Poema Ordem e Progresso
NEM SEMPRE O QUE PARECE É O FIM
O sol hoje não veio no céu brilhar
Será que isso irá se eternizar?
O medo da escuridão me tomou
Não sei se a lua pro céu voltou
Estou assustado pensando em corre sem direção
Qual será o sentido dessa nação?
Correr ou esconder?
não sei o que fazer
Estou sentado dentro do meu quarto
Com medo de ser visualizado
Mas se não sair
Serei eternamente preso aqui
O medo completamente me tomou
E de repente a escuridão
A história tem um fim e depois outras virão
A minha paixão vi se perder
E não pude nem a cabeça reerguer
O meu amor passado nem sei com está
Pois a cabeça pra fora da janela nem consigo colocar
E esse é o fim?
Lutar prosseguir ou desistir ?
É difícil admitir
Que o que eu gosto vou desistir
Uma lágrima que no meu rosto vi escorrer
Foi tão rápido que nem notei acontecer
Tudo o que conheci por tudo que lutei
Onde fui parar só isso que não sei ,
Hoje queria ter dado mais valor
A tudo que eu aprendi e que a vida me ensinou
Minha família desesperada correndo só o que eu consigo ver
Mais assim que entrei em uma sala vi tudo escurecer
De repente avistei em uma sala um caixão
O que é aquilo o rosto!!! A MÃO !!!
São minhas enfim acordei da escuridão
Então isso é o que estava acontecendo
Enquanto via meu caminho sem rumo estava apenas falecendo
Mais sei que a escuridão não é o fim
Tenho caminhos destinados a mim
Só peço que ao contrario de mim aprendam da valor
A tudo que a vida nos reservou
Minha alma aos poucos vai sumindo
Peço que lembrem-se de mim como um guerreiro e que eu fui pelos os excluídos
Peço que não sofram de mais,
Pois saimbam que a alma de um guerreiro vai em paz.
CAIXINHA VERMELHA
Sinto que deverás preencher um vazio que possuo nesta caixinha vermelha
Que trago no bolso esquerdo.
Sinto que eu posso estar te fazendo feliz
ao te dar um futuro
embalado na caixinha vermelha
The Silence
O que faço eu?
Quanto para eles
O meu silêncio é perturbador
e o meu falar é devastador?
Como não olhar?
Como não me apaixonar?
Teu corpo foi esculpido a mão
Seu rosto foi Deus que desenhou
Me perco nos teus lábios como um marujo no meio do mar
Uma rosa que não tem espinhos
A mais belas de todas as borboletas
A sinceridade a faz um anjo do mais divino
Até a Afrodite tem inveja da tua beleza
É por isso que eu te quero
Com tudo o que está fora do alcance, você é o maior premio que eu podeira ganhar.
Não sei se o que escrevo faz algum sentido pra você,
Já não sei se quero que me entendas,
Mas isso não me impede de lhe escrever,
O seu Sorriso é o poema, que a métrica não explica,
onde as rimas ricas se prostram diante de ti.
Realmente não quero que me entendas,
Quero apenas que você veja, como me sinto ao te ver.
O Bom Jardineiro
Ternura são as rosas
Lealdade são os girassóis
Serenidade são as tulipas
Generosidade são os cravos
Caridade são as orquídeas
Paciência são os antúrios
Gratidão são as gardênias
Decerto nem todo belo jardim
possui todas essas flores,
no entanto um bom jardineiro
cultiva no mínimo uma
variedade dessas espécies
A CARÍCIA PERFEITA
Valiosos afagos, que desejei
Ofertou-me com benevolência
Num gesto castiço e decência
Do puro amor que saberei
Se eterno ou célere, ocasional
Cicatriz tatuada no confinamento
No suspense do maior sentimento
O amor nasce de modo especial
Do nobre sentimento vivenciado
Que não tem fim ou de ocasião
Seu amor descomunal, sou viciado
Tanto bem faz ao meu coração
Desse vício não quero ser curado
Esse amor não tem explicação.
AMOR
Além do alcance dos
Meus delgados sonhos,
Onde eu posso me entregar,
Reina meu eterno coração
Apaixonado desprovido de
Mistérios quando
O emblema do Amor
Reacende tua chama,
Acalanta-me no virtuoso
Momento em que teu
Olhar reflete no meu
Raios soberanos,
Aniquilando as
Marcas mórbidas
Oriundas de uma busca
Repleta de obstáculos,
Acende-se então a chama
Mágica do encontro
Ostentado pela dádiva
Recíproca de teu chamado,
Alvorecido em cada gesto,
Movido pela ansiedade de
Ofegantes desejos, viver eternas
Realidades em teu coração,
Assim
Muitos
Outros
Resplandecem.
APRENDER
Eu mesmo não queria
Que as flores retornassem
Ainda verdes de se ver
E cavei o chão do tempo
Para enterrar as cáusticas
Que me puseram
Enquanto a chuva cantava
O inverno mais frio
No tom da minha lástima
No espelho d’água que surgia
Eu via meu sorriso bailar
E o meu olhar aplaudir
Agora eu quero me aquecer
Na luz mais quente
Do olhar que horas me prova
Que as flores dadas
São gestos adversos
A quem se deveria fazer.
BAHIA DA POESIA
Filho:
Oxente mainha,
eu obedeço a senhora,
mas num quero comê camarão não.
Mãe:
Destá,
então vá catá coquinho na praia
porque tu num tem querer não.
— Olhou para o céu,
vestido de azul e branco,
olhou para o mar,
vestido de azul e branco.
Filho:
Vixi, hoje tem baba!
— Aperreou com a bola e partiu
com a boca cheia de dente
a caminho do mar.
EMBARCAÇÃO DO AMOR
Velejo nos sonhos e prazeres
Deste amor
Que insiste em assoprar
As velas
Do meu barco
Na direção
De teus desejos
Ancorado eu fico
Em teus anseios
Que revelam
Segredos íntimos
E nossos instintos
Enlouquecem ao descobrirem
Estes mistérios
Navegando em
Teu corpo
Agitado
As minhas mãos
Traçam o percurso
Que nos interessa
E passam a comandar o barco,
Exploramos este mar
De rosas
Para nos perder
De amor
Como dois
Náufragos que se descobrem
Numa ilha deserta.
CORAÇÃO VALENTE
Estreitas veredas
não remetem a nostalgia
sobrepujada no trajeto
de infinitos passos,
Imunes às provocações
que a vida impôs,
traduzis imponente precursor
do mistério abstruso d′esta passagem,
De coração denodado
conformação oblata,
chegarás até o fim.
Mesmo sabendo que não tem fim.
FACE A FARSA
Feixe — de vara — sujo e condenado
Em contorno de um machado afiado
Subversor medido a golpe dado
Marcha com o corpo decapitado;
Procuras patente que não se aponta
— Ainda devotarias apreço militante
Se conotar símbolo semelhante
Prenda-o que será temida afronta;
Acéfalo de natureza — anomalia
Se procuras amainar esqueça
Aceite-se que és um ser sem cabeça;
Paradoxo de incerteza — antinomia
Se outrora via-se versus a ver
Conjugas agora o verbo vencer.
MENINA DANADINHA
Menina danadinha
na fiúza do que faz,
vou em busca outra vez
dos teus temidos ais!
Menina danadinha
repleta de confiança,
nas curvas do teu corpo
está a minha pujança,
A noite uma criança
na fiúza do que faz,
bate em minha porta
mas, ela, não me traz,
Irei encontrar talvez
debaixo desta lua,
vou em busca outra vez
da volúpia pele tua,
As minhas alegrias
não se apagarão jamais
nas exterioridades
dos teus temidos ais!
OBLAÇÃO DO PENSAMENTO
Em uma longa vibração positiva
Que vem de um lugar distante
Toca meu coração a cada instante
Como uma energia cheia de vida
Que vem ao vento, traz sentimentos
Provocado pelo anseio de te querer
E livra-me da solidão só em saber
Que estás comigo em pensamentos.
Eu fecho os olhos, esqueço de tudo,
Vou ao seu encontro e nossa metade
Une-se como nunca antes aconteceu
E a restrição do mundo fica mudo,
Perde o tempo e o espaço à vontade
Porque agora só existe Você e Eu.
PROCURA-SE UM AMOR
— Procura-se um Amor.
Dizia desesperadamente
A placa... Ao súbito.
Afinal, onde encontrá-lo?
Sim, o Amor pode estar
Dentro do inusitado,
Escondido numa sombra
Ou atrás dos olhos fechados
De uma mulher a espera.
Abra-te mãos e mostre
Suas feridas marcadas
Pelos aplausos aos
Amores ludibriados, mas,
O Amor não se decepciona,
Ele se renova, revigora mesmo
Quando não é estimulado;
Ah, esse Amor, onde estás?
Meu Amor, saia da sombra,
Abra os olhos, não espera,
Veja meu coração palpitado
E receba de seu interior o Amor
De onde nunca foi citado.
TEMPO DE RAPINA
Tempo de rapina que me impressa
Monções com ampla velocidade
Onde o segundo não se interessa
Em passar na queixa da saudade,
Mesmo que passe com muita pressa
Nos dias com certa dificuldade
Pois não há nada que me impeça
Em tempo transir amenidade!
Pois, a hora fria que se importe,
Vou ao encontro do inusitado
Nos versos cálidos que me aquece,
Porque poesia como suporte
Que leva a um mundo ilimitado
Pára o tempo e a gente o esquece.
ESFERA DO AMANHECER
A luz do sol ainda parca entalha
Aurora em vidas ora interferidas
Pelas farpas de espinhos e feridas
Quão árduas marcas de batalha,
A luz do sol ainda fraca trabalha
Em vidas de histórias fenecidas
Renegando qualidades perecidas
Impetradas de uma jornada falha,
A luz do sol que crema se conhece
Os acúleos de um fluxo irregular
Deixados pelos azos de uma fera,
A luz do sol que tece e amanhece
A procura deste influxo singular
A doar a paz extensa nesta esfera.
Não importava se folhas não havia
Também as estações eu não temia
Se a árvore quando verde se dispia,
porque eu de amor não viveria (ou morreria).