Poema Menina Mulher

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Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar...
Não me dou pela metade, não sou tua meio amiga, nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil... e choro também!

Thaísa Lima
Encontros e desencontros de uma adolescente. São Paulo: Biblioteca 24 horas, 2008.

Nota: Trecho adaptado do livro "Encontros e desencontros de uma adolescente". Costuma ser erroneamente atribuído a Tati Bernardi e Clarice Lispector.

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O Amor de Dudu nas Águas


Estou virando uma menina
tornada mulherinha
com tanta coleirinha
de maturidade
ainda assim me sinto parida agora
tenra, maçã nova
nova Eva novo pecado.
Tudo gira e eu renasço menina
vestido curto na alma de dentro...
Deixo no mar os velhos adereços
a velha cristaleira, os velhos vícios
as caducas mágoas.
Nasce a mulher-menina de se amar
com água no ventre e no olhar.
Nasce a Doudou das Águas.

Sou de fases como a lua, às vezes distante, às vezes sua…
Às vezes calada,
Às vezes carente, às vezes falante, muitas vezes nua…
Sou cheia de fases, sou cheia de amor!
Às vezes cansada, às vezes chorona,
Às vezes alegre,
Muitas vezes com dor…
Sou cheia de imprevistos!
Às vezes inútil, às vezes triste, às vezes feliz, às vezes sensível, às vezes egoísta, às vezes serena às vezes grande, muitas vezes pequena…
É assim que sou!
Essas fases que mudam e me faz…
Às vezes bem humorada, às vezes de mau humor, às vezes alongada, sozinha, desconfiada, às vezes retraída, às vezes atrevida…
Muitas vezes namorada!
Sou de fases, sei ouvir e não sei compreender, procuro entender, mas não vou querer…
Às vezes me sinto amada, às vezes desajeitada, rejeitada, linda…
Muitas vezes me sinto um nada!
Sou de fases, sou assim de lua, mas gosto de mim.

A dor e a delícia de ser intensa

O problema em ser intensa é que intensidade assusta, afugenta, oprime. E quem é intenso corre o risco de ficar sozinho. As pessoas preferem comer pelas beiradas, ficar apenas no superficial. Conhecer dá medo, ou você passa a odiar a pessoa, ou ela te cativa de tal modo que você se torna totalmente dependente. Mas nesse mundo de fast-food, ninguém tem tempo para se deixar cativar. Quando você está começando a conhecer uma pessoa, ela perde a graça, passa do tempo de validade, e você parte pra outra, pra "outras". Ser intenso não é uma escolha, ou você é, ou não é. 8 ou 80, não tem meio-termo, não tem mais ou menos, não tem talvez. Ou é quente, ou é frio. Ou mergulha de cabeça, ou pisa em ovos. Ou vive, ou apenas existe.
Eu prefiro sempre correr o risco, sofrimento não mata, não. E no final eu posso dizer 'eu tentei', 'não foi minha culpa'. O amor não é um jogo, o amor acontece, é só você deixar que ele aconteça. Sem cartas marcadas, sem trapaças, sem blefes. Não se esconda, não fuja, não minta, não omita, não esqueça, não deixe de lado, não seja indiferente. Viva, assuma, acredite, tenha coragem, queira, sonhe, deseje, se emocione, se entregue, se jogue, e o principal: ame!

Hoje eu roubaria você para mim! Levaria para
uma casinha que construí nos meus sonhos. Ela
pequena, no meio do mato, mas lá tem um lindo
Pôr-do-Sol.
Ficaríamos na varanda, sentados em um
balanço, vendo as horas passar. Me aninharia segura
em seus braços. Tudo ao som de uma sinfonia de pássaros.


Quando a noite chegar e a Lua começar a clarear.
Nos deitaríamos em uma rede colocada entre a goiabeira e laranjeira.
Eu te falaria sobre as estrelas.


Nos Amaríamos ali. Tendo somente a Lua como cúmplice.
Em frente esta casinha tem uma plaqueta escrito:
“Aqui mora o Amor!”
Eu juro, hoje eu roubaria você para Mim.
Beijo-te com Carinho.

Tu nasceu, viveu até agora.
Não vai estragar isso por
culpa de pessoas que só querem
te ver mal, não é?

Regras são feitas para serem quebradas,
mas só aquelas que não fizerem mal a
ninguém.

RETRATO DE MULHER – SÉCULO XIX

A voz sufocada no vestido. Os seus olhos seguem
o gladiador. Então, ela mesma aparece , altiva,
na arena. Será livre? Uma moldura dourada
segura o retrato, no cavalete.

o lutador, na velhice,
conta à sua mulher o combate
que não devia ter perdido

Yosa Buson
O livro dos haikais. São Paulo: Massao Ohno, 1980.

As palavras sempre ficam.
Lembre-se sempre do poder
das palavras. Quem escreve
constrói um castelo, e quem
lê passa a habitá-lo.

EIS UM PEQUENO FATO
Você vai morrer.

Com absoluta sinceridade, tento ser otimista a respeito de todo esse assunto, embora a maioria das pessoas sinta-se impedida de acreditar em mim, sejam quais forem meus protestos. Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo.

REAÇÃO AO FATO SUPRACITADO
Isso preocupa você?
Insisto - não tenha medo.
Sou tudo, menos injusta.

- É claro, uma apresentação.
Um começo.
Onde estão meus bons modos?
Eu poderia me apresentar apropriadamente, mas, na verdade, isso não é necessário. Você me conhecerá o suficiente e bem depressa, dependendo de uma gama diversificada de variáveis. Basta dizer que, em algum ponto do tempo, eu me erguerei sobre você, com toda a cordialidade possível. Sua alma estará em meus braços. Haverá uma cor pousada em meu ombro. E levarei você embora gentilmente.

“Erros, erros, às vezes parece
que isso é tudo de que sou
capaz.”
— A menina que roubava
livros.

“Imagine sorrir depois de
levar um tapa na cara. Agora,
imagine fazê-lo vinte e quatro
horas por dia.”
— A Menina que roubava
livros.

"Silêncio: ausência de som ou ruído. vocábulos correlatos: quietude, calma, paz."

"Agora, mais do que nunca, o número 33 da rua Himmel tornou-se um lugar de silêncio, e não passou despercebido que o dicionário duden estava completa e profundamente errado, em especial nos seus vocábulos correlatados. O silêncio não era nem quietude nem calma, e não era paz."

A menina que cresceu e virou mulher, que deixou de acreditar em conto de fadas, que começou acreditar que só o amor vence as dificuldades e ultrapassa as barreiras mais difíceis da vida. Aquela que não gosta de amor impossível ou irreal, mas sim do amor que lhe fortalece e lhe dá ânimo para vencer a tristeza. A menina que erra bastante, as vezes acaba magoando pessoas que gosta muito e que não desiste dos seus ideais nem de seus sonhos...
Não olhe para mim e tire conclusões precipitadas pela minha aparência ou pelo meu modo de pensar. Posso ser chata, enjoada, complicada, problemática, estressada ou patricinha algumas vezes, mas não se conhece uma pessoa pelo seu "jeitinho" ou por pouco tempo de amizade, porque a verdadeira amizade é aquela que tem um começo, mas nunca um fim. Posso estar certa de que tenho inimigos, mas são eles que me fortalecem e me dão sucesso. A vida é cheia de barreiras para nós ultrapassarmos, mas o caminho que construir pela estrada da vida me deixa mais forte e... hoje posso me olhar no espelho e ver que não deixei rastros ruins por onde passei!
Ah... e a diferença entre mim e a Cinderela?
É que meu encanto não acaba à meia-noite!

Não me peça pra mudar... Eu sou assim, metade menina metade mulher, metade sonho e a outra metade o que poderia ser além de sonho?

Sou pura sensibilidade, poesia em prosa ou em verso, sou esse universo de pieguice literária. Sou a falta de vergonha de dizer quem sou. Sou impulsiva. Quando falo, falo muito, quando irrito querem me matar... Quando não o querem, me amam! Sou essa potencialização de sentimentos. Hora explodo para não implodir, hora nada detono. Sou intensa. Tudo quero muito quando quero... Quando não gosto, desprezo. Quando amo, amo MUITO.

Não me peça pra mudar... Eu sou assim, metade grande e a outra metade? Crescendo!

Sou completamente destemida, não penso duas vezes quando quero colo, peço! Sou contrária a certas regras impostas onde fortes são os que não se curvam. Sou flexível. Irremediavelmente pronta a ceder. Sou frágil, quebro a toa, mas sou teimosa, me conserto, remendo, emendo, colo, costuro... Sou criativa!

Não me peça pra mudar... Eu sou assim.

Mulher e menina

Sou assim pequenina
Metade mulher... metade menina...
Sou a menina que canta...
que brinca e ri...
Sou a menina
que corre pela calçada... despreocupada...
Sou a mulher que sonha em ser amada
Mas por um amor fatal....
Daqueles devastador... e verdadeiro...
Não somente um amor carnal...
Um amor verdadeiro...
a alma gémea encontrada...
Menina ou mulher
Mulher ou menina
Que a vida ensina
A viver assim...
Mesmo que este viver
Seja um sonho sem fim...

Sou menina que anda de salto alto, sou mulher que brinca de boneca. Sou muitas, sou tantas, sou várias em uma só, e ás vezes nem sei quem sou.
Eu sou alegria, dou risada, brinco, conto piadas, faço todos rir, sou bom-humor. Mas eu também sou tristeza, de uma hora para outra caio em um choro sem fim, choro igual criança, sou mau-humor.
Eu sou amiga, eu ouço, entendo, conforto, ajudo quando posso e quando não posso também. Eu sou minha amiga. Mas eu também sou indiferença e não perco meu tempo com quem não gosta de mim, com quem não se importa comigo.
Eu sou perceptível, enxergo com clareza de detalhes tudo ao meu redor, sei o que dará certo e o que não dará eu também sei. Consigo perceber nos gestos e nos olhares pequenas coisas que quase ninguém mais vê. Mas o que está diretamente ligado à mim, eu não vejo, não percebo, eu não sei, ou talvez não queira ver, não queira saber. Eu sou sabedoria, mas também sou ignorância.
Eu sou amor, eu transbordo amor, quando gosto, gosto de verdade, até o fim. Eu sou amor e não caibo em mim e por isso distribuo amor, muitas vezes para pessoas erradas, então eu volto a ser tristeza.
Eu sou independência e quero ficar só, não quero ninguém comigo ao meu lado. Mas em segundos volto a ser carência, quero colo, quero amor, quero carinho, quero mimos.
Eu sou coração, me comovo com tudo, choro por todos. Eu sou razão, sou forte, sou dura.
Eu sou passado e sinto uma saudade imensurável de lá. Eu sou futuro e sinto uma vontade imensa que ele chegue logo. Eu sou presente, com um pé no passado e o outro no futuro, tentando focar a mente no presente.
Eu sou tudo, sou mudança, sou pressa, sou fogo. Eu sou nada, sou comodismo, sou calmaria, sou água.
Eu sou muitas e dentre tantas, não sei quem é a líder, quem manda em mim.

Quem sou?
Sou mulher ou sou menina...
Sou flor ou sou sereia...
Sou fada ou sou bruxa.
Sou linda ou sou feia...
Sou quem erra quando busca acertar...
Ou quem acerta quando não quer nem tentar...
Que diz palavras pesadas com a leveza do ar...
Ou palavras amenas com a força de um trator...
Canto a vida e a dor...
Choro e sinto amor...
Sou início, meio e fim..
mas enfim, quem sou?
Sou mulher...

Sou menina sou mulher.
Te faço rir e chorar.
Amo o luxo e o lixo.
Tenho gosto por flores
e paixão por armas
Feminina não feminista.


Adoro as jóias porem
motores me fascinam.
Não pode me faltar o sol
mas tenho a noite na alma.
Sinto fome de saciedade.
Se me der seu amor,
vou querer seu prazer
e pra que só prazer
se procuro um romance?


Sou sempre um paradoxo.
Tão obscura, tão distinta.
Sou uma em tantas.
Corro contra o tempo,
vou sem pressa de chegar.
Vivo assim por viver!

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