Poema Quase de Pablo Neruda

Cerca de 105892 frases e pensamentos: Poema Quase de Pablo Neruda

⁠Wadi al-Hawarith

O acampamento beduíno,
O apagamento que
você sabe muito bem
do que estou falando,
As paredes de pedra
da História ainda falam
sobre Wadi al-Hawarith,
A antiga oliveira que
a azeitona me lembra
o teu olhar poema
próximo sobre nós.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Umm Khalid

No Alto da Colina da História
de noite toco as estrelas
e de dia escrevo poemas.

As melancias, citrinos,
vegetais e cereais como antes
não crescem mais,
Ainda há ruínas e as memórias
que não calam mais,
embora as promessas são demais.

Ali mesmo entre al-Tantura
e Ra's al-'Aynàs margens do rio al-'Awja
nada nos faltava seja solo fértil e água.

A Umm Khalid que na História ainda
mora mesmo que para uns seja
desconhecida pelas leis
da vida jamais será esquecida.

E da mesma assim sou eu a mulher
que te inspira para superar o fel
dos dias da maneira mais sublime e divina.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Tabsur

Na primeira aldeia a ser
abandonada por causa
do conflito os vestígios
dos mosaicos foram apagados

Não me fale porque mesmo
que você conseguir os meus
poemas atravessaram o mar,
e agora não vai mais adiantar.

Para tentar colocar no sótão
da História cada instante esquecido
em Tabsur foi por muitos vivido.

Não me desculpe
porque não vou parar
nunca mais de falar.

Grãos, legumes, melancias
e pepinos eram a colheita
na estonteante planície costeira,
e agora muita gente há de se lembrar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Raml Zayta

Pelos campos verdejantes
e ondulantes de Raml Zayta
o tempo não apaga a dádiva
de ter os teus olhos lindos
se cruzando com os meus,
Onde os caminhos hão de se
cruzar e as memórias voltarão
a florescer no mesmo lugar,
Sem a gente perceber o amor
sempre esteve por dois a nos dar
nos detalhes inesquecíveis a sinalizar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Qaqun

O exílio de um vilarejo
inteiro é algo comparado
ao que sinto vivendo
distante do seu amor puro.

A aldeia na colina com
vista para a planície de Qaqun,
A fortaleza construída
pelas Cruzadas, um poço
e a escola são tudo o quê
dizem restar da óbvia memória.

Onde a minha poesia construiu
também o etéreo Caravansário,
Te guardo no meu peito sacrário
e assim te levo com orgulho
como o meu relicário preservado.

A história de que a aldeia foi
reconstruída algumas vezes
ainda não foi apagada e nem
nunca mais será porque fiz
o voto de seguir até o final
mesmo que o seu povo não
deixaram voltar e sem saber
se muitos conseguiram se salvar.

Como o passado fosse hoje
tenho relances sensoriais
das melancias, vegetais,
pepinos, azeitonas, frutas cítricas,
trigo, cevada, cabras e colmeias.

Como estivesse por perto vejo
os cactos e uma velha amoreira
crescendo ao sul da colina,
pomares, algodão, pistache
e hortaliças, e sinto que o quê
sinto por ti também é recíproco
e quero viver além das notícias.

Na sua companhia quero olhar
e sentir pela primeira vez que
estamos vivos vivendo com sonhos
como os nossos compromissos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Os ouvidos estarão
atentos sempre a escutar:
faz parte da convivência,
Escutar sempre em silêncio
como sinal de respeito
para que a gente se entenda
e a conversa não se perca.

Todas as vezes que te ouvir
quero ter a mesma atenção
como se ouve com admiração
um poema em declamação
com a escuta do coração
e te render toda a devoção.

O quê se passou comigo
e o quê se passou contigo,
Não fará nenhuma diferença
quando entre nossos abraços
estará consagrada a pertença.

Para mim o quê importa
será o quê faremos quando
o amor descobrir a chave
e abrir de surpresa a porta
quando chegar entre nós a hora.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠De caravansário em caravansário

Com a caravana das emoções
que os teus olhos trazem
com absolutez e a lembrança da sua tez,
Insistir de caravansário em caravansário
nunca houve o porquê ou tal sensatez
porque no fundo somente
sob a proteção do seu caravansário
do coração o amor verdadeiro
encontrarei e nele me abrigarei,
O desejo, a confiança e a paixão
mútuos escreverão a lei
que nos abrigarão do mundo
e construirão o nosso em paz e seguro.

