Poema do Jardim de William Shakespeare
Versos de Aventuras
Por Gilson de Paula Pires
Não nasci pra beira do rio,
sou correnteza, sou mar,
sou passo largo e desafio,
não me contento em esperar.
Carrego o vento na mente,
um mapa feito de sonhos,
e um coração que pressente
caminhos novos, tristonhos.
Cada pegada é história,
cada tropeço, lição,
a aventura é minha glória,
é fogo, é chão, é paixão.
Não busco fim nem chegada,
sou feito de ir e viver,
minha alma é sempre alada,
meu destino: acontecer.
— Gilson de Paula Pires
Carta ao Meu Irmão
E aí, meu irmão, como você está?
Espero que esteja bem, em paz pra sonhar
Por aqui, todo dia é igual
Não tem Feliz Páscoa, nem Feliz Natal
O dia demora pra passar
A saudade da liberdade me faz pensar
No tempo feliz em que a gente era criança
Brincava, corria, cheio de esperança
Essas lembranças me fazem chorar
Olhando o teto, vejo o tempo passar
Ei, meu irmão, que falta a nossa mãe faz
Mesmo doente, nunca me deixou pra trás
Se eu tivesse ouvido seus conselhos
Não teria seguido o caminho errado
Ela se foi, nem deu pra abraçar
Com as mãos pra trás, só deu pra sua testa beijar
Quando eu sair daqui, eu vou mudar
Quando eu sair daqui, eu vou recomeçar
Meu irmão, eu vou mudar
Escrever uma nova história e recomeçar
Nunca mais quero voltar pra esse lugar desumano
Onde a tristeza te faz chorar
Onde o sonho não passa de ilusão
E a vontade de viver se vai sem explicação
Onde te xingam, te batem
E querem que você morra atrás das grades
Mas eu tenho fé em Deus que vou sair
E como Dimas, acredito até o fim
Essa carta eu escrevo com carinho
Aproveitei a noite, até esqueci o frio
Desculpe as letras que as lágrimas borraram
Foi a emoção que me abraçou, irmão
Quando eu sair daqui, eu vou mudar
Quando eu sair daqui, eu vou recomeçar
Minha História
Minha história é igual à de muitos brasileiros,
Cheia de sonhos, esperança, lutando o tempo inteiro.
Cresci na rua, correndo pra lá e pra cá,
Jogando bola, soltando pipa até minha mãe me chamar.
Minha mãe, minha Maria, trabalhadora,
Passava o dia todo na rua,
No sol quente, com uma vassoura.
Foi assim que conseguiu criar eu e mais três,
No começo éramos cinco, mas um virou anjo, isso eu sei.
Foi triste, horrível, ver minha mãe chorar,
Mas a vida continua,
Ela enxugou as lágrimas e foi trabalhar.
Eu e meus irmãos fomos crescendo no meio da dificuldade,
Onde as amizades às vezes viram coragem pra fazer crueldade.
Foi triste, de novo, ver minha mãe chorar,
Dessa vez por ver meu irmão exilado,
Sem saber quando ele vai voltar.
Conselhos nunca faltaram,
Vi várias noites ela esperar:
"Meu filho, você estava onde?
Essa não é hora de chegar..."
Foi vendo o sofrimento dela que prometi pra mim mesmo
Que nunca mais ia fazê-la chorar.
Recusei propostas de amigos
Pra ganhar dinheiro sem trabalhar.
Entrei no esporte, fiz novas amizades,
Arrumei um trabalho, virei um homem de responsabilidade.
Aprendiz, ouvindo rap, onde o sonho é viver a realidade,
E a vida é cheia de mistério...
Hoje eu tô aqui, amanhã, só Deus sabe.
Ele sabe tanto que tirou minha mãe do sofrimento.
Fiquei triste, chorei, meu mundo caiu naquele momento.
Mas foi por ela que eu fiz meu mundo levantar,
Sei que ela queria me ver feliz,
Enxuguei as lágrimas e voltei a sonhar.
Agradeço, Senhor, por tudo que fez por mim.
Fez da minha mãe meu anjo da guarda,
Iluminou meu caminho
Pra eu caminhar do início até aqui.
