Poema do Jardim de William Shakespeare
Dói, a dor que corta a alma e invade o peito. A dor que contamina todo o meu ser.
Isso tudo me é doloroso. Queria gritar, mas esse pedido de socorro ecoa em mim mesma e ali adormece... Só queria chorar, o choro que há em mim corre por dentro como as águas correm no rio. Queria correr, mas não posso fugir de mim mesma.
Olho para as pessoas, suplicadamente, porém elas não conseguem ver ou fingem não ver, assim como eu também finjo estar bem, não estando.
A quem você está tentando enganar? Aos outros ou a si mesma? A quem você está tentando convencer? Pobre alma, porque ainda vive se for para sofrer tanto?
Pobre e doce alma...
Você sabe em seu interior que não quer e, tampouco deseja o mal a alguém, mas você se maltrata. E por mais que você tente ajudar, dar o melhor de si por quem ama, não há volta ou retorno algum. Onde estão todos a quem você ajudou? Onde estão? Quando você irá curar essa ferida? Quando você vai se tornar a mulher que tanto deseja ser?
São muitas perguntas com respostas óbvias e essas me afogam. Você é covarde! Muito covarde, porque fica a se esconder... Se liberta disso, pobre alma, e sai. Voe.
Por favor. Preciso novamente de você.
Tem gente que é abraço.
Tem gente que é braço que nem laço.
Tem que gente que chega pra somar,
Pra marcar, pra encantar.
Tem gente que nos ensina só amar.
Tem gente que pisa leve no coração da gente,
Abre a porta com cuidado e fala baixinho,
Como se fosse ninar.
Tem gente que mexe com a gente
De uma forma tão bonita,
Que parece que nenhuma outra forma mais há.
Tem gente que é assim, um pedacinho do céu,
Um poema que só de ela chegar, nos faz recitar.
E a gente fica tão feliz com essa gente,
Que mexe tanto na gente,
Que a gente não quer mais largar.
Eu sinto que a vida me zoa.
Ela sempre acha algo para me botar para baixo.
Tenho medo de que ela me destroa.
Sinto-me prisioneiro do diabo, cujo qual seu servo é o carrasco.
Tenho ódio dela às vezes, pois a acho muito injusta.
Os espíritos ruins que vivem dentro de mim são os que a desfruta.
Mesmo assim continuo na luta.
Para que um dia meus anjos os destrua.
Eu vejo o mundo cair.
De onde irei partir?
Eu vejo o mundo girar.
Aonde irei parar?
Eu vejo o mundo ruir.
Para onde irei fugir?
Eu pressinto a morte chegar.
Como irei escapar?
A Flor e Eu
Estou só, na companhia de uma flor,
e posso com fidelidade, sem culpa confessar
que suas pétalas acariciaram meu ser
Enquanto, seu perfume diluía a minha dor.
Sinto que ela pode me ouvir, e sem rancor,
mesmo sendo meiga e inanimada
Contei dos meus lamentos sobre o amor
e os desabafos de minha infância roubada.
Também solitária, caída ao chão
Ali mesmo, compartilhamos os nossos medos.
E só por uma noite ela foi
a guardiã mais sincera dos meus segredos.
Dividimos sem preconceito algum
as marcas que nos foram deixadas
As cicatrizes que o tempo não levou
e a vida renovou com suas garras.
Queria que esta flor rosada,
não sofresse a ação do tempo.
Nem, que perdesse sua forma
ou caísse, ao ser violentada pelo vento.
Assim como ela, eu choro
não por covardia, nem por falsidade,
Choro, por ter tido a alma ferida,
choro também por sentir saudade.
Também tive algumas pétalas arrancadas,
por puro prazer, de quem sente ao nos fazer maldade.
Primavera
A primavera é maravilha muito linda e formosa. Cheia de flores e muitas belas cores : amarelo, rosa e vermelho, com seus incomparáveis e maravilhosos cheiros.
A primavera é muito espera pois traz uma nova estação.Cheia de animais,flores e cores e amor nos corações.
A primavera quando nos trás amor trás também a compaixão,esperança e paz, tudo isso e muito mais, em mais de mil corações. Na primavera muitos bichos há: pássaros a cantar, borboletas a voar, gatos e cachorros a brincar, tudo isso e muito mais em uma só primavera
Ela é como uma chuva de primavera...
Delicada...
Gélida...
Silenciosa...
Melancólica...
Eu sou como uma tempestade de verão...
Efêmero...
Abrupto...
Fúlgido...
Turbulento...
Mas somos chuva...
A mesma essência...
A mesma natureza...
Como almas gêmeas...
Derramando gotas de amor...
Nesta noite escrevi...
Os versos mais tristes...
Escrevi seu nome...
Nas chamas...
Escrevi seu sobrenome...
Nas cinzas...
Escrevi seu número de telefone...
Nos cacos de Vidro...
Escrevi seu endereço...
No nó da corda...
Mas seu "te amo"
Esse escrevi no ponto final.
Poeta Solitário
VIVA
Uma pessoa, um ser
Uma alma que habita em você,
Se não souberes viver
A melhor opção é aprender,
Pois se morreres
Os teus amados, ficaram para traz.
Sem nada,
Sem amor,
Por isto, eu o digo,
Aprenda a viver,
Pois se morrer,
Serás mais um sem vida,
Mais um sem valor...
( Meu primeiro poema ) 02-08-2010
SEXTA FEIRA SEIS
Á essa altura, O sol nasce
Já é hora de ir..
Não há seguranças ?
Desce elevador !
oito menos cinco
Se despedir
Sem infrações
Lembrarei desse nome
Sentir á essência
E sorrir pela memória
Suspiro á minha omissão
Do ser ingênuo
Quem crê nessa trama?
