Poema Eternidade de Xico Chavier
Alegrias passageiras e na eternidade a de verdade.
Olho daqui de meu leito e procuro a alegria lá do alto...
Pois neste mundo as alegrias são passageiras e momentâneas, sempre regadas de algum engano, mesmo que as vezes sutis...
As alegrias que os filhos dos homens tem e são dadas por Deus, essas são alegrias que serão rápidas comparadas as eternas...
Resoluções negativas essas, comparadas aos felizes deste século, que muitos encontrarão terríveis derrotas no porvir...
A hipocrisia garante muitas alegrias passageiras e enganadoras, pois o príncipe enganador deste século as apoia sempre...
As alegrias verdadeiras encontro e encontraremos só nas lágrimas e na eternidade no porvir na eternidade na Nova Jerusalém...
Poesias Líricas ao Rei Jesus
“Jardins de Eternidade — Poemas que Semeiam a Alma”
Que o nosso semear jamais seja mero gesto,
mas um rito antigo — pulsação da terra em nossas mãos.
Cada grão, um sopro de esperança silente;
cada flor, um renascer entre corações humanos.
Rejeito a pressa dos que colhem sem olhar,
e o brilho ilusório das intenções vazias.
Que o amor nos chegue como vinho envelhecido —
maduro em desejo, profundo em suas vias.
Que as boas intenções nos alcancem,
como o mar à praia se oferece:
com a paciência dos séculos
e a brandura de um destino calmo.
Que te toquem, que me toquem,
como folhas que se curvam ao sol nascente.
A grandeza do ser não está na superfície polida,
mas no que vibra no íntimo —
nos silêncios que ninguém pressente,
nos amores que ninguém compreende,
na alma que se despe sem buscar ser compreendida.
Dispenso adornos, títulos, brilhos vãos.
O que é verdadeiro nasce puro,
sem disfarces, sem artifício —
como o rio entre pedras,
ou a luz que se insinua pelos galhos.
Simplicidade é coragem.
Verdade é chama que não se dobra à escuridão.
Clareza é dom dos que se revelam inteiros,
mesmo quando o mundo prefere a sombra da ilusão.
Quem planta com o coração abriga mundos.
Quem abriga com amor é jardim de eternidade.
E quem ama sem medida,
esse já colheu o que há de mais sagrado:
a alma do outro, livre e entregue — em liberdade.
"A Eternidade Mora em Ti, Mãe"
Mãe, em teus braços o tempo parece adormecer. É como se o mundo lá fora silenciasse, e tudo se resumisse ao bater do teu coração, ao sussurro manso da tua voz, que embala até a alma cansada. Em teus braços, a dor se dissolve como bruma ao sol da manhã. Nada pesa, tudo encontra lugar: os medos, as culpas, os sonhos partidos.
Teu colo é chão antigo, onde os passos da infância ainda ecoam. É abrigo que não cobra, é amor que não exige. É perdão que chega antes do erro, é presença mesmo na ausência, é eternidade guardada em gestos tão simples, que só o coração sabe entender.
Em teus braços, mãe, volto a ser essência. Volto a ser o que fui antes da pressa, antes das dores do mundo. Em teus braços, sou inteiro — mesmo quando me sinto em pedaços.
E, se um dia tua presença física me faltar, saberei, mesmo assim, que teus braços ainda me envolvem — invisíveis, mas reais. Eternos, como tudo o que é feito de amor.
Deus não é um velhinho de barbas grandes sentado num trono no céu pela eternidade mas a energia pura e inteligente que deu a luz da vida ao planeta, a religião se limita em regras e proibições, divide e condena enquanto que a Espiritualidade expande a consciência de que se pode simplesmente crer em Deus sem usar uma coleira colocada por outros homens.
Quanto vale cada
minuto de sua vida?
E quanto vale cada
segundo de sua
eternidade com Deus?
Vai trocar o Ouro de Deus
pela ferrugem do maligno?
No vaivém da eternidade
Rosas
Cravos
Margaridas
Cactos
Lírios
Ou bromélias...
Florescem e enfeitam a primavera da existência
Mãe é verbo
Mãe é verbo.
Na língua da eternidade,
o feminino de Deus é silêncio grávido,
é oração de nove luas,
é evangelho que se derrama em leite.
E o Verbo se fez carne.
Não apenas carne —
mas ventre,
e, na tessitura de sangue e espera,
aprendeu a amar antes de saber o nome do amor.
A Mãe —
quarta pessoa da Trindade,
ausente nos púlpitos,
presente em todos os partos.
É ela quem cria o Deus que vai chorar no mundo.
A teologia não sabe,
mas o coração conhece:
Deus ensaiou o milagre da vida
no corpo que aceitou perder-se
para que outro existisse.
Todos são filhos.
E, por isso, antes da cruz,
houve um útero.
Antes do sacrifício,
houve uma mulher dizendo “sim”
com o ventre e com a alma.
Apetite de Amanhãs
Deus, em sua eternidade, não precisa de lembranças;
Nós é que forçamos o recordar.
O tempo, esse sábio que a tudo cura,
Desenha as marcas de quem somos.
Não há ferida que ele não toque,
E não há memória que ele não visite.
A conferência da saudade não nos deu a dádiva do esquecer.
No ensaio da solidão, guardo algumas dores enquanto ofereço sorrisos.
A saudade vem nostalgiar,
Recorda até as desnecessidades.
Bendito seja o inventor da memória,
Que nos dá o poder de reviver os dias,
De devotar a delicadeza
E discernir que a esperança é diferente da espera.
Olho para o passado, sim,
Mas tenho apetite de amanhãs.
"Refúgio na Eternidade"
Há um barulho no mundo que não me deixa ouvir a minha própria alma. É tudo tão corrido, tão sem direção... Os homens passam por mim como vultos, perseguindo algo que não sabem nomear. Correm para onde? Fogem de quê? As torres brilham, mas brilham falsas. São feitas de vidro, sim — e, por dentro, ocas. Há corações ali... ou apenas sombras?
Eu me recuso. Recuso o barulho, a pressa, a vertigem de ter sem ser. Ergo meus olhos — mas não aos altares da modernidade. Não aos palcos, nem às telas que se alimentam de vaidades. Ergo meus olhos para o invisível. Para o que não muda. Para o que me chama quando o resto silencia. Ergo meus olhos para Deus. Nele, sim, há direção. Nele, sim, há casa.
E então me pergunto: o que são os prazeres modernos, senão relâmpagos que não aquecem? De que vale o ouro, quando o peito geme em silêncio? Há vozes por toda parte; há mentiras emolduradas em telas. Mas minha alma — ah, minha alma — deseja chão. E encontra esse chão em Deus.
Ele não muda. Mesmo quando tudo muda. Mesmo quando o chão treme. Mesmo quando a dor veste o rosto das manhãs. Ele é meu refúgio, meu lugar seguro, quando o mundo desaba em mim. Seu amor é um abraço invisível que me sustenta quando já não há mais nada. Sua voz... é como o vento leve nos dias quentes: não se vê, mas se sente.
O mundo quer poder. Quer vaidade. Mas isso o torna cego por dentro. E os reis modernos, tão bem vestidos, caem sem fazer barulho — porque o vazio não pesa. Eu, ao contrário, descanso em Deus. É ali que respiro. É ali que existo sem me perder.
Quando tudo falha — a ciência, a razão, os discursos tão bem ensaiados —, quando a alma geme por algo que não se compra, é em Deus que encontro a canção. A cura. O pão. E, principalmente, o silêncio que me devolve a mim mesma. Porque Ele é o lugar onde minha fé descansa... e floresce.
COMO EU DESPREZO A ETERNIDADE
"Amo e desejo a eternidade." Assim dizem os homens, como débeis amantes platônicos.
Amam e desejam o que nunca terão, do mesmo modo como o poeta ama e não deseja possuir, a musa intocável...
Se queremos que a vida tenha algum sentido, devemos procurá-lo em algum ponto central imaginário, entre a realidade decadente e algum desejo impossível!"
Evan do Carmo
Além da eternidade
existe a poesia do não existir.
O que há de eterno no mundo
são as contradições
O tempo ignora passivamente
os movimentos do teu corpo
enquanto o teu olhar especulativo
procura as causas e os efeitos
de alma viver exaustivamente
num experimentar contemplativo
Soneto da Eternidade
No manto azul da noite, o sonho invade,
Trazendo a paz de estrela cintilante,
O tempo se dissolve em eterno instante,
E o coração se acalma no leito da saudade.
Na voz do vento, ouço a eternidade,
Que sussurra segredo, calmante.
Enquanto o céu desenha, radiante,
A essência pura da imortalidade.
Na vastidão do ser profundo,
Mergulho em pensamentos infinitos,
Buscando a verdade além do mundo.
Pois sei que no silêncio dos aflitos,
Há um eco de luz que nos inunda,
E torna eternos nossos gritos.
O Limiar
No limiar, a eternidade espreita,
não como promessa, mas como ameaça.
Entre o passo seguro e o salto no abismo,
o homem hesita, petrificado
pela vertigem do possível.
Afundar na mediocridade é fácil:
um declive suave,
onde cada escolha não feita
é um alívio que pesa mais que o risco.
Ali, a eternidade morre devagar,
como uma vela esquecida na escuridão.
Mas o abismo – ah, o abismo! –
clama com sua garganta infinita,
oferecendo a vertente do desconhecido,
um eco que promete não respostas,
mas expansão.
É nele que a eternidade vive,
não como certeza,
mas como um desejo sem fim.
No limiar, somos tudo e nada,
um suspiro preso na garganta do universo,
um instante que decide se a alma
se desintegra na poeira do comum
ou se arde no fogo insaciável do eterno.
E então, ao olhar para trás,
quem ousou saltar verá não o chão,
mas o infinito que o acolheu.
Quem recuou, verá não o conforto,
mas as grades de sua própria fuga.
No limiar, a escolha é simples,
mas o peso é eterno:
morrer na margem
ou viver na queda.
"Evitemos todo tipo de insanidade religiosa concernente à
eternidade, pois a única possível ao homem até agora foi a
literatura.”
Eternidade, delírio da razão....
Quem salvará o homem do abismo
do silêncio que há entre o tudo e o nada?
A arte, a fé, ou o absurdo do não crer?
O que nos resta é a beleza
com o seu encantamento desmedido
a poesia irreprimível
do riso gratuito das crianças.
Se tudo isto nos faltar
apelemos para o amor
e para amizade...
Mas não esqueçamos
que sem o delírio da razão
não poderá existir
... eternidade.
“Achei a eternidade:
é o casamento do amor com a poesia
Várias coisas me conectam ao divino
a música de Wagner, meus filhos,
Giovanna, a cozinha, a poesia e vinho...
A beleza, o silêncio e o vento
a paz entre os homens
e o pensamento.
Mas é a mulher que amo
que mais me eleva e me transforma
de um simples mortal em uma deidade.
É ela que me tira do anonimato
para a eternidade, e este milagre
só é possível a quem conhece o amor
em sua essência e plenitude...
Não só os poetas são imortais
enquanto vivem... os deuses
só são eternos quando amam.”
―Evan Do Carmo
07/07/2016
ACESSE A ETERNIDADE, AME!
Somos infinitamente miseráveis, pequenos, insignificante para o funcionamento do universo. Grãos de areia junto a ao mar da eternidade. Somos destacáveis pela voraz força da natureza. Nascemos e morremos com a mesma facilidade caótica. Somos como estrelas no firmamento, aos olhos dos homens, invisíveis são o nosso acender e o nosso apagar.
Todavia, quando a nossa existência tem como premissa servir a outros, fazer o bem e praticar a justiça, vivos ou mortos, somos e nos tornamos gigantes, arquétipos para um aprender eterno de uma humanidade sedenta de grandes exemplos para seguir...tudo passa, mais o amor permanece para sempre.
Há sim um segredo sagrado envolvido, para se encontrar razão para nossa pequena existência e para a felicidade, é o bem sublime que praticamos e o amor que oferecemos aos outros, em atos e não apenas em vazias palavras.
Evan do Carmo
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