Poema Desejos de Elias Jose
Plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Três coisas que cada pessoa deve fazer durante sua vida.
Poema Intencional
Há em cada substância a sua negativa
e a possibilidade de processo.
Processo inexorável a ir ao fim
meta a ser de pão e flores:
A rosa será uma outra rosa
e nós já não seremos
vejo nos olhos tristes
um filho possível
vejo na árvore antiga do parque,
uma cadeira, uma muleta, mas sobretudo um aríete
descubro na boca angustiada
o hino pronto e pesado:
é inevitável o acontecimento
mas procuro ser um elemento,
Carrego em mim a utilidade
sei que posso dar existência
e na minha total renúncia
utilizo-me para um bem maior:
tenho que colher a rosa
e transformá-la
tenho que possuir Maria
e dar-lhe um filho
tenho que transformar a árvore do parque
em cadeira, em muleta mas, sobretudo em aríete.
Poema triste.
Quando escrevo um poema triste,
às vezes sinto, outras eu minto.
Mas, a ferida sempre existe.
quase que uma sombra no instinto.
A tristeza, não sei explicar.
Quando sinto, às vezes requinto.
Assim consigo simular,
a alegria, que às vezes minto.
Quando o espelho me mostra triste,
raramente eu olho e desminto.
Minha alma sabe, mas resiste,
o que sinto, e ao mundo minto.
Poema sincero
Sou um paradoxo ambulante
Um mentiroso constante
Manipulador atuante
E um sedutor arrogante
Sou um calculista oportuno
Um cretino astuto
Perfeito dramaturgo
E sofro em meus fictícios mundos
Busco eliminar esse vício
Me libertar de tudo isso
Deixar de ser submisso
Desse eterno descompromisso.
Slá, só mais um café.
Eduardo e Mônica
Esse poema, dedico a paixão que me consome
Ao medo que me domina
E ao amor que me afronta
Pois hoje, entendo o Eduardo
E também procuro a minha Mônica.
Slá, só mais um café.
O poder do poema
Um poema pode surgir silente, insolente, trôpego, carente, somente semente
Como o canto que só no recolhimento se ouve, ao toque seguro e forte
Que só o alabê mais velho sabe
Ou o eco que da voz da mulher de Aleduma ecoa
Ou o encanto da manhã mais terna
Quando o sol banha manso e surpreso as areias de uma praia distante, bem distante...
Um poema quando quer surge de onde quer
Veste a fatiota de um baile antigo, ou o abadá do bloco de reggae
E sem perigo segue
Sem amarras, pois cordas não lhe servem para as danças das yaôs vestais e marés
Somente meneios doces e vindos dos pés
Um poema consome o tempo da espera e pode durar um minuto, um século ou uma era
Pode despir-se do sorriso desta tarde e inaugurar outro silêncio na aurora
Pode ainda ser cúmplice de um festim posto a contragosto
Dos miseráveis vestidos todos de ternos e gravatas contando bravatas ao oco do mundo
Um poema vai fundo, pode estar imundo, mas dando respostas aos insurretos, ou a outros que se rotulam ou se julgam donos dos becos,vielas e guetos
Um poema pode e deve ser a resposta de quem gosta ou não gosta do que diz alguém
Um só poema vale mais que cem, pretexto para cena é tema
Desarticula o inusitado do verso curso diverso, afluente da estrofe, desabafo, dilema
Ou erro confesso, não sabe o próprio endereço, para desaguar conjunto,
Verbo, promessa e apreço no oceano pretenso do completo sentimento
Que possuo e mereço.
Nesta noite calma quero te escrever
E declarar meus pensamentos
Através de um simples poema.
Quero te lembrar dos nossos sonhos
Nossos maiores desejos
E te falar dos meus planos.
Quero te contar ao ouvido
Meus maiores medos,
Minhas mais tristes contradições.
Quero te acordar depois
Com um beijo, um abraço, um prazer.
Só espero que não minta
Quando for me responder;
Será que agente sabe
O que agente realmente quer?
Ou será que queremos apenas
Um copo de bebida, um poema qualquer?
Nessa noite peguei o violão
Junto com algumas ideias surreais
Misturando tudo em um copo
Bebi calmamente, e tudo suou calmo demais.
