Poema para uma Amiga que se Mudou
Não tenho uma palavra a dizer. Por que não me calo, então? Mas se eu não forçar a palavra a mudez me engolfará para sempre em ondas. A palavra e a forma serão a tábua onde boiarei sobre vagalhões de mudez.
E se estou adiando começar é também porque não tenho guia. O relato de outros viajantes poucos fatos me oferecem a respeito da viagem: todas as informações são terrivelmente incompletas.
Sinto que uma primeira liberdade está pouco a pouco me tomando... Pois nunca até hoje temi tão pouco a falta de bom-gosto: escrevi “vagalhões de mudez”, o que antes eu não diria porque sempre respeitei a beleza e a sua moderação intrínseca. Disse “vagalhões de mudez”, meu coração se inclina humilde, e eu aceito. Terei enfim perdido todo um sistema de bom Mas será este o meu ganho único? Quanto eu devia ter vivido presa para sentir-me agora mais livre somente por não recear mais a falta de estética... Ainda não pressinto o que mais terei ganho. Aos poucos, quem sabe, irei percebendo. Por enquanto o primeiro prazer tímido que estou tendo é o de constatar que perdi o medo do feio. E essa perda é de uma tal bondade. É uma doçura.
ENCANTOS
Quando uma pessoa chega diante do mar
pela primeira vez,
fica impactada pela beleza e pela força
que vê diante de si.
Já quem mora de frente para a praia,
olha e não vê,
vê e não enxerga,
enxerga e já não sente mais nada...
Quando um turista desce no aeroporto
da cidade desejada,
quando vê monumentos e ruas que
antes só via na TV,
quando percorre ruas que antes eram sonhos,
fica entusiasmado,
tira milhares de fotos,
compra postais e jura que um dia vai voltar.
Quem mora ali mesmo as vezes
quer até se mudar...
Quando alguém se apaixona por uma pessoa,
move mundos e fundos para conquistar.
Faz coisas que parecem ridículas,
contém seus vícios, fala manso,
ri muito, capricha nas roupas,
cerca a pessoa de todas as formas.
Depois de algum tempo da conquista,
se transforma.,
já não beija mais como antes,
não leva flores, nem bombons,
esquece até de mudar de roupa,
e por fim, esquece do amor que nunca existiu...
Por isso, antes de encantar-se
com o fim da viagem,
curta a estrada e seus contornos.
Antes de comer a comida saborosa,
cheire seus odores, aprecie a arrumação
no prato,
coma devagar e aprecie cada sabor.
Antes de terminar o relacionamento,
examine-se,
será que o que você cobra tanto,
você oferece?
Antes de sair do emprego pergunte-se:
será que fiz o melhor pelo ambiente?
O encanto está nos nossos olhos,
o desencanto em nossos corações.
Por isso, deixe-se levar pela emoção
todos os dias,
descubra o novo no velho,
e faça de cada dia,
uma novidade pelos detalhes
amorosos do seu ser.
Nós somos o amor, frutos do amor,
e o amor deve nos guiar por todos
os caminhos;
para tudo ser novo de novo.
O FADO E A ALMA PORTUGUESA
Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflecte o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.
O fado, porém, não é alegre nem triste. É um episódio de intervalo. Formou-o a alma portuguesa quando não existia e desejava tudo sem ter força para o desejar.
As almas fortes atribuem tudo ao Destino; só os fracos confiam na vontade própria, porque ela não existe.
O fado é o cansaço da alma forte, o olhar de desprezo de Portugal ao Deus em que creu e também o abandonou.
No fado os Deuses regressam legítimos e longínquos. É esse o segredo sentido da figura de El-Rei D. Sebastião.
14-4-1929
Só existe uma coisa importante em nossas vidas: viver a nossa lenda pessoal,
a missão que nos foi destinada. Mas sempre terminamos nos sobrecarregando
de ocupações inúteis, que acabam por destruir nossos sonhos( Maktub )
Se uma mulher deseja ser valorizada como pessoa
ela precisa fazer mais do que se esforçar
para parecer um belo pedaço de carne.
Não tenhas nada nas mãos
Nem uma memória na alma,
Que quando te puserem
Nas mãos o óbolo último,
Ao abrirem-te as mãos
Nada te cairá.
Que trono te querem dar
Que Átropos to não tire?
Que louros que não fanem
Nos arbítrios de Minos?
Que horas que te não tornem
Da estatura da sombra
Que serás quando fores
Na noite e ao fim da estrada.
Colhe as flores mas larga-as,
Das mãos mal as olhaste.
Senta-te ao sol. Abdica
E sê rei de ti próprio.
"Para as crianças, o mundo - e tudo o que há nele - é uma coisa nova; algo que desperta a admiração. Nem todos os adultos vêem a coisa dessa forma. A maioria deles vivencia o mundo como uma coisa absolutamente normal.
E precisamente neste ponto os filósofos constituem uma louvável exceção. Um filósofo nunca é capaz de se habituar completamente com este mundo. Para ele ou para ela o mundo continua a ter algo de incompreensível,
algo até enigmático, de secreto. Os filósofos e as crianças têm, portanto, uma importante característica comum. Podemos dizer que um filósofo permanece a vida toda tão receptivo e sensível às coisas quanto um bebê."
É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca.
Eu queria dizer uma coisa.
(...) E você já sabe... Mas acho que devo dizer assim mesmo. (...)
- Estou apaixonado por você, Bella. - disse Jacob numa voz segura e firme. - Bella, eu te amo. Quero que me escolha, e não a ele.
A perfeição
O que me tranquiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. Apesar da verdade ser exata e clara em si própria, quando chega até nós se torna vaga pois é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.
(A descoberta do mundo)
Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude. Faça com que eu seja a Tua amante humilde, entrelaçada a Ti em êxtase. Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o. amor materno que nutre e embala. Faça com que eu tenha a coragem de Te amar, sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo. Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços o meu pecado de pensar.
(Um sopro de vida)
No fundo, há só uma verdade: me sinto só.
Talvez seja essa a causa dos meus males.
Ou será o desconhecimento do que sou, (...)
O que sei é que as coisas que preocupam
podem ser resumidas em poucas palavras:
Deus, solidão. E no fundo, o que existe sou eu.
De tanto andar uma região
que não figurava nos livros
acostumei-me às terras tenazes
em que ninguém me perguntava
se me agradavam as alfaces
ou se preferia a menta
que devoram os elefantes.
E de tanto não responder
tenho o coração amarelo.
Uma geração envelhece enquanto a outra cresce.
Não vivemos apenas em nosso próprio tempo. Carregamos conosco também a nossa história.
Quem de três milênios,
Não é capaz de se dar conta,
Vive na completa ignorância, na sombra,
A mercê dos dias e do tempo.
Que o homem jamais encontre
uma forma saudável de eliminar a dor.
É a dor que move a compaixão
e a fraternidade entre os homens.
E mesmo com ela há bastante crueldade e desamor.
A Tirania do Sofrimento
O homem, quando sofre, faz uma ideia muito ideia muito especial do bem e do mal, ou seja, do bem que os outros lhe deveriam fazer e que ele pretende como se do seu sofrimento derivasse um qualquer direito a ser compensado, e do mal que pode fazer aos outros como se igualmente o seu sofrimento o autorizasse a praticá-lo.
Não, garoto, a felicidade não existe.
Isto é apenas uma coisa que inventaram
para te deixar infeliz.
Há em tudo que fazemos
Uma razão singular:
É que não é o que queremos.
Faz-se porque nós vivemos,
E viver é não pensar.
Se alguém pensasse na vida,
Morria de pensamento.
Por isso a vida vivida
É essa coisa esquecida
Entre um momento e um momento.
Mas nada importa que o seja
Ou que até deixe de o ser:
Mal é que a moral nos reja,
Bom é que ninguém nos veja;
Entre isso fica viver.
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar nos sonhos que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança...
Quem acredita sempre alcança...
Uma verdade, mocinha:
não é todo homem que te acha linda
que quer comer você: existem as exceções,
mas eu não sou uma delas...
Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.
Pra enrolação...atalho.
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