Poema Infantil de Vinicius de Moraes
... e toda
acolhida e tolerância que
espontâneos expressamos,
provém da honesta percepção
de que,frequentemente somos
e por muito ainda seremos,
igualmenteacolhidose
tolerados!
"Que brilhe vossa Luz!",
enalteceu Jesus, o Cristo - porém,
longe da rasa intenção deinadvertido, deslumbrado, alardeá-la aos
quatrocantos da vida...
Mas sobretudo, para que mais
intensamente a resplandeças;
e amplies tua percepção
sobre ti mesmo
e progridas!
Cosmovisão Intrínseca
No ventre oculto do átomo a dançar,
Habita o tudo e o quase nada a pulsar.
Núcleo denso — fogo calado,
Eletrosfera — silêncio alado.
Próton e nêutron, irmãos de gravidade,
Guardam segredos da eternidade.
Enquanto elétrons em órbita fluem,
Como ideias que nunca se diluem.
No menor fragmento, uma explosão de ser,
No maior, um universo a nascer.
A menor parte — mistério indivisível,
A maior — cosmos quase invisível.
O olho humano busca o além do véu,
Mas tudo começa num ponto de céu.
A cosmovisão não é só olhar,
É sentir o átomo a respirar.
Pois o que há no imenso também vibra no miúdo,
E a verdade se esconde no tempo mudo.
Do quark ao cometa, do sopro ao trovão,
Tudo pulsa na mesma canção.
Lágrima de Luz
Ao chorar, algo acontece no ar,
Como se o tempo parasse pra escutar.
A lágrima cai, mas não é só dor,
É semente de luz, é gesto de amor.
No instante do pranto, o mundo estremece,
Mas dentro do ser, a luz resplandece.
Seja na queda ou no recomeçar,
Há sempre um brilho a despertar.
No nascer do ser, há lágrima e luz,
Caminho aberto que a vida conduz.
Pois até na dor, o cosmos floresce,
E na alma que chora, a luz permanece.
Entre átomo e estrelas
Sou feito de átomos e de estrelas,
De poeira cósmica e perguntas belas.
Mas também sou silêncio, vazio e calor,
Sou parte do todo, sou busca, sou dor.
Entre o que é pequeno e o que não tem fim,
Mora o mistério que pulsa em mim.
E se existo, é pra tentar entender:
O infinito lá fora é o mesmo do meu ser.
O OLHAR DA SEMENTE
A semente não vê a flor que será,
Mas sente no escuro a vontade de ir.
Enterrada no tempo, sem saber o que há,
Ela confia no mistério de existir.
O ser também é assim — pequeno, oculto,
Guardando em si o mais puro impulso.
Não se trata de crescer pra fora,
Mas de florescer no agora.
CAMINHO INVISÍVEL
Há um caminho que ninguém vê,
Traçado no peito, gravado em você.
Sem placas, sem mapas, sem chão definido,
Mas cheio de passos do ser escondido.
Cada escolha é uma curva sutil,
Cada silêncio, um sinal do perfil.
Não há chegada, só o eterno ir,
Pois quem se busca, aprende a sentir.
... do bom senso
nascem e prosperam todas
as leis - embora, sua acurada
aplicação, proporcionalmente,
exija redobrada estatura - ora
convertidaem vigorosas
doses de idoneidade
ebomsenso!
CURVA DO DESTINO
Sem rumo, sem direção, procuro a imensidão do coração.
Sigo o céu incerto, cada passo a vagar,
como nuvem que dança sem nada a pesar.
No silêncio da alma, ouço um clarão.
Perder-me nas esquinas do destino,
encontrar-me nas curvas do meu caminho.
As brumas do passado vão se dissipar,
no sopro do presente volto a amar.
No fim de cada estrada sinto calor,
o amor dá sentido à minha direção.
Cada passo incerto ganha uma nova cor,
e no fim do caminho vejo: o amor me faz feliz.
... quanto
mais sabemos, menos sabemos,
diz a filosofia do espírito - logo,
não somosmeros reféns de questões
e regras que nos limitam - mas
dotados todos de um senso expansivo
que por nós mesmos reconhecido,
evidencia nosso entusiasmo
e robustez como seres
capazes!
... a bem da verdade,
não necessitamos de inimigos;
sendo suficiente nossa própria
presença vezes abarrotada de
repúdios, mágoas; de copiosos
temores, a cada instante,
dispostosa nos intimidar,
aborrecer!
... escrever,
de certo modo, é semear
argumentosnum ambiente apinhado
de conteúdos e opiniões diversas -
em que, você poderá ser ocausador
de uma formidável ideia - no
entanto,jamais sua última
palavra!
Lâmpada mágica
De pedrada em pedrada eu sigo construindo o mundo ideal.
Sem algodão doce, carrinho bate, bate e sem lonas e o bobo da corte as plantas estão sendo regadas e os ventos estão soprando na medida certa.
A cada passo vejo o horizonte tão sonhado se aproximar, sinto a brisa que antes era apenas de esperança se transformar em realidade.
Me contaram um dia que seria um sonho de cada vez, mas na verdade está chovendo sonhos e em cada gota consigo ver com transparência as realizações chegando.
Abençoados são os dias em que comecei a acreditar, vitoriosos são os momentos que eu estou vivendo, agora vou esfregar mais umas vez a lâmpada mágica dos pensamentos para futuros sonhos continuar realizando.
Perdura
Aonde existe o vácuo e o silêncio, existe o tempo e a esperança.
O excesso de pensamentos na hora errada e no lugar errado não são seguros nas mentes fragilizadas, então desafoguem!
Não basta só juntar os pedaços, faça o que for preciso para deixá-los na temperatura certa.
O fascínio perdura quando perdoamos e ao mesmo tempo cuidamos do espelho de nossos corações.
O Apóstolo Paulo ensina: "Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos"
Romanos 12.18.
Agora, sem valores como: empatia, dedicação, atenção, companheirismo, amizade, amor...A vida esvazia-se... E, à ausência de bons sentimentos, pode levar à experiencias negativas, com prioridades desfavoráveis - com perdas maiores: o afastamento da presença de Deus.
Bora?
A noite chegou facilmente e mais uma poesia começa a florescer pensando em você,
A chuva lá fora e o vento fresco entrando pela janela são um convite a boas lembranças de nós dois,
Acreditar que você vai lê as poesias é um jeito que encontrei de não me sentir sozinho,
O teu batom e a tua pulseira ainda estão aqui em cima da mesa como um lembrete de que em breve irei te devolver,
Primeiro veio o acidente de corpos e carnes quentes, depois veio o incidente da nossa separação e com o passar do tempo nos restou o absurdo do silêncio,
Resta-nos pensar que o nosso maior erro foi a nossa partida e imaginar um recomeço talvez não seja de todo mal,
Vou te contar um segredo, gosto de como você me olha nas chamadas de vídeo isso mexe comigo,
Eu confesso que não sirvo pra ficar triste ou na espera, vamos bater nossas cabeças na parede ou então podemos nos descontrolar ainda essa noite aqui em casa,
Bora?
Mundos a Conhecer
Há mundos além do que os olhos capturam,
planícies de luz, florestas de névoa pura,
ilhas que flutuam no sopro do tempo,
onde a realidade dança com o pensamento.
Há mundos no fundo de cada silêncio,
em cada suspiro guardado no peito,
universos que nascem sem ter um alento,
mas vivem no brilho de um sonho imperfeito.
Há mundos em cada palavra esquecida,
em cada olhar que se esconde na vida,
cidades eretas no fio da ideia,
portais que se abrem quando a alma anseia.
E há também os mundos dentro de nós,
vastos e densos, de mil direções,
onde o coração é bússola e voz
que guia entre sombras e revelações.
Conhecer os mundos — missão infinita,
pois cada jornada é sempre recomeço,
e o ser que caminha, mesmo que hesita,
descobre no outro o seu próprio endereço.
. A Escrita e o Tempo
Do traço na pedra ao código binário,
passaram milênios num gesto diário.
A mão que riscou o primeiro sinal
já ansiava romper o tempo banal.
Na argila impressa, no couro estendido,
a alma do povo ficou refletido.
Com penas e tintas, depois o papel,
a escrita alçou voo do chão para o céu.
Surgiram os livros, os tipos de chumbo,
o verbo se fez multidão e se espalhou no mundo.
Cada letra, um passo da mente que pensa,
cada frase, um eco da existência imensa.
Escrever é fundar um espelho invisível,
onde o homem revê seu ser sensível.
É gravar no tempo o que sente e crê,
é tornar o efêmero algo que se vê.
E hoje, nas telas de luz e silêncio,
a escrita pulsa com novo início:
não mais só na mão — mas na mente expandida,
seguindo a evolução da própria vida.
DNA DA CANÇÃO
No sopro do vento nas folhas do chão,
nasceu o princípio da antiga canção.
Antes da fala, já havia um som
que unia o mundo num mesmo tom.
Foi ritmo o passo do homem primeiro,
batendo em pedra, sentindo o pulsar
Depois vieram cordas, flautas e ar,
vozes que ousavam o céu alcançar.
Do canto tribal ao coral das igrejas,
do lamento escravo às danças francesas,
cada cultura fez da emoção
um som que batia no mesmo coração.
O tempo passou e o som evoluiu,
em notas, pautas, o mundo se ouviu.
Nasceu a orquestra, o piano, o jazz,
o rádio, a guitarra, o que vier depois traz.
Hoje há música feita em circuito,
digital, etérea, ainda com intuito
de traduzir o que não se diz —
um grito, um amor, um tempo feliz.
Mas seja em novo som, concerto ou fusão,
a música é ponte, é alma, é oração.
E segue crescendo com nossa emoção,
reflexo fiel da humana canção.
De Pedra à Inteligência
O mundo mudou — da pedra e madeira,
fomos ao fogo, à lâmina certeira.
Do aço forjamos muralhas e pontes,
erguendo impérios, vencendo montes.
Foi longo o passo, lento o andar,
até que as máquinas vieram girar.
O artesão calou sua mão,
a fumaça tomou o céu e o chão.
Poluição — o preço da invenção,
tanta beleza virou destruição.
E então chegou a era da tecnologia,
quem diria? Quase nada pra fazer… que ironia.
Rebeldia dos dias de outrora
virou rotina na tela que implora.
Nem imaginavam que viria a mente
capaz de aprender — quase consciente.
E agora ela ensina o que esquecemos:
o que somos, pra onde corremos?
Se a máquina pensa, e o homem esquece…
a que ponto chegaremos, se o tempo não cessa?
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