Poema Olhar Meigo
GULA
Sim, mais! Mais ainda! E ainda mais!
Quando o coração sente o tal desejo
Um olhar que queima, os toques tais
E aquele arfado suspiro, doce ensejo
Nunca as sensações nos são iguais
Porque o olhar do amor tem lampejo
Fazendo do sentimento ali seu cais
Sim, mais! Mais ainda! Ainda o beijo!
Ah! O beijo! ... que nos deixa talante
Querendo muito, ter terna felicidade
Cheio de sede, gosto que consome
Fosse, assim, toda a sorte, amante
Não há emoção que baste à vontade
Nem satisfação que chegue à fome!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/01/2024, 12'33" – Araguari, MG
AO POENTE (no cerrado)
Talvez por seres, ao olhar, encanto
dum belo cadenciado, ao dia findo
caindo, ó poete! És esplendor tanto
enchendo a alma de vínculo infindo
Trazendo o tom de um rubro canto
onde o enturvar no horizonte avindo
cerra o cerrado, corando o recanto
eu te sinto, pulsante, suave e lindo
Conduzes a cena, em uma prece
a eterna beleza, ao som do clarim
do ocaso, onde nunca se esquece
a magia. Vibra a sedução, enfim!
a emoção toma conta e apetece
num pleno fascínio dentro de mim.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 junho 2024, 18’07” – Araguari, MG
TEU SILÊNCIO
Cansei-me de tentar o teu verso
Do teu olhar tão belo e atraente
Me vi numa poética, que mente
E rimas de sentimento disperso
Sentir o teu ritmo, tom perverso
Que faz a sedução tão presente
Fui sentido, que n’alma se sente
E o anoitecer com temor imerso
Ó sensação ardente, alucinada
Sussurra agonia, pobre soneto
De solitária canção enregelada
Desses versos vãos, incompleto
O palpitar da inspiração, e nada
Tão cruel tal este silêncio quieto.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 julho 2024, 16’53” – Araguari, MG
BATE CORAÇÃO
Assim como vos vejo, olhar referto
Sentimento maior, assim me veja
E como o verso estais, amor, esteja
A haver poética num poetizar certo
Que, pois, tenho-te cá bem perto
D’alma e, que assim, então, seja
A sensação, que o agrado enseja
E possa estar de atenção coberto
Marcaste a nós a sincera devoção
Sendo sentido nosso, e eu vosso
Servo, para juntos a paixão viver
Que, pois, por nós bate o coração
Um só bater no peito, em alvoroço
Pois, este tino é fato no nosso viver.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05/09/2024, 15’19” – Araguari, MG
SE SIGNIFICADO TEM
Horas desenfreadas de uma saudade
jamais sussurrou quando olhar havia
e que na poesia, fosse, então, alegria
em tão longitudinais dias de lealdade
Aqueles sonhos que foram prioridade
ao coração, rimava com doce fantasia
na alma vazia, de sentimento enchia.
Ó singela quimera, quanta felicidade!
Amor com aveludado sinal acontece
com emoção, a lembrança e ventura
horas duradouras a sensação oferece
Ah! satisfação tamanha! rica ternura
se significado tem, a paixão aquece
e sente o afeto com sensível textura!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21/09/2024, 13’27” – cerrado goiano
SEDUTOR CANTO
Dia e noite a poetar sob o olhar apaixonado
quer o coração suspire e a emoção redobre
as sensações bafejando, sentimento nobre
vou trotando no versejar, assim, tão amado
Versos melosos que com ardor se encobre
com grossa satisfação, o rimar enamorado
e o arrepio, a ouriçar, o coração povoado
e um gosto, amoroso, em contente dobre
Gentil tom, como é um amor encontrado
alma parceira, inteira, e tão maravilhosa
dando ao soneto o compasso inexplicado
Muito, este sentir que providencia tanto
ritmando no poetizar o perfume de rosa
que, neste encanto, faz-se sedutor canto.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/11/2024, 12’29” – Araguari, MG
CONTENTAMENTO (soneto)
Enfim, posso aquietar! Já te poetei
o teu olhar sagaz, sedutor e quente
regeu uma poesia divinal, fremente
onde nos seus versos me entreguei
Em cada poema, sentir-te, bem sei
se foi bem, foi mal, a alma ardente
furou o meu peito, profundamente
tatuando teu nome, marcado serei
É assim, o meu amor: demasiado
poemas tão maciços de confissão
em cada rima o rimar apaixonado
Por este sentir, vivo em comunhão
na crença deste amor encantado
inspirado do enamorado coração!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 março, 2025, 16’30” – Araguari, MG
PEDINTE (soneto)
O verso pede poética. A poética pede casos
O amor pede o olhar, o sentimento sensação
Dos admiráveis enredos dos anelados acasos
Da enredada existência do reiterado coração
Quem se apaixona pede paixão, pede ocasos
O beijo pede relação, e pede, o afeto, junção
Pede o toque o arrepio. Carinhos sem prazos
E o amante pede pra ser amado com atração
Quem sonha pede imaginação. Pede loucura
Quem não? E pede na ternura aquela doçura
E o infeliz pede ao destino que não o reprima
O verso, também, mantendo o mesmo padrão
É sentimental a pedir o acréscimo de emoção
Fornecendo ao versejar emotiva pedinte rima.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 junho, 2025, 18’51” – Araguari, MG
Uma coisa que deixa saudade
É um abraço bem dado
Um olhar demorado
Um beijo molhado e ...
O tal do suspiro dobrado!
" O Peso do Silêncio "
Se fez presente apenas com o olhar
Não era necessário palavras para contar o que de certo todos já sabiam.
Eu me afogava em instantes,
Em incontáveis minutos que se seguiam com ar de desesperança
A instabilidade e o caos tomavam conta
Do que eu já nem sabia mais se seria possível existir
Por mais que eu me afastasse
Não havia recuo
Por mais que eu dormisse
Não encontrava descanso
A Noite parecia eterna
O tempo se arrastava devagar
Cada momento era uma uma eternidade
E então, à solidão tornou-se minha única única companhia
A ausência de sentido meu único propósito
E a saudade um sentimento que não passava.
Poesia - Karina Cardoso Maia Cruz
Um dos maiores desafios do cristão, é saber quando deve-se olhar uma situação com o olho esquerdo, ou direito. Ou seja; discernir quando deve ser prudente como uma serpente, ou simples como uma pomba. O fato é que precisamos usar os dois.
Algumas características da alegoria conforme outras traduções e sinônimos no dicionário:
Olho esquerdo; astuto, esperto, prudente, cauteloso, sagaz, ardiloso estrategista, perspicaz, rápido, ligeiro, manhoso e malicioso (sempre com o objetivo de identifica-los, não de conduta).
Olho direito; claro, simples, sem malícia, inofensivo, singelo, despretensioso, modesto, sem fingimento, franco, espontâneo, ingênuo, crédulo, empático, compreensivo, com auto domínio, desembaraçado, genuíno, leal e puro (como conduta).
Legal, mas como saber “com qual olho analisar a situação?”, recomendo que use o direito para os seus irmãos em Cristo (visto que eles também se esforçam para isso), e use o esquerdo para os desconhecidos (de forma inicial, com a guarda alta, somente após a averiguação e apuramento, exponha os seus reais valores.
Contudo, em todo o tempo “guarde o seu coração”.
Textos base:
”Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.“
Mateus 10:16 ARC
”Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.“
Provérbios 4:23 ARC
'OLHAR'
Vejo horizontes
nesses olhos
perdidos.
Inquietude e
chama que me
chama nas noites
que vejo. E a
vontade de
mergulhar por
trás dessa óptica,
deixa-me pássaro,
cantando aos
quatro ventos,
poesias enigmáticas.
'MORFOLOGIA''
Olhar perfurante,
Cabelos negros,
Rio escaldante.
Aproxima essas linhas...
Nesse luar...
Quero você,
Baralhando paisagens,
Misturando essas frases...
Abraça-me com palavras,
Letras dos meus dias,
Metamorfose de magma.
Cria expressões...
Converte o presente:
Dor ausente!
Vem ser: vocabulário,
Meu dicionário de dados!
'ESPERA'
Mãos cruzadas e o olhar breve não vira a noite passageira,
desnorteada.
Ainda respiro a escrivaninha que não perdura.
Olhos intrigam as paixões que rodeiam.
Sou grito,
aflição.
Melodia sem compasso,
noites sem luar...
Mergulho expectativas sombrias,
avulsas.
Permuto passos que conspiram a ação do tempo.
Abraço palavras duradouras,
persistentes.
Tenho excelência pelo azul da aurora.
Relógios que não andam,
aguardos...
Tudo passa tão velozmente.
O coração imóvel ainda pulsa tua espera,
solidão.
Sou criança nas circunstâncias do tempo.
Respiro sequelas.
Murmuro abraços.
Dilacero interrupções,
proteção...
por Risomar Silva.
'ANTES'
Antes,
o olhar cintilante.
Fitava noites sem despedidas.
Tudo trivial como às seis da manhã.
E os infinitos alvoreceres,
invadindo a alma sob a frágil porta fatigada...
Antes,
o corpo navegante.
Velejava as portas do mundo.
Aprendiz colecionando borboletas,
corridas de ruas.
Sem memórias nas mãos...
Hoje,
a vida dissonante,
desencanta sensações de outrora.
Espalha ruídos,
sentimentos perdidos.
Anseia-se banhos de chuvas,
abraços constantes,
areias no mar...
'SOLO'
Levanto o olhar e não avisto as frondosas árvores de outrora.
Apenas máquinas e homens subalternos.
Traçando suas trilhas sob o solo que os sustentam.
Dementes por destruição.
Com suas minas e pás causando tragédia,
catástrofes do homem ambição...
Sopeado por milhares de pessoas,
o cheiro da terra é infértil.
Estampando ser capazes de escolhas,
mas na verdade são apenas traços,
criados por uma cultura inventada e uma Terra transformada,
latente...
Um homem distorcido tenta se formar na tentativa que o equilíbrio retorne,
generoso como antes,
pré-histórico.
Porém,
no asfalto,
esboços brotam calor,
igual a um pedaço do inferno,
que fecunda a cada geração.
O solo já não é o mesmo,
respiramos evolução,
e o bordão são ciclos modificados,
mal arados,
sem deuses para proteção...
'JANELA II'
A vida sempre leva,
o olhar p'ra vida aquarela,
janelas embaçadas.
Palco - pessoas cruas-,
não veem o clarão da lua.
Andam a despedaçar-se.
É o olhar circular,
"a vida pendurada na janela."
Corações crus,
fixados nas ruas desertas...
Bebe-se uma tequila,
a fome é lembrar dela:
pobre vida!
Na madrugada ornamentando sequelas.
Recriando canções,
há de sonhar com elas,
bravejando capelas,
sons oblíquos,
imensidão que não se vê...
Mudanças no tempo,
cancelando querelas.
Invisíveis nos olhos,
- a tal janela -.
E como se perdem!
Sem quê e sem porquês.
Ela tem atiradores,
sabor perspectiva p'ro mundo,
forma nas tempestades.
A janela só tem sentido fechada...
'HOJE É O DIA'
Hoje é o dia para mudanças.
Plantar esperanças no peito distorcido.
Olhar para o mar e abraçar o infinito...
Olhar às cegas para o sol,
e esquecer do amanhã.
Sem proposições e sem beleza...
Aniquilar a tristeza a ferro e fogo.
Desdobrar-se em melodias.
Esquecer as fadigas do dia a dia...
Hoje é excepcional.
É o tempo escorrendo nas mãos.
Sejamos menos banal e mais irmãos...
O tempo não pára.
É roda dentada encaixando-as uma a uma,
transcorrendo clara como a lua paira...
O hoje se vai sem que percebamos.
Na loucura da correria,
estamos menos humanos...
Com palácios,
mas sem teto para os abraços.
Sem laços para as verdadeiras amizades...
Tudo depende de vontade.
De estraçalhar o presente em liberdade.
Aumentar o tempo enquanto há tempo no hoje...
Hoje é o dia!
Para despertarmos a isso.
Pense nisso como as águias...
Fitando as miragens e montanhas ao longe.
Não existe rainha.
Tampouco rei...
Somos todos plebeus,
Pena não vislumbrarmo a tempo esses fatos.
O hoje tem que ser lembrado...
Não jogue ao lado uma história.
Pense nisso!
E tente ser feliz propagando sorrisos...
Não perca o curso das águas.
Esqueça as mágoas.
Difunda esse mar que existe em você...
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