Poema Nao Ame sem Amar

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Consciência Negra

Consciência de raça
Consciência de cor
Consciência de seu papel
Consciência de seu valor

Consciência libertária
Consciência que faz acontecer
Consciência Igualitária
Consciência para se viver

Consciência das diversidades e crenças
Consciência de que o mundo tem várias cores
Consciência de que é preciso mais respeito
Consciência de alguns valores

Consciência de que não há diferença
Consciência de que somos todos iguais
Consciência de que preconceito é doença
Consciência de que o amor vale mais

Espírito natalino

Se todas as crianças
Tivessem ao menos um lar,
Elas seriam felizes?
Se todas as crianças
Tivessem brinquedos,
Elas seriam felizes?
Se todas as crianças
Tivessem escolas?
Se todas as crianças
Pudessem se sujar,
Jogar bola, pular,
Dançar, rir, e sonhar…
Se todas as crianças fossem
Apenas crianças,
E são!
Se o Natal, fosse
Todos os dias,
E todas as crianças
Vivessem felizes?
Sem guerra, sem briga,
Sem tristeza…

É outono.
Venta.
Das árvores folhas caem,
Folhas mortas,
Folhas secas,
Folhas enrugadas,
Sofridas e vividas.

É outono.
O céu nublado,
O sol calorento,
O mar calmo.
Marulhos penetravam
Na areia tenra
e acomodada.

É outono.
O sol já se foi.
A noite chega
Trazendo com ela
A lua e as estrelas
E, as árvores despidas
Sentem frio.

É outono.
Árvores morrem.
As folhas permanecem
Sobre a terra.
O vento chega e
leva consigo a
amargura do sofrimento
E semeia na terra
uma nova semente.
É outono.

Dia de hoje

No outro rumo,
No amor, a separação
Te torna uma mentira
Ingênua, convencional
Que te consome e absorve
Até tu te integrar
Por inteiro
Por um ser
Que te enlouquece,
Te aquece,
Te adora
Dos dedos dos pés
Deslizando até o pescoço
Te alimenta
E cresce contigo o fogo,
Faz dos brancos das nuvens
Inesquecível rascunho
Desse esplêndido
Dia de hoje!

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

À flor da pele

Onde foram os espelhos
Da comparação
Pra me fazerem
Lembrar o passado lasso,
Ver todas as diferenças
Retratadas
A beleza é uma quimera estética
O que vale é o que reflete
Por dentro.
Manchas rubras se derramaram
Nesta terra
Nossa raça é cerúlea
Por ironia.
Somos de garbo,
Vencemos muitas prendas!

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

À procura

Procuro algo em mim
Entre duas pedras
Dentro de um vulcão voraz.

Procuro meu ser poeta,
Que só o meu destino
Pode encontrar!
Onde não sei…
Vejo tudo em neblinas.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

O Vendedor de Sonhos

Ontem à tarde,
Quando o sol já se colocava no poente,
Eu avistei um vendedor de sonhos,
Os sonhos eram coloridos, recheados de sonhares e fantasias,
Flutuado em uma coreografia pelos lavres,
Em bolhas de ilusões...

Eram aceitas pelo céu, quem sabe proferissem,
Viajando no colorido, do mais belo dos sonhos,
Do vermelho (o amor), todos os seus tons,
Do amarelo (a riqueza), do azul (a felicidade), do verde ( a esperança),
Dos quais não sei qual o mais bonito...

Maravilhavam-se,
Os garotos, As garotas,
O gorjeio era de alegria,
O desejo de todos era de ter nas mãos...

O vendedor de sonhos,
Em uma explosão de grande alegria,
Soltou todos os balões, cheios de sonhos,
...E, eu peguei o meu!

