Poema do Filme em seu lugar
Alguns de nós não têm o “felizes pra sempre” que queria. Talvez não seja esse tipo de reino. Ou talvez não seja o fim da história.
Às vezes, quando eu perco a minha cabeça, eu acho que isso sou eu tentando me dizer alguma coisa que eu não tô pronto pra ouvir.
Podia existir uma droga do autoperdão. Você toma e tudo se refaz. Você agiu certo com todos a quem amava, deu valor a todos eles e sente que tem a vida toda pela frente. Esta vida linda e todos os prazeres dela. O amor que eu poderia dar, o bem que eu poderia fazer. Só que essa droga não existe. Nós mesmos temos que nos perdoar.
Ele é muito bom em me apoiar e lidar com todas as minhas coisas. Ele poderia ter ido embora. A maioria das pessoas iria nessa posição.
Cansei de aceitar os limites que alguém estabeleceu. Há coisas que não posso mudar, mas se eu não tentar, nunca vou saber.
Uma vez por semana, talvez, eu acordo paralisado, revivendo aquela noite. Mas, antes de o sol se pôr, acho que foi o melhor dia da minha vida.
Eu estava morrendo e me sinto mais vivo do que nunca. Mais forte e mais rápido. Com habilidade de usar ecolocalização. E uma ânsia avassaladora de beber sangue.
– Até que ponto podemos ir para consertar o que está quebrado?
– Até o remédio ser pior que a doença.
– Sergio de Mello, o Sr. Resolve do mundo. O funcionário mais poderoso da história da ONU.
– Agora a questão é o que fazer com todo esse poder.
Mesmo agora, o que aconteceu naquele dia não pareceu real. Parece um sonho e ainda assim, não. Naquele dia, quando saí pela porta, de repente eu soube onde eu precisava ir.
Esse é o pré-vida. É aqui que novas almas adquirem suas personalidades, peculiaridades e interesses antes de irem pra Terra.
Hum, que estranho... 150 mil almas vão para o além todo o dia. E não há uma que eu não conte. A conta falhou.
Homens, damos tudo para vocês. Tudo. Viramos a vida de cabeça para baixo, do avesso. (...) Por quê? Por que vocês não nos amam?
