Poema Infantil de Vinicius de Moraes

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A tortura é uma invenção maravilhosa e absolutamente segura para causar a perda de um inocente.

Há tantos vícios com origem naquilo que não estimamos o suficiente em nós, como no que estimamos mais.

Morte, que mistérios encerras?... Ninguém o sabe... Todos o podem saber... Basta ir ao teu encontro, corajosa, resolutamente, que nenhum mistério existirá já!

Um homem que acaba de arranjar um emprego já não faz uso do espírito e da razão para regrar a sua conduta e as suas atitudes perante os outros: toma de empréstimo a regra do seu posto e da sua situação; donde o esquecimento, a altivez, a arrogância, a dureza e a ingratidão.

A maledicência pode muitas vezes corrigir-nos, a lisonja quase sempre nos corrompe.

Ser-se livre não é nada fazer, é ser-se o único árbitro daquilo que se faz ou daquilo que se não faz.

Há muita gente boa e feliz, porque não tem suficiente liberdade para se fazer má e desgraçada.

Os defeitos de quem amamos, devemos vê-los com os mesmos olhos com que vemos os nossos.

Não há pai nem mãe a quem os seus filhos pareçam feios; nos que o são do entendimento ocorre mais vezes esse engano.

Há duas coisas que não se perdoam entre os partidos políticos: a neutralidade e a apostasia.

Condenamos por ignorantes as gerações pretéritas, e a mesma sentença nos espera nas gerações futuras.

As dívidas são bonitas nos moços de vinte e cinco anos; mais tarde, ninguém lhas perdoa.

Nos nossos revezes, queremos antes passar por infelizes, do que por imprudentes, ou inábeis.

O valor que não tem por fundamento a prudência chama-se temeridade, e as façanhas dos temerários devem atribuir-se mais à sorte do que à coragem.

Um empreendimento imagina-se e começa-se com facilidade; mas na maior parte das vezes sai-se dele com dificuldade.

Existem a beleza que excita, a que comove e a que satisfaz: a melhor é a última.

A vitória de uma facção política é ordinariamente o princípio da sua decadência pelos abusos que a acompanham.

Parece, na verdade, que nós nos servimos das nossas orações como de um jargão e como aqueles que empregam as palavras santas e divinas em feitiçarias e em efeitos de magia.

Na admissão de uma opinião ou doutrina, os homens consultam primeiramente o seu interesse, e depois a razão ou a justiça, se lhes sobeja tempo.

Os moços de juízo honram-se em parecer velhos, mas os velhos sem juízo procuram figurar como moços.