Poema dentro e Fora

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SOB O SIGNO DA INQUIETAÇÃO

O susto em nós foi avançar
muito para dentro do proibido.
Muito para perto de uma zona perigosa
A boca da noite... o desconhecido...
Vagos caminhos de uma via nebulosa.
Vários conceitos para falar da mesma coisa
O susto em nós foi descobrir porteirasde territórios nunca antes percorridos
No fundo de todos nós um visitante
No fundo, a falta de sentido...

Visitantes de nós mesmos cometíamos
a imprudência de quase enlouquecer
Para chegar à compreensão.
E uma coisa afiada nos conduzia
através da trilha da poesia
e do difícil trajeto da paixão...

Olhe dentro dos meus olhos
Você vai ver o que você significa para mim.
Procure em seu coração,
procure em sua alma
e quando você me encontrar,
não vai procurar mais nada.

Bryan Adams

Nota: [Everything I Do - I Do it For You ]

E o que estava longe está aqui, dentro e tão perto, de um jeito tão certo que só cabe mesmo em mim beijo e abraço.
No tempo que passa lento e a jato
No gesto que toca a gente na alma, no modo, dos jeitos mais diferentes é
É que somos iguais

A verdade, o que
realmente importa
mora dentro de mim,
longe do binóculo
alheio. O resto é
cena, ego, poeira.

Às vezes eu olho pra dentro de mim, e percebo que é tudo tão solitário, memórias contidas, sentimentos ilhados, dores ocultas, emoções que transbordam, porém impedidas de atingir o ponto nômade da loucura.
O meu coração é gelado, intangível, minha pele, qualquer toque e meus olhos choram lágrimas secas que queimam minha face.
Às vezes eu olho pra dentro de mim e sinto pena do que me tornei, eu não me reconheço diante de tanta confusão, ora ri, ora chora e perco-me novamente, entre o certo, o errado, o que de fato é bom e o que não é.
Essa bagunça aqui dentro está me deixando louca, eu só queria assumir o controle, finalmente pôr a casa em ordem, mas não sou forte o suficiente para encarar a mim mesma.

Dentro...

Eu sinto o arder;
Eu sinto o mover;
Eu sinto o quente;
Eu sinto a conexão da gente...
Ouça! Houve junção, é um corpo somente que arde, move, esquenta e vive, é eterno até que chegue a explosão revolucionando dois em um só então.
Agora não somos dois. Dentro há uma infinita união.

Não sei sentir, não sei ser humano,
Não sei conviver de dentro da alma triste, com os homens,
Meus irmãos na terra.
Não sei ser útil, mesmo sentindo ser prático, cotidiano, nítido.
Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo.
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco, não sei qual, e eu sofri.
Eu vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos.
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda gente.
Mas para toda gente isso foi normal e instintivo.
Para mim sempre foi a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto demais ou de menos.
Seja como for a vida, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cotar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar pulos, de ficar no chão,
De sair para fora de todas as casas, de todas as lógicas, de todas as sacadas
E ir ser selvagem entre árvores e esquecimentos.

Pudera eu lhes contar
sobre tudo o que queima
dentro de mim,
das sensações
que me estilhaçam
os nervos
e que não devem
de maneira
alguma
se tornar um poema,
porque seria demais,
seria demais para
todos nós.

Felicidade

Tão cedo que ainda é quase noite lá fora.
Estou perto da janela com o café
e tudo aquilo que sempre a essa hora
nos passa pela mente.

Quando vejo o garoto e seu amigo
subindo a rua
para entregar o jornal.

Eles usam bonés e agasalhos,
e um deles traz uma mochila nas costas.
Estão tão felizes
que nem sequer conversam, os garotos.

Acho que, se pudessem, estariam até
de braços dados.
É de manhã bem cedo
e os dois caminham lado a lado.

Lentamente, eles vêm vindo.
O céu começa a clarear,
embora a lua ainda paire sobre a água.

Tanta beleza que por um instante
a morte e a ambição, mesmo o amor,
não se intrometem nisso.

Felicidade. Ela vem
inesperadamente. E vai além, na verdade,
de qualquer discurso sonolento.

Poeta fingidor

O amor pra mim
Sempre fora uma coisa dolorosa
Complicada e incompleta
Nunca coube em uma prosa
Faz de mim um poeta

Um poeta fingidor
Chega fingir tão bem
Que esconde qualquer dor
Por isso que vai vagando
Sempre em busca do amor

Quando um dia, meu povo
Ele no ar, foi pairando
Encontrou ele, uma flor
E quando encontrou
Não teve pra onde fugir
Findou toda essa dor

⁠meu bem
você me faz tão bem
mesmo quando tudo não vai bem
mesmo quando o mundo lá fora
não está bem

tua voz
tua paz
toda esta calmaria que tu me traz
habita em meu peito sem medo
e faz tudo tão fugaz

e de longe esta energia revigora
pode tornar num garoto um rapaz

minha diferença é tua presença
faz-me querer sempre mais e mais
e cada dia acreditar que gostar de ti
um bem danado me faz

Choro!

