Poema Nunca te Esquecerei
Sou talvez a visão que alguém sonhou
Alguém que veio ao mundo prá me ver
E que nunca na vida me encontrou
Nunca mais recuarei diante da verdade,
porque quanto mais tardamos a dizê-la,
mais difícil se torna para os outros
ouvi-la.
Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como os outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar das fontes igual à deles;
e era outro o canto, que acordava
o coração de alegria
Tudo o que amei, amei sozinho.
Nota: Trecho do poema "Só".
A mulher perfeita
Nasrudin conversava com um amigo:
– Então, Mullah, nunca pensaste em casamento?
– Muito. – respondeu Nasrudin – Em minha juventude, resolvi conhecer a mulher perfeita. Atravessei o deserto, estive em Damasco e conheci uma mulher espiritualizada e linda; mas ela não sabia nada das coisas do mundo. Continuei a viagem e fui a Isfahan; lá encontrei uma mulher que conhecia o reino da matéria e do espírito, mas não era bonita. Então resolvi ir até o Cairo, onde, finalmente, jantei na casa de uma moça bonita, religiosa e conhecedora da realidade material.
– E por que não casaste com ela?
– Ah, meu companheiro! Infelizmente ela também procurava um homem perfeito.
Não faças do amanhã o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás... mas vá em frente
pois há muitos que precisam
que chegues para poderem seguir-te.
Nota: Trecho de um texto de autoria desconhecida, muitas vezes atribuída a Charles Chaplin.
Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
Amo-te tanto.
E nunca te beijei...
E nesse beijo, amor, que eu não te dei, guardo os versos mais lindos que te fiz.
Duvide do brilho das estrelas
Duvide do perfume de uma flor
Duvide de todas as verdades
Mas nunca duvide do meu amor.
[Adaptação Hamlet]
Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia.
Nunca ninguém viu ninguém
que o amor pusesse tão triste.
Essa tristeza não viste,
e eu sei que ela se vê bem...
Nota: Trecho de "Canção".
Pra me conquistar...
pra me conquistar
basta dizer tudo aquilo
que nunca ouvi de ninguém
vestir como homem e não como gay
me tocar sem medo, sem segredo
entrar e sair da rotina sem que eu note
me levar para lugares exóticos
e lugares comuns
saber ficar em silêncio e assim me dizer tudo
gostar de rock como eu gosto
e de coisas que eu não gosto
compreender a vida como é
e buscar o outro lado
saber a hora exata de ficar
e ir embora
mas não vá
Se eu nunca ver você de novo
Eu sempre vou levar você
dentro
fora
na ponta dos meus dedos
e nas bordas do meu cérebro
e em centros
centros
do que eu sou do
que restou.
Te amei
como nunca amei nessa vida
e do final desse amor restou uma mulher tão fria
que nem por ti mesmo
conseguiria sentir
o amor que senti um dia
BOCA
Boca: nunca te beijarei.
Boca de outro que ris de mim,
no milímetro que nos separa,
cabem todos os abismos.
Boca: se meu desejo
é impotente para fechar-te,
bem sabes disto, zombas
de minha raiva inútil.
Boca amarga pois impossível,
doce boca (não provarei),
ris sem beijo para mim,
beijas outro com seriedade.
E, aquele
Que não morou nunca em seus próprios abismos
Nem andou em promiscuidade com os seus fantasmas
Não foi marcado. Não será exposto
Às fraquezas, ao desalento, ao amor, ao poema.
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Nota: Trecho do poema "Tabacaria" de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa.
Canção
Nunca eu tivera querido
dizer palavra tão louca:
bateu-me o vento na boca,
e depois no teu ouvido.
Levou somente palavra,
deixou ficar o sentido.
O sentido está guardado
no rosto com que te miro,
neste perdido suspiro
que te segue alucinado,
no meu sorriso suspenso
como um beijo malogrado.
Nunca ninguém viu ninguém
que o amor pusesse tão triste.
Essa tristeza não viste,
e eu sei que ela se vê bem...
Só se aquele mesmo vento
fechou os teus olhos também...
Amar, nunca me coube
Mas sempre transbordou
O rio de lembranças
Que um dia me afogou
E nesta correnteza
Fiquei a navegar
Embora, com certeza,
Não possa me salvar
Amar nunca me trouxe
Completo esquecimento
Mas antes me somou
Ao antigo tormento
E assim, cada vez mais,
Me prendo neste nó
E cada grito meu
Parece ser maior
CÂNCER
(de 21 de junho a 21 de julho)
Você nunca avance
Em uma mulher de câncer.
Seu planeta é a lua
E a lua, é sabido,
Só vive na sua.
É muito apegada
E quando pegada
Pega da pesada.
É a mulher que ama
Com muito saber
No tocante à cama
Não sei lhe dizer...
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