Poema o Mundo Gira
De tanto procurar, achei
Eu tô meio sumido por aqui
Achei quem sempre quis
E sei que sente falta de mim, aqui ou ali
Mas achei quem pode limpar a merda que fiz
É que eu enjoei das discussões com Deus
Após o grande retorno
Abri os olhos e percebi que não sou ninguém comparado a ele
E que não seria nada sem eles
Eu enjoei de muita coisa
Por conta do grande retorno, claro
Eu tinha medo dele voltar e mudar meu pensamento
Mas ele não mudou, apenas achou
Ah, o ser humano é curioso
Amamos falar que os outros erraram
Talvez até devessem mudar
Mas a gente não percebe o nosso erro
E aí, quem nasceu primeiro?
- Oliveira RRC
Essência
Tem coisas que odeio mais que tudo
A tristeza
Amo ver o ser humano feliz
Porque meu sonho sempre foi ter alguém pra me fazer rir em momentos de crises existencial,
Mas o mundo não é um algodão doce
Tudo que posso fazer e reverberar em mim essa tristeza transformando em felicidade a vida já é cheia de cargas e estresse
Em alguns momentos o tiro é certeiro em minha cabeça e eu acabo caindo ao chão, MAS A MINHA FORÇA É GRANDE MAIOR
QUE A DO CHÃO
É como se estivesse quebrando o chão e indo para o infinito o meu corpo em pura irá pegando fogo e ação transformadora me absolve
É tudo aqui dentro de mim toma uma nova forma e volto mais forte e sabendo lidar com mais coisas tudo passa mas não passa
O mundo não é tão simples assim as coisas não depende só de virar a chave e dizer que acabou, tá na hora de parar de sermos hipócritas
Em não acreditar no próximo com tanta firmeza assim
Não importa quão difícil é a situação,
Uma certeza eu tenho em meu coração:
Deus comigo sempre estará,
Por qualquer lugar em que eu andar.
Então serei forte e corajoso,
Pois assim me ordenou o Senhor.
Sei que em todos os momentos da vida,
Estarei guardado e protegido em seu amor.
Decisão
Decidir sabiamente é ter responsabilidade
É não se dar ao luxo de exercer a imaturidade
É ter que analisar cada ação e reação
Sem deixar que na balança pese mais a emoção
Decidir corretamente é lançar mão do julgamento
E não se dominar pela vontade num momento
É entender que a colheita é fruto do que plantamos
E depois não amargar com os tormentos que enfrentamos
Escolher um caminho um ficar ou um partir
Exige sempre muita crítica e muita calma
Pra saber a hora certa em que se deve decidir
Decisão nem sempre é fácil, mas necessária para agir
Decisão é respeitar que decidir é renunciar
E quem decide sabe quão difícil é ter que decidir
AS FLORES DO MAL
De João Batista do Lago
Vago-me como “Coisa” plena
pelo labirindo que me cidadeia
meus passos são versos inacabados
há sempre uma pedra no meio do caminho:
tropeços disruptivos que me quedam
na dupla face das estradas
espelhos imbricados na
memória experencial dos meus tempos
Vago-me como “Mercadoria” plena
atuando no teatro citadino a
comédia trágica dos atos que não findam
um “Severino” ou um “Werther” autoassassinos
transeuntes de suas identidades
perdidas pelas ruas das cidades
onde me junto e me moro nos
antros cosmológicos de experiências e memórias
Vago-me como o “Amor” sempre punido
tonto e perdido no meio da sociedade
donde me alimento do escarro possível
onde “sujeitos” sem experiência e sem memória
negociam os amores vendidos na
fauna de “humanos” prostitutos
segredados nos prostíbulos das igrejas:
lavouras de todas as flores do mal
Eu e minh’alma
De João Batista do Lago
Aqui, diante um do outro,
eu e minh'alma nos olhamos
‒ com olhares narcísicos.
Acima de nós um espírito que nos contempla
admirado e intrigado e esperando o primeiro verbo…
Quem, diante de nós falará a palavra inicial – ou terminal! ‒
num afeto magistral de dois entes que se amam, mas se destroem ao mesmo tempo,
na nave que nos segreda a milionésima parte dos nossos átomos
que nos tornam unos e indiferenciados?
A fogueira do tempo queima-nos diante da divinal espiral
que nos empurra para cima
fazendo com que dancemos os enigmáticos sons
que nos saem dos mais profundos átomos
que nos enfeixam de vida e morte,
como se vida e morte existissem!
Eu diante da minh'alma sou eu e minh'alma.
Sou único…
sou uno!
Sou apenas alma.
Sou apena eu.
Somos o átomo universal na cadeia infinita do universo
que nos produz como carnes e verbos
oferecidos aos lobos que se nos desejam alimentar.
Ó grande espírito que nos espreita,
se nós – eu e minh'alma –
tivermos que furtar o fogo para ajudar a toda humanidade
a superar seus atributos infernais,
assim o faremos.
Em nós – eu e minh'alma –
não há sentimentos de pudicas verdades…
O universo é o espaço e o tempo
que precisamos para gerar nos ventres cosmológicos
os sãos sujeitos de nós mesmos:
a trindade agora é perfeita…
é única…
é una
– eu, minh'alma e tu, ó grande espírito!
Entendido pois está o mistério:
Somos tão somente o verbo atômico universal.
ABORTAMENTO
De João Batista do Lago
Quando eu morri, um deus qualquer me pariu!
Na casa onde parido fui havia duas dimensões:
primeira delas o ventre-rio solitário e escuro;
na segunda parição tive por casa o mundo,
e sem me cortarem o cordão umbilical
vadiei pelos aposentos ‒ já ali sujeito obscuro!
Na primeira casa naveguei todos os sonhos.
Na segunda casa fui jogado para “Outros” monstros:
qual casa, então, devera seguir!?
Hoje percebo a casa que me é original:
hei-me aqui parido como filho primogênito,
expurgado para sempre para a mundidade do mundo.
Nenhuma outra casa existira; fora tudo ilusão
Sou-me de mim a única casa repleta de eus
Todos os meus aposentos revelam-se: meu Corpo
NECROFILIA
De João Batista do Lago
E esta carne que se me apodrece
a alma, o espírito e os ossos,
que fará de mim?
‒ Me danará pó
na consciência de todos
os condenados de miserável sorte!?
‒ Terei então dado a resposta do que sou:
antropoema nascido da vagina do universo,
sacrário que me guardará no ventre
do meu eterno retorno do mesmo;
Serei, então, o épico do humano
na minha própria comsmogenia
enterrado no sarcófago
da minh’alma errante e vagabunda.
INFANTICÍDIO
De João Batista do Lago
Minha barriga está cheia!
Preciso urgentemente defecar
as tradições que degluti
e que me foram impostas
pelas tradições de todos poderes…
Estou empanzinado!
Necessito cagar velhos poemas
não posso deixá-los crescer:
se os parir como alimentos
serei algoz; cometerei infanticídio
Doce café frio
Acordei, infelizmente
Vou me arrumar, expediente me aguarda
Já orei, e pedi proteção a meu anjo da guarda
Logo cedo, sinto que todos me encaram
Trabalho... e mais um dia eu foquei no sorriso de todos
Esqueci do meu, como sempre
Pois eu nunca me priorizo
Sou insuficiente o bastante para isso
E eu deixo você considerar isso mais um clichê
Um adolescente querendo escrever por 'aê'
Até porque, todos nós somos clichês
Você sabe disso
A noite chega
Tomo mais um gole de café
Já frio
Porém, ainda doce
Eu convivo com pessoas que vivem me elogiando
Como se eu fosse incrível
Falam que me querem, e para sempre
Mas como sempre, me trocam por um rostinho bonito
Mentira
Coisa que como todos, odeio
Mas cismam em mentir
E minha vida acaba como uma velha roupa colorida, pois
O ciclo está para retornar
Leio mensagens de quem diz me amar
Mesmo desconfiado
Acabo sendo recíproco, ele retornou, o ciclo.
- Oliveira RRC
Olhei para' lua e gritei
Gritei sentimentos escondidos em mim
Sentimentos que guardei
Para que não descobrissem
Quem realmente sou.
Na curva do horizonte
o infinito deságua
e caímos nos braços da ilusão
vestida de nuvens e imensidão.
Na reta da tarde
a noite se aproxima
incendeia o céu
e se veste de paixão e dor.
No silêncio da aurora
a alma descansa e sonha
com mares mais azuis
com o sorriso da eternidade.
A tempestade balançou meu barco
Balança, balança, velho barquinho
A tempestade quebrou-lhe o casco
Aguenta, aguenta, velho barquinho
A tempestade partiu-lhe o mastro
Aguenta, aguenta, velho barquinho
A tempestade agora se foi
Chora, chora, velho barquinho.
não é uma corrida,
mas eu estou cansada antes de começar
exauta de tanto tentar
e a unica coisa é aceitar.
talvez seja uma corrida,
e ainda tenho muito para passar
menos caminhos a cortar,
e a unica coisa seja aceitar.
bem, é uma corrida,
e não tem como negar.
a unica coisa é aceitar.
Refúgio
Me leve para um lugar tranquilo
onde eu possa respirar
onde o sol nasce de manhã e por isso eu me sinto feliz.
Me leve para um lugar
onde dá vontade de sentir o vento
e não pensar mais em nada
só em quanto estou grata por estar viva.
Me leve para um abrigo de amor
onde eu amo e me sinto amada
onde não há dor
e se houver, que eu saiba que ela pode ser curada.
Me leve para um lugar
de esperança
onde eu possa crer
que vão existir dias melhores
e que a tempestade vai passar
é só acreditar.
Me leve para as montanhas
onde eu veja do topo que há vida
e que eu possa me jogar
sem medo de cair
sem medo de saltar
Me leve para os oceanos
onde transborda paz, esperança e amor
e que eu não fique só na superfície
que eu tenha coragem de mergulhar
lá eu vejo as estrelas, corais e mariscos
e quando eu subir novamente
possa ver de novo as estrelas no céu
com a certeza de que vale à pena
cada centímetro que se viveu.
Tudo o que quero, Senhor!
É ter a minha vida inundada com o Seu amor.
E por Sua bondade, faças chover sobre mim,
Chuvas de bençãos que não terão fim!
Na noite cai a chuva
Cai lentamente sobre o cinza urbano
No lúgubre cintilar dos faróis acesos
Contorno sombrio e profano
Perdidos na manada de metal
Na incerteza da vida
Na escuridão da noite
Contando cada real
Viajando pelo irreal, o irracional
O consentimento da escravidão
Cravado em cada centímetro moral
A vida acaba, voa passarinho
Voa livre, livre da selva de metal
Voa livre, de volta ao teu ninho
Acredito nos recomeços e nos fins, acredito nas tempestades e nas bonanças, na chuva que lava e no sol que esquenta.
Acredito no que quando for pra ser será e também que se deu errado é porque era pra ser assim.
Acredito na verdade, mesmo que doa, na coragem de viver e lutar pelo que me faz feliz. Acredito em heróis disfarçados de pessoas comuns e em demônios de anjos. Acredito na ignorância de algumas pessoas pois isso faz bem ao ego delas mas também acredito na força de quem é do bem. E vocês em que acreditam?
Passeio Celeste
No passeio celeste
Pássaros mostraram-me o encanto da amplidão
Lembram-me que te amar é como voar na imensidão
Nesse sentimento infinito
Do alto te observo com paixão
Mal sabe o quão já sou sua
E o quão quero conquistar seu coração
Mordida de Cobras
estou cansada
desse buraco
de cobras
Porque a cada mordida
não sou eu mesma,
fico confusa
não consigo subir
Eu serei
salva,
não sei
Vou morre, talvez
não vejo mais a luz
se ainda houve,
luz
se ainda houve, salvação
desse buraco de cobras.
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