Poema na minha Rua Mario Quintana
andas pela rua. assumes o nome d gatuno
caminhas sem fazer barrulho.esperas pelo momento oportuno
o capuz que usas nao deixa transpor a tua cara
as cartas estao dadas
desempenhar a funçao que exerces nao È façil
pois nao podes modificar a tua face
a tua identidade jà È conheçida
pois andas sempre metido em entrelaçes
fojes d un castigo ....q. ja È teu
apemas juntas provas para que te condenem
entre paredes ja stas mas nao sei s sobreviveras
o luto pelo teu amigo
o dsprezo da tua familia
o teu destino pode ser distimido
mas a luta continua......kepe....
Os sentidos
O teatro de rua é cara a cara.
Olhamos para o nosso publico que tambem nos olha.
Cheiramos nosso publico que tambem nos cheira.
Tocamos nosso publico que tambem nos toca.
Ouvimos nosso publico que tambem nos ouve.
Dividimos comidas, bebidas e trocamos abraços sorrisos e beijos.
Transformando uma simplis tarde em um dia inesquecivel.
REVOLTA NA SOLIDÃO
quero chorar de tantas saudades
correr na rua gritos de solidão
xingar a vida de pedaços de fel
marcar com sangue este papel
quebrar a cara que se faz o olhar
cego finge cer quando perto de mim
a revolta antes chama agora é fogo
pronta pra fazer você queimar
se perguntar não tenho respostas
explicação dar quem é culpado
no seu lugar é melhor se preparar
que a dor da mente pode até matar
na loucura de um pensamento
você pode ser suspeito assassino
não maltrata-me solidão
sozinha estou em depressão
As vezes me deparo com vontades,desejos e fico mal por não pode-los realizar
Ai me deparo na rua crianças passando fome,senhores catando latas.
E vejo como sou egoista comigo,pois a tantas coisas erradas tantas pessoas passando fome e eu me revolto em não poder comprar coisas futeis !
Se cada pessoa parasse pra reparar como a vida da gente as vezes é bem melhor do que muitas outras pessoas.
Reclamaçoes do que comer do que vestir...
e aqueles que malema tem o que comer .e roupas novas acabam nem tendo pra vestir !
Dá valor ao que tem .e ajudar a quem precisa !
VERSO BASE
Na rua que brincava
Tinha um pé de amora e
Um pé de limão.
Na infância, suguei o doce da amora.
Hoje, sugo o azedo do limão.
Tango
Penso num momento
Caminhando pela rua
Sozinha, sem rumo
De repente,
Reparo numa melodia
Perdida pelas ruas escuras
Só brilhantes da chuva
Que se depositava entre os paralelepipedos
Um tango
Vindo de um antigo dancing
Cai uma rosa
Do nada, no meio de meu caminho
Subo escadas,
Na trilha das notas rasgando
Meu coração inquieto
Quando vejo um bailarino
Que de repente me surpreende
Pela cintura me cerca
Começa comigo rodopiar
Pela noite inteira não consigo parar
Nem cansar
Só do sonho, não quero acordar...
Arrancaram a cabeça de uma mãe, mulher, trabalhadora e, como adorno da rua, a prenderam friamente em uma estaca. Silêncio total da família e dos transeuntes.
Só isso. Nada mais.
Atiraram em uma personalidade artística. Correeeee! Mídia, passeata, discursos comoventes, repúdio, cobranças, justiças e injustiças, banners, gritos, pavor, compartilhamentos virtuais e muito mais.
E isso. Tudo isso.
Nos Direitos Humanos, está a vida?
Que a defendamos sem excludência.
E que pela vida de TODOS, seja isso; TUDO isso!
E se eu não tivesse perdido a chave naquele dia, o queria seria hoje?
Teria te visto na rua? Ao quase trombar em você. Talvez você passasse muito à frente, antes de eu estar no ponto certo de você entrar na minha vida, talvez você passasse atrás de mim, me veria de costas e eu até hoje não saberia a cor dos seus olhos.
Lembro que estava procurando a chave, que fiquei mal-humorado e fiquei xingando alguns santos, se eu soubesse que aquilo era necessário, que era responsável pelo sorriso que dei hoje de manhã ao te beijar e foi tão bom, jamais reclamaria.
Aproveite cada momento, seja ele bom ou ruim, seja ele provocante, ou louco, pois são eles que compõem uma vida, que trazem um amor, um sorriso, que salvam vidas. Talvez se eu tivesse encontrado a chave antes, teria atravessado a rua e, distraído, não estaria aqui, por mais simples que tenha sido, hoje sei que a chave perdida me trouxe dias bons e ruins, me trouxe amor.
Amanheceu
Um dia sem cor, sem tom, sem riso
Pacato por demais
E não é domingo
Na rua ninguém à vista
Em casa até mesmo os ratos e as lagartixas
Esqueceram de aparecer
O relógio parou em plena onze horas
Horário do trem
Será que vem?
Por incrível que pareça
O trem não passou
Amanheceu
Um dia sem cor, sem tom, sem riso
Que dia meu amigo
Ainda bem que tudo terminou bem
O dia acabou
Novamente amanheceu
Dessa vez com sol radiante
Um dia lindo
Graças a Deus
Que ainda posso ver um novo amanhecer
Um menino. Três tomates. Uma liberdade. Um sorriso.
Um menino.
Caminhando na rua. Em uma de mãos, a liberdade dos dedos, na outra, um saco com alguns tomates. Muito mais o menino trazia na alma.
Três tomates.
O menino e seus tomates. Para que servem os tomates ele nem sabe. Ao chegar em casa seus tomates serviram de alimentos para sua família. Mas antes disso, seus tomates são seus brinquedos. São alimentos que saciam à fome da alegria.
Uma liberdade.
Em uma das mãos próxima ao pescoço ele segura seu saco com três tomates. Na outra, ele brincava com a leveza do ar. Emprestava ao ar a liberdade de seus dedos que voavam na direção de seus pensamentos.
Um sorriso.
O menino, o tomate e a liberdade. O endereço desse encontro é o sorriso. No sorriso a liberdade ganha inocência de menino. No sorriso a imaginação permite que tomates se transformem em brinquedos. No sorriso, um menino será sempre o menino...
Um menino. Três tomates. Uma liberdade. Um sorriso.
Em uma rua vazia…
Pelas estradas do tempo.
Ele lentamente seguia.
Apenas com um pensamento…
Da tristeza sorria.
No gosto do frio, e o barulho do vento…
Ele sonhava… Na tarde fria
O primeiro amor a gente nunca esquece,
Mas meu amor não merece assim ser jogado na rua,
Hoje eu sou ele,
Mas ainda serei tua.
DESPEDIDA DE UM HERÓI ABALROADO
Na rua desvairada o carro vem em alta velocidade
Ameaça me abalroar, pois me encontro no meio dela.
Dela não saio, quero impor respeito ao valor que meu bairro merece.
Dente de tigre olho de sabre.
Revoltam entre si.
Se revoltam entre os dissociados.
Cambaleia de agonia.
A pancada foi forte, mas nada como deixar
De ir pro inferno sabendo que lá estarei calmo
ao lado do senhor satanás.
Quem de mim sorriu, não sorrirá mais.
O inferno festeja minha chegada!
A vossa desgrassensa que à mim pertencia,
hoje chora.
Foi quase em uma velocidade de 250 quilômetros
que me atingiu.
Meu corpo alem do inferno foi parar 100 metros depois.
Morria ali, na presença de casas, valas, pedestres, veículos, crianças.
sobre o sol que de tão quente fritou minha mente naquele pincho ardente.
Morria no não morrer!
A minha morte não foi o suficiente para mudar nada no bairro
foi apenas o começo de uma grande guerra sem fim próximo.
No cair da chuva e no deslizar das águas nas corredeiras de valas a céu aberto
meu bairro se despedia.
Vivia a reivindicar.
Morri ao protestar.
[Sim, sei!!i O inferno agora tem paz]
Só Deus sabe o quanto eu precisei
engolir o choro,
o sentimento,
a dor,
para poder sair na rua e tentar
sorrir lá fora.
PORTAS
Porta da casa e da rua
Porta da escada e da lua
Porta de entrada e saída
Porta que é minha e sua
Porta da boca e do ouvido
Porta da inspiração
Da consiencia, o sentido
Porta da minha razão.
Porta que vai e que vem
Que abre e pode fechar
Porta da terra e do além
Porta dos rios, do mar.
Porta da noite e do sono
Do sonho, do anoitecer
Porta de guerra e abandono
Porta que não vou querer.
Porta da integridade
Porta da sabedoria
Porta de uma amizade
De descoberta e harmonia.
São portas que se abriram
Portas de imaginação
Que portem bençãos tais portas
Para o teu coração.
Sentada aqui, olhando para a varanda do outro lado da rua...
A varanda que me enche de esperanças e alegria de momentos bons que vivemos. A mesma varanda que continua lá, mas sem um pequeno-grande detalhe: VOCÊ! Você que preenchia tudo em mim...
As vezes eu sento aqui e olho para lá, mas não há 'lá' sem você e, apesar de saber disso, eu continuo olhando, esperando pelo dia que você irá voltar...
Até mesmo em uma rua com pouca iluminação consigo te reconhecer e ver seu sorriso;
Algo que me tira o folêgo, que me faz acreditar novamente em uma coisa a qual eu já havia desistido;
Esse momento, mesmo durante cerca de 5 segundos, parecem eternos na imensidão de meus sentimentos;
Te perder agora é a última coisa que eu desejo, pois, como irei viver sem esse sentimento que me conforta a alma?
Gritos são atípicos
Na rua em qualquer lugar os rostos fechados,
Cobertos de tensão.
Não cabe a mim ser tão observadora assim.
Mas todos têm algo a dizer
A falar a murmurar
Aqui ali em qualquer lugar.
Uma flor nasceu na rua
Correram para matá-la...
Pois, uma flor é fruto do amor...
E o amor... A nós imbecis repudiamos...
Uma flor nasceu na rua...
Mas, muitos nem a perceberam...
Pois, O que é uma flor perante ao caos...
Uma flor nasceu na rua...
Veio um passante... De celular na orelha e...
A esmagou...
Uma flor nasceu na rua...
Mas, logo morreu, na desesperança de olhos desatentos e perdidos...
Uma flor nasceu na rua...
Mais uma tentativa de Deus a nos mostrar...
Que o amor existe e persiste...
Mesmo nós... Cegos, egocêntricos e medíocres perante a flor...