Poema na minha Rua Mario Quintana

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O receio de que a minha noção de felicidade estivesse totalmente em desacordo com a noção de felicidade do resto das pessoas fazia com que, noite após noite, eu me revirasse de um lado para o outro na cama, gemendo, quase a ponto de enlouquecer.

Osamu Dazai
Declínio de um homem. São Paulo: Estação Liberdade, 2018.

Essa é a minha vida, me provando que existe um universo mais interessante longe daqui. E cara, isso é inédito. porquê por mais que eu te imagine vivendo longe de mim, eu também consigo me imaginar vivendo longe de você, e sendo feliz dessa vez. Sem nós. Um pensamento singular, um sentimento continuo particularmente meu. Eu sei que consigo movimentar minha vidinha sem graça com menos desse vicio de falar da gente. Acho que cansei desse capitulo reprisado da minha rotina. Eu dei um sorriso imenso quando percebi que já conseguia protagonizar minha própria vida sendo dirigido por mim mesmo. E isso se tornou tão interessante que eu nem tenho mais saco pra te adicionar nos meus planos. Olha só, o conto de fadas se tornou uma história baseada em fatos reais. Ok, eu sei que o final pode não ser feliz, mas pelo menos será real. Meu bem, você me fez colocar tantos pontos finais nessa porcaria, que se tornaram reticências. Mas hoje eu resolvi usar a pontuação certa, pra uma história errada.

Não preciso de opiniões furadas sobre a minha vida, meu trabalho, meus amores, minha forma de conduzir as coisas. Eu tenho o meu jeito que, errado ou certo, é muito meu.

A bebida é a bengala de um velhinho que mora em minha personalidade. Mas tenho certeza de que uma criança que existia em mim, antes de tantas coisas acontecerem, um dia voltará. Só então saberei quem sou.

Maysa

Nota: Em entrevista à revista Manchete

Minha vida toma rumos opostos numa velocidade tão intensa que já cheguei a triste conclusão que Deus não sabe o que fazer comigo, só pode!

Se um homem me engana uma vez, a vergonha é dele. Se ele me engana duas vezes, a vergonha é minha.

Vai com calma, coração... Preciso dar um tempo pra minha cabeça e uma folga para as minhas emoções...

E quando o mundo tentou me botar pra baixo, eu sorri e mostrei que minha fé era mais forte que todos eles juntos.

Prefiro sofrer com uma verdade do que ver que minha felicidade é baseada na mentira!

Nem todos são iguais, e por isto não quero perder a minha inocência de ainda acreditar nas pessoas, mas quero me reservar e não sair por ai entregando a qualquer um aquilo que tenho de muito valor "a confiança".

Ele tem um jeito de me tocar, de caminhar com as mãos no espaço entre minha pele e a roupa, sem parar de me analisar o corpo, cheio de fome e ternura e calor. Eu sei que foi por isso que voltei, que volto, toda vez. É quando eu fico por baixo que a verdade se esfrega nos meus olhos e se infiltra pelos meus poros. Com o mapa do meu corpo, ele me prende nos meus becos e dança nas minhas avenidas. Eu não tenho saídas.

Se tua felicidade dependesse do meu sorriso, seria capaz de sorrir na minha maior tristeza para te ver feliz!

Me sinto um estranho no meio das pessoas comuns. Afinal, passei toda minha vida no palco com gente aplaudindo e correndo atrás de mim. No palco me sinto seguro. Se pudesse dormiria no palco.

Diego está na minha urina, na minha boca, no meu coração, na minha loucura, no meu sono, nas paisagens, na comida, no metal, na doença, na imaginação.

Aquietei-me, não por que a morte levou o que tinha guardado dentro da minha alma, mas para que o intervalo sirva de tempo suficiente para mostrar que tudo continua vivo dentro de mim.

Quando eu era criança, minha mãe me disse: "Se você se tornar um soldado, você vai acabar sendo um general. Se você se tornar padre, você vai acabar sendo o Papa." Em vez disso, eu preferi ser um pintor e acabei sendo Picasso.

As melhores coisas da minha vida foram as lições que aprendi com as coisas ruins que me aconteceram.

Você não merece esse amor, esses textos e esse tempo que perdi. Você não merece minha agonia, aflição ou até mesmo o meu jeito de falar o seu nome – que chega até ser enjoativo, de tão meloso. Não merece o meu amor expansivo e dolorido, nem a minha solidão.

Não era mais a sua ausência que me feria, mas minha crescente indiferença a isso.

Vi que você estava online e a minha vontade era de deixar o orgulho de lado e te mandar um ''Oi'', te perguntar como estavam as coisas. Mas lembrei que já fiz tantas vezes isso, e sempre que eu volto atrás, você segue. Sempre quando te procuro, você some. Sempre que falo com você, minhas mensagens ficam pra depois. Voltei pro meu lugar, respirei fundo e repeti em silêncio: ''dessa vez eu não vou falar''. Passaram horas, dias, semanas. Até que você aparece com um ''Oi'', fingindo estar interessado em minha vida quando na verdade só queria saber se eu estava bem sem você, porque enquanto eu estava mal você sequer se importou. Dessa vez, deixei o celular em cima da cama. Sem me interessar pelo barulho da notificação, deixei a tua mensagem ali: descendo, descendo, descendo. Enquanto eu sigo, em frente, pra frente, livre e sem você em mente.