Sem ninguém perceber
Pois é choro da alma
Que ninguém pode ver

Choro!

Por não estar com você
Por sofro por ti
Sem ninguém perceber

Choro!

Não por você
Mas por aquilo que sinto
Sem você perceber

Choro!

Não por causa de dor
Mas choro por algo
Que alguns chamam de amor...

Simplesmente Sertão...

Ser tão belo,
Ser tão maravilhoso,
Ser tão grande,
Ser tão gostoso.

Ser tão meu,
Ser tão seu,
Ser tão dela,
Ser tão fera.

Ser tão cruel,
Ser tão distante,
Ser tão gigante.

Ser tão calado,
Ser tão apaixonado,
Ser tão... Simplesmente sertão!

Palavras de um Suicida

Transtorno!!!
Agonia!!!
Quem é você?
Necessidade...
Caridade...
Humanidade...
Amor?
Porque estou sem dor?
Dói tudo, mas não sinto nada.

Oh!!! Obsessão, ilusão, compulsão.
Louco, eu? Não.
Apenas nesse momento.
Aflição, relação, paixão, desilusão.

Quem sou eu?
Zeus? Deus? Ou apenas mais um EU?
Tristeza, moleza, fraqueza.
Vem me amar...
Mar, bar, jantar, amar.
O que será de mim?
Fim, afim, Nada pra mim?

Fecho os olhos não sinto nada.

Será que isto é,
Sorte ou Morte?

Existem quatro perguntas que você deve fazer para descobrir o significado da vida.

1° O que é espirito
2° Do que o espirito é feito
3° Por que nascemos
4° Por que morremos.

E todas as respostas se resumem numa só

"Amor"

Soneto do amor platônico

Foi na tua ausência que senti
Onde existia você, ficou a dor
Razão pela qual “Je suis ici”
A cumprir mecanicamente meu papel de ator

Tentando não ser apenas um número
Entre tantos moribundos, reconheço meu vazio
Meu amor, desatento, na madrugada de frio
Eu não sei em que rua entro

Rondo, ando, paro e fico
Ganho tempo, mas nada muda
Ouço o vento de melancolia, me ajuda?

Lugar nenhum é seguro com sua ida
Poucos são os espaços para o amor
Entre tantos desejos, a sua volta é a mais querida

Olho por uma janela o mundo la fora, na escuridão da noite me apaixono pelo brilho das luzes distantes, um mundo que eu quero descobrir! Uma paixão pela qual eu quero me apaixonar todos os dias mais e mais. Carrego comigo medos e sonhos, momentos bons e ruins, motivos pelos quais chorar e outros sorrir, mas espere, sinto o vento bater em meu rosto, ouço o barulho das arvores da rua, sinto meu corpo quente e há uma expressão em meu rosto que definiria como "neutra", por meu amigo; hoje não é possível ver estrelas la fora, mas vejo teu brilho além da escuridão.
Me chamam de louca por falar sozinha, melhor ser louca do que fria... Dou risada sozinha, crio cenas em minha cabeça, escrevo sonhos em meus poemas, danço como se estivesse acompanhada e o pior... acredito na humanidade e na inocência das pessoas, é, talvez eu seja louca, mas pelo menos sou uma louca consciente.
Levo comigo pesadelos do passado, sonhos do futuro e a realidade do presente, não tão ruim, apenas prisioneira, algo pelo qual eu lutaria seria a liberdade de expressão, devemos ser e fazer o quisermos e gostarmos.
Venha, sente-se ao meu lado, segure minha mão quente e sinta o vento frio vindo de encontro aos nossos rostos e juntos escreveremos um poema sobre o quão linda está a noite...

Espelho, espelho meu...
dizei-me se há alguém
mais, atrapalhada
mais confusa,
mais entusiasmada,
mais preguiçosa,
mais esquisita,
mais animada,
mais perdida,
e mais apaixonada
do que eu?

Mulher Ideal

"Tudo começa com os olhos. Ela tem que ter olhos que vejam mais do que meras futilidades, e enxerguem o bem nas pessoas. 20% anjo, 80% demônio. Com os pés no chão. E que não tenha medo, de sujar as mãos trabalhando."
Vin Diesel
(Dom Toretto - Em Velozes e Furiosos 4)

Não tenho, nem nunca tive a intenção de chocar, o que não consigo é abdicar de dizer o que penso, mesmo que por vezes não sejam as coisas mais agradáveis, ou de deixar de lado as minhas dissertações escritas porque não sei viver sem elas.
Acho piada quando ouço dizer que não compreendem, ou até mesmo que acabo por ser excluída de um determinado circulo, precisamente por dizer o que penso, ou por rabiscar por aqui historias e experiências de vida.
E é por isso que hoje tenho a necessidade de fazer uma pequena correcção.
Não são as minhas palavras ou os meus riscos e rabiscos que fazem com que me excluam, sou eu que me auto-excluo de determinado círculo, porque na verdade prefiro rodear-me de pessoas que tenham a capacidade de domar a sua autonomia, e conquista-la sem que para isso seja necessário aparentar ser uma pessoa que não se é.