Pai, Mãe e Vida
Meu pai me fez honesto, me fez um homem pra luta
Me mostrou o caminho pra eu nunca parar de sonhar
Minha mãe me fez feliz em todo e qualquer lugar
A vida me ensinou a cair e levantar
Um velhinho me explicou que a vida é sem noção
Que o sentido é viver sem procurar explicação
Vejo o meu pai, que passou horas e horas
Debaixo do sol quente pra poder me alimentar
Ele quer me ver crescer sadio e diz com firmeza:
"A honestidade sempre está em primeiro lugar"
Minha mãe passou por vários perrengues na vida
Lavando roupa suja, varrendo, limpando janela
Pra me deixar feliz e nada me faltar
Trabalharam dia e noite, quase em todo lugar
E hoje eu tô aqui pra mostrar que não foi em vão
Hoje eu sou homem, buscando minha razão
Seguindo o que comecei com meus pais e seus conselhos
Que eu nunca deixei pra trás, são meus espelhos
Tentei um mundo novo e ninguém deu valor
Era só mais um sonho, que depois falhou
É como meu pai diz: “A fraqueza da vida é viver”
A gente tá sonhando e só acorda pra sofrer
Um dia um velhinho veio me falar
Que da cabeça vem o pensamento pra revolucionar
E o sistema não cai se você não estudar,
Ler, aprender, se informar, se preparar
Que somos quem somos, não devemos mudar
E seguir sempre em frente, não desistir de lutar
Que a vida é pra viver, sem deixar o tempo passar
As palavras daquele velhinho me fizeram pensar
Meu pai me fez honesto, me fez um homem pra luta
Me mostrou o caminho pra eu nunca parar de sonhar
Minha mãe me fez feliz em todo e qualquer lugar
E a vida me ensinou a cair e levantar
E o velhinho me explicou que a vida é sem noção
Que o sentido é viver sem procurar explicação
Eu sou Guerreiro
Pra mim, a vida é um aprendizado.
A gente expressa o que sentir, sem medo de estar errado.
A vida é um labirinto, ninguém pode fugir.
Somos guerreiros de coração, prontos pra vir.
Seguindo sempre em frente, é difícil a caminhada,
Caindo e levantando, tirando as pedras da estrada.
Eu tenho fé em Deus, e nunca irei Desistir
Sou sonhador e isso tá em mim
A vida é traiçoeira, ela tentou me derrubar.
Levou a minha mãe, eu não quis acreditar.
Foi como uma tempestade que caía sobre mim,
Meus sonhos apagando... e eu nem aí.
Só vontade de sumir, de nunca mais voltar.
Perder quem amamos, não dá pra acreditar.
Saí pelas ruas pra poder refletir,
Pensamentos cheios, sem saber pra onde ir.
Lembrei das palavras que ela me falava:
"Não fique contra Deus, é Ele quem te salva."
A dor foi muito grande, mas eu tive que aceitar.
Deus sabe o que faz, não vou reclamar.
Só tenho a agradecer por estar aqui,
Com as pessoas que amo, que estão perto de mim.
Sou um guerreiro, e não vou parar.
Enquanto o sol brilhar, eu sempre vou lutar.
E recomeço uma nova caminhada,
Acreditando em mim, que esperança nunca acabar,
Eu sou guerreiro, e sempre vou lutar.
Vou seguir o meu caminho, e se eu cair, vou me levantar.
Porque guerreiro não pode desistir,
Luta até o fim, tá pronto pra vir.
Velha embalagem
Embalagens luxuosas fazem do insensato um soberano intocável. Uma cobertura deliciosa e delicada, com data de validade. Consumidor final iludido, disposto a pagar caro pela embalagem desprezando o produto essencial interno. O ritmo do jogo faz parte de uma nova partida entre os bons e os melhores. É na ilusão da embalagem que se perde a essência e o valor da razoável dignidade.
Seu desejo atendido foi mera coincidência passageira da moda , do gosto , da ilusão que agora não passa de uma velha embalagem...
Autor: Gilson de Paula Pires
“Canto à Aurora de Delfos”
( Gilson de Paula Pires)
Nas montanhas sagradas de Delfos ergui-me,
Ao som do sopro do oráculo em brumas,
Ecos de Apolo, com lira em chamas,
Despertam a alma em antigas plumas.
Na pedra o fogo dança em silêncio,
O templo canta verdades ao vento,
As sacerdotisas, de olhos fechados,
Revelam o fado em sutil movimento.
Oh musa Calíope, guia minha voz,
Nos versos que tocam o tempo dos deuses.
Que minha palavra seja como o bronze,
Ecoando firme entre os altos penhascos.
Nascemos do caos, moldados por mitos,
Homens e heróis em lutas eternas,
Mas cada cicatriz é um poema vivo,
Inscrito no peito das almas modernas.
Que Zeus me escute lá do Olimpo,
E Poseidon acalme os mares do ser.
Sou filho do barro, irmão das estrelas,
Mas canto, e por isso, me torno poder.
GILSON DE PAULA PIRES.