Da mais linda do hotel
A garota das tulipas douradas
Luto é luta
Não viva enlutado em vida, lute.
Não enterre teus sonhos, viva-os.
Não deixe que ninguém diga:
Você não pode. Você não é capaz.
Isso não é para você. Lute.
Viva teus lutos, mas lute.
Viva teus fins, mas recomece
Sempre, mesmo sangrando,
Coloque um band-id nas tuas
Feridas emocionais e vá a luta.
Mesmo se a vida te der uma rasteira,
Se te machucarem, se você cair,
Levante e lute, lute sempre.
Não transforme tua vida em
Um cemitério de sonhos em vida.
Porque dessa vida nada se leva.
O que se vive aqui, aqui fica.
Aqui se eterniza.
A vida é feita por nós;
Nós que amamos;
Nós que choramos;
Nós que rimos;
Nós que criamos;
Nós que destruímos;
Nós que nos atam;
Nós que desatamos;
Nós que nos unem;
Nós, que vivemos
a procura de nós...
Amar é compreender
é se surpreender
é saber viver
é saber sorrir
Amor é ser feliz
é ver as estrelas subir aos céus
é ver o sol ir dormir e a lua subir
isso é amar...
GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA
Essa nação que só tem coração
Não têm olhos nem têm ouvidos
Mal se compadecem pelo seu cidadão
Sofrendo e chorando morrendo aos gritos
Ouve-se, então, um pedido de socorro
Lapidado no tom de uma voz pueril
Do fundo da garganta de um corpo febril
Mas ninguém pára, ninguém quer, ninguém vem ajudar,
estão todos ocupados pra se preocupar
E de pouco em pouco morrem os nossos cidadãos
Manchados de sangue sem justiça nas mãos
Homens que traçam seu próprio destino
Com tempo e suor verdadeiros artesãos
Infelizmente permanecem reclusos
Escondidos nas sombras de seus desvãos
Queria eu poder sonhar com a revolta do pião
A quebra do tabuleiro e o fim da disputa
Nem branco nem preto, nem cutia nem gavião
Nem rico nem pobre, nem cético nem cristão
Apenas pessoas, frutos do mesmo embrião
Mas com esse jeitinho brasileiro
Que é quente no frio e frio no verão
Tanto pode ser ruim como também pode ser bão
Que ajuda seu josé mas prejudica seu João
Que esconde os erros embaixo do colchão
Esse jeitinho brasileiro
Que temo que seja nossa problema
mas também nossa solução
Nada hai de mudar por ele senão
Até lá, vejo fome surgir e corrupção se espichar
O povo que come milho se debulhar
Que engole verdade sem questionar
Que ve os estragos sem se assanhar
De nada adianta “Deixa pra lá”
Afinal, se não for futebol, samba e novela
Nem é brasil, só mais uma remela
Pois eu lhe digo: tenha muita cautela
Limpe seu olho e acenda essa vela
Cuidado pra não ser pego pela própria rela
Pássaro de asa cortada é prisioneiro de sua própria cela
Aquele que se conforma é barco sem manivela
Vive pra ser guiado sem direito a sua tutela.
Suzano está em toda parte
Mais uma escola derrubada
O ódio entra pela frente sem pedir licença,
Mais um caso, fatos fortes banal
Um verdadeiro free fire da vida real.
Só pra deixar bem claro a culpa não é do jogo,
É da vida que é o inferno pegando fogo!
Chamas como na cheche em Janaúba,
Inferno embaixo da terra coisa nenhuma!
Como é querer orar se você não tem fé?
Estado é laico mas anda em marcha ré
Sei que vai ter hashitags pra confortar a dor
Mas não importa mais nada:
A dor já é uma mãe perdida na estrada
O importante é o verde amarelo eles dizem,
Vestir a camisa da seleção
A revolução já está vindo armada!
De frente, da direita, da esquesta, pelas costas
Ninguém está seguro,
Nem mesmo quem fica em cima do muro.
Mas quem disse que precisa armas?
É só não haver amor:
A Isabella não tinha asas
Quando da janela o próprio pai a jogou.
Bernardo também tava lá
Perdido, enterrado no meio do mato,
Crimes que a justiça se arrasta...
Mas um caso de pai e madrasta
Von richthofen quem nunca ouviu falar?
A Susane filha dos pais que mandou matar
E o Amarildo ninguém mais vai achar?
Deve ter mulher ainda esperando por notícia
Pelo menos um corpo pra enterrar.
Maldita hora que até isso vira alívio
Como muitos perdidos na lama de Brumadinho
Inferno é na terra eu li num bilhetinho.
Agora finalmente acreditei:
Acreditei quando vi um rapaz morto esguelado
Gerar menos mídia que o caso de um cachorro
Acreditei que nós erramos,
A carne mais barata não é a carne preta
E a do ser humano!
não era esta a independência que eu sonhava
não era esta a república que eu sonhava
não era este o socialismo que eu sonhava
não era este o apocalipse que eu sonhava
partido: o que partiu
rumo ao futuro
mas no caminho esqueceu
a razão da partida
(só perdemos
a viagem camaradas
não a estrada
nem a vida)
Quando Cabral o descobriu,
será que o Brasil sentiu frio?
Diz a História que os índios comeram o bispo Sardinha.
Mas como foi que eles conseguiram abrir a latinha?
Qual o mais velho, diga num segundo:
D. Pedro I ou D. Pedro II?
De que cor era mesmo (eu nunca decoro)
o cavalo branco do Marechal Deodoro?
TECER O SONHO
Desliza
a bailarina
ao som
daquela
melodia...
Tecendo
seu maior
sonho:
voar,
de pés
no chão!
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