Poema por que o Macaco Nao Olha seu Rabo
sentir pulsar
entre o claro e o escuro,
é claro que o ritmo permanece:
descompassado, obscuro
(à espera de cura)
Ser poeta é
traduzir em palavras
o que se sente,
se ouve,
se vê
ou se imagina,
na busca de um mundo
real ou fictício
que comova,
toque
ou envolva o leitor,
ou não.
Eu sou
Eu sou o sussurro que paira antes do grito,
o silêncio que dança nas frestas do tempo.
Eu sou a lâmina sem fio que corta o que não se pode tocar,
o olhar que não se dobra, mesmo diante da luz.
Eu sou o passo que não ecoa,
mas faz tremer o chão.
Sou a sede que não se sacia,
o caminhar sem destino,
a fome sem nome.
Sou a palavra que se nega a ser dita,
o desejo que não cabe em desejo.
Sou o rastro invisível deixado em corações que jamais saberão meu nome.
Eu sou o erro e o acerto,
o meio sem bordas,
o abraço que aperta sem tocar.
Sou quem molda a si mesmo a cada respirar,
sem roteiro,
sem permissão,
sem plateia.
Eu sou aquele que dança com as sombras,
não por medo da luz,
mas por amar a textura do escuro.
Aquele que colhe o que não plantou,
e semeia em terrenos onde ninguém ousa pisar.
Eu sou a chama que não arde,
o frio que não gela,
o toque que não acaricia...
mas marca,
finca,
mora.
Sou o que nunca se cansa,
mas finge cansaço só para sentir o gosto do repouso que nunca vem.
Sou o viajante sem mapa,
o traço sem desenho,
o verbo sem tempo.
Eu sou.
E por ser, não peço licença.
Apenas respiro...
E no meu respirar,
o mundo aprende a conter o fôlego.
Quando o sol desaparece!
Quando o sol desaparece
A lua resplandece
As nuvens escurecem
As estrelas enaltecem
Quando o sol desaparece
Os oceanos se enfurecem
As ondas se estremecem
Os peixes se divertem
Quando o sol desaparece
As plantas enriquecem
As flores florescem
Os animais adormecem
Quando o sol desaparece
As pessoas se divertem
As ruas embelecem
O amor reaparece
"O Circo e o Nariz"
No picadeiro da vida agitada,
há luzes, risos, fumaça encenada.
Aplausos cobrem a ilusão,
mas nem todo riso vem do coração.
Assista, aprenda, veja o sinal,
mas não aceite o papel de banal.
Entre no jogo, mas fique atento:
nem todo show merece seu sentimento.
O mundo é um circo, isso é verdade...
mas seja sabedoria, não vaidade.
Canção do Mar
Por Gilson de Paula Pires
Mar que dança sem cansaço,
nos compassos do arrebol,
teu azul é meu abraço,
teu rugido, meu farol.
Sal que cura velha dor,
brisa que canta esperança,
me ensinas o valor
do tempo que nunca cansa.
Nas tuas ondas me esqueço
do que o mundo fez pesar,
sou menino em recomeço,
sou silêncio a navegar.
Teu mistério me fascina,
tua fúria me seduz,
és abismo, és disciplina,
és espelho que conduz.
Oh mar, irmão dos valentes,
confidente dos sem lar,
me ensina a ser permanente
e livre como teu mar.
— Gilson de Paula Pires
Quero tentar diferente...
Emergir das correntezas da vida...
Pisar na margem desse rio de emoção
Quero tocar a areia úmida
E sentir o vento com aroma de solidão.
Quero renascer fora de mim
Assistir-me com olhar de platéia
Imaginar o que eu faria se eu fosse eu
E saber se de mim mesma, eu faço alguma idéia.
Dos julgamentos que fazemos, sem ter direito algum...
Quero saber se daquilo que sou, faço ao menos um.
E sendo eu a única ser capaz de julgar se valeu a pena chegar onde tudo isso me levou
Declaro que....
Apenas eu, posso entender a beleza e a dor de ser o que sou.
Bastando-se com o viver
o diferente é o diferencial tão necessário quando o tudo igual só aponta um mesmo caminho para o qual não nos sentimos fazer parte
o emergir em novidade de vida se dá a partir do mergulhar mais profundo que podemos ir, aquele adentra e ultrapassa as correntezas do tudo igual que nos levam sempre pelo mesmo caminho
que nos inundam e abundam do sentir que não concebemos poder suportar mas uma vez neste inundar transbordamos e quando percebemos num passe de mágica como se fossemos cuspidos de dentro para fora nos damos a margem tocandoa grama, sentindo as flores e contemplando as correntezas desde as mais profundas às mais rasas que circulam e circundam nosso ser
os pés firmes na areia úmida dando a certeza dos rastros que nossos passos haverão de deixar e quais o vento e as águas irão apagar
aromática solidão trazida pelo vento, olha-mo-nos de fora para dentro, despidos de alma enfim, reconhece-mo-nos
poderemos sobreviver sem as águas que nas correntezas profundas nos fazem transbordar?
quais rastros nossos pés suportarão que os ventos da solidão e as correntes nas ondas de águas rasas apaguem pegadas?
nos bastará em infinita beleza e profunda dor o entender?
eis que
um olhar para dentro, inevitável
e inevitavelmente o mar nos sopra canções do sentir onde e quando nada se entendia e sentindo-se com vida, não importava-se com o entender, bastando-se com o viver..
Te desafio a Amar
um dejavu assalta-me enquanto concluo que um sonho ao acordar é apenas mais um avistar pela primeira vez
o perder-se em horizontes inertes é um chamado necessário ao despetalar das flores medrosas que urgem um renovar de essências
que a febre de sentimentos gerada onde mais aquece o sol possui uma senda para o descobrir de uma brecha na noite suave e estrelada que salva as almas de morrerem profundamente
de quando em meio a tanta beleza finalmente sucumbem as lágrimas ao esmigalhar das solidões que nos fazem morrer de ternura um no outro e renascer em coreografias onde um é a dança secreta do e no outro que repele e abandona os de outrora passos de sofrimento e os harmoniza melodicamente à alegria e felicidade
de quando no apagar das luzes se ilumina o chamado das estrelas para que ante o negar do toque, aceite-se um desafio
um ir além do verso, do refrão, da poesia
um convite à reconstrução
dança de mãos dadas, ritmos
passos de pés dados, em frente apesar de pausas
canções de ouvidos dados, ainda nos desafinos
nos desafinos reconhecer e aceitar o maior desafio
de nos sorrisos e choros desafiar-se a Amar..
Histórias, grandes sonhos....
Quantas vezes mudamos de rumo e nem sequer percebemos, por quantos obstáculos passamos sem notar...
Sem saber de que somos vitoriosos pelo simples fato de continuarmos vivos, por sorrir, por continuar tentando....
E quantas vezes deixamos de tentar por medo de errar, quantos universos deixamos de conhecer...
A saudade tem fim?
Quando nos sentimos sozinhos um abraço é capaz de curar a solidão e acabar com a dor que habita no peito?
E as palavras que saem do fundo da alma, que foram lidas por alguém em alguma tarde cinzenta...
Publicadas em um sonho que se chama História, adoradas por todos aqueles que um dia pensaram não se dedicar a velhas página de um livro apagado...
E do fundo do inconsciente desperta a lembrança de um sorriso, escreve alguns paragrafos e se sente tão bem..
Grande espírito tem aqueles que se permitem a loucura...
Pois, na sanidade, até o próprio desespero parece bobagem, desnecessário....
Como gente que não se permite sentir, gente que não se permite chorar...
Desesperar.
Eu li há alguns dias em um livro que o amor e a loucura são inseparáveis....
E há mesmo de ser, afinal, não imagino explicação que justifique a devoção que se tem por quem se ama....
Apesar das imperfeições....
Apesar das divergências.
Eu digo, do amor, que não o compreendo, mas o sinto com cada célula do meu corpo...
E me desespero apenas com o pensamento de uma vaga chance de não tê-lo mais.
Ouça o chamado
permitir-se à loucura é o dar asas onde a razão nos condiciona à um arrastar-se pesado em um chão aparentemente seguro, mas que logo tal peso no arrastar de cada passo fará com que os pés sangrem
neste chão "seguro", o choro evitado, a dor que não chega, a tristeza que se mantém ao longe, são apenas abreviadas
não há viver e sentir no Amor que tenha chego ao nosso conhecimento que não tenha nascido através da loucura de desprendendo-se de toda a razão dar asas a si mesmo quando tudo que se vê é a impossibilidade de voar
e mesmo neste céu imenso contemplando nuvens que não deveriam ali estar, nuvens de chumbo que não caberiam em nosso céu, que se nos chocarmos com elas inevitavelmente cairemos abatidos, no entanto, na loucura a que nos permitimos se nos faz acreditar que o bater de nossas asas a seu tempo afastará para longe tais nuvens de chumbo não permitindo que nos toquem, e por acreditar tão fidedignamente, assim acontece
sentimos, ouvimos nossas asas batendo...
tememos, imaginamos um choque nas nuvens de chumbo...
há um chamado ào céu da liberdade através da loucura do sentir
há um chamado à permanência do chão da segurança através da racionalidade do medo..
Procura-se.....
Um sorriso sincero...
Um olhar brilhante...
Talvez até apaixonado...
Uma mão que acalme, que saiba ser firme e leve, forte e carinhosa...
Procura-se...
Alguém que valorize os pequenos gestos, que ame os detalhes.....
Alguém com a capacidade de desvendar mistérios, que compreenda a intensidade de sentir extremos....
Do nada ao amor imenso, a dor como único sentimento.
Procura-se...
Alguém que esteja perto mesmo quando distante, e que jamais vá para longe....
Procura-se...
Alguém de andar discreto....
Que tenha o abraço certo e as palavras que preciso escutar....
Alguém que compreenda meu silêncio de objeto.....
Que na noite faz-se ainda mais quieto, e mesmo assim aceita os poucos gestos que me permito não conter....
Procura-se....
Alguém e não sei ao certo quem, sei que preciso encontrar....
Preciso de sua voz desconhecida, mas que ao ouvir, eu reconheceria, como se de outras vidas já a tivesse em minha memória....
Minha memória que está cheia de não-fatos, de lembranças inventadas e sonhos confusos que não consigo organizar.
Procura-se...
Não importa onde ou quando....
Mas procura-se...
Alguém para amar, e que esse amor seja a conjugação do indefinido, do infinito e muito além....
Do que não se pode enganar, não se pode ignorar....
Um amar que seja leve e livre...
Que nos permita respirar e sentir falta um do outro....
Mas que no momento certo nos inflame o coração, que torna-se um só....
Um coração tão grande que não se possa controlar....
Que abrigue um amor tão grande que não possamos nos deixar....
Não peço o "para sempre"....
Apenas busco algo que seja verdadeiro
"por enquanto".
Deixe-se encontrar-se
esta procura que por vezes nos consome, nos desanima ao mesmo tempo que ansiamos encontrar fada-se ao fracasso devido a nossa ânsia de encontrar, esta ânsia que nos domina enquanto procuramos nos faz durante a busca demorada e cheia de obstáculos começar a imaginar como será, quando será, de que forma será
sonhamos tanto que não nos apercebemos que começamos a idealizar alguem que caiba em nossos ideais, enquanto a busca só termina ao encontramos quem nos faça perder nossos ideais
as vezes o melhor é parar de procurar e deixar-se encontrar
está em ti, sempre esteve, sempre estará, talvez os acontecimentos na caminhada em tal busca acabou ocultando em partes de ti que não queiras tocar, revirar, mudar de lugar, jogar fora
olhe para dentro, essa é a procura que deves fazer, deixando-se encontrar-se..
Eu ainda estou aqui...
Estou de pé e com a experiência de tudo que vivo ao meu favor...
Então de certa forma isso já é uma derrota pra quem tenta abater as fontes frágeis do meu sorriso....
Com o passar do tempo, eu aprendi que nem todo mundo que te estende a mão tem a intenção de te ajudar....
Que muita gente vai te por pra baixo nos dias que você estiver pilhada....
Aprendi que você nunca vai conseguir decorar a letra de todas as músicas que gosta, mas que algumas você só vai gostar enquanto não souber cantar....
Com o passar do tempo eu aprendi que existem ao menos 10 versões para um mesmo fato....
Aprendi que a verdade é supérflua e só interessa ao seu lado da história, ou não....
Mas o principal de todos os ensinamentos do tempo, foi ter aprendido que ninguém, absolutamente ninguém vai viver minha vida no meu lugar...
E é bobagem, perda de tempo pensar que as pessoas podem entender seus dramas...
Seus medos...
Suas incógnitas, quando nem ao menos você tem o direito de se entender....
E isso vai ser sempre assim, indiferente de qual lado do aro-íris você esteja...
Tua poesia é um jardim
que me encanta e invade minha alma...
E de teu coração saltam palavras
de tua alma vêm flores
com um aroma especial
de grande carinho e amor,
que eu abraço
e meu coração pulsa
como coração poeta
provocando em mim
poemas e mais poemas,
para a Poeta e a Mulher,
que já vivem em meu corpo e alma
e serão momentos de intenso amor
por ti querido, sentido
e por mim desejado
num tempo que é o nosso “mundo”
sonhado....
Sonhar é maravilhoso...
Almejo morrer sonhando
minha poesia
nunca foi poesia
sempre foram e
serão
meros arremedos
de poesias e de
poemas
palavras pobres e
limitadas
versos rotos e
sem rimas
deste
insuficiente e
limitado
leitor
que
ousou
ler a
sua alma
a alma da
Verdadeira
Poesia
e
em vão
tenta
(d)escreve-la
as palavras
que saltam
invadindo
sua alma
floresceram
de ti
apenas
te li
não que
o aroma de
carinho e Amor
não exalem
do meu pobre
sentir
admiro-me
todavia
que
em meus delírios
quando dizes
que
seu coração pulsa
como coração poeta
e provocas em ti
poemas e mais poemas
revelando-te Poeta e
a Mulher, Mulher Poesia
possam ser
causados
por minha leitura
não, não, não...
quem seria eu
a despertar
a Mulher Poesia?
rebelde
e
alienígena
aos sentires
desse mundo
sonho
assim
como tu
nosso
"mundo"
sonhado
quero
prefiro
almejo
morrer sonhando..
Há um lugar no infinito, onde todas as coisas começam.
Como aquela luz que se acende no coração, sempre que trespassas o meu corpo.
Depois, olho-te com o meu olhar agradecido e espero o beijo que antevejo desenhar-se nos teus lábios.
Só assim poderemos juntar-nos aos pássaros, e em voo planado atravessarmos todos os vazios.
Existem abismos que não se conformam com esta fusão mais ou menos nuclear dos avessos.
Mas eles tocam-se em todos os pontos onde se inicia a vida.
Ou o brilho da luz.
Anda, vem comigo!
Poderá dizer-se que o infinito não tem princípio nem fim,
é o todo em todo o seu esplendor, é a utopia pretendida de vibração e luz
que brilha mas nunca fere o olhar.
Acredito que em todos esses avessos que se cruzam e interpenetram,
voam almas alheias a todos os abismos.
Palácio Sangria
Caminhando sagaz com meu papel fugaz
Sussurrando na pele molhada a impressão familiar
Disposto, á espasmos, enxugar as gotas vis a brotar.
Como se vislumbra local tão decoroso e desonroso?
Alimentando os florão no alto da montanha,
belas flores carmim.
Tão primorosa quanto és perniciosa
a beleza vil que entorna.
Aquela chuva sorumbática que arrepia até a mim.
Dos arcos ogivais em camadas espinhosas,
vislumbram aturdidos as criaturas leais.
Do céu que pranteia carmesim,
nas arcadas reais caminham lentas
gotas rubis.
Um cântico que jamais gostaria de presenciar.
Ecoava aos longínquos campos sonoros.
daquele teatro perfurante.
Pois ouvia-se do salão o infame
mais que ignominioso.
Malithet, Melancólico Réquiem.
ALTRUÍSTRA QUE ESPERA POR ALGO EM TROCA DA SUA SANIDADE.
................................................................
Você já sentiu que o mundo estava jogando peso sobre suas costas?
Como se você não passase por aquilo todas suas verdades seriam expostas.
Você convence ao outro que aquele favor que te deixaria exausto não é nada;
Mas realmente não é nada perto do que você nunca deixou de fazer ou de tentar deixar acontecer.
Parece que você embarca em um barco sem rumo e sem direção,
que viesse afundar.
Esperando que alguém a qualquer momento sem lógica alguma! Lhe estenda uma mão.
Depois de tão cansado, se recusar fazer algum tipo de favor é taxado como "egoísta"
Por ter pensado melhor oq anda trazendo a você um grande de um altruísta.
Logo sua mente fica mais pesada do que o seu próprio corpo pode aguentar! Procurando um meio de refúgio..
Um novo lar!
Mas é de se desesperar e fazer você quase chegar a desmaiar..
Caindo em seu próprio mar de tanto chorar.
Eu não te culpo como 100 mil outras fazem; bom, isso é melhor do que taxar isso como somente uma "fase".
Ansiedade é quando você liga para tudo e Depressão é quando você não liga mais para nada.
Uma pessoa ansiosa e depressiva se vê em qual estado de colocação?
Achando que aquilo poderia ser uma mera ilusão; sendo vista aos verdadeiros como uma personificação.
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