Poema com mar
Você surfa, fugindo do que não quer viver,
se afastando do que não sabe compreender.
O mar te chama, te leva pra longe de mim,
e eu fico aqui, esperando o fim.
Você surfa pra escapar da dor,
se perde nas águas, buscando o sabor.
Evita a tempestade, a verdade a esconder,
mas, no fundo, sabe que a onda vai te fazer ver.
O mar pode te afastar, te engolir,
mas é nele que posso, talvez, me redimir.
Quando o tempo passar e a força te faltar,
saberá que, em algum lugar, vou te encontrar.
Infelizmente, estou distante por um erro teu,
mas esperarei, mesmo que o mar seja cruel.
Continue na onda, siga sem hesitar,
pois sei que, mais tarde, minha onda vai chegar.
A maré pode mudar, o vento te guiar,
mas no fundo, sei que iremos nos encontrar.
Até lá, me mantenho firme, sem desviar,
pronto para, um dia, juntos surfar.
QUERO APENAS
Não quero o céu, quero apenas a beleza das estrelas,
Não quero o mar, quero apenas o barulho das ondas,
Não quero a cidade, quero apenas o encantamento da minha rua,
Não quero de graça o dinheiro, quero apenas poder ganhá-lo,
Não quero carga leve, quero apenas força para carregá-la,
Não quero uma linda casa, quero apenas a harmonia do meu lar.
Não quero sua face, quero apenas o seu sorriso,
Não quero seus olhos, quero apenas o seu olhar,
Não quero seu coração, quero apenas poder ouvi-lo,
Não quero todas as mulheres do mundo, quero apenas a mulher que amo!...
Élcio José Martins
PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU, NA TERRA E NO MAR
Pai nosso que estais no céu, na terra e no mar, olhai por todos nós.
Derramai suas bênçãos sobre a face sofrida de cada ser humano espalhado por todos os cantos da terra;
Unge a mente humana do óleo precioso, milagre do cálice sagrado;
Encaminhe nossos governantes do mundo inteiro pela sapiência, pela sabedoria e pelo bom senso;
Protegei-nos do mal que aflige a humanidade;
Perdoai-nos de todos os nossos pecados;
Dirija-nos no caminho da fé, no oásis de esperança e na esteira da virtude...
Oh!
Senhor dos mundos e criador do universo, dai-nos o alicerce da paz;
Ensina-nos os segredos das bem-aventuranças: A bênção do Quebrantamento, a bênção do Lamento, a bênção da fome e sede de Deus, a benção da Misericórdia, a bênção de um Coração Puro, a bênção de Promover a Paz, a bênção de ser perseguido por causa de Cristo;
Faça-nos crescer na fé, na fraternidade e na sabedoria espiritual.
Senhor!
Traga-nos a luz da sapiência e o aprendizado da tolerância;
Derrube os muros da arrogância e faça crescer os atributos de generosidade.
Oh!
Maria, mãe e protetora, Virgem Santa, intercedei por nós junto ao pai e Senhor dos mundos;
Cubra-nos com o seu manto sacrossanto, nos abrigando dos infortúnios e descalabros humanos....
Assim seja!...
Élcio José Martins
MELANCOLIA
Cai a tarde lenta em brasa,
Num céu de mar ondulante,
Enquanto este vai e vaza,
Meu coração está distante
Pensando em ti, ó sereia
Que vi uma vez ao luar,
Em noite de lua cheia
Nas águas de prata, a rolar.
Que saudades sobre o mar
Meu coração lá deixou;
Tristezas de fazer chorar...
Enquanto eu não encontrar
Esse amor que lá ficou,
Farei na areia um altar...
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Triste Por Escrever, em 08-03-2025)
Eu poderia lhe comparar com o mar.
Tão calmo e quieto, ou as vezes Tão agitado e barulhento.
O azul das suas ondas pode me hipnotizar,
A brisa de sua praia pode me estontear perante seu sussurro inusitado.
Vejo em ti tamanha imensidão.
Capaz de me tirar a escuridão.
Carregando consigo a profundidade, a magia e a serenidade.
Me desmancho em suas ondas,
Sem dúvidas as mais profundas.
Me agarro ao calor de teus braços, sem dúvidas os mais fartos.
Admiro seus detalhes, seu sorriso e seus mais belos traços.
Sou apaixonada por você,
Completamente.
Meu querido, amo-te e amo amar-te.
Serás o meu mar, a minha brisa de verão que irás aquecer-me em noites frias e resfriar-me em dias quentes.
Serás meu mar, pois suas ondas e sussurros estarão sempre à me inspirar.
Mar do Meu Coração:
Em meu pensamento,
um mar de calma,
ondas suaves,
areia quente.
Sol poente,
cores vibrantes,
silêncio profundo.
Paz.
Eu ia andando pela Avenida Copacabana e olhava distraída edifícios, nesga de mar, pessoas, sem pensar em nada. Ainda não percebera que na verdade não estava distraída, estava era de uma atenção sem esforço, estava sendo uma coisa muito rara: livre. (...)
E foi quando pisei num enorme rato morto. Em menos de um segundo estava eu eriçada pelo terror de viver, em menos de um segundo estilhaçava-me toda em pânico, e controlava como podia o meu mais profundo grito. Quase correndo de medo, cega entre as pessoas, terminei no outro quarteirão encostada a um poste, cerrando violentamente os olhos, que não queriam mais ver. Mas a imagem colava-se às pálpebras: um grande rato ruivo, de cauda enorme, com os pés esmagados, e morto, quieto, ruivo. O meu medo desmesurado de ratos. (...)
Então era assim?, eu andando pelo mundo sem pedir nada, sem precisar de nada, amando de puro amor inocente, e Deus a me mostrar o seu rato? (...)
... mas quem sabe, foi porque o mundo também é rato, e eu tinha pensado que já estava pronta para o rato também. Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. (...) É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria – e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e o então castigo é amar um mundo que não é ele. (...) Sei que nunca poderei pegar um rato sem morrer de minha pior morte. (...) Como posso amar a grandeza do mundo se não posso amar o tamanho de minha natureza? (...) Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, e ao meu contrário quero chamar de Deus. (...) Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.
Meu Abrigo
Autor: Renê Góis
Quando o mar se ergue à minha frente,
e os ventos sopram forte contra mim,
eu confio no poder que há em Teus braços,
quando a Tua voz faz o mar se abrir.
Se as ondas tentam me fazer cair,
e a tempestade tenta me afligir,
eu descanso seguro em Teus braços,
pois Tua palavra não vai falhar.
[Refrão]
Tu és meu abrigo, minha fortaleza,
em cada prova, em cada dor.
Tua presença acalma a tormenta,
me envolve em graça e perfeito amor.
Se a escuridão tentar me amedrontar,
e o medo quiser me paralisar,
eu ergo os olhos para o Teu trono,
onde há poder para me guardar.
Nada me separa do Teu amor,
nem tempestade, nem provação.
Minha esperança está em Teu nome,
minha vitória é a Tua mão.
Mulheres de Pano e Terra
Vieram de longe, cruzaram o mar,
trouxeram a cruz, o aço e a fome,
tomaram o chão, queimaram os nomes,
fizeram o sangue da terra jorrar.
Os povos caíram, as terras sangraram,
ergueram engenhos, correntes, senzalas,
o açúcar crescia, o latifúndio mandava,
e o povo do Nordeste aprendia a lutar.
Mas quando o homem partiu sem aviso,
quem ficou foi o ventre, a enxada e a dor.
Foram as mães que costuraram a vida,
fiando o tempo com linha e suor.
Lavadeiras de rio, rendeiras da sorte,
mãos que tecem, que lavram, que oram.
E enquanto o homem some na cidade,
elas seguram o sertão nos ombros.
O Nordeste é feito de suas pegadas,
de suas vozes, de suas lutas.
Se o passado arrancou-lhes a terra,
foram elas que ficaram — e criaram a vida.
Eu jurei amor a mim mesmo
Eu busquei seu olhar no fundo desse mar.
Seu cheiro doce me levou a outro patamar.
Seu beijo me elevou a um céu que homem nenhum jamais poderá imaginar.
Ela, do meu lado, me fez sorrir...
Me fez chorar...
E nessas juras de amor,
eu vou tentando me envolver,
jurando encontrar alguém.
Eu fui fluindo como um rio,
até desaguar no seu sorriso,
até me apaixonar.
Eu te matei, seu reflexo não vai mais me incomodar.
Você fez questão de me cortar,
me magoou, me fez chorar...
Com o tempo, você foi mudando,
foi se tornando o que eu mais odiava.
Meu apreço por você foi algo que eu já premeditava.
Lembro até hoje daquele dia.
Ninguém acreditava que, no escuro do meu quarto,
às quatro da manhã de uma terça-feira,
eu me matava,
eu te matava,
eu me tirava de mim,
eu te tirava de mim,
eu me limpava de você e eu me limpava de mim.
Na brisa suave da manhã,
Teu sorriso ainda ressoa,
Mas a saudade é um mar profundo,
Que em meu peito ecoa.
Teus olhos, estrelas que iluminam a noite,
Tua voz, um canto doce que embala o coração,
Mas o medo me envolve como um manto,
De ferir-te novamente, é minha aflição.
Cada lembrança é uma flor que brota,
Em meio ao vazio que a distância traz,
E eu me pergunto se o amor é forte,
Para superar os temores que a vida faz.
Quero ser a luz que te guia,
A mão que te acalma na tempestade,
Prometo cuidar do teu coração precioso,
E te amar com toda sinceridade.
Se a saudade é dor, que seja também esperança,
Um laço eterno entre nós dois.
Pois mesmo com medo de errar no caminho,
Te amar é o destino que escolhi para nós.
In Memoriam (JP)
Partiu jovem demais,
Como um rio que seca,
Antes de chegar ao mar,
Deixando-nos a margem com pressa.
Partiste, mas ficaste,
No verso a rimar,
Numa história a se contar,
Na canção que não cessa.
Como um verso sem final,
Uma canção só de refrão,
Ecoa na memória,
Insiste em não parar.
Não é caro sonhar
Desejar alcançar um objetivo
Cruzar o mar
Dentro da mente
E ver acontecer
A realidade da conquista.
Maré
O mar me chama em ondas tão serenas,
desfaço-me na espuma a flutuar.
Carrega a dor e as marcas mais pequenas,
e lava a solidão sem me afogar.
No sal que beija a pele feito rima,
reside a voz do tempo a me embalar.
Corrente forte ou brisa que sublima,
me entrego à dança e deixo-me levar.
Pois sei que as marés sempre retornam,
tornando a vida um ciclo sem ter fim.
E as águas que hoje me contornam,
são as mesmas que já partiram de mim.
Eterno Instante
Nos olhos teus, reflete a imensidão,
um mar que dança em brisa tão serena.
No teu sorriso, o tempo é ilusão,
e a vida torna-se um jardim de cena.
Se as horas correm, deixam seu perfume,
memórias feitas de um calor tão puro.
E mesmo quando o outono se assume,
o amor persiste, forte e sem futuro.
Pois não há tempo que nos possa roubar
aquilo que é sentido em cada olhar.
O instante eterno vive no querer.
E se o destino ousar nos separar,
seremos sombra e luz a se tocar,
seremos tudo, mesmo sem saber.
O Peso do Silêncio
Há palavras que nunca foram ditas,
presas no peito como mar em fúria.
Ondas que batem e se repetem,
mas nunca tocam a areia nua.
O silêncio pesa como o tempo,
como as cartas que nunca enviei.
Cada suspiro é um segredo,
um eco mudo do que calei.
E se um dia o vento ouvir,
se espalhar pelo mundo o que escondo,
talvez eu descubra, enfim,
que o silêncio sempre foi um grito profundo.
Dois Rios que se Beijam no Mar
A gente sempre esteve perto,
mas nunca no mesmo passo.
Como dois rios correndo lado a lado,
sem nunca se tocarem.
Faltaram palavras, restou silêncio.
Fomos como pássaros errantes,
que migraram para estações opostas,
barcos que viram o porto
mas não conseguiram ancorar.
O tempo passou, levou a oportunidade,
deixou só essa sensação estranha,
um abraço que nunca aconteceu,
essa saudade do que poderia ter sido,
esse amor não concluído.
Se ainda houver chance,
que seja o vento, que seja a chuva,
que seja a luz que racha a escuridão,
um destino que se reencontre,
onde os desencontros se acertem,
e os rios, finalmente, se beijem no mar.
Nunca serei vazio
Por que estou cheio de saudade
E a cada gota de ausência
Um vasto mar de eternidade.
DESCANSO NO MAR - (Soneto polissêmico)
És majestoso... oceano Pacífico;
Que se abre ao sopé desse morro;
Nesse mar azul calmo e pacífico,
...em êxtase mergulho e morro!
...sendo, para o fim muito cedo;
Luto, sentindo da vida a chama;
Mas sem forças desisto e cedo,
... à voz, que bela me chama.
- Seu navegar não serás em vão,
ou, sepulcro sem mastro e vela,
Sobre ondas que vem e que vão,
não haverás no fim, choro ou vela;
Nesse infinito largo como um vão,
...eterna Nau, da paz que se vela!
Claudio Broliani
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp