Poema Infantil de Vinicius de Moraes
Pai, Mãe e Vida
Meu pai me fez honesto, me fez um homem pra luta
Me mostrou o caminho pra eu nunca parar de sonhar
Minha mãe me fez feliz em todo e qualquer lugar
A vida me ensinou a cair e levantar
Um velhinho me explicou que a vida é sem noção
Que o sentido é viver sem procurar explicação
Vejo o meu pai, que passou horas e horas
Debaixo do sol quente pra poder me alimentar
Ele quer me ver crescer sadio e diz com firmeza:
"A honestidade sempre está em primeiro lugar"
Minha mãe passou por vários perrengues na vida
Lavando roupa suja, varrendo, limpando janela
Pra me deixar feliz e nada me faltar
Trabalharam dia e noite, quase em todo lugar
E hoje eu tô aqui pra mostrar que não foi em vão
Hoje eu sou homem, buscando minha razão
Seguindo o que comecei com meus pais e seus conselhos
Que eu nunca deixei pra trás, são meus espelhos
Tentei um mundo novo e ninguém deu valor
Era só mais um sonho, que depois falhou
É como meu pai diz: “A fraqueza da vida é viver”
A gente tá sonhando e só acorda pra sofrer
Um dia um velhinho veio me falar
Que da cabeça vem o pensamento pra revolucionar
E o sistema não cai se você não estudar,
Ler, aprender, se informar, se preparar
Que somos quem somos, não devemos mudar
E seguir sempre em frente, não desistir de lutar
Que a vida é pra viver, sem deixar o tempo passar
As palavras daquele velhinho me fizeram pensar
Meu pai me fez honesto, me fez um homem pra luta
Me mostrou o caminho pra eu nunca parar de sonhar
Minha mãe me fez feliz em todo e qualquer lugar
E a vida me ensinou a cair e levantar
E o velhinho me explicou que a vida é sem noção
Que o sentido é viver sem procurar explicação
Eu sou Guerreiro
Pra mim, a vida é um aprendizado.
A gente expressa o que sentir, sem medo de estar errado.
A vida é um labirinto, ninguém pode fugir.
Somos guerreiros de coração, prontos pra vir.
Seguindo sempre em frente, é difícil a caminhada,
Caindo e levantando, tirando as pedras da estrada.
Eu tenho fé em Deus, e nunca irei Desistir
Sou sonhador e isso tá em mim
A vida é traiçoeira, ela tentou me derrubar.
Levou a minha mãe, eu não quis acreditar.
Foi como uma tempestade que caía sobre mim,
Meus sonhos apagando... e eu nem aí.
Só vontade de sumir, de nunca mais voltar.
Perder quem amamos, não dá pra acreditar.
Saí pelas ruas pra poder refletir,
Pensamentos cheios, sem saber pra onde ir.
Lembrei das palavras que ela me falava:
"Não fique contra Deus, é Ele quem te salva."
A dor foi muito grande, mas eu tive que aceitar.
Deus sabe o que faz, não vou reclamar.
Só tenho a agradecer por estar aqui,
Com as pessoas que amo, que estão perto de mim.
Sou um guerreiro, e não vou parar.
Enquanto o sol brilhar, eu sempre vou lutar.
E recomeço uma nova caminhada,
Acreditando em mim, que esperança nunca acabar,
Eu sou guerreiro, e sempre vou lutar.
Vou seguir o meu caminho, e se eu cair, vou me levantar.
Porque guerreiro não pode desistir,
Luta até o fim, tá pronto pra vir.
Velha embalagem
Embalagens luxuosas fazem do insensato um soberano intocável. Uma cobertura deliciosa e delicada, com data de validade. Consumidor final iludido, disposto a pagar caro pela embalagem desprezando o produto essencial interno. O ritmo do jogo faz parte de uma nova partida entre os bons e os melhores. É na ilusão da embalagem que se perde a essência e o valor da razoável dignidade.
Seu desejo atendido foi mera coincidência passageira da moda , do gosto , da ilusão que agora não passa de uma velha embalagem...
Autor: Gilson de Paula Pires
“Canto à Aurora de Delfos”
( Gilson de Paula Pires)
Nas montanhas sagradas de Delfos ergui-me,
Ao som do sopro do oráculo em brumas,
Ecos de Apolo, com lira em chamas,
Despertam a alma em antigas plumas.
Na pedra o fogo dança em silêncio,
O templo canta verdades ao vento,
As sacerdotisas, de olhos fechados,
Revelam o fado em sutil movimento.
Oh musa Calíope, guia minha voz,
Nos versos que tocam o tempo dos deuses.
Que minha palavra seja como o bronze,
Ecoando firme entre os altos penhascos.
Nascemos do caos, moldados por mitos,
Homens e heróis em lutas eternas,
Mas cada cicatriz é um poema vivo,
Inscrito no peito das almas modernas.
Que Zeus me escute lá do Olimpo,
E Poseidon acalme os mares do ser.
Sou filho do barro, irmão das estrelas,
Mas canto, e por isso, me torno poder.
GILSON DE PAULA PIRES.
“Te Encontrar Foi Meu Milagre”
(GILSON DE PAULA PIRES)
Eu andava tão perdido, coração sem direção
Como chuva no deserto, sem abrigo, sem razão
Mas aí você chegou, como o sol depois da dor
Me ensinando devagar o que é o verdadeiro amor
E eu que nem acreditava mais
Que alguém podia me tocar assim
Te encontrar foi meu milagre, minha paz, meu farol
O silêncio fez sentido quando ouvi tua voz
Agora o mundo gira mais bonito com você aqui
Te amo mais do que pensei que um dia fosse sentir
Nos teus olhos vejo abrigo, vejo casa, vejo céu
Teu sorriso me desarma, tua alma é meu papel
Pra escrever mil poesias que eu nunca consegui
Mas que brotam quando encosto meu amor em ti
E cada passo seu ao lado meu
É promessa que eu quero cumprir
Te encontrar foi meu milagre, minha paz, meu farol
O silêncio fez sentido quando ouvi tua voz
Agora o mundo gira mais bonito com você aqui
Te amo mais do que pensei que um dia fosse sentir
E se um dia o tempo for cruel
Vou lembrar do que a gente escreveu no papel
Amor real, sincero e sem final
Que nem o tempo pode apagar
Te encontrar foi meu milagre, minha luz, meu sinal
A razão de eu ter esperado afinal
E mesmo que o mundo insista em nos dividir
Te amo mais do que pensei que um dia fosse sentir
“Coração Teimoso”
(Gilson de Paula Pires)
Eu jurei que nunca mais ia amar
Depois de tudo que a vida me fez passar
Fechei a porta, escondi a chave
Mas teu sorriso chegou feito tempestade
Você chegou sem pedir licença
Virou meu mundo, bagunçou minha crença
E esse meu jeito duro e desconfiado
Se derreteu só de ficar do teu lado
Coração teimoso, que não quis te ouvir
Agora chora quando cê sorri
Tá batendo forte, tá gritando o teu nome
Diz que é amor, não é mais costume
Coração teimoso, se entregou pra valer
Você virou razão pra eu viver
Agora eu só penso em te fazer feliz
Mesmo depois de tudo que eu já disse que eu não quis
Você virou verso nas minhas canções
Um beijo teu vale mil perdões
E aquele medo que eu tinha do amor
Virou coragem quando a gente se encontrou
Coração teimoso, que não quis te ouvir
Agora chora quando cê sorri
Tá batendo forte, tá gritando o teu nome
Diz que é amor, não é mais costume
Coração teimoso, se entregou pra valer
Você virou razão pra eu viver
Agora eu só penso em te fazer feliz
Mesmo depois de tudo que eu já disse que eu não quis
Quem diria que o amor ia me ganhar
Logo eu que só sabia me afastar
Hoje corro pra te abraçar
Coração teimoso, aprendeu com você
Que amar vale mais que se esconder
E agora eu te juro: não largo tua mão
Você é meu destino, minha direção
Mulher, Mulheres 🌹
Rosas Vermelhas, Paixão, Amor
Fervor, Sentimentos
Intuição, Águas
Fogo, Chama 🔥
Intensidade, Afeto
Cuidado, Natureza
Mãe, Gaia
Terra 🌍
"Desvindo"
sem indiretas muito menos frases retas
talvez anedotas sobre as derrotas
ou falsas vitórias vistas com a glória de serem escória da sua memória
visíveis as palavras retóricas que tu soltas
enquanto sóbrio te revoltas
aguardo de forma firme o triste crime que te reprime
sublime como um regime te previne
do pensamento nojento que tira seu tempo e só trás sofrimento
o juízo que não tive tentando ser vivo
o perigo que não tive suplicando um motivo
devia ter ido embora quando pude
ou devia ter desvindo
para onde eu achei que ia
onde nunca chegaria
ao menos me sentiria caindo.
"Talvez você deva aceitar seu coração rapaz..."
Sentir que seu coração te explora
Talvez você não o entenda
O que te faz pensar em viver
da forma mais inexplicável possível
Te desejo.
Um ardor fulmina em cada centímetro
A paixão arde como uma saudade incessante
Que não te deixa abandonar seu sonho
mas de olhos abertos você viaja
Sem dormir.
Imaginar o que é querer
Não querer o que deve tentar
Medo de recomeçar a falar
Pois o carinho exprime sensações
Que marcam com o mínimo toque
Com a imensidão de uma palavra
De fato.
O amor é compreensível ao olho do ileso
que ignora a dor da falta
Abandona a perda do tempo
Lhe falta o entendimento
que cada segundo é um mundo
cada momento é uma lembrança
Que as suas mãos atadas não o seguram
É obrigado a viver
mesmo ignorando
E isso define se você vive como uma pessoa
Ou se convive consigo louco
E admite o seu coração
com a pessoa que ama.
"Conheço"
Observo atento em como as coisas são.
Coisas que sempre vão no silêncio.
Se desfazem sem querer se despedir
nem te ouvir, mas eu tento.
Como não as vê consumindo teu tempo?
Amenizas com a máscara do sorrir?
Cada pequeno pedaço desse pensamento
me deixa sem um argumento.
Quão louco para deixares eles ir.
Meu ódio pelo memorando de rótulos
sem parecer pouco então para crer
"Se envolver com cada momento"
Repito isso sempre que lembro sem querer.
Pois vejo o seu sofrimento
ir além do que você aguenta a muito tempo.
A leveza de ser sem entender
reaver o que não teve pra nunca esquecer.
Suporta a lembrança do que nunca vê.
Amassa a esperança na cláusula do querer.
Pois,
Ama-la cansa.
Não me repreendo por meu sorriso ser o mesmo motivo do meu sofrimento.
Então aguento.
Vejo que em um beijo por trás do olho que envolto a contornos há a pessoa que eu conheço e afirmo a mim mesmo:
Eu desejo.
"Futuro"
Vivendo na poesia.
Numa histeria de palavras
que talvez você não conhecia.
Charme em dizer aquéns
para alguns, é ser ninguém.
Não entendem como as palavras te fazem refém
com quem?
Abre as alas da conclusão entre si a razão.
As valas entre ilusão e a percepção.
Entre você, somente você e o seu coração.
Tento não dizer o mesmo para sempre
desenvolvendo sem estar ciente.
Mas crente que nós mudamos constantemente.
O talvez é recorrente
a incerteza é insurgente.
Mas o tempo te joga pra frente sem pedir.
Sem avisar retira teus "para sempre"
que lhe faziam sorrir.
Agora mente dizendo conseguir.
Engana o teu eu sem coagir.
Finge a lembrança do passado
regrado à cadeia de anotações
que fizeste do teu futuro.
Esqueceste de te incluir no seu próprio mundo
e viveste sem viver nenhum segundo.
"fantasma"
Se tudo fosse lógico
o sentido se perderia no vazio de se sentir comigo
no afeto ao que tens me pedido
lembre-se de nunca ser visto
e sempre tente aniquilar tudo aquilo que sente
como um fantasma que sempre mente
e desaparece sem nunca ao menos
ter aparecido na sua frente.
"Decomposição"
Em decomposição afetiva ao amor estou.
