Poema de Tristeza
Vida de poeta é um barato
Sentimos tudo em dobro
Um dia é sobre amor e alegria
No outro é de cara no asfalto
No derradeiro ato desta peça de amor dilacerado, sinto-me compelido a carregar o fardo de uma culpa que jamais foi minha, enquanto sou forçado a representar o papel do cruel nesta tragédia que nos consome.
Dançarei com as palavras que você não quer ouvir, lançando-as ao vento, pois sei que meus lamentos jamais alcançarão o abismo do seu coração partido, que insiste em culpar-me por males que não semeei e se iludir com a ideia de que me esquecer algum dia te trará a paz.
Você trouxe consigo as sombras do passado, e suas feridas, ainda abertas, encontraram em mim um leito para sangrar.
Culpe-me, e depois esconda-se atrás da máscara do orgulho, convencendo-se de que este foi o destino ideal, enquanto sufoca o amor que ainda teimo em oferecer.
Seguiremos ambos por caminhos destintos, até que chegue a velhice e a névoa da morte desçam sobre nós. Seremos levados pelo tempo, e o seu ego será dissipado pela brisa do esquecimento.
Não restará sequer uma sombra do que um dia foi o nosso amor.
Mas para onde irá o seu orgulho quando seus olhos se fecharem pela última vez?
Abismo
Sinto um vazio
Como se estivesse faltando algo
Como se estivesse presa em um abismo
Cercada por espinhos de aço
Como se eu quisesse mergulhar em lágrimas
Mas meu interior está em seca
Como uma cabana fria na nevasca
Mas sem lenha na Lareira
Uma vontade de gritar
Mas tudo que sai são risadas
Vontade de dasabafar
Mas também não quero preocupar as pessoas amadas
Nada que falo ou faço faz sentido
As cores embaralhadas
Uma arte abstrata
Por que teimo em esconder meu eu nesse abismo?
Cada um com seus pensamentos
Cada um com suas conquistas
Cada um com seus momentos
Cada um com suas perspectivas
Eu tô cansado e farto de ser um fantoche
Eu tô cansado e farto de ser um refém
Meus momentos se tornam piores
Com coisas que se perpetuem
Eu sou o que eu sou
Não vou mudar o que é singelo
E pra pessoa que caminha ao meu lado
Peço perdão por colocá-la nesse inferno...
O Mundo gira devagar,
A morte vem a passear,
Contamos mentiras um pro outro,
Vejo você brilhando como ouro,
A verdade é que eu desistir,
Faz falta você não estar aqui,
Desculpa não me despedir,
Mas já está na hora de partir.
CARNAVAL
.
Alegria de folião
Se acaba na quarta-feira
Com muita desilusão
Tédio, ressaca e liseira
Não falo da classe nobre
Me refiro à classe pobre
Vivendo sem eira nem beira
Hoje no meio do caminho eu cheguei em casa.
Eu abri a porta meio aberta.
Limpei um dos meus pés no tapete.
Tomei meia xícara de café.
Fumei a metade de um cigarro.
Sentado no meu sofá eu li a metade de uma notícia.
Tive uma meia conversa com o meu parceiro antes que eu visse ele fechar a metade da porta e ir para o serviço.
A minha vida está cheia de meias coisas.
Ao longo dela eu perdi metade da minha pessoa
Por sujeitos que me deram meias certezas
Mas nunca me deram um de seus ombros para consolar as minhas tristezas.
Carrego em mim toda vida do mundo
Meu coração bate
Minhas pernas funcionam
E meus pulmões me alimentam
Então por que me sinto morta?
Carrego em mim toda vida do mundo
Meus reflexos são ágeis
Meus sentidos certeiros
E minha visão é clara
Então por que me sinto tonta?
Carrego em mim toda vida do mundo
Vejo beleza no podre
Vejo vida na morte
E perfeição na assimetria
Então por que me sinto feia?
Carrego em mim toda vida do mundo
Destruí muitas barreiras
Carreguei muitas pessoas
E construí muitas moradas
Então por que me sinto fraca?
