Poema na minha Rua Mario Quintana
Eu vejo uma janela no final da rua
Lá existe uma idosa de cabeça branca, branca como as nuvens....ela me chama pra entrar e me oferece o seu colo.....fecho os olhos e sinto sua mão me acalentar.....é a minha avó.....nos meus sonhos ainda deito no colo dela e recebo cafuné.....no colo dela encontro Paz!!!
Deus está ali!!! No colo dela!!! No cafuné....
Sempre o mesmo
Quem disse que me mudei?
Continuo o mesmo,
Na mesma casa,
Na mesma rua.
Às vezes até vou na casa ao lado,
É melhor para ver a lua,
Continua pura...
E eu o mesmo.
Vou alinhavando meus defeitos
Nos retalhos da vida!
Às vezes ferida outras solução.
Esse meu jeito me agonia,
Sempre o mesmo
Mas nunca em vão...
Estrelas no Olhar -
Trazia estrelas no olhar
as esquinas de cada rua
os cantos de cada Alma
e ninguém podia imaginar
que um dia seria sua
a alegria, a paz e a calma!
E tanta vida por viver
nas teias que o destino dá ...
Na verdade de cada gesto
há sempre tanto por saber
vá cada um por onde vá
num silêncio manifesto!
E chega de viver a vida
como barcos ancorados
cheios de noite e solidão
essa mágoa concebida
dos nossos antepassados
deve sair do coração!
Que a vida gasta e sombria
imóvel e cansada
incapaz de amar alguém
vaga, triste e vazia
vento sobre água parada
nunca serviu para ninguém.
DRUMMOND
Janelas debruçadas para a rua,
Tais quais mulheres oferecidas,
Anônimas, vitimizadas,
Mostrando intimidades,
Uma orquídea,
Cacheada em amarelo,
Enorme cascata de pétalas,
Contrastando com a madeira escura
Dos móveis sisudos
Da sala de estar,
Em uma versão do dia e da noite.
Folhas sumidas
Na coadjuvação.
Verde-escuro mimetizado
Contra a lateral da cristaleira.
Mobília triste,
Presente em namoros desfeitos,
Brigas em família,
Choros de solidão,
Ao som de rádios de pilha,
Despedidas de defuntos.
Planta rara e cobiçada,
Purificando o local infecto de lembranças,
Das tristezas mais indesejáveis,
Das vidas medíocres e miseráveis.
Aquela orquídea ostentadora
Continha a bondade, a pureza
E toda a beleza do mundo!
Sérgio Antunes de Freitas
Abril de 2023
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.
Existem grandes comunidades de moradores de rua, sem tetos e dependentes químicos, espalhados pelas cidades do mundo inteiro. E estão morando nas ruas, não porque eles querem estar debaixo do sofrimento, do abandono e da miséria. Eles estão nas ruas porque se perturbaram e tiveram experiências psicológicas dolorosas em algum momento de suas vidas, e isso os levaram a experimentar situações adversas e experiências maléficas, ao ponto de perderem o direcionamento certo de suas vidas. Muitos desses moradores de rua já não se sentem capazes de se inserirem na sociedade como cidadãos trabalhadores, ativos e independentes. Uma das principais perdas que adquiriram ao morar na rua, é a confiança da sociedade, em lhes proporcionar trabalho e acolhimento. Os desvalidos da sociedade já não sabem mais como encontrar a luz e o equilíbrio de suas vidas. Então, usar a expressão que diz que “eles precisam querer se tratar para se curar” para só então receber o socorro e o tratamento, é uma forma da sociedade, civil e pública, se abster da responsabilidade social de ajudar, socorrer e lhes dar o tratamento necessário e preciso.
Rozilda Euzebio Costa
Medo mesmo, ou mesmo medo.
Eu tenho muito medo do mesmo, mesmo banco, mesma praça, mesma rua, mesmas pessoas, mesma casa, mesmo carro, mesmo jardim, mesmas flores e tantos outros mesmos. E um mundo de mudança e velocidade, já imaginou ficar prisioneiro do mesmo ?
Medo de sair, não é sair com medo e sim, se sobressair. Coragem, não é ausência de medo e sim, coragem de enfrentar o medo. Estar equilibrado não é estar imóvel, estar equilibrado é mover sem se desabar. Alguém que diz não ser medroso, ela não quer dizer ser corajosa ou medrosa, e sim inconsequente.
A melhor maneira de ficar vulnerável, é achar que está invulnerável. A melhor maneira de ficar desprotegido, é achar que já está completamente protegido e assim a segurança psicológica entra em ação e a mudança de comportamento acontece, como dizia um amigo meu e já falecido: "a sorte segue a coragem".
Por trás da porta
Por trás da porta
A rua segue seu curso
Como um rio,
Pessoas descem
A água é o vento
Que as move
Passos distintos,
Caminhos iguais
São moléculas
Sem destinos
Poeiras outonais.
E eu atrás da porta
Sem coragem
De ir à rua
Penso no futuro
Mas o passado me espreita
Quem dera fosse largar
A rua que me espera
Mas a porta é estreita.
Noite morta
Vejo a porta tão fechada.
Madrugada
Caminha pela rua
Onde a lua esqueceu
De mostrar quem sou eu.
Tão escuro!
Me procuro num futuro
Onde a sorte
Ou a morte
Podem vir "sem querer"
Numa bomba qualquer
Sem me dar a mulher.
Mas há um bar aqui
E outro bar ali.
Eu vou pisando
O chão da solidão
Sorrindo,
Mentindo um gesto
Num manifesto
De quem não vê mais,
De quem um dia já amou demais!
E eu tomo um trago aqui,
Eu bebo um trago!
Estrago tudo
E algo muda
A madrugada vai
E a namorada
Foi bem antes
Bem amada
Em meus instantes!
✨O Caminho de Volta Para o Verdadeiro Lar ✨
“Nesse planeta, somos todos moradores de rua procurando o caminho de casa. Vagamos em busca de algo que nos complete, sem saber exatamente o quê. O verdadeiro lar não está no destino, mas na jornada interior. Às vezes, nos perdemos para finalmente aprender a nos encontrar. E o caminho de volta começa quando reconhecemos onde realmente pertencemos.”
Quando os emissários do demônio saem pra rua para pedir intervenção militar
Fica evidente que o inferno assumiu o poder e o diabo está governando
Rua Nascimento Silva, cento e sete
você ensinando pra Elizete
as canções de canção do amor demais
lembra que tempo feliz, ai, que saudade
Ipanema era só felicidade,
era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
a que ponto a cidade turvaria
esse Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela
e além disso se via da janela
um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza
é preciso acabar com essa tristeza
é preciso inventar de novo o amor
nossa famosa garota nem sabia
a que ponto a cidade turvaria
esse Rio de amor que se perdeu
mesmo a tristeza da gente era mais bela
e além disso se via da janela
um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo só resta uma certeza
é preciso acabar com essa tristeza
é preciso inventar de novo o amor
Lapidar
"" Moldar a pedra bruta
cheia de vida
tal qual o brilho
da rua
num instante
o pormenor
da lua
brilhante...
ANOS 80
Era fraco e franzino
Menino de rua descobrindo sentimentos
Anos oitenta era assim:
Liberdade no peito
Meio sem jeito ele abraçara a esperança
Bonança em meio às tempestades
E os dias vieram melhores
Saltitante como as flores
Espalhando saudades...
DELÍRIO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Meio queijo no espaço;
vago à noite na rua;
cadê namorada...
Sem saber o que faço,
quase como essa lua
com goiabada.
Rua com Rua
Em um mundo líquido as relações são como
pequenas gotas de chuvas caindo na rua.
Rua esta que faz o favor de levar a gota ao evaporar.
Nessa relação a rua sempre vencerá, seja pela força e rigidez,
ou por sua teimosia de sempre estar no mesmo lugar.
Nessa amizade não quero ser uma gota nem tão pouco uma tempestade,
que mesmo tendo o poder de levar tudo,
não pode ultrapassar a temporalidade e constância de uma rua.
Aqui sinto a essência de sua amizade.
Pois muitos olharam e não enxergaram.
Outros pisaram e não perceberam que ela serve de caminho,
e nesse caminho há vida, ou melhor esse caminho é a vida.
Alias! Não apenas sinto, pois sou
rua que encontra com rua, sou caminho
que contigo cria caminhos.
Somos força e sempre estaremos
no mesmo lugar, pois os amigos possuem a certeza que não importam
o tempo e a tempestade, tudo passa menos
a nossa teimosia de permanecer.
Eu ainda era Bambina
Quando fomos àquela rua
Na época só queria
Ser completamente sua
Não respeitei meus limites
E não conhecia o meu corpo
Mas ainda assim acreditava
Que eu te veria de novo
Os anos passaram
E com o tempo eu cresci
Mas até hoje penso
Em um dia te ter aqui
Não seria má ideia
Tomar um café ou uma cerveja
Para reconhecer alguém
Que tanto te deseja
(Bambina)
Acordei
Resolvi caminhar pela rua para saber o que poderia ter de tão belo aqui que ainda não encontrei
Encontrei
O motivo do sorriso discreto e o porque da minha paixão pela vida
Parei
Apreciei um delicioso prato tradicional, uma especialidade, muito bom, não tinha experimentado nada igual
Cultura
Uma tradição bela, cheia de vida, cores, respeito, músicas que alegram a alma e uma literatura simpática e admirável
O lar de ex é na rua
Música Sertaneja -modão sertanejo
Música O lar de ex é na rua
Compositor poeta Adailton
Pegue os chinelos embaixo da cama
Põe as tuas roupas na mala e não diz que me me ama
Sai por essa porta, pois, avida continua
O LAR DE EX É NA RUA (REFRÃO)
O LAR DE EX É NA RUA (REFRÃO)
Vou trocar o cadeado do portão
Vou tirar você de uma vez do meu coração
Vou te deletar do meu pensamento.
Sai de uma vez desse apartamento,pois,a vida continua
O LAR DE EX É NA RUA (REFRÃO)
O LAR DE EX É NA RUA (REFRÃO)
E não adianta me ligar, vou te bloquear no meu celular
Não adianta me procurar nas redes sociais
Acabou não dá mais, a culpa foi toda sua.Sai da minha vida de uma vez, pois o lugar de ex é na rua
OH! O LAR DE EX É NA RUA (REFRÃO)
O LAR DE EX É NA RUA (REFRÃO)
poeta Adailton
poeta Adailton
Enviado por poeta Adailton em 20/07/2019
Código do texto: T6700087
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poeta Adailton
Cores (Parte 3)
A noite começa, lembranças aparecem.
A rua está cheia de pessoas e ao mesmo tempo vazia.
A loucura renasce no músico, as estrelas falam e eu assisto.
A beleza das estrelas falam comigo, mas a Afrodite não.
O poeta solitário se senta em sua cadeira, coloca um cachimbo na boca
e reflete um pouco...
O cachimbo é acendido, mil ideias vem à cabeça
e logo após pensa em um paraíso que deixou escorrer pelas mãos.
O que eu faria com esses bons sonhos insanos?
Talvez deve-se transformá-los em psicodelia amorosa.
Olhar profundo era o de Afrodite e logo me hipnotizou,
minha cabeça nunca mais foi a mesma.
Garota doce, que jardim lindo esse que você guarda na sua boca!
Jardim hipnótico me deixou louco como nunca no doce mel.
A minha imaginação voa quando reflito e as cores me invadem
e deixo-me em transe.
Uma canção tranquila é composta, já é de madrugada
e o tempo parece devagar...
Tudo se derrete com esse fogo intenso do meu amor.
Ela é a faísca para a minha psicodelia amorosa.
SOUSA, Rodrigo. 2018