Jmal
2014-02-18

A chuva cai torta
Como as minhas lágrimas
Na direção do vento
Escorrendo pelas calçadas

As pétalas voando
De um buquê de flores
Que eu nunca ganhei
E não fico esperando

Passaram lindas
Girando como em uma dança
E leves como o coração
De uma criança

O meu choro era pesado
Pesava mais que uma nuvem carregada
Porque levava a tristeza
Que também escorria pela calçada

Um dia daqueles
Que o sol já não brilhava
Que meus olhos não sorriam
E o silêncio dominava

Dominava até mesmo
O barulho dos trovões
Que caiam do céu com raiva
Mas eu só via os clarões

Iluminavam os meus olhos
Me faziam pensar mais
Será que existe outro caminho?
Ou só cair como a chuva faz?

Eu Lírico

Ó Grande Pensador
O Que me deste
Além de dor
O que eu deveria relevaste?
O que posso considerar Impostor?
Além da vida que me Traste

O que eu posso falar sobre tal lírico
Se nem de verdade sei quem sou
O mundo tão hipnótico
Pois a realidade não lhe aconchegou

Talvez se eu fosse lírico, seria mais real?
Pois o mundo está cheio de pessoas
Que são tão líricas quanto Superficial

O grande pensador
E além de tanta dor
O tanto que pensou
A realidade virou lírica como o Impostor.

E todas as vezes que
Eu chorar, saiba que é por ti.

E todas as vezes que
Me declarar, saiba que é assim.

Todas as vezes que
Eu disser que te amo.
Acredite!

Meu mundo sem você,
Não existe.

A dor d'alma dilacera em silêncio.
Vem em gotas de frustrações diárias.
Surpreende num surto em pleno ócio.
Veneno lento que esgana várias esperanças. Sem piedade, assiste ao desmoronar interno, tijolo a tijolo. Sufoca com mãos pequenas. Triste ver o corpo murchar, perder o viço, desencantar junto às rugas profundas que marcam a vida. Uma flor esquecida, sem regas. A beleza dessa dor pungente não transparece fácil, é urdida pelas mãos do poeta dormente.

⁠No Tempo das Coisas

Por muito tempo, esperei.
Esperei outros,
esperei respostas,
esperei sinais.

Hoje, não é mais sobre esperar.
É sobre estar.
Presente em mim.
Inteiro no que sou.

O que tiver de ser, será.
O que tiver de ir, que vá.
E o que vier,
que venha livre,
leve,
sem pressa,
sem promessas forçadas.

Não me movo mais pela ansiedade do futuro,
nem pelo peso do que já foi.
Meu passo é calmo.
Meu olhar, aberto.

Se for encontro,
que seja verdadeiro.
Se for despedida,
que seja serena.

E se nada vier,
ainda assim, estou.
Suficiente.
Pleno.
Em paz comigo.

Porque aprendi —
há um tempo certo para tudo.
E, às vezes,
o tempo certo
é apenas estar bem…
comigo.

⁠Quatro palavras para viver

Trago quatro palavras pra viver:
- Amor, fé, paz e gratidão...
Com o amor ame ao teu próximo;
Faça da fé sua força;
Faça da paz seu ideal...
E com a gratidão faça- se...

Agradeça o amor,
Agradeça a fé
Agradeça a paz...

Depois que fizer isso...
É que você pode correr, se quiser...
Pode caminhar devagar também,
Pode escolher entre um e outro:
Você pode decidir acelerar,
ou ir devagar...

Quando compreender a gratidão,
compreenderá profundamente amar;
Quando compreender a fé,
compreenderá profundamente a ser;
Quando compreender a paz,
compreenderá profundamente a liberdade
e quando compreender essa quatro palavras...

Então verá que o amor é lindo...
Quando é verdadeiro;
Quando é puro, desprovido de interesses
Quando é simples...

Que fé é força, perseverança e atitude!

A paz é a consciência genuinamente livre:
Desapegada de interesses;
Desapegada de vontades;
Desapegada de poder;
Desapegada do ego;
Desapegada de egoísmo...

Porque a gratidão é o reconhecimento:
É o reconhecimento da existência;
É o reconhecimento de Deus;
É o reconhecimento da vida;
É o reconhecimento do próximo...
É o reconhecimento de tudo...
Então agradeça antes de tudo
e tudo será lhe acrescentado!

⁠LIBRA

linha tênue entre tempestade e brisa de verão, ela é balança que pesa razão e emoção. é viver se equilibrando na corda bamba da indecisão e fazer justiça com as mãos no coração. comunicativa, leve e descontraída, não se cativar por seu carisma é vã tentativa. sempre se pondo no lugar do outro, tem medo de magoar como tem prazer em agradar. ela rouba a desventura dos outros e cuida como se fosse sua. é esconder o nirvana dentro da alma e contagiar pela sua essência. é constelação que guia e sereia que dispersa. é equilíbrio perfeito de ingenuidade e malícia. amante da liberdade e esperançosa na bondade, acredita que o amor é uma flor regada de amizade. ela que é ar puro e força motriz, sociável e delicada, balança que cai e levanta e ninguém diz, é a menina que sonha grande e mente que voa longe. é calmaria, bagunça, guerra e paz que desfaz e se refaz.

⁠Todos os dias quando acordo o primeiro pensamento é vc, a primeira saudade é de vc, a vontade de estar junto é de vc...
O sorriso que sinto falta é o seu...
O beijo que eu quero é o seu, o abraço que tenho vontade é o seu, o cheiro que eu queria sentir é o seu, os olhos que eu queria olhar é o seu, a voz que eu queria ouvir de bom dia é a sua!
Vc é a primeira vontade do meu dia e a última, porque o corpo que eu queria que estivesse aí meu lado me aquecendo é o seu...
Os carinhos, os beijos, os olhares, as risadas, os toques, a pele, o cheiro que me faz bem, vem de vc....
Meu dia, minha noite, meus pensamentos são teus...
Amo amar vc!

Boa noite! Good night! Bonsoir!
Ohayō! Καλησπέρα!
Uma boa diversidade a todos!

Eu me renderia aos seus encantos
Aos seus e de mais alguns
Eu derramaria o meu pranto
Se o âmago não fosse o nu
Eu despiria a alma
Verias mais que minhas estranhas
Sentiria na palma
O pecado imperdoável
De cobiçar o que é alheio
Pois pertenço a outro
A outro que muito me deseja
Porém que jamais me teve e nunca terá
Pertenço mais a mim mesma
E sem muita destreza
Me entregaria a vários uns
Mas jamais me esqueceria
Dos diversos acalantos
Nos mais escondidos recantos
Do pecado de me entregar
Eu me renderia aos seus encantos
Aos seus e de mais alguns.

DO CONVITE À DESPEDIDA

Uma tarde.
Um convite.
Um aceite.
Ansiedade.

Uma noite.
Um encontro.
Um olhar.
Felicidade.

Um momento.
Um desejo.
Um amor.
Necessidade.

Um beijo.
Um abraço.
Um carinho.
Restou saudade.

Bordão

Em algum momento
haverá alguém que te conquistará.
Talvez meio de repente,
que te fará sentir tudo diferente,
até parecer um delinquente.
Mas jamais deixará de ser sua estrela cadente.
Quando houver uma razão,
Sentirá esse vazão,
Que nem terá explicação.

Felicidade

Tão cedo que ainda é quase noite lá fora.
Estou perto da janela com o café
e tudo aquilo que sempre a essa hora
nos passa pela mente.

Quando vejo o garoto e seu amigo
subindo a rua
para entregar o jornal.

Eles usam bonés e agasalhos,
e um deles traz uma mochila nas costas.
Estão tão felizes
que nem sequer conversam, os garotos.

Acho que, se pudessem, estariam até
de braços dados.
É de manhã bem cedo
e os dois caminham lado a lado.

Lentamente, eles vêm vindo.
O céu começa a clarear,
embora a lua ainda paire sobre a água.

Tanta beleza que por um instante
a morte e a ambição, mesmo o amor,
não se intrometem nisso.

Felicidade. Ela vem
inesperadamente. E vai além, na verdade,
de qualquer discurso sonolento.