Lembrei-me dos nossos planos de mudar o mundo
E vi que ate agora nada fizemos de verdade.
E que os deuses me perdoem
Por toda minha falta de fé,
E que a chuva que se aproxima
Lave minha alma esta noite,
Leve pelo ralo tudo que não importa
Só deixe aquilo que mais me faz bem: Você.
Ogiva Branca
Quando um poema
feito um míssil
para explodir nos corações
dos homens...
...um poema pela paz
universal
que tenha a força de uma ogiva
desfazendo-se em versos
sobre o obelisco de Washington,
sobre as praças de moscou...
buscarei os espíritos
gravídos de poesias:
Garcia Lorca! Cecília! Bandeira!
Pudesse em meu poema
colocar a embriaguez do verde,
o ritmo de todas as canções,
a luz da estrela da manhã...
quero um poema tão forte
como se a pomba de Picasso
desarmasse a bomba!
A paz! A paz!
Uma ogiva branca
derrubando os muros de Berlim,
levantando Beirute das ruínas,
desamarrando os corações do Oriente,
diluindo sob o mesmo céu azul
nas coreas do ódio
na Africa do Sul!
A paz chegando numa canção
que adormeça os corações das mães
enlouquecidas de saudade,
que transforme em sonhos coloridos
as memórias de terror
dos torturados...
...e chegue docemente ao coração
da humanidade,
como se John Lennon cantasse ainda
e Gandhi nos mandasse a sua voz
dos confins da eternidade!
Continuarei buscando este poema
e haverá de brotar poesia
como relva nova
acendendo esperança
em milhares de canções...
... e assim cantarão meus filhos
e os filhos dos filhos
dos meus filhos
e até onde a semente dos meus versos
atingir as gerações!
Poema triste.
Quando escrevo um poema triste,
às vezes sinto, outras eu minto.
Mas, a ferida sempre existe.
quase que uma sombra no instinto.
A tristeza, não sei explicar.
Quando sinto, às vezes requinto.
Assim consigo simular,
a alegria, que às vezes minto.
Quando o espelho me mostra triste,
raramente eu olho e desminto.
Minha alma sabe, mas resiste,
o que sinto, e ao mundo minto.
José Luiz da Luz
"SERRA DO MAR DO PARANÁ"
Um poema à Serra do Mar
Não olho desta vez meu jardim querido
Vejo a Serra do mar,d’uma cor intensa ametista
Vejo os trilhos do trem serpenteando
e toda a beleza do abismo ao lado
Olho a cena de beleza rara e brutal
Embaraça-me a vista!
E vejo lá,tão distante,na imensa luz,
um pássaro de vôo parado
vejo a serra pelos olhos do luar.
E o enigmático artista
Me mostra um futuro,Num instante
O quadro desolado,melancólico.
D’um futuro,muito,muito próximo a chegar
Vejo,olho o cenário...O anjo evangelista.
Não muito tempo depois retorna o misterioso artista
Que admiro primeiro,sua ousadia
Falando-me com uma voz melancólica
Alertando-me das doenças,da fome e sede,
Sede de vingança,
das guerras por terras
de doenças das crenças sem crenças
Admiro também esse majestoso artista
d’um passado não distante.
estou sombria a orar
nas horas do sol se por terra abaixo
A sim,o Todo Poderoso,e a mais de todas a pura perfeição
É um Artista verdadeiro
E vejo lá,tão distante,na imensa luz,
Ainda um pássaro de voo parado.
rimamisterio olhar talhadosaudadeduvidasPOEMA DE AMOR
Falar de amor é poesia
Um verso talhado
num olhar perdido.
O sonho se perde
Nessa paixão que dói
Uma rima desconhecida.
Dizer o amor num poema
Esse mistério da vida
Não há duvidas no olhar.
Uma lágrima que corre
Entre a saudade e o beijo
Abraça com força a vida.
Esse é o jogo do amor
Um vento que não se prende
Sente-se por toda parte.
Essa é a única verdade
Não se vive sem amor
Mesmo desconhecido.
A importância da leitura!