A espera de receber uma trégua.
Já desisti de sentir o calor
pois a mim ela nega.
Por um pingo não desisto de ter valor.
Essa dor consumiu todo meu coração.
Aperto minhas mãos e fecho meus olhos
e descubro a lógica nessa frustração.
Não sonho e sei que eram todos óbvios.
Vou mentir a mim que não tive fim.
Vou dizer a ti que me esforcei até o fim.
Agora choro pela manhã atrás de uma mente sã.
Resguardo cada olhar que me foi dado
sufoco ao lembrar de cada abraço.
Adeus, coração insalubre.
Olá mentalidade morta que bate a porta
Da indisposição da cova,
que não está nova.
Foi preparada por mim a muito tempo.
Só me enrolando fui para não cair lá dentro.
Esperei o momento que só sinto o vento
atravessar o vazio de um lugar
que já foi o meu sustento.
"Casabro"
Te convido a vid vim ver a vida
males de loucuras e injúrias
gostos de novo.
Um poeta de desgosto
viver sem poder ver o céu.
Compreender sem querer reaver
o que nunca foi seu.
É tão suave
Mas grave ainda assim.
Mais tarde e não tem fim
o dia não passa.
Somente gasta sua casa.
Desgasta e atrasa sua vida fraca.
Então passa o dia com sua memória chata.
Com o som da navalha
a atormentar suas lágrimas.
Medo de ser só mais um novo.
Pouco a pouco
indo para o rolo
que de rolo não é nada
mas acaba.
"Ilusão"
Você foi a minha alegria.
Agora é somente a inspiração para escrever sobre a vida.
Sobre as mentiras vazias que sobressaem nossa química.
Típica ilusão não resolvida por gente tímida.
Nada mente
nem entende.
Respeite o meu passado ou nunca entenderias o meu presente.
Então eu aceito o seu antepassado regrado e mal amado.
E digo com certeza:
você
não
sente.
"Subdesço"
Eu carrego a morte no bolso esquerdo.
Invejo o sujeito que não teme
Em de repente se tornar
somente um nada novamente.
Me encarrego de ter isso em mente.
Como se não existisse esperança nas palavras.
Eu não sei dizer o que não sinto
e não digo o que sinto
por achar que estou mentindo.
Me livro do imprevisto julgando cada segundo
como o ponteiro eu balanço na mesma direção
e em voltas subdesço em desespero.
Meu pensamento é um descanso.
"Sofrimento"
Essa merda de ódio
me faz caminhar na chuva
sem sentir uma gota de água
sem ouvir o vento gélido
que pelo meu ouvido passa
me faz sentar na relva
molhada por águas passadas
sem pensar em nada
sem perceber
que a minha alma
vazia estava.
E sem entender o que comigo se passava
deixei o momento se prender ao tempo
enquanto minhas lágrimas
dançavam livres
com a tempestade
que é o sofrimento.
"Passatempo"
Odeio esse sentimento de estar em constante desentendimento comigo mesmo.
É como fosse eu parado no tempo, remoendo contextos e revivendo momentos.
Mas na verdade só estou em uma fase
de envolvimento com o que não é importante
nem o bastante
e só trás constrangimento.
Eu levo o sofrimento como um passatempo.
"Merece"
Sem vontade própria ou específica.
Na carência de uma sentença
entre carisma ou morte.
De repente.
Imprudente e nem um pouco vigente.
Nada sente.
Somente a semente de ser quem não cresce
nem floresce.
Só descreve e não ouve suas preces.
Você nem merece
somente repete aquilo que te apetece
e nem isso ao certo descreve.
"Eu" (1)
Minha inspiração
é só parte do ódio que eu tenho pela emoção.
Digo sem razão que meu coração não tem perdão.
Julgo inseguro sem dizer o que realmente seguro.
Grito ao mundo que mesmo sendo tão nulo
ressoo minhas emoções em um verso único.
Sem enigmas ou paradigmas.
Não há mistério em ser sincero.
Não há ressalvas em se sentir completo.
Não haverá fim,
Pois para mim
Enquanto eu me sentir mal
as minhas palavras nunca
terão
final.
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