Poema para minha Irma Gemeas

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⁠Balança o Abedul,
Quero morar na dança
das tuas pupilas,
E estar nas tuas
mãos sendo infinita,
E sentir a essência
da felicidade na sua
mirada apaixonada
e repleta de malícia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Existem vestígios
meus em ti,
Mesmo no abismo
que é o exílio
do teu silêncio.

Em ti sou poema
de amor vivo,
Ao seu redor és
o meu Condor
me protegendo.

Não sei qual
será o desígnio,
Só sei que algo
diz para nós baixinho
que está escrito
um no coração do outro:

O meu destino é você.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Quero ouvir protegida
pelos teus braços
o rugido de cada trovão,
Desejo me sentir protegida
por cada carícia
e pelo amor do seu coração,
Do nada ando até ouvindo
a doce chamada dos seus
lábios que são melhores
do que qualquer vinho,
E sobretudo agradecer
ao destino por ter colocado
você para ser meu no caminho.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Esperar pelo seu
entendimento
de que fugi de você
por não ter nome
e nem rosto,
É algo que insisto
de coração,
Algumas vezes
por falta de maturidade
e de informação
peço perdão por todas
as vezes que eu te aborreci,
Não tenho um humor gris,
eu sou feita de tempo fresco,
céu azul, de raios de sol
e de noites estreladas
do nosso Hemisfério Sul.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Para honrar o meu
sangue gaúcho
que tenho
do lado paterno
para o meu amor
espero preparar
um Arroz Carreteiro
para fazer ele
saborear por inteiro.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Estou Aterrorizado:

⁠Quebrado, como um brinquedo sem roda,
Como um navio à deriva, sem velas,
Sou como um pássaro com asas partidas,
Incapaz de alçar voo, preso ao chão.

Não sei quando me quebrei,
Mas sinto a ausência de uma peça,
Uma rachadura que conheço tão bem,
Como a tartaruga sabe o caminho
De volta à praia que a viu nascer.

Sei onde dói, onde está o rompimento,
Mas não possuo as ferramentas, nem a habilidade,
Para devolver o que se partiu em mim.
Como reparar um coração ferido?

Sinto o frio tomando meus ossos,
Congelando minhas veias,
A cada dia mais gelado,
Distante do calor que me falta.

Como ser quente, se o que me machucou
Agora me causa medo?
Meu coração dispara,
Meu estômago se revira,
E a doença do medo me envolve.

Sei onde está a dor,
Mas temo a cura,
Pois receio que, ao sanar,
Outro alguém virá,
E a ferida será ainda mais profunda.

Estou aterrorizado.

Inserida por marcoantonio04

⁠Com as mãos entrelaçadas
fazer o amoroso caminho
pelo bosque onírico
rumo a tranquilidade
do inequívoco rio do destino.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Arte como via pessoal
para a transcendência
pede inspiração autêntica,
Arte registro de uma
época do passado
e do presente para quem
sabe deixar uma memória,
E sobretudo fazer história,
Porque o quê penso hoje
é apenas cópia do ontem,
Conheço muito bem
a mim e sempre procurei
tentar alcançar a herança remota.

(Não vivemos mais uma novidade).

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Um dia estarei sob
a Palma Real da terra
do meu poeta favorito
com o meu amor bonito

Entre os braços
dele não me fartarei
e o farei sentir
como um verdadeiro Rei

Porque tudo o quê ele
pedir não recusarei
o meu amor é de alta grei

Tenho certeza que
no tempo certo virá,
e no meu colo descansará.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Caoba divino confessor
falo contigo por enquanto
não tenho o meu amor
para caminhar comigo

No silêncio dessa noite
busco entender o porquê
ainda não chegou a hora
dele estar no mesmo caminho

Há entre nós tudo em comum
e que um sem o outro
na vida não irá a lugar nenhum

O encontro está próximo
porque dos Hemisférios
somos o inevitável desígnio.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A fortuna perene da vida
é ver poesia em tudo
mesmo sabendo que um
outro amor ainda não veio

Se alegrar com o canto
do Tero conecta-me
com o quê fortalece
num instante mui breve

É algo que só quem nutre
o amor profundo por
por tudo o quê é ancestral

A Pátria Grande por desígnio
é o grande romance
que entreguei o meu destino.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Nas mãos mais lindas ser
a Monja Blanca florescida
e a amada consentida
para alegrar os seus dias

Trazer o melhor e a alegria
e cobrir-te com beijos
a cada instante e dar-te
as primícias dos desejos

Confiar livremente tuas idas
e vindas com a firmeza
nas desejáveis constâncias

Trazer as auroras austrais
e boreais para a querência
aumentar sempre mais e mais.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Sem me preocupar
viveria entre caudas
de cometas a passear
sem hora e dia para voltar,
mas só você não poderia me faltar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Mistério interior
sobre fórmulas
do nosso sedutor
e bruxo amor:
Secreto calor...