Através deste poema
Eu quero lhe contar
A importância da leitura
Que devemos praticar.
A leitura é importante
E devemos aprender
Para garantir nosso futuro
E quem queremos ser.
Tem uma coisa
Que eu tenho que lhe dizer
Que a leitura é uma riqueza
Na vida de um ser.
Ao terminar esse poema
Eu quero lhe dizer
Leia, mas leia muito.
Que você não vai se arrepender.
Vida Poema Vida
Boa vida daqui leva
Quem não for honesto
E dela tudo eleva
E em nada será modesto.
É o prazer de assim viver,
Sem ter consideração
E nela então sobreviver
Como dela seja comparação.
Não a desprezes enquanto a tens
A leva com toda a verdade
Porque já não somos jovens
E precisamos de seriedade.
O tempo vai passando
E eu pensava que te perdia
E me ia arrasando
Até que entendi que era cobardia.
O destino o fazemos
E dele tudo consentimos
Nele de tudo dizemos
E dele tudo o permitimos.
Podemos nos arrepender
Mas já foi feito
E só sabemos é perder
Porque isso é perfeito.
Não lamentes o que perdeste
Porque não seria para ti
E então o concedeste
Porque eu já o vi.
José Capitão Vieira
2/10/2021
POEMA À MORTE
Estava nascendo
Podia sentir a sua respiração!
Não sabia ainda se seria um poema alegre
Ou triste,
Mas já percebia que seria intenso
Faltava pouco, muito pouco
Apenas algumas palavras
Encontrar a rima ou o ritmo final
E dar alguns retoques
Ah desgraça sem graça!
Musas implicantes,
Senhoras da pirraça!
Quase nascendo,
O poema não encontrou a rima
Quebrou o pé de maneira infame
Antes de dar o primeiro passo
Olhou-me, triste,
Entre envergonhado,
E lamentoso
E foi puxado para o inferno
Das obras não realizadas
Enterrei-o de maneira singela,
Com honra
mas sem grandes funerais ...
E chorei pela sua alma
Durante toda uma semana
Às vezes, mesmo hoje,
Tão longe no espaço-tempo,
Posso ainda vê-lo à morte
Com a respiração ofegante
Diminuindo pouco a pouco
Coberto com o manto negro
Das palavras que apenas mancham papéis
Sem frequentar a boca das pessoas,
Ali está ele - entre as frias paredes da memória
soltando seu último suspiro
[publicado na Revista da Academia Lagartense de Letras, vol.1, nº7, 2021]
Neste singelo poema,
Expresso meu sentimento verdadeiro,
Um amor que cresce, que é puro e inteiro.
És a musa inspiradora, a razão do meu viver,
Amo você, para sempre e além do anoitecer.
PRECE
O que era pra ser um poema,
acabou virando uma prece:– Oh Deus, humildemente, vos peço:
Não permitais nunca que eu perca
a humanidade.
Último poema
Ao respirar tua última palavra
Lembranças de toda uma vida
Murmurarás
Verás passar em tua frente
Tudo que passastes
Mas na impotência, que é teu presente,
Simplesmente sentirás a agonia, e as incertezas;
O dilema vida e morte
Quem fica o fazer?
Quem parte, como será?
Não existe tal resposta, suspire teu último poema, e transcreva o teu respiro....O teu último falar.
020125
Poema à Inteligência
Intrigas da mente, fulgor do saber,
Nadando em mares de informações,
Tecendo redes de conexões,
Explorando o universo do saber.
Lógica e razão, guias da jornada,
Investigando o enigma da existência,
Gerando ideias, abrindo a mente,
Ência da sabedoria e da transcendência.
Nossa mente, um cosmos em miniatura,
Capacidade infinita de aprender,
Imagens e sons, um caleidoscópio,
Abrindo portas para o desconhecido.
INTELIGÊNCIA de cima pra baixo a casa inicial.
Mas a inteligência é mais que mero saber,
É a capacidade de compreender e agir,
De usar o conhecimento para o bem,
De transformar o mundo e torná-lo melhor.
Que a inteligência nos ilumine o caminho,
E nos guie em busca da verdade,
Para construir um futuro melhor,
Para todos os seres da humanidade.
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