são suas, escolhe construir pontes para transpor obstáculos e consegue enxergar nas angústias alheias mais que uma dor. Quem se isenta de qualquer pudor e dedica, de alguma forma, a ajudar o próximo, prova, sem nenhuma pretensão, que muitas vezes laços de sangue são somente uma condição genética que não desperta piedade, não garante amor, não significa nada, pois o sangue apenas nos dá os parentes sem opção, mas é a lealdade que nos une em família. Existem verdades com as quais não podemos lutar e nem desfazer, mesmo que desarmonioso ou injusto que possa nos parecer é o destino quem faz os parentes, mas temos a escolha de fazer os amigos, e é muito importante sempre considerar que pessoas estranhas ou desconhecidas podem ser amigos distantes, irmãos intermitentes, uma família que ainda não conhecemos.
John Pablo de La Mancha
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