Poema palavras
POEMA À MORTE
Estava nascendo
Podia sentir a sua respiração!
Não sabia ainda se seria um poema alegre
Ou triste,
Mas já percebia que seria intenso
Faltava pouco, muito pouco
Apenas algumas palavras
Encontrar a rima ou o ritmo final
E dar alguns retoques
Ah desgraça sem graça!
Musas implicantes,
Senhoras da pirraça!
Quase nascendo,
O poema não encontrou a rima
Quebrou o pé de maneira infame
Antes de dar o primeiro passo
Olhou-me, triste,
Entre envergonhado,
E lamentoso
E foi puxado para o inferno
Das obras não realizadas
Enterrei-o de maneira singela,
Com honra
mas sem grandes funerais ...
E chorei pela sua alma
Durante toda uma semana
Às vezes, mesmo hoje,
Tão longe no espaço-tempo,
Posso ainda vê-lo à morte
Com a respiração ofegante
Diminuindo pouco a pouco
Coberto com o manto negro
Das palavras que apenas mancham papéis
Sem frequentar a boca das pessoas,
Ali está ele - entre as frias paredes da memória
soltando seu último suspiro
[publicado na Revista da Academia Lagartense de Letras, vol.1, nº7, 2021]
SOMBRAS
Nesse poema trago as amarguras e decepções
Sinto-me um ser vagando pelas ruas na contramão
Cabisbaixo, perdido sem direção envolvido pelas sombras
que se apoderam da minha insatisfação.
Faltam luzes no meu pensamento
deixando os sentimentos presos
a uma névoa, envolto de indecisão
Não sei se são sombras do passado.
Do presente que me causam inquietação
Sobretudo muita desilusão
continuo lutando para um dia fugir
dessas sombras que vivem a me perseguir.
Do futuro nada a dizer
Se do passado não me defini
Do presente não me encontrei
Talvez as sombras continua a seguir.
A dor do poeta não é a dor do poema
a dor do poema e dele mesmo
a dor do poeta se confunde entre letras e lágrimas que escorrem sobre a face/folha de papel do poeta em dor
"Madrugada"
Esta madrugada eu quis ler um poema,
algo prateado que inundasse os olhos daquele anjo.
Eu quis ouvir a chuva, aquela chuva da minha infância,
que aportava meus navios brancos nas pedras.
Esta madrugada eu quis que todas as luzes se apagassem,
e teus olhos se acendessem nos meus.
Ramos crescendo esticam-se na janela,
querem ouvir meus pensamentos,
e bem ouvem,
a madrugada de um poema,
e pousam meus sonhos, no cansaço.
POETA
Igual poeta,
faço poema.
Rasgo minh` alma,
lanço meus verso,
longe do quarto,
dentro de mim,
sem lucidez,
sem os desvios,
e sem frações.
Múltipla… inteira...
encontro - me!
( 14/01/2019 )
Reconheço teu rosto na multidão e tento compor o poema da tua presença.
Fico a espera de novos gestos, sorrisos e palavras.
Reconheço teu rosto e me perco diante de tantas faces.
As palavras somem e com um suspiro profundo, pronuncio o teu nome que é um poema de amor e saudade
Nem todo poema é tinta e papel
Saiba ver de onde vem, onde tem
Cada alvorecer
Poema do, o teu aroma adocicado como as planícies de galiza, o teu cheiro gostoso como o mel, o teu coração puro como o universo, o teu toque poético como uma poesia pelos nossos corpos húmidos e ardentes.
Tu és a minha realeza.
Eu não preciso de titulos reais.
Mas sim tu és o meu maior titulo minha duquesa. Eu vivo de amor e paz e não de titulos e glórias. Tu és a minha maior glória.
Escrever não é apenas ter lápis e anotar.
Um poema não é escrito, é tirado da alma.
É um belo ato expor tudo que faz encantar.
É uma emoção escrever para quem se ama.
Saber por rimas e sentimentos é uma poesia.
É um fascínio sem explicação essa harmonia.
A arte que é por o que sente com lápis e papel.
Escrever com suavidade tem um sabor de mel.
Seja, poemas ou sonetos não importa a forma.
O que vale é o que vem de dentro e transforma.
Passar a emoção do autor para quem for ler.
É uma força da natureza, é algo inenarrável.
Fazer poesia da vida é fazer ela mais amável.
Em uma busca de interminável melhoria.
Poema - A Jardineira de Curitiba
Não escrevo a mim
Eu escrevo a alguém
No fim da folha, deixo um relevo
Assinatura à caneta para quem
Me fez sorrir, me fez chorar
Esteve a partir e perdeu-se em mim
Au' Revoir, disse à vida de mártir
Da poesia, à minhas linhas de marfim:
Cantei canções amargas e sem cor
Colhi as sargas, sem flores sofri
Pueril rancor, de mim não largas
À morte, recados que um dia escrevi
Ó amor, enxergue, ela só responde na hora
Não deixe que em ti leve este mal à dentro
Pois aqui fora, ele à ela reacende e reergue
O que esteve apagado por muito tempo
Estas rosas secas, estes frutos podres
Não regaram as freiras, desde às dezoito:
Tornou-se um jardim de dores enfáticas
Onde o delírio do homem permanece acoito.
Sem ti, cara dama, senti as dores
Sem incentivos de quem ama, fomos
Atrás de flores, retornando à goma
Regai nosso jardim, pois melhores juntos somos
Tudo Que Sinto
Posso expressar
Com o coração,
Numa estrofe de um poema
Ou Numa parte de uma canção,
Mas aquele que sentiu a autoridade
Nas palavras ditas,
É que tocou-lhe
O coração
POEMINHA DA ALEGRIA
De quantos versos preciso
para compor meu poema
sobre a força revolucionária da alegria?
Apenas um: “a mim basta que você sorria.”
*Para meus filhos Isabele e Rodrigo.
SOLTE AS RÉDEAS DA TUA POESIA
Tua poesia não se restringe
às letras encadeadas do poema,
que escreveste ou não.
Tua poesia sorri
na gratidão da tua paciência aos esquecimentos do pai.
No humor ao olhar de tua mãe, que te eterniza na infância.
Na amorosa tolerância aos defeitos dos teus amigos.
E na tua resignação ao ninho
vazio pelo voo justo dos teus filhos.
A poesia, que te é inerente,
mora em ti quase anônima
e exala na tua humanidade manifesta
em meio ao caos e o improvável,
feito florada fora de época.
A vida é uma cena
Em cada verso um poema
Em casa linha um rabisco
Em cada vida uma forma de encenação!
PAIS DE IMIGRANTES
Lá vem de novo esta mão, esta tinta e esta pena.
Me fazendo escrever poema, que ora anima ora a mim mesmo condena.
Pois as letras que aqui escrevo, são oriundas de dores reais.
O assunto que aqui incejo, conseguiu me tirar a paz.
Pessoas reais são mesmo assim, ora racionais ora emocionais.
São sempre revestido de dons especiais, mas sempre voltados aos pais.
Eles que deram a força e seguravam firme a nossa mão.
E depois que nós crescemos e pegamos o avião.
Descobrimos outro povo, outra cultura, outra nação.
E os mesmos que um dia disseram: não tenha medo do trovão.
Tem medo de vir aqui, na casa do filho que foi campeão.
Com a desculpa de dizer, que já é velho, é um ancião.
A pergunta que se faz, quando se está em terra estranha.
Vale a pena deixar tudo e viver essa façanha ?
Fui a caça, conquistei, estruturei e fiz estudos.
Mas o convite que enviei, foi ignorado e ficou mudo.
Minha intenção era mostrar a minha casa e a vossa netinha.
Dizer que embora eu tenha vencido, essa honra não é só minha.
Continuo aqui no labor e minha memória de elefante.
Não encontro outra referência, não que eu seja ignorante.
Eles sempre serão meu porto seguro, ainda que estejam distantes.
Preciso aprender a curar a saudade, pois sou um filho imigrante.
A SOBREVIVÊNCIA - MANGUE
- Recife -
POEMA I
E a ponte esvai-se pelo rio
trêmula navegante nula;
nas suas cáries residimos
logicamente crustáceos.
Bípedes arquitetando sombras,
planos rostos refletidos: nunca,
no aquático espelho dos sobrados
sustém o eco dos sentidos desusados
que mordem das impegadas mãos o tato.
Incerta lama convivida:
alma lama reanscida ao sol.
Anfíbio (caranguejos, siris, meninos)
o peito ereto, as mãos para cima,
trazem as bandeiras de medalhas-lama.
Do céu ganhou a armação
em ossos; um nato esquife.
E o recheio, que lhe desse o rio.
Lá na Ponte Giratória, por mais que gire:
ossos que vivem a sobreviver de ossos!
(Publicado na antologia Presença Poética do Recife, de Edilberto Coutinho, Arquimedes Edições, SP, 1969 e 2ª edição, UFPE, 1977.)
Tenho um poema pra você
Meu adorável amor
Mas ele ainda precisa de você para existir
E então ele irá se materializar
Por enquanto, só tenho um esboço e um borrão das suas promessas de amor
Quero deterreter até lembrar que sim, é possível sonhar
Mesmo nesse mundo repleto de rancor
Ainda é possível crer no amor
Assim como no desabrochar d'uma flor
Hei de sorrir
Porque nesse mundo ainda existe cor
Tudo que nasce ainda pode florir
Hoje me comprometi a te escrever um poema....tarefa muito difícil.
Porque poemas expressam os sentimentos que estão guardados no coração de uma forma elegante e precisa. Mostram sem superficialidades toda a profundeza deste ato e refletem o real valor que este amor merece
Mas vou tentar e já peço desculpas pois não sou nenhum Drumond, Roberto Carlos ou Shakespeare.
*AMOR INCONDICIONAL*
As vezes nossa vida sofre mudanças
Mudanças bruscas e dolorosas.
Mas na minha vida aconteceu um milagre
Pois renasceu o amor apesar da idade.
Encontrei uma razão de viver
Ao saber que posso possuir e ter
Aquela que mudou minha existência
Com seu carinho e resiliencia.
Me ensinou que a vida muda de trajeto
Quando é abençoada com um afeto
Verdadeiro, leal , incondicional
Que me faz sorrir , me sentir total
E irrestritamente pertencendo a alguém
Que me entende, me acaricia e sabe
Que quando não está ao meu lado
Me enche de temor e saudade.
Não saberia o que fazer se
Um dia não tivesse esse amor
Porque quando distante um dia somente
Já me encho de temor e pavor
Pois sem este amor eu não saberia
O que é sentir amor e alegria
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