Poema na minha Rua Mario Quintana
Eu sou filha orgulhosa
da nossa Amazônia Azul
deste Atlântico Sul
onde está sagrada
a minha absoluta poesia
pela rota infinita
dos povos do Sul Global
que me ilumina e guia.
Murapiranga carinhosa
enfeitando a minha
tarde com as suas pétalas,
É a própria poesia
na face da Terra,
Prestar veneração é
meu destino por ser poeta.
Sou eu que fotografo
as artes da minha Mãe
como quem colhe frutas
no pomar do Universo
neste nosso Hemisfério,
e no meio de tantas artes
é a poesia o meu caminho certo.
Tocando está o sino da Igreja Matriz
São Francisco do Centro de Rodeio,
que é a minha bela cidade
amada do Médio Vale do Itajaí.
Madrugada de Outono e eu ainda buscando pelo meu amável sono,
Entrego-me nos braços da poesia
e do silêncio para me buscar e encontro.
Com os meus sonhos de olhos
abertos derrotando o enfadonho
até o próximo passo sem pressa
cultivando firme nesta terra
oportuna gentileza, virtudes e festa.
Sem limite para foragir de tudo
o quê é tristonho, torna o convívio
bisonho e os princípios avilte,
não permito que me tomem de assalto
e tampouco me drenem,
peço para ter forças para reagir
atirando em um absurdo por segundo
se for preciso para vencer o mundo.
Maria-leque-do-sudeste
voa pela Mata Atlântica,
Ave rara da minha Pátria
amada, gentil e romântica,
peço me leve nas tuas
asas para me afastar de tudo
que me afaste de ser amável
e afável mesmo que seja
só por um instante para que
nada que me afaste de mim
tenha poder sobre a ótica
pelas lentes da bondade
e da minha identidade própria.
Indaiá
A minha poesia é Indaiá
sob o Sol, a Lua e a estrelas,
Assim venho crescendo
no seu coração e na sua cabeça,
O teu divino amor do destino
e o teu carinhoso abrigo.
Pilcha feminina
A minha Pilcha feminina
está muito bem passada
para dar aquela dançada
quando chegar a hora
do Balaio que imita
também as tramas
e as tais voltas da vida,
Há algo uma atração
entre nós que não se explica.
Sangue Gaúcho
Não preciso perder tempo
criticando a cultura de outro lugar,
tenho a minha própria cultura
para me orgulhar e exaltar.
Quem tem sangue gaúcho
se orgulha da influência do mundo
na formação dos seus ritmos
e dentro da sua própria tradição.
De alma e coração sempre
há de se encontrar na Rancheira
cultivando toda a história guerreira
que lapidou a cultura gauchesca.
Compartilha a Milonga e outros
ritmos com orgulho no salão,
e sabe muito bem que é Erva-Mate
com raízes neste abençoado chão.
Chote Inglês
Quando chegar
a minha vez,
não quero dançar
só com você
um Chote Inglês,
Um, dois e três,
você nasceu
para ser meu
de uma vez.
Quarta-feira em Rodeio
O Canário-da-telha veio
bem de mansinho
cantar na minha janela,
Um motivo para se alegrar
nesta Quarta-feira
na minha Cidade de Rodeio
que tem sempre beleza
para esbanjar o ano inteiro.
Quinta-feira em Rodeio
Sobrevoou a minha casa
o Canário-da-telha,
Enquanto coloquei
o Hino ao Frei Bruno
para tocar e o Sol
começou a raiar,
É Quinta-feira em Rodeio,
não vejo a hora da gente
virar a se encontrar,
Você nasceu para mim
e eu nasci para te amar.
Ao olhar e colar a sua
face com a minha,
Você terá conhecimento
pleno do que os meus
quadris são capazes
de fazê-lo endoidecido,
capaz de cruzar a nado
de ponta a ponta
o Oceano Atlântico
Dar cambalhotas no ar
e ver como o novo romântico
em sinestesia total de amar
nesta Era de gente que
só tem pensado em guerrear.
Minha voz é tão pequena
quanto o canto triste
do Sabiá-Laranjeira,
centelha sobrenatural que
flameja e que traz
na beira do rio do destino
uma verdade tão feroz
que beira o desatino.
Igual a flor do Ipê-amarelo
levada pelo vento,
este peito se assemelha,
sagra-se o amor em paciência
para o quê é preciso ser dito.
Não por vontade nossa,
o suor do meu povo sofrido
pode vir a armar tropas
e aumentar o derramamento
do sangue do povo palestino.
Eu me recuso que isso seja
realidade e se for verdade
que seja desistida a maldade
no meu Brasil que é minha
Pátria de solo e sangue
porque tal dissabor não
pode vir jamais a ser permitido.
Cultura Popular
A Cultura Popular
da minha Nação
não nasceu ontem,
A Cultura Popular
por último nasceu
na televisão,
A Cultura Popular
nasceu com os olhos
voltados para o Céu,
com pureza no coração
e com os pés descalços no chão.
Siriri
A tua voz macia
na toada do Siriri,
Na minha mente
está gravada
e ando dançando
até debaixo da chuva
me preparando
para a próxima vez
que a gente se encontrar
e em mim você vai notar
que o amor chegou para ficar.
Cururu
Balançando a minha saia
dançando o Cururu,
Você percebeu que não
sou para o bico de qualquer um,
Você não me troca por
outra na vida de jeito nenhum.
Peão Pobre
Do meu Mate
esculpo um Peão Pobre
na minha Cuia,
Porque pobre mesmo
é achar que ser peão é ser pobre,
Na verdade ser peão
é ser um nobre que sabe ser livre.
Ciranda
Da Zaranda que virou Ciranda
lembro-me da primeira
dança da minha infância
que enraizou-me na terra
de tal maneira que virei poeta
que cirandeia com as letras
enquanto as pega emprestadas
com a Lua enquanto escuta
e canta as cirandas de Lia
protagonizando a interminável
com toda a possível Poesia.
Pode cair o mundo,
a minha cabeça
jamais eu mudo,
A minha Cuia é
amor absoluto
que sempre
tem que ser feita
com Porongo,
Pode vir com ouro
que eu recuso,
A Cuia de Porongo
é o meu verdadeiro luxo.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp