Poema na minha Rua Mario Quintana
Um Poema Desesperado
No horizonte se vai o camisa dez treinar o trabalho duro de viver
Onde?
Enquanto o camisa zero de nossas ruas acorda o mais cedinho
Tão cedinho
Esquecendo-se do penteado dos cabelos, do café bem requintado
Não lhe cabe a exuberância do olhar
O olhar é ora triste ora vago
Que não desfaz a satisfação de mais um dia de vida
É singelo... Quem lhe diga não valer nada
Mas quem lembra por nossa farda ora laranja ora maltrapilha?
Quem?
Vale mais lembrar por nossa farda elegante, sincronizada?
Vale?
Digo eu e quem quiser que se opunha
Valha mais o maltrapilho “poeta” de nossa gente que o galante “poeta” por si só.
Não estou nem aí para o sentido e a métrica do poema.
O que me importa, é o que sentem as pessoas ao lê-lo.
O lúdico, não se estabelece sobre regras.
Terminar a noite sem um poema, é nem tê-la começado.
Se não achar o verso certo, a inspiração derradeira,
Será um amanhã, mais turvo, menos criativo, um dia como qualquer dia.
PAUTA
Eu queria fazer um poema
Assim, métrico
Tenso como um fio elétrico
Para que todos os dias
Os pássaros venham
Pousar, cantar.
Eu queria fazer uma música
Na pauta tensa da rua
Para que todos as noites
A lua venha
Tocar, rebrilhar.
TEAR
Enquanto eu faço um poema eu te descrevo
Como se não te conhecesse
E meus olhos prego em ti.
Tudo eu lamento na minha poesia
E tudo sai na alegria de tua boca rindo.
Queres uma prova de amor?
Eu ando sobre as brasas.
A caneta dança uma interminável valsa,
E de nós quem rodopia,
Quem tem a autonomia nos pés
És tu. tutora de tudo o que aprendi.
Enquanto sonho tu acordas
Para fazer de mim teu mimo
Teu cãozinho novo, tua maquiagem.
E eu aprendi o que me ensinastes,
Nunca olvidar aprendi também.
Graças a ti, poesia feita agora,
Minhas verdades de outrora
A vida contigo, pode dizer-se eterna.
Sem ti é tudo um desmantelo.
Enquanto eu teço o verso
Tu urdes em minha cabeça
Um templo de bombardeios,
Das tantas guerras,
Que comemoramos o seu final.
_______________
naeno*com reservas
O POETA
Como não! Ser hoje mesmo
Me agarro nesta caneta
Para um poema dançar
É porque há muitos anos
Você levantava os olhos
Olhou com força pra mim
Depois levantou os braços
Me abraçou tão carinhosa.
Como não... se nem um dia
Pude esquecer-te quimera
Se a função sair batuta
Deveremos a você.
Se assente aqui, faz favor
Neste luar destinado
Às pessoas de destaque
No lugar de honra mesmo.
Beat
não vou fazer amor
vou fazer um poema beat
vou escorrer pelo ralo
metamorfose kafkaniana borboleta barata
como o poema que não houve
como o leitor que não soube
como a besta estatelada no cartoon
vou deixar de fumar por um momento
apagando meu hálito no seu
você vai dizer que é importante
vou dizer que é vão
você vai pegar um vapor para Londres
vou sonegar meu adeus
vou escarrar num estranho minha insatisfação
vou virar gangrena
você vai me amputar nem que não queira
cadafalso cada passo
sigo comigo sem direção
perdôo sem esforço seus erros e meu perdão
danço um Gardel no caminito
pago ser de outro lugar
minha sombra veste preto e
num último tango se desfaz
Poema infinito
... Tempo é um batimento cardíaco, um beijo, um adeus.
Tempo é guardar as lembranças de grandes amigos, antigos amigos teus.
Tempo é dormir e acordar. É prazo para cumprir e documentos para entregar.
Tempo é um flash de instantes que pode significar uma vida toda.
Tempo é entregar atrasado o presente de aniversário de uma pessoa ou outra.
Tempo é querer correr e uma bengala te impedir.
Tempo é poder parar para observar, analisar e refletir.
Tempo é um infarto fulminante. É jurar de pé juntos que nunca mais fará nada daquilo antes.
Tempo é o que permite que você e é o que impede de fazer.
Tempo são rugas e são espinhas, que insistem em incomodar.
E independente de tudo antes dito, tempo é o ato e o espaço de amar...
# Nestas horas mortas que a noite cria, entre um e outro verso do pavoroso poema, que sob a pálida luz de uma vela eu lia, me chegavam antigas lembranças de um dilema.
Quanto amargo e dissabor o silêncio produz! Entre as sombras vacilantes da noite, chegam em formas indefinidas, que sobre minha cabeça pairam, aves e outras criaturas aladas que de infernal recônditos alçam vôo até minha mente, a perturbar minh’alma.
Essas formas indefinidas das sombras criadas pelo medo, ocupando o vazio do meu ser, preenchendo o que antes era de sentimentos sublimes e, agora, somente o sentimento de dor. O que antes era alegria, agora é tão somente o dissabor.
Que pena paga um condenado pelos sentimentos! Oh, agonia incessante. Que martírios mais terei que suportar? Como um medo tão latente do desconhecido, pode tanto me apavorar? Será do vazio de minha alma que sinto medo? Ou do esquecimento do meu ser, por outro já amado?
Não é do fim da vida que treme minha alma, mas do fim do sentir-se bem eterno. Não mais existir não é tão doloroso quanto o existir sem ser notado, ou amar sem ser amado, ou perder o que jamais será recuperado.#
E um dia ela me pediu um poema, não sabia ao certo como escrever
ou o que escrever. Pois depois de tudo que passamos e tudo que aconteceu
seria uma prova de fogo escrever algo.
Eu poderia rimar amor com dor
flor e cor, querer e saber.
Só que seria tão clichê
tão normal e um poema pra ela não poderia ser desse tipo.
As noites ficam claras na tua ausência
o céu deixa e ser estrelado e passa a ficar cheio de nuvens
e fazer rimas não é fazer um poema, fazer um poema é traduzir o que diz o coração.
POEMA BOCEJADO
Essa névoa que a tudo faz grisalho
e revolve num véu a luz do sol,
põe silêncio e preguiça nos meus olhos;
rege os passos num ritmo contido...
Na manhã deste julho quase agosto,
molho a minha poesia no cenário
como se molha o pão no capuccino;
bem mais por hábito que por sabor...
Por falar de sabor, bebo lembranças,
nostalgias, imagens requentadas,
tomo chá com torradas de saudades...
Neste quadro em que a vida quase para
na moldura do momento infinito,
poetar é meu rito; meu despacho...
Algún día escribiré un poema
que no mencione el aire ni la noche;
un poema que omita los nombres de las flores,
que no tenga jazmines o magnolias.
Algún día te escribiré un poema sin pájaros
ni fuentes, un poema que eluda el mar
y que no mire a las estrellas.
Algún día te escribiré un poema que se limite a pasar
los dedos por tu piel
y que convierta en palabras tu mirada.
Sin comparaciones, sin metáforas, algún día escribiré
un poema que huela a ti,
un poema con el ritmo de tus pulsaciones,
con la intensidad estrujada de tu abrazo.
Algún día escribiré un poema, el canto de mí dicha.
Mulher
Poema escrito, com a ponta da língua numa pétala de rosa, lençol para quando a poetisa e o poema se deitam e em teu corpo ficam as palavras mordiscadas transformadas em sons eternizados em forma de poema inacabado...
Thaisinha
Triplo Poema
Desconhecendo a verdade
Distantes no passado
Inseparáveis no presente
Amigos unidos pelo acaso do destino
Um sonho perdido
Mas por esse caso vivido não seriamos amigos
Que admira a amizade como este poeta
Que este sentimento está …
Presente nos animais e homens
Renasce do orvalho iluminado
E para a proteção Aqueles que chamo de amigos
Este poema é feito Possui grande …
A calma e a paciência
São virtudes raras
Provendo de pessoas fantásticas
É uma dos 14 melhores
Uma santa para mim
Com características únicas
Sendo o calido representado pela natureza
E belo e fantástico
A calma da natureza.
O que realmente sei?
Pensei
pra que poema?
Pensei um dilema
dilema do poeta, poeta?
Quem conhece um poeta?
Poeta desconhecido
poeta invisível
existe essa profissão?
Ou é somente ironia
ironia do destino
destino do poeta, não ser reconhecido
Queria num verso só
dizer o que conheço
conheço o que não conheço
conheço o que não conheço
logo o que sei?
Sei que existo
existo num pensamento, num suspiro
que ao viver vivo
e ao pensar?
Um poema, poema que me aflige
aflige a solidão
de poemas incompreendidos
compreender é ilusão
Aquilo incompreendido
se compreende em um instante
e se desfaz em um montante
verdade absoluta
absoluta certeza
certeza única da vida;
será a morte?
A PAIXÃO
Não tema, codifique o poema
já que a distancia existe
e a saudade insiste
completa e extrema
A certeza consiste
na arte do versejar
cristal raro p’ra se guardar
jóia que ainda inexiste
Nos sonhos o divagar
laços coloridos em riste
que enlaçam sentidos no amar
É desejo ardente e persiste
invade p’ra muito alegrar
aquele que um dia foi triste
"Olhos Verdes
Oh pequena
Por você eu faço mais que um poema
Uma canção só pra expressar o que sentem por ti
Teus olhos verdes
Teu rosto afilado
Teu jeito de menina
Será que sabe o quanto que fascina
Aquele que te ver passar
Na rua ou em qualquer lugar
Como vai ser se um dia eu te perder
Pra onde vou sair sem ter aonde ir
De quem vou rir se não for de você
Se teus olhos verdes me fazem cantar
Oh minha linda
Tua amizade é tudo que pedi a Deus
Lembro a todo instante da gente sorrindo
Daquelas piadas sem graça
Me diz quem mais além de você
Vai rir das besteiras que eu sei fazer
Sempre dizendo que amo você
Falando das experiências que eu tive
Pedindo pra pensar direitinho
No que vai fazer pra não se arrepender
Eu só quero te ver feliz seja lá com quem for
Ah minha irmãzinha
Pode sempre contar comigo
Nunca vou te abandonar
Nunca vou te deixar desistir
Se precisar de mim
Sabe muito bem aonde ir
Por que nossa amizade é mais que de um irmão
Por isso eu fiz essa canção
Agora escuta o refrão"
QUERO SER FELIZ
Ser feliz,
Não cabe num poema,
Que pena!!!
Se eu fosse capaz de cantar,
em lingua de gente
o que o coração sente
quando alguém, compreende
que não posso ficar só
Sei que é bom ouvi-lo
Sentir o que lhe digo
perceber que quero tê-lo sempre contigo
POEMA MACABRO
A morte é
cáustica,
claustro,
fóbica.
É claustro e fóbica.
Singularmente,claustrofóbica.
A morte é silêncio
O silêncio é ouro
O ouro é pó
O pó é ético
A morte é
silêncio,
ouro
pó e ética. ´
Causticamente, poética!
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