Em nós há tudo aquilo que rompe
com o tédio e nos faz doutos
recíprocos que ignoram os rótulos,
Porque o importante é se aventurar
e a nós mesmos render contas
sem se importar em agradar
com a opinião alheia porque
sabemos que ela não leva a nenhum lugar.

Se o Senhor do destino assim quiser
o melhor lugar do mundo sempre
será onde a nossa companhia ali estiver.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Dia 13

Não releve quem te omite
detalhes de um caminho
que você abriu a porta,
Não se incompatibilize
com a pessoa,
Não fique triste,
Não alfinete e nem faça
nenhuma cobrança,
Simplesmente não coloque
mais essa pessoa no seu futuro.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Miska

Todos sabem por quem
Miska foi destruída,
A poesia vai te fazer
lembrar para
o resto da sua vida,
A glória verdadeira
não se constrói
sobre as ruínas alheias,
Porque quem para subir
precisa destruir já nasceu
na vida derrotado,
A maçã Misk ainda
mantém o seu aroma perfumado.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Meu Negrinho do Pastoreio,
eu só posso contar contigo
para acreditar que
ninguém pode comigo;
Sempre que eu perder
a minha fé me ajude
a encontrar em Nossa Senhora
como você acredita,
Independentemente da hora
não me deixe só nesta vida.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Refeito de tudo você
virá para mim como
Jaebé empenhado
para ter a sua amada,
Viraremos pássaros
e confio que você
fará um lindo ninho
fechado igual
ao de João-de-Barro
para proteger
o futuro dos nossos
filhos de todo o mal
que existe neste mundo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Rodeio e o Beijo

O Outono beija a minha
linda cidade de Rodeio,
O amanhecer cinzento
eu pinto colorido com
todas as cores da poesia.

O beijo frio do Outono
no Médio Vale do Itajaí
não desencoraja por aqui
quem tem poesia e coração
quente para prosseguir.

O Outono que com um
único beijo me faz a deixar
para trás tudo aquilo
que rouba a minha paz.

O beijo que me traz coragem
de continuar escrevendo
poemas para que daqui
de Rodeio espalhem amor
e paz para o Brasil inteiro.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Morro Grande

Morro Grande adorada,
eu te reverencio
pelos teus morros,
terras férteis,
pelas tuas águas
e pelo teu povo virtuoso.

Morro Grande amada,
que das tuas raízes
originárias ainda
preservam carinhosamente
os seus vestígios,
nas intrigantes paleotocas
podem ser encontrados
poemas escondidos
e indescritíveis de tão lindos.

Vou saudosa pela antiga
Trilha dos Tropeiros
tocando na viola
envelhecida a esquecida
cantiga melosa da Serra do Pilão
que ainda fascina o coração.

Rumo ao lendário
Morro do Realengo,
porque meu amor
por ele é tremendo
para quem sabe se minhas
pernas e meu fôlego alcançam
os Campos de Cima da Serra
e dar aquele abraço nos amigos
de São José dos Ausentes
no Rio Grande do Sul.

Quem sabe se ainda der
tempo ainda não perco
a festa no Santuário
de Santa Gertrudes,
e saboreio os quitutes
da memória da infância.

Quem sabe irei na Missa do dia
seguinte na Igreja Santa Cruz
para pedir bênçãos, luz
prosperidade e inspiração
para continuar vivendo
toda a poesia Santa e Bela Catarina
e por esta nossa Morro Grande,
tesouro incalculável do Extremo Sul.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O Saci é meu amigo
e como reconhecido
Guardião da Floresta,
nós dois temos
um pacto antigo,
Comigo ele também
anda sem que por
você seja percebido.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Morando aqui em Rodeio

Poetisa do Vale Europeu,
trocando o meu peito
amorosamente pelo seu.

Vou capturando nas flores
inspiradoras do tempo
a profética e a poética.

Morando aqui em Rodeio
neste verdejante Vale
com gratificante liberdade.

Em plena segunda-feira
que me leva para tomar
café e me ergue com toda
e gentil necessária coragem.

Daqui do Vale Europeu
a poetisa de sempre sou eu,
O meu amor é só seu,
e o seu coração é todo meu.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Morro Grande Poético

Morro Grande poético
do Extremo Sul
da nossa Santa Catarina,
Por ti morro de amores
e morro de orgulho,
Nos teus rios com
piscinas naturais
de águas cristalinas
tenho mergulhado
em busca de mim
e levado à tona
todos os dias
um novo tesouro.

Morro Grande poético,
digo sempre sim
a esta terra aos rios
que nascem amorosos
na serra escrevendo poemas
desde as encostas
nos cânions altivos,
alegres vales,
nas grotas misteriosas
e que deu assim origem
as cachoeiras de amor
da minha eternidade.

Meu Morro Grande poético,
é na Cachoeira do Bizungo
que me aprofundo,
e na Cachoeira Queda do Risco
me abraço com o destino;
Na Cachoeira do Rio Pilão,
tomo banho de magia
para encantar teu coração,
e na Cachoeira da Pedra Branca,
peço para não perder o essencial
e tudo aquilo que a alma não cansa.

Meu Morro Grande poético,
é na Cachoeira Toca do Tatu
que tenho o meu esconderijo,
e Cachoeira do Arco-Íris
busco sempre o caminho
que me leve a outro melhor
que te coloque no meu amor,
e nas Quedas do Rio Saltinho
agradeço o Criador por ter
feito esta cidade o meu pendor.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Celebrando a Dança dos Engenhos,
dançando a Dança do Bangüê
festejo os teus doces trejeitos.

Vamos dançando até o chão
um seduzindo o outro,
estamos presos pelo coração.

No final de tudo como já
sabíamos sempre foi eu e você
dançando a Dança do Bangüê.

Com todas as tuas manias,
eu te louvando com olhar
e foi te cobrindo de poesias
que você passou a me amar.

No ritmo da vida e dos engenhos
não há como contestar,
tu és a minha música favorita
que eu escolhi dançar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Enquanto a música tocava,
eu dançava a Chula Marajoara
com as moças da cidade,
o meu coração você encantava
com a sua flauta mágica,
o amor sublime nos guiava,
o seu olhar tonto e fixo
no rodopiar da minha saia
escrevia o destino que nenhum
dos dois imaginava que
a intuição com o teu primeiro
sopro doce me antecipou.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Toca o Sino da Igreja Matriz
São Francisco de Assis
rompendo com o silêncio
desta manhãzinha fria
daqui da cidade de Rodeio,
o amor para toda a vida
por aqui ainda não veio.

O galo canta a terça-feira
e como poetisa deste
Vale Europeu Catarinense
poesia tenho sempre feito.

Morar em Rodeio é motivo
de orgulho que neste
poemário tenho o feito.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A Crimeia é a Pátria
sagrada dos tártaros,
que por fraternidade
histórica e territorial
pertence a Ucrânia,
A Crimeia tem a sua
própria Cultura,
a sua Língua eReligião,
A Independência
Nacional da Crimeia
também é reconhecida
sob o conhecido guião
do artigo 4° da Constituição,
e tem gente que finge que não vê:

"A prevalência do direitos humanos,
a autodeterminação dos povos,
a não-intervenção,
a igualdade entre os Estados,
a defesa da paz
e a solução pacífica dos conflitos",
e mais tantas outras coisas
que deveriam fazer a diferença.

O quê nos colocava no topo do mundo
e nós concedia grande pendor
foram deixados para trás
porque o quê tem valido é tudo
aquilo que derrete o cérebro, envenena a língua e para o teclado
ultimamente tem escorrido;
Só sei que até o passaporte
para o absurdo tem sido o imperativo,
e se ali não for aceito a prisão
é destino certo e dê graças
a Deus por ainda não ter morrido.

[Longe de mim fazer discurso de ódio,
a guerra e a ocupação colonial
proporcionam tudo isso,
intoxicam até quem não
tem nada a ver com o ocorrido,
e eu não calo o quê deve ser dito].

Inserida por anna_flavia_schmitt