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Deixar ser descoberta
no bosque dos desejos
como a feiticeira que
há de capturar os segredos
nos recônditos travessos,
Não sei explicar o porquê
você sabe me dominar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Agosto no Cio


Nuvens vermelhas flutuam baixo. As circunstâncias atmosféricas do mês de agosto facilitam sua formação em níveis vulneráveis à sensualidade humana, absorvendo as gotículas de sangue lançadas ao ar enquanto vociferamos nossos temores, nossas aflições, paixões, fúrias e desejos, sangrando como fêmeas férteis cujos óvulos não foram fecundados.
Noites longas, frias e densas. Eis nossos corpos envoltos pela nebulosa encarniçada: entramos no cio e a grande fera sopra seu vapor sanguinário no deserto.,
Hei, Senhor Lupino! Abandone seu covil e venha me pegar!
[...]
Sinto seu hálito, seus beijos, sua língua úmida descendo por meu pescoço, minhas costas, meus seios, minha barriga, meu templo.
Gemidos, sussurros: a heresia de uma fase lunar personificada pela condensação de nossos instintos carnívoros.
Seus lábios macios sugam o fluido ferruginoso que verte de minhas nascentes em resposta à efervescência de suas carícias sinuosas.
Sua fera pulsa entre minhas coxas.
E eu sei: o Deus-homem nunca morreu.

Inserida por TerezaDuzaiBrasil

⁠Cifras

O grito veio do fundo mudo
e ecoou oco, aos poucos.
Não era um grito de susto,
não era um grito de raiva,
tampouco era um grito de empolgação ou de alegria.
Era, sim, um grito ressentido;
era, sim, um grito gritado para que todas as lágrimas fossem choradas.
O mais belo de todos os gritos,
feito de um fôlego só,
de uma só dor,
Ade uma dor só,

Inserida por TerezaDuzaiBrasil

⁠Unidos dos pés a cabeça
nos detalhes esplêndidos
ou não olhando ou falando
para buscar as liberdades
para todos os povos nós
nos entendemos profundamente,
Mentes, corações e ações
sob as moções sob desígnio
do Hemisfério Celestial Sul
assim é o nosso amor como destino.

(Nos teus lábios sei que
mora o meu absoluto paraíso).

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O PAREDÃO MARIANO
.
.
Os anjos libertadores,
incumbidos de trazer a chave da Sociedade Livre,
morreram todos no Paredão Mariano.
.
Não me lembro se foram fuzilados,
se fluíram por um corte na garganta,
ou se alguns morreram de gripe...
.
O que sei é que sua marca ficou nos muros
que foram pichados pelas cidades
de países passados e futuros.
.
Os anjos libertadores
morreram por uma venda
no Paredão Mariano.
.
O Paredão Mariano não existe.
Sua pedra e sua largura
são por conta da imaginação do poeta;
.
mas sua imagem me veio tão nítida,
como se fosse o sonho de um pesadelo vivo,
que herdei o desespero dos condenados.
.
O Paredão Mariano:
a dureza das suas paredes frias
... o horizonte de metralhadoras e fuzis
prestes a roubar a vida.
..
O Paredão Mariano não existe:
sua pedra e sua largura
são ficções de um poeta louco.
.
Não há registro histórico;
mas seus olhos me gritam tanto,
e sonhar é tão pouco...
.
O que foi feito dos anjos libertadores
diante do horizonte de metralhadoras?
Em forma de brilhos, terão sobrevivido?
.
Será que, em música, foram convertidos,
e hoje trilham no céu noturno
o leite alegre das estrelas?
.
E o Paredão Mariano, que não existe?
.
Existirá, por ventura,
em algum ponto da memória
de futuros torturadores?
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Sintonia Fina, 2022]]

Inserida por joseassun

⁠TRISTEZA MARAVILHOSA
.
.
Rio de Janeiro,
sob teu corpo de concreto
teu santo padroeiro
dorme, como um feto.
.
Ainda não nasceu, teu santo,
ainda é cedo para o milagre;
e a lágrima doce do teu pranto
não é vinho, é só vinagre.
.
Baía de Guanabara,
como mente o teu postal.
Vejo fome em pau-de-arara
sob a camada social.
.
Queria entender teu segredo,
tua miséria, tua mentira;
mas o que vejo é o degredo
que escapa da tua mira.
.
Seres humanos migratórios
compelidos à mudança
cujos mortos compulsórios
são produtos da esperança.
.
Rio, Deus te abençoe,
e do alto do Corcovado
em pedra o Cristo nos perdoe
por teu índio dizimado.
.
Cidade Maravilhosa,
herança dos guaranis...
na tua culpa misteriosa
guarda a lembrança dos brasis.
.
Rio, cidade poesia,
olha teu negro na construção;
não lhe conceda alforria:
tu és a própria escravidão.
.
Rio, alguém que tardia
espreita em teu carnaval;
sobre a tua fantasia
jaz a beleza de um postal.
.
Rio de Janeiro,
teu caminho não é reto;
ao sul do teu cruzeiro,
um voto vira um veto.
.
Ainda não nasceu teu quebranto,
ainda é cedo para o céu;
e a cachaça do pai de santo,
não é néctar, é só mel.
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Insurgência, 2023]

Inserida por joseassun

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