Poema na minha Rua Mario Quintana
...eu não sei quem você é, eu não sei por onde você anda, o teu nome, a tua rua, sua cor preferida, seu perfume...mas eu já te amo tanto, como se o único lugar do mundo que você tivesse pisado, fosse o meu coração!
Talvez se eu não fosse tão exigente, querendo encontrar um amor assim, sem querer esbarrando na rua, derrubando seus papéis ao chão e a gente se abaixando juntos para junta-los, e pegar justamente o mesmo fazendo nossos olhares se cruzarem. É, talvez se eu não fosse tão exigente, querendo encontrar um amor na biblioteca, puxando por um lado da prateleira o mesmo livro que ela puxa do outro lado, fazendo nossos olhares se cruzarem em meio aos livros. Talvez, se eu prestasse mais atenção, teria visto que o roteiro foi escrito e a história aconteceu, juntando a gente na longa espera pelo elevador, e depois novamente, nos fazendo descer as escadas juntos. Talvez se eu tivesse ao menos perguntado o nome dela...
Era segunda - feira e ela fazia bico enquanto mexia a cadeira, ao atravessar a rua. Mexia tanto que parecia cobra a rastejar, era um rebolado que não deixava a desejar. No seu olhar algo que dizia "Como eu amo o fim do dia." Me deixou mesmo intrigado aquele rebolado e a cabeça que mexia para todos os lados. Ah sim agora tá explicado não era qualquer rebolado era de uma negra mulher que confiada andava sem olhar pro lado. Ao terminar sua travessia percebi que a mulher sorria como quem dizia "Como eu amo o fim do dia."
Pessoas boas dão comidas para moradores de rua, Mas precisamos também alimenta-los com esperança, com amor
Na rua quase deserta ouço gargalhadas, talvez vindas de festas, saltos batendo no asfalto duro de um dia que termina para uns e começa nos olhos do crepúsculo. São ruídos de quem nem sabe que eu existo.
Liberdade de expressão não existe e nunca existiu, se você acredita nela, saia na rua gritando o que você pensa depois me fala se estou errado...
Viver é como caminhar embriagado numa rua larga, só é possível chegar ao destino se alguém estiver do lado nos apoiando e nos levantando em cada queda que formos a sofrer...
Andando pela rua, vejo você no outdoor, sorrindo para mim. Olho novamente e vejo que estava apenas sonhando acordado.
Era tarde, e a rua estava cheia de pessoas vazias. E na costa marítima ele vinha ao meu encontro. Haviam tantos rostos estranhos em busca do meu, pensei ter visto o seu. Talvez. Às vezes, as noites frias me fazem lembrar você.
Jamais vamos mudar alguma coisa ficando apenas no facebook...
temos que ir a rua, boca a boca, calor humano, sentir na pele, viver, se astrever, rever e perceber todo o mal que nos rodeia, pois só assim teremos a sabedoria de combater, e temos que ter toda a inteligencia pra fazer a coisa certa na hora certa e fazer isso não chega a ser uma escolha, mais chega ser uma necessidade... só os fortes ficarão e jamais se acovardarão, e mesmo diante de tantos medos ainda não podemos ter o medo que nós impeça de evoluir cada vez mais...
Homens de rua... Luar e céu estrelado, logo vem o alvorecer obrigando-os a catar do lixo para saciar a fome! Passa o dia de xingadas e menosprezo, matam a sede na chuva e são empurrados pela tempestade.
Que esperança o mercado global pode dar aos 100 milhões de crianças de rua, sem lares ou famílias, que vi em tantos lugares, desde o Brasil até a Mongólia?
Em um cemitério, vi almas sem corpos. Logo que sai de lá e caminhei para rua, vi inúmeros corpos sem almas.