“Te Encontrar Foi Meu Milagre”
(GILSON DE PAULA PIRES)
Eu andava tão perdido, coração sem direção
Como chuva no deserto, sem abrigo, sem razão
Mas aí você chegou, como o sol depois da dor
Me ensinando devagar o que é o verdadeiro amor
E eu que nem acreditava mais
Que alguém podia me tocar assim
Te encontrar foi meu milagre, minha paz, meu farol
O silêncio fez sentido quando ouvi tua voz
Agora o mundo gira mais bonito com você aqui
Te amo mais do que pensei que um dia fosse sentir
Nos teus olhos vejo abrigo, vejo casa, vejo céu
Teu sorriso me desarma, tua alma é meu papel
Pra escrever mil poesias que eu nunca consegui
Mas que brotam quando encosto meu amor em ti
E cada passo seu ao lado meu
É promessa que eu quero cumprir
Te encontrar foi meu milagre, minha paz, meu farol
O silêncio fez sentido quando ouvi tua voz
Agora o mundo gira mais bonito com você aqui
Te amo mais do que pensei que um dia fosse sentir
E se um dia o tempo for cruel
Vou lembrar do que a gente escreveu no papel
Amor real, sincero e sem final
Que nem o tempo pode apagar
Te encontrar foi meu milagre, minha luz, meu sinal
A razão de eu ter esperado afinal
E mesmo que o mundo insista em nos dividir
Te amo mais do que pensei que um dia fosse sentir
“Coração Teimoso”
(Gilson de Paula Pires)
Eu jurei que nunca mais ia amar
Depois de tudo que a vida me fez passar
Fechei a porta, escondi a chave
Mas teu sorriso chegou feito tempestade
Você chegou sem pedir licença
Virou meu mundo, bagunçou minha crença
E esse meu jeito duro e desconfiado
Se derreteu só de ficar do teu lado
Coração teimoso, que não quis te ouvir
Agora chora quando cê sorri
Tá batendo forte, tá gritando o teu nome
Diz que é amor, não é mais costume
Coração teimoso, se entregou pra valer
Você virou razão pra eu viver
Agora eu só penso em te fazer feliz
Mesmo depois de tudo que eu já disse que eu não quis
Você virou verso nas minhas canções
Um beijo teu vale mil perdões
E aquele medo que eu tinha do amor
Virou coragem quando a gente se encontrou
Coração teimoso, que não quis te ouvir
Agora chora quando cê sorri
Tá batendo forte, tá gritando o teu nome
Diz que é amor, não é mais costume
Coração teimoso, se entregou pra valer
Você virou razão pra eu viver
Agora eu só penso em te fazer feliz
Mesmo depois de tudo que eu já disse que eu não quis
Quem diria que o amor ia me ganhar
Logo eu que só sabia me afastar
Hoje corro pra te abraçar
Coração teimoso, aprendeu com você
Que amar vale mais que se esconder
E agora eu te juro: não largo tua mão
Você é meu destino, minha direção
No Ritmo do Passacale
Sou natureza
Tua presa
Com planícies e montanhas,
Cerrados, ilhas e lagoas.
Na sedução tu não me ganhas
Eu oferto e tu me doas
Escalas os picos, passeias no vale,
Mapeias no ritmo do passacale.
Descortinas o véu
Exibo meu céu
Nadas em mim
Exalo jasmim
Deitas nas pedras
A seiva medra
Sorves nas fontes
Gritas nos montes
Ecoa num rio de paz
Cavaleiro audaz
És minha presa
Sou tua natureza
Em meio a correria do dia, ainda há que se permitir meditar para a mente e o coração aquietar.
Em meio ao dia de labor,
ainda há que se ter olhos para ver o sol extraordinário nascer ou se pôr.
Em meio as atribulações da vida ainda há que se perceber as lições delas extraídas.
Em meio as alegrias inesperadas ainda há como se revigorar de energias qualificadas.
Faça do seu caminhar
o seu despertar.
Transforme-se no seu trilhar,
sem achar que deva se manter num trilho linear.
Faça do seu trabalho
parte do sentido de sua existência.
Tornando-o ancorado
no servir dedicado.
A passagem na orbe terrestre faz parte da missão à cumprir, que se estende no
por vir.
Trabalha, se instrua e ama com fulgor. A vida é uma viagem para descobridor, que ao iluminar seus recônditos sombrios com sapiência, íntima reforma consegue operar.
E assim, como um Cireneu possa auxiliar os que à ti recorrer no caminhar.
Poesia no ar,
Bem estar.
Poesia no astral,
Leveza sem igual.
Poesia no coração,
Avalanche de intuição.
Poesia no pensar,
Sentimentos revelar.
Poesia na alma,
Serena, calma.
Poesia no sonhar,
Amor desabrochar.
Bem estar,
Poesia no ar.
Leveza sem igual,
Poesia no astral.
Avalanche de intuição,
Poesia no coração.
Sentimentos revelar,
Poesia no pensar.
Serena, calma,
Poesia na alma.
Amor desabrochar,
Poesia no sonhar.
Expande, contrai,
Liberta, aprisiona.
Consciente Onipresença,
Inconsciente presença.
Oh! Viajor, aqui estou
No seu: EU SOU UM com o TODO CRIADOR.
Que fazes de teu livre arbítrio? Em que te comprazes ainda?
Liberta-te dos apegos ilusórios que te cegam para o verdadeiro sentido da vida: o Incondicional e imortal Amor.
Solitário, solidário.
Eis a jornada luminosa e edificante do navegante.
Embarca só e
Desembarca só, em meio ao mar da vida,
Que o convida como tripulante à pilotar o veleiro ao destino certeiro da Luz, não olvidando de ser solidário aos que na nau conduz.
Solitário, solidário.
Eis a jornada luminosa e edificante do navegante.
Sempre será criticado
Mote
Faça você algo ou não
Sempre será criticado.
Voltas
Quando tiver atitude
E a ação for bela e exitosa
Ouvirá crítica rude
Fala ferina e maldosa.
Mas se não tem compromisso
Dirão que é um sujeito omisso.
Então empreenda a ação
Faça o intento desejado.
Porque
Faça algo ou não
Sempre será criticado.
Mire a linha do horizonte
A dica é do Galeano
Planeje meta que aponte
O êxito de seu plano.
Persiga sua utopia
Com trabalho, fé e alegria.
Siga a sua intuição
E efetive o planejado.
Porque
Faça você algo ou não
Sempre será criticado.
Diálogo com Fernando Pessoa.
Mote
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?
Voltas
Pessoa li o teu versar
Da quantidade de sal
Que há nas águas do mar.
Um pouco era natural
Um pouco era lacrimejar.
Era dor, saudade e tal.
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?
Porque é preciso lembrar
Do negro a chorar na nau.
Da viúva em pranto a fitar
Seu homem arrancado do local.
Podemos então concordar
Nesta questão crucial
Que nem todo o sal do mar
São lágrimas de Portugal.
Fernando é preciso falar
Do indígena tropical.
Que muito esteve a prantear
Por ser tratado tão mal.
Então se pode afirmar
De modo justo e imparcial
Muito pouco do sal do mar
São lágrimas de Portugal.
Vamos semear a paz.
Mote
Escuta e tenha ciência
Paz é fruto da cultura.
Glosas
Para semear a paz
Tem que resgatar a ética
Plantar pacífica estética.
Mostrar que o amor é capaz
De expulsar mal que se faz
Base desta conjuntura.
Por o amor na estrutura
Dar a paz plena vigência.
Escuta e tenha ciência
Paz é fruto da cultura.
Cultura é uso, é costume.
Então é possível mudar
A ação, o viver e o olhar.
Fazer do amor nosso lume
A essência e o perfume
Da nova semeadura
Que dará paz em fartura
E à vida preferência.
Escuta e tenha ciência
Paz é fruto da cultura.
Da dura rotina
cai
no abismo dentro de mim
desabrochei
sem esperança sem vida
eu busquei
imaginei
olhei pra dentro de mim
um mundo sem eu
o mundo de deus
sem medo
me deu adeus
a vida é uma realidade que não cabe você, do amor dos seus sonhos, vomitar
e jogado pra fora o que você sempre chamou de meu, sem eu sem nada
me fazer infeliz
então eu cai
então retornei
então me livrei
uma vida que não te convida mais para um simples cafe
Não morres satisfeito.
A vida te viveu
Sem que vivesses nela.
E não te convenceu
Nem deu qualquer motivo
Para haver o ser vivo.
A vida te venceu
Em luta desigual.
Era todo o passado
Presente presidente
Na polpa do futuro
Acuando-te no beco.
Se morres derrotado,
Não morres conformado.
Nem morres informado
Dos termos da sentença
Da tua morte, lida
Antes de redigida.
Deram-te um defensor
Cego surdo estrangeiro
Que ora metia medo
Ora extorquia amor.
Nem sabes se és culpado
De não ter culpa. Sabes
Que morre todo o tempo
No ensaiar errado
Que vai a cada instante
Desensinado a morte
Quanto mais a soletras,
Sem que, nascido, mores
Onde, vivendo, morres.
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