Poema Insiqnificante Mario Quintana
Voando, infinito
Venha, não se perda de mim,
Sinto saudades...
Você é minha rainha,
Meu universo,
Mas hoje as vezo
Como um pássaro
Voando no infinito!
Anuncio a noite mais longa
da tua história e em rebelião
para quem disse
que iria me descobrir,
no fundo percebo que
não sabe por onde seguir.
Bem antes de te conhecer
venho compartilhando
toda a poesia deste mundo
com povos vitimados
por regimes autoritários
e tropas sequestradas,
e agora com teu silêncio
que mata muito mais
que mil bombas atômicas.
Não sou página para ser escrita,
não sou flor que se cheire,
não sou livro que se lê,
e sim uma alma infinita
que não será dominada
por ninguém e nem por você.
Para quem disse tantas coisas
antes da conjunção
entre a Lua, Saturno e Júpiter,
e alguns dias antes desta
noite de Lua de Trovão,
você vai cair na minha mão.
Você não permitiu
que entre nós a noite
escura chegasse,
e com este charme
feito de galáxias,
cessou com tal precisão
a prometida rebelião.
Com a força dos teus
tão aguardados beijos
que antes de chegar
já estão provocando
os alucinantes desejos
que sussurram sonhos
através da minha nuca,
venho te adorando todo
o dia como deidade nua.
Os teus fortes impulsos
sensuais me dizem tudo
nesta noite de Lua Cheia
o quê por nós tem sido
cuidadosamente esperado,
e é forte, louco e faminto;
e que há de ser bem vivido.
Musicalidade
A sua ingenuidade
E beleza singela
São os meus erros
Autográficos,
Paixão sonora
Me mexe
Como concha
Perdido no paraíso.
Aventureiro
Subo degraus
Com medo.
Sou o vento,
Perdido
Num ambiente fechado.
Carrego peso
Do passado lasso,
Em minhas mãos.
E você canta
Belas cortinas
Estampadas no seu sorrir,
Disfarce do seu dia,
Ilusão da sua noite.
O silêncio fala
E você canta!
Rosa
Nascem botões
Brotam
Fascinam,
Encantam
Reconciliáveis
Quando tudo
Está ao avesso.
Vícios
Entra de cabeça e pés
Em um caminho sem saída
Sua vida iguala um forte rubro
Sem paz!
Faz da vida um jogo
Que flutua e desce
Nas águas cristalinas
E se transforma
Em sofrimento singelo
Se perde nos vícios asquerosos
Quando tudo está pra ser tarde
Você se isola, se entrega
Sequer vislumbra vontade
Se debate com crise
De abstinência, pertinência
Dias depois tudo parece ser bem.
É solto!
Mas o que vem a sua cabeça
Alimenta-se dos seus vícios
Deixando tristes lágrimas
Descendo pelas cachoeiras?
Sentimentalismo..?
“E se ele continuasse falando
E se eu continuasse ouvindo
E se eu continuasse a me sentir morta
Eu continuaria a contar essa história ?“..
A paixão
Tudo fica sem nexo
Quando triscamos,
Em um rubro, a paixão!
Te deixa fora de ti
É uma fisgada!
Que te pega com garras
De dragões
tudo entra em chamas.
A paixão é uma loucura
Instantânea,
Nem sempre
Dá para segurar.
Traços
Rastros
Que se vão...
Por ir...
... São teus,
Mulher errante!
Encontro-me
Numa pane
No fundo
Esvairado...
Me congelaste...
Moça de vida fácil?...
Virgem dos lábios núbeis
De olhares soslaios
-cheiro de traição:
Minh´alma se confunde
Duas mortes
Num só luar
Eu e tu...
Fragmento lasso
Quero arrancar
Os teus lábios
Dos meus...
Quero traçar
O teu corpo,
No meu!
Louco sozinho
À noite!
Quero teu corpo.
Cachoeiras
Descem
Nos seixos
Delírio nós dois
Feito cometa
No cais...
Nós dois grudadinhos
Na chuva, no mar!
Soneto
Quando Fílis as lágrimas bebia,
em um fio de pérolas brilhante
da matutina luz, bela, e flamante
precursora do sol, e mãe do dia,
uns dentes se lhe partem à porfia
para a união das pérolas amante,
que sendo a qualidade semelhante
os quis conglutinar a simpatia.
Bem que ao beber as pérolas luzentes
se lhe quebrem os dentes, julga e toca
não serem as matérias diferentes,
pois sem se conhecer mudança, ou troca
enfiados por pérolas os dentes
têm por dentes as pérolas na boca.
Soneto jocoso
Pondero a emudecida formosura
De Fília, sem temer que impertinente
Possa, no meu soneto, meter dente,
Pois carece de toda a dentadura.
Se, por cobrir a falta, esta escultura
Tão muda está que não parece gente,
Estátua de jardim será somente,
Se de pano de raz não for figura.
O Senhor Secretário quer que a creia
Bela sem dentes; eu lho não concedo:
Desdentada é pior do que ser feia,
E em silêncio só pode causar medo,
Ser relógio do sol para uma aldeia,
Para um povo estafermo do segredo.
Abismo, infinito
Tudo sai de si,
E a vida chuta
Desmancha-se de lágrimas
A única coisa
Que lhe resta.
Lágrimas! Lágrimas! Lágrimas!
Arde por dentro o coração.
Tudo corta deprimidamente
E o que vem a cabeça
A morte?
Você se encontra no esmo
É como uma pista
Em buracos
Desviando carros
Nessa vida tropeço
Em abismo
E caio no infinito.
Sem rumo
Amor sem rumo,
Você dá o de se:
Corre, chora, proclama...
E mesmo assim
Fica sem nexo...
Chega a hora
Em que você se cansa
Assim como ela aparece,
Sem rumo,
Feito bolhas de sabão,
Se desfaz...
E mesmo assim
Fica a solidão,
Dentro de si...
Vezo
Furtarei a tua fragrância...
Sinto todos os dias
O teu aroma!...
Vou me banhar no teu corpo,
Todas as noites de jasmim!
Só para degustar o teu
Perfume.
Os poetas do mundo
em algum momento
da vida declararam
que gostariam de ser
o café de um alguém,
mas não da maneira
que desejo ser inteira
para você que é dono
deste charme fogoso.
Um não se ausenta
do coração do outro,
guardo as tuas fotos
como o meu tesouro
revisitado a cada hora,
do nosso segredo
sou a flor amorosa.
Em nós está o afã
pelo jogo poderoso
onde nós sabemos
que os dois lados
serão vencedores;
e que quebraremos
todas as barreiras
do autoritarismo
e seus cúmplices.
Nem mais as luas
de Júpiter duvidam
que sou a sensual
Lua no teu caminho,
a canção de amor,
e a peça mais bem
pregada pelo destino.
Aonde eu vago pelo mundo redondo
Daqui um minuto você vai embora
e eu não vou mais estar lá
porque a locura da vida vai me levar de novo a outro lugar
por favor não me esqueça
eu sei que a gente ainda vai se encontrar
e você vai se lembrar
vai lembrar que um dia
eu já te mandei te ferrar
então no fim
no fim
a gnt se reinventa
CAROLINA DE JESUS
Era negra e catadora de papel
Morava na favela.
Mas foi alfabetiza;
Aprendeu a ler e escrever.
Carolina Maria de Jesus se
apaixonou pela leitura;
Nas horas vagas,
Tudo que via e vivia: escrevia nos
Cadernos que a rua lhe dava...
O seu cotidiano pesado deu um diário,
Que virou best-seller: Quarto de Despejo.
Carolina teve três filhos,
E criou todos sozinha.
E ainda virou poetisa.
O seus cadernos ouviu,
e copiou tudo que ela falava.
E Carolina disso sobre o livro:
"Quem não tem amigo mas tem um livro tem uma estrada".
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