Poema na minha Rua Mario Quintana
Minha terra, richiamo
Ah! Quem há de gabar, recordação impotente e escrava
O que o presente diz, o que a saudade escreve?
- Cutucas, sangras, pregadas nas lembranças, e, em breve
Olhas, desfeito em espanto, o que te encantava...
Passou, andou, e é num veloz turbilhão, a ilusão forjava;
Ilusões. Um dia na inocência, hoje já não mais serve,
A forma, e a realidade espessa, a lembrança leve,
De pureza, canduras, numa quimera que voava...
Quem a prosa achará pra poetar o conteúdo?
Ai! Quem há de falar as saudades infinitas
Do ontem? e as ruas que omitem e agiganta?
E o suspiro muda! e o olhar surdo! o andar mudo!
E as poesias de outrora que nunca foram ditas?
Se calam nas recordações, e morrem na garganta...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
20 de janeiro, 2019
Araguari, Triângulo Mineiro.
Paráfrase Olavo Bilac
"Me dói a cabeça. Sinto náuseas.
O que anda sobrando da minha vida é apenas o que não passa pelo ralo. Tudo está desmoronando.
Sinto raiva e quero chorar por continuar nessa inércia, por não tomar uma decisão. Me estresso comigo mesma por ser tão estúpida.
Por que não posso ser mais forte do que aparento ser?
Eu não caio, me levanto uma centena de vezes. Sou cabeça-dura (pra quem me conhece bem), mas não sei a hora de parar de dar corda para um brinquedo quebrado há muito tempo.
Se não funciona mais, por que continuar com a ideia de que um dia irá concertar?
Às vezes acho que o problema está em mim, afinal a vida é de quem?
Dessa vez não vou poetizar, não vou rimar, não vou fazer nada... é só um desabafo tremendo de quem cansou de ver a vida passar.
Eu não quero ter que cuidar dos problemas dos outros, não quero ser conselheira de ninguém - muito menos psicóloga - não estudo pra isso. Não sou obrigada a tentar salvar nada. É egoísta da minha parte, mas não quero o que não acrescenta. Não quero volume, entende?
Bagagens desnecessárias precisam ser dispensadas.
" - Senhores passageiros, última chamada. Embarque pela direita, e tenham uma boa viagem. Até logo"
Eu me sentia perdido e solitário,
Para a minha vida não via solução.
O pecado me separou de Deus,
Nenhuma esperança havia em meu coração.
Mas algo inexplicável então aconteceu,
Descobri que Jesus por meus pecados morreu.
Pagou um preço tão alto, que era para eu pagar,
Por Seu amor infinito morreu em meu lugar.
Todo esse amor me invadiu e surpreendeu,
A esperança em meu coração então renasceu.
Hoje tenho plena felicidade, serenidade e paz.
E sei que tudo isso é a presença de Deus quem trás.
Oh minha morena, de olhos escuros,
Tão escuros que me fizestes cegaste por ti.
Cabelos, cabelos estes, que um homem almejaria tocar-lhes.
Pele macia, macia de ruim, de uma carioca que de longe, bem se queria sentir.
Lábios de coração, repleto de carinho e paixão, que só esbanjava solidão.
Pés de princesa, delicados por natureza. Aroma de mulher guerreira.
Mãos virgens, de harmonia acolhedora, que um dia tocais me.
Sotaque relaxante, aos ouvidos de um jovem apaixonado.
Na noite escura debaixo das estrelas, entre elas pairo.
E o que somente vias, era unicamente a ti,
Minha morena.
Mãe você é meu exemplo na vida
É, e sempre será minha mãezinha querida.
Quero seguir seu exemplo,
E lutar por tudo o que quero.
Quero ser como você,
Feroz e mansa.
Quero ter a sua força
Defender a minha cria quando for preciso
Quero ter a sua beleza,
Rara e esplêndida.
Quero ter a sua luz
E saber sempre escolher o caminho.
Quero ser como você
Uma perfeita mulher.
"Me chamem de louco....
Prefiro enxergar de forma clara a minha loucura,
Do que estar cego na sua falsa sanidade!"
A Procura da Paz
Deitado eu estou
Viajando na minha imaginação
Criando um novo mundo
Onde eu posso encontra-la.
Do nada e de repente
Tudo começa a desmoronar
Minha visão perfeita se torna obscura
Um ódio toma conta de mim
O sol já não brilha mais
Á nuvens escuras em toda parte
Rios de sangue.
Eu tento me livra desse pesadelo
Mas não consigo
Algo bloqueia minha passagem para o mundo real.
Não tem jeito
O mundo era perfeito com você
Mas o ódio veio e acabou com tudo.
Então me levanto
Caminho ate o ultimo andar
Olho ao meu redor
Não sinto mais o ar suave como antes
Vejo poluição em todo canto.
Á barulho em todo lugar.
Você me deixou
Não ha mais motivo para vive nesse mundo
Onde não te encontro.
Esqueço-me de tudo e vou
Enquanto estou caindo
Passa por mim
Cada momento da vida
O porquê disso tudo.
Olho para baixo
Uns vinte metros para morte
Peço a Deus pela ultima vez
Senhor acabe com essa guerra,
Tire o ódio do coração das pessoas
E traga de volta a paz.
Então fecho meus olhos
E sinto paz pela última vez.
ELE
O momento em que eu sinto
O arrepio sufocante entrando em meu corpo
A minha mente gira e transborda loucura
Meu olhos exalam fúria, sonho morto
É eu sei, é paranoia
Não, a vida que é uma paranoia
É uma maçã podre, lugar de estórias
Um cristal escuro, um relógio sem ponteiro
Mas a questão do arrepio
Do toque à um canto afinado
Me leva a um questionamento tão vil
Ele aparece em diferentes estágios?
Em segundos ele arranca a pele com um sopro
Da emoção ao pensamento flutuante
Do medo ao frio do inverno
É aí que ele e a morte viram amantes.
Dos livros para a minha cabeça
Das mãos para o coração
A boca para perguntar
E a dúvida é a minha motivação.
Sou autodidata.
Eu sou teu rei, te torno minha rainha, se curve perante a mim, que eu me curvarei perante a ti.
Juntos não somos um, juntos somos dois, duas almas completas, não duas metades incertas.
Eu sou teu sol, tu és a minha lua.
Brilhe por mim, que eu brilharei por você.
Querendo viver
uma vida normal
ouvindo o som
de Miss Anthropocene
na minha sala
ao redor deste
isolamento social,
Parece piada
por aqui eu li
que 'o dilema
é bíblico',
há quem defenda
trabalhar,
há quem defenda
ficar em casa,
e até agora nada
está resolvido;
Apenas o quê
me resta é
ficar reclusa,
dançar a música
na mais plena
figuração
da linguagem,
escrever poemas
sobre a Lua
para não morrer
de doença
ou ir para a cadeia,
Esperando sigo
perguntando
qual será a próxima cena,
porque quem lambe
a borda da taça,
a alma não cala
e não busca
por 'indulgência' barata.
Você não sabe
e tampouco viu,
A minha poesia
tem asas
capaz de voar
pelo Brasil
onde a noite caiu:
Por ousadia ser
a memória
de milhões de caídos,
A memória
dos desaparecidos,
E ser a voz dos
que não tem voz
na América Latina.
Caiu a noite aqui
em Santa Catarina,
Onde as estrelas
estão próximas,
A pressa é mais
do que urgente
e a Lua sempre
deslumbra
os campos do Sul.
É exatamente lá
no km 36, na BR-470,
em plena Gaspar,
Não preciso nome
e sobrenome
mencionar,
Todos conhecem
quem são muito bem:
Eles querem a todo
o Jequitibá-Rosa
e outras jóias raras
a todo custo derrubar.
Não me esqueço de que
o Menino Jesus nasceu em Belém,
A minha poesia e o meu
dom de fazer o bem sempre
ofereço sem ver a quem,
É Natal e o importante não
desistir e sempre seguir além.
Mafra Poética
Mafra da minha História,
minha Mafra poética,
O balançar das araucárias
do meu destino falam
das minhas memórias
que um dia hei de contar,
Nunca deixei de te amar
nesta vida mesmo longe
de ti tendo que caminhar.
Poética Mafra poética,
por tudo o quê fostes,
és e para sempre serás,
Tudo de ti em mim
para sempre sobreviverás.
Mafra poética e amorosa,
quando fecho os olhos
ou vejo uma nectarina,
Recordo que há muita
História a ser contada
nesta Bela e Santa Catarina.
Mafra da Minha História
Mafra nascida de dentro
da bela Rio Negro paranaense,
emancipada filha do nosso
Planalto Norte Catarinense.
Mafra que trago no meu
peito a História e a sua gente.
Mafra minha História de amor
atemporal que nas estrelas
foi pela mão de Deus escrita:
és amor para a minha vida
desta Santa e Bela Catarina.
Da Mafra da minha História
nunca na vida me esqueci,
Que ela nasceu da luta
da tropa que pediu abertura
de caminhos e que nem
o tempo apagou de mim
tal qual o aroma do jasmim
do jardim da memória.
Mafra batizada fostes com
o nome do filho do Major,
Mafra abatida e erguida
pela Guerra do Contestado,
Mafra amor da minha vida.
Minha Mafra fostes
colonizada por imigrantes
alemães, ucranianos,
poloneses, bucovinos e italianos,
Mafra amor para toda a vida
e sempre presente nos meus planos.
Minha Mafra sempre
relembrada com orgulho
por tudo o quê fostes, és e serás,
Mafra és amor para toda a vida
que canto para toda Santa Catarina.
Você é a minha emergência
que faz com que eu queira
te amar sem nenhuma pressa,
com toda a melhor poesia
compilada, folga e a cada
dia tem me feito apaixonada.
Ser assumida
é sobre ser
o amor da sua vida,
é sobre a minha vida
combinar com a sua vida,
Se eu não for
o amor da minha vida
para a sua vida,
Entre ser assumida
prefiro ser sempre
que for preciso
mais escorregadia
do que peixe ensaboado,
Se for para não ser
por você assumida,
só para você opto
em ser a sumida,
Não insisto em aquilo
que não tem a ver
ou não dá liga,
Porque eu tenho
a minha própria vida.
A eclipse lunar se aproxima,
e eu sei muito bem
o quê quero e não quero
para a minha vida,
do teu divino olhar levo
o tempo todo o quê alucina.
Só sei que não permito que
o meu coração seque como
vejo alguns corações secos por aí,
para que a seca não seja permitida:
é por isso que te quero aqui.
Um coração quando seca
é bem mais perigoso do que
a seca dos rios Negro e Solimões,
um poema nunca mais o toca,
nem mesmo imagens rupestres
podem ser encontradas
e nem mais se comove
diante de paisagens agrestes.
Quando um coração seca
nele não se encontra mais nada,
é o desastre batendo na porta
sem hora e sem data marcada.
Poesia para Rodeio todo o dia
Poetizando a minha caminhada
vou escrevendo uma poesia
todo o dia para a nossa Rodeio
porque tenho fé na vida
e coloco um louvor sereno
em tudo para colocar o melhor
sempre dentro do meu peito.
A minha poesia é
o último frasco
do perfume da Rosa de Ahal
que foi perdido durante
a viagem da caravana
A minha fisionomia
pertence a um
povo pouco conhecido,
Nos meus cabelos
podem ser encontradas
maçãs negras e fadas agitadas
Eu me conheço profundamente,
sei o quê quero,
sei tudo aquilo o que não quero
e a minha intuição não falha.
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