Poema na minha Rua Mario Quintana
Parece-me que passeatas,batendo panela na rua,pedindo ao bandido para não me matar,não funciona.Paz é silêncio,jejum e fuga.
Pombos de rua não aprendem, querem só diversão, escolhem lá de cima a quem adubar a cabeça, mira invejável. É mais um jogo lúdico.
Pombos de rua não aprendem a procurar comida, pois tem sempre quem lhes jogue milho na praça. E este acha que está ajudando.
Quando olho para um transeunte na rua,
enxergo que vivemos em um mundo repleto de outros mundos, onde integrantes desses mundo não capazes de imaginar a existência dos mesmos e muito menos como ela se dá.
O amor não apresenta mais problemas que um veículo qualquer. Os problemas estão no motorista, nos passageiros e na rua.
É fácil tirar uma pessoa da rua, difícil é tirar a rua dela, uma pessoa que dançava no mundo, quer dançar dentro da Igreja.
Na rua todos loucos.Uma exibição espetacular de egos eivados do sentimento de que são únicos no mundo.
A arte é os bastidores, os olhos sem camarim, sem métrica, sem figurino, sem pintura, olhos que podem ser seus e que podem ser meus. E então compreendo tudo, sobre esse sonho que me diz que a rua é uma ilusão para todos e que apenas eu a enxergo como real.
Em um lugar como o Brasil de precariedade e falta de vontade politica nos investimentos para com a educação, a arte e a cultura. É imperativo que se a população não vai aos museus, a arte e a cultura deve ir as ruas. Com ações simples e de baixo custo operacional, pode se espalhar em eventos públicos, praças e logradouros de grande passagem e movimento cotidiano, imagens digitalizadas de obras celebres da arte nacional brasileira que se encontram engessadas nas instituições .Dentro da nova economia e industrias criativas é importante levar de forma fácil a arte e a cultura a população simples, democratizar verdadeiramente a arte em seu vigor. Que o homem comum o trabalhador possa ver que a arte de sua nação espelha grande parte de suas emoções, sonhos, realidades e sentimentos.Por meio deste projeto ideia eu já vinha propondo a democratização da arte junto a RioArte na década de 1970, dentro dos projetos de arte publica para a cidade do Rio de Janeiro junto ao saudoso amigo Gerardo de Mello Mourão, mas na época a vontade politica não alcançou a força do projeto e da valorização de nossa identidade. Mas ainda o projeto vivo, sei que dias melhores virão, na mão certa da arte, da cultura e da educação.
Você já viu amor jogado nas ruas? Eu já, vi também a alegria, o companherísmo inabalável, exemplos de uma vida simples e o fim da solidão. Tudo isso e muito mais embalados em um triste cão abandonado louco pra fazer aquilo que ele mais sabe, fazer alguém feliz.
Eu imaginava pais caubóis, pais pilotos que aterrissavam de emergência na nossa rua, que saíam de seus aviões e nos resgatavam do Ray, o invasor que se casou com a minha mãe e se instalou na nossa casa.
Fica em Casa? Que casa? Isso é tudo que eu tenho, tenho sombra, tenho ajuda as vezes, tenho fantasmas que me perseguem 24 horas por dia, tenho anjos da guarda e essa solidão que é minha maior companhia. E isso muitas casas comuns tem também, então Tô em Casa! Memórias de um morador de rua.
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