Poema para um Lider
Resisti a crônica passada
noite inteira pesada
Do meu coração ela veio; rasgada.
Por inteira me rasgou
Ultima gota me tirou
E os versos; externou.
Mesmo com certa pressão
Da crônica; expressão
Liberdade canta o coração.
Feira do Rolo
meu pote aberto
teu pote aberto
te dou meu treco
me dá seu teco
a poesia é uma junção ,
alegoria de potes poéticos
a palavra desloca, inspira, provoca
e promove a troca
Eu nunca seria poeta
Eu seria alcoólatra
Não quero saber de versos
Nem sentimentos
Beberia até sem sentir
Só para sentir o amargar
De uma vida não vivida.
Tem sido dias difíceis
não dá tempo de explicar,
Sinto saudades do que não vivi
imagino a mesa posta no jantar.
Uma vida paralela a essa
A alegria fazendo festa
Sem hora para acabar.
Sonho com a tal felicidade
Aquela vida de verdade
Espero que não demore
a esse dia chegar.
Rosa Branca
Essa é uma mensagem para a Rosa Branca no meio do campo.
Que se mostrou tão linda no meio de tanta ausência e abundância
Expressou sua beleza derivada do contraste
Plantada ali, no meio do mundo
Era só uma rosa branca no meio do campo
Se escondendo propositadamente no mato alto
Onde só se vê as pétalas macias
Você clamou o meu toque, pediu a minha mão
Rosa Branca no meio do campo, escondeu teus espinhos?
Você precisa de cor, o vermelho do meu sangue te colore.
Essa cor não é sua, Rosa Branca
Vermelho não te favorece,
sua beleza não precisa de pintura, não precisa do meu corte
Embora doa, eu não sofro, Rosa Branca
E o que te falta é você enxergar presença na sua cor ausente
Tenho vivido o tempo das intensidades.
Entrego-me ao amor de forma plena.
Já não aceito ser amado de forma superficial...
ATÉ QUEM NÃO VIU
Até quem não viu o vento o sentiu passar
Até quem não viu a água a sentiu ao provar
Até quem não viu a energia a sentiu ao eletrizar
Até quem não viu o som o sentiu tocar
Até quem não viu o tempo o sentiu passar
E passou...
16/09/2023
À TARDE
Agradeço a Deus pelo silêncio
Que às vezes se faz.
O silêncio permitido
Pelo rádio desligado,
A TV muda e vazia,
As vozes cessadas.
O som da voz de uma criança,
Medido e sentido pela distância;
O som do canto de um pássaro
Crescendo no silêncio.
O som de um serrote é o som do aço
E da madeira, tão primitivo
Quanto nos dias de Noé.
Baixo contínuo é o vento,
De tudo um violoncelo desafinado.
Fachada
Logo vai terminar o prazo
para o homem construir sua fachada.
Ele continua em andaimes.
Provisório.
Exibe máscaras cambiantes.
Sua face inconclusa,
sustentada por ferragens,
parece esconder que,
em todos esses anos de obra,
ergueram-se inúteis plataformas
para edificar um escombro.
Negrume
podem me dar tarja preta
tentem me tirar do breu
o carvão aqui sou eu
Cidade
ó blues de cruciais impossibilidades
dores de amores inexistentes
rosas amarelas mortas no apartamento
beijos e salivas nas tardes desérticas
ó visão depressiva do asfalto molhado
prédios encardidos & horda dos bárbaros
arquitetura de guerra de dias provisórios
espelho poluído da cidade da chuva
ó mundo artificial com sua natureza de néon
espetáculo de vitrines e exibições
nada de eterno palpita no seu coração
tudo já nasce velho para ser refeito amanhã.
Atravessar as coisas
Atravessar as coisas
para melhor absorver-lhes
a duração e o gosto.
Aprender a paciência
de um artesanato.
Sair do outro lado
com outra densidade:
o corpo mais sólido
diante da correnteza
desses dias.
Oração natural
Fique atento
ao ritmo,
aos movimentos
do peixe no anzol.
Fique atento
às falas
das pessoas
que só dizem
o necessário.
Fique atento
aos sulcos
de sal
de sua face.
Fique atento
aos frutos tardios
que pendem
da memória.
Fique atento
às raízes
que se traçam
em seu coração.
A atenção:
forma natural
de oração.
Que me quereis, perpétuas saudades?
Com que esperança inda me enganais?
Que o tempo que se vai não torna mais,
E se torna, não tornam as idades.
Razão é já, ó anos, que vos vades,
Porque estes tão ligeiros que passais,
Nem todos pera um gosto são iguais,
Nem sempre são conformes as vontades.
Aquilo a que já quis é tão mudado,
Que quase é outra cousa, porque os dias
Têm o primeiro gosto já danado.
Esperanças de novas alegrias
Não mas deixa a Fortuna e o Tempo errado,
Que do contentamento são espias.
Casulo Efêmero
A alma, imortal e etérea,
Em casulo se abriga, exulta,
Como se na terra, efêmera,
Preparasse a sua volta.
Como o casulo que se forma,
A vida passa, se transforma,
Deixa marcas e ensinamentos,
Nos corações, em sentimentos.
E ao deixar a casca vazia,
A alma alça voo, serena e livre,
Deixando um legado para os seus,
Que ao longo da vida gerou e viveu.
Deixa para trás a morada,
E segue com a alma lavada,
Pois viveu plenamente, deixando marcas,
Nas almas tocadas, nas vidas abarcadas.
Borboleta que encanta, brilha,
É a alma que agora voa, trilha,
Transformada pelas asas do amor,
Em um ser de luz, com cheiro de flôr.
Assim, a morte não é fim,
É uma nova fase, um recomeço,
A alma livra-se do casulo enfim,
E segue sua jornada com apreço.
Que possamos entender a mortalidade,
Como uma oportunidade de crescimento,
Aprender, deixar saudade,
E viver cada momento com sentimento.
Que a borboleta de cada alma,
Deixe rastros profundos na história,
E que a morte, não seja só um trauma,
Mas uma passagem para a eternidade da glória.
Amo, amas
Amar, amar, amar, amar sempre e com todo
o ser e com a terra e com o céu, de sobejo,
com o claro do sol e o escuro do lodo.
Amar por toda ciência e por todo desejo.
E quando nos seja dura e longa, e alta, a montanha da vida
e os caminhos à frente com abismos feitos,
amar a imensidão que arde no amor nutrida
e arder na fusão de nossos próprios peitos!
O fatal
Ditosa, a árvore, ser apenas sensitivo,
E mais a pedra dura, que essa já não sente,
Pois não há dor maior que a dor de ser vivo,
Nem há maior pesar que a vida consciente.
Ser, e não saber nada, e ser sem rumo certo,
E o temor de ter sido e um futuro terror...
E o espanto seguro de amanhã estar morto.
E sofrer pela vida e pela sombra e por
Aquilo que não conhecemos e apenas suspeitamos,
E a carne que tente em atrativos supremos
E a tumba que aguarda com seus fúnebres ramos,
E não saber aonde vamos,
Nem de onde viemos...
"Indiferença"
Não é deixando morrer de fome
o pobre moribundo
que se resolve o problema
da fome no mundo .
Poesia
Poesia de ouvir
Poesia para ver
Poesia de falar
Poesia para cantar
poesia de pintar
Poesia para decifrar
Poesia é viver.
Poesia é você.
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