Carrego em mim toda vida do mundo
Meu corpo me sustenta
Minha mente discerne
E meu espírito me guia
Se separadamente sou constituída de virtudes
Por que o todo parece tão disfuncional?
Sempre soube que esse dia iria chegar.
E bem e já faz um tempo, que meu corpo vem dando sinais, vem tempo que meu psicológico vem avisando que meu limite estava sendo ultrapassado.
Já vem tempo que veio me abrindo, e pedindo ajuda, já vem tempo to avisando meu tempo ta chegando.
E parece que ele chegou, eu não estava vivendo e aim sobrevivendo, eu estava do seu lado te pedindo ajuda e você simplesmente me ignorando, não só isso mas estava acontecendo algo bem pior.
Você estava mesmo me matando, eu me fazia de cega, de surda pra não enxerga, oque realmente estava acontecendo.
Eu fui aguentando muita coisa, e coisas além do meu limite, e olha só há que ponto cheguei, eu achei de verdade que seria diferente com você.
Por isso me entreguei, me doei, me abrir por completar pra você, pra no final você me despedaça por completa.
Decepção é o preço que se paga por se elevar as expectativas em relação as pessoas.
Ninguém é obrigado a nada, você não pode esperar que as pessoas se guiem por uma régua que pertence só a você.
No final, o que resta é você consigo mesmo, e o apreendizado, pra quem não é masoquista.
Então !!!!
((F...-..) palavrão)
É pra viver.
É pra falar.
É pra amar.
É pra curtir.
É pra ter.
É pra compartilhar.
É pra durar.
((F...-..) palavrão)
É pra se arrepender
Então !!!!
((F...-..) palavrão).
O CHORO QUE NADA SENTE....
Sou estranho ao mundo, e aos que me veem. Em caminhos tortuosos que só eu entendo, a dor será provisória. Não quero remeter ninguém ao sofrimento de ter vindo ao mundo pelo choro...
A verdade é que, o choro é reconfortante, sempre faço-o escondido, como se tivesse roubando algo que sempre me pertenceu. O tempo passa e mais mantenho-me sozinho, por mais que centenas estejam ao meu lado...
--- Risomar Silva ---
Meu amor morreu
Ele ainda tinha um corpo, um coração, todos seus órgãos ainda funcionavam, seu corpo ainda era quente
Mas…..
Não para mim
seus olhos não me olhavam com amor
Seus lábios não ansiavam os meus
Seus toques não tinham calma e nem amor.
Ali declaro a morte do meu amor
Meu amor que prometeu nunca me deixar
O mesmo amor que disse que eu era a mais linda para ele.
Um amor que disse que nunca desistiria
Que jamais me trairia
Foi o mesmo amor que me apunhalou pelas costas enquanto me dava um beijo suave de despedida.
O que aconteceu com o meu amor?
Não o reconheço
Nem ao menos sei se um dia o conheci.
CHORO
Cachoeira salgada
Delicado declínio
Se forma pingada
Me afoga em fascínio.
Cada alma que escorre
Na saliência do rosto
Num lenço se morre
Cada uma a seu gosto.
São almas que saem
É corpo que fica
Na mente que moro.
Lágrimas caem
Lembrança é rica
E por isso choro.
Ingratidão: A Era do Vazio
Vivemos em tempos marcados pela ingratidão, onde as pessoas parecem cronicamente insatisfeitas consigo mesmas.
É uma era estranha, na qual se luta incansavelmente para conquistar algo, apenas para, ao alcançar, sentir um vazio imediato, como se o esforço não tivesse valor.
É o ciclo do “consegui… e agora?”, onde o objetivo ou pessoa se torna rapidamente irrelevante.
Estamos cercados por pessoas que não sabem o que realmente querem, e, quando finalmente conseguem, falham em reconhecer o peso e o valor de suas próprias conquistas.
Falta reflexão, falta apreciação, falta conexão com o que foi alcançado.
Que triste constatação: viver como se nada fosse suficiente, como se cada vitória fosse um fardo, e não uma celebração.
Que vazio é não valorizar os frutos do próprio esforço. Que derrota é conquistar e não reconhecer a grandeza do feito.
É um convite à vergonha, mas, acima de tudo, à mudança.
Que possamos aprender a valorizar o que temos e a ser gratos por quem nos tornamos ao longo do caminho.
Gratidão não é só virtude; é a base de uma vida mais plena.
No mais baixo abismo estarei olhando para o buraco,
Sim, para o buraco da alma que me faltam pedaços,
E me sobra um vazio do qual observo estupefato,
Tristeza costumeira que se apossa do meu corpo,
Inquilina sem pagar aluguel e ainda assim causando dano ao meu coração,
Dedico tais letras a quem sofre do mesmo mal que acomete a muitos,
Do qual poucos entendem,
Tira-lhe as forças, o ânimo, a vontade de vida,
Como se não bastasse, ainda a perspectiva lhe é ausente,
Não importa o indivíduo, seja ateu ou crente,
Rico ou miséravel, não escolhe cor ou classe social,
Hora ou lugar, vem aos poucos e de alguns suprime a vida,
Estagna a vida e o verbo é jogado fora do dia.
Vamos lá, quem é o primeiro a jogar nessa roleta do azar?
Do apíce ela lhe joga ao fosso,
E ao poço você se mantém,
Dia após dia tenta lutar com todas suas forças, e adivinhe?
Descobrirá que tem falhado,
Meu amigo, nessa jornada temos que buscar a luz,
Unir forças e pedir ao Criador que nos conduz,
Para que possamos sair dessa labuta
E enfim sair dessa luta,
Pois irmão, sei que das batalhas tu é guerreiro,
Tu é vitorioso, lutar já é muito,
Vejo as lágrimas que tem caído de tua face,
Os dias que não levanta da cama,
Que de fato nada de bom tem,
E vejo que mesmo assim há brilho no teu olhar,
Força de viver, força de lutar,
Há de um dia dessa luta sobressair.
Há um silêncio que pesa n'alma,
num eco suave, mas tão profundo,
que rouba do peito a breve calma,
e veste de cinza todo o meu mundo
Não é tristeza, mas melancolia,
em tudo o que, dia e noite, me rodeia,
e logo a transformo em poesia,
poesia é remédio, que a alma anseia
Mergulho no sangue que sai dos meus olhos já mutilados
Uma dor que já não cabe mais na alma e me afoga, me sufoca
Como a mão do próprio diabo espremendo meu pescoço para a sua limonada matinal.
A cura está dentro de mim? Talvez estivesse, antes dessa lâmina me dilacerar por dentro.
Se o inferno existe... é o respirar, é o levantar, é o falar, é o ouvir, é o viver. É acordar e querer dormir de novo. É esse grito enjaulado que NUNCA vai sair. São os pensamentos esmagando o meu cérebro Esse é o inferno
IMAGEM
As velhas imagens guardadas no escuro sótão, respiram o pó de memórias que nunca morrem. O rosto fixado na percepção já amarelado, revelam histórias escondidas em olhares e pixels desbotados no tempo...
Caminhos e pensamentos estreitos do passado são palavras em ecos longínquos. Corre-se despreocupado nos campos, em tardes douradas que o tempo esqueceu engavetado. A brisa ressoa saudade..
As representações é um portal de lembranças, um reflexo de instantes cristalizados. Os anseios nos rostos familiares, contam sagas de amores que se foram e desafios presentes, hoje, são apenas folclore...
Na velha casa de palha, a mesa é sempre posta para o jantar, onde o aroma de pratos esquecidos ainda pairam. As risadas ao redor, agora sussurros, são a prova de que o passado está presente em formatos absortos...
E assim, diante dos apocalipses que se guardam, rever-se o obsoleto que nunca se apaga. As lembranças, como estrelas no céu noturno, iluminam o presente com sua imitação quase eterna...
