Poema o Mundo Gira
O mundo julgou-me frágil, mostrei estrutura, as aparências deram lugar à substância, meu silêncio convence mais que palavras.
Minha voz ganhou tom de autoridade serena, falo o necessário, faço o suficiente, o mundo foi acostumando-se ao meu ritmo.
Nunca tive infância. Fui lançado à pressa do mundo, obrigado a crescer antes de compreender a vida, envelheci de dentro para fora. Sonhei com uma infância que nunca existiu, um abrigo inventado para suportar a ausência do que jamais vivi. Cresci depressa demais, e no lugar dos risos ficaram apenas os ecos de um tempo que nunca foi meu.
Renasço das quedas como quem recolhe brasas e delas forja amanheceres. Carrego o peso do mundo nas costas, não por orgulho, mas porque sei que dignidade se sustenta no esforço. Não escrevo para o aplauso, minhas palavras apontam as feridas que pedem cura. Ao doar-me, faço habitável a vida do outro e, nesse gesto, reconstruo a minha. Sigo insistente, acendendo luzes onde o silêncio impera, transformando dor em exigência de justiça e sentido.
Quando o mundo parece ruína, lanço sementes de promessa nas fendas do concreto. Não me contento com o “menos-mal” trabalho para que o bem floresça realmente.
Minhas palavras são pontes, não muros, para que o outro encontre abrigo e seja visto. A cada gesto, reivindico a grandeza que habita no simples, um olhar, um toque, uma ponte. No silêncio que resiste, descubro a força de quem escolhe erguer, em vez de apenas sobreviver.
A fé é o abrigo que me sustenta quando o mundo vira tempestade. Quando a tempestade vem, a fé não nega o medo, sustenta os pés, acalma o peito e dá abrigo ao ser.
Que tua voz Senhor, seja prece e tua vida, louvor, assim a esperança faz morada no coração do mundo.
A consciência de que fui resgatado a um preço tão elevado confere um valor que o mundo não pode manipular nem tirar. Que eu viva cada dia honrando esse resgate, com a dignidade de quem sabe ser incondicionalmente amado. Não mais escravo do medo, mas livre para expressar o melhor de mim, impulsionado pela Tua graça.
Quando o mundo desaba em ruínas ao meu redor, a Sua presença se impõe como um telhado de aço, blindado e que não vaza.
Que as nossas vigas sejam de cedro, não para nos esconder do mundo, mas para que a solidez de nosso leito suporte a eternidade dos nossos juramentos.
A busca na noite e a força do amor
nas fendas do rochedo, onde o mundo nos procura, é lá que a nossa voz se torna suave e a nossa figura é vislumbrada em sua máxima pureza.
Enquanto o mundo vocifera a exigência de força, a Fé sussurra a coragem paradoxal de se render ao pedido de ajuda.
O mundo está superpovoado por aqueles que preferem o conforto fétido da falsidade à verdade cortante que, embora liberte, gera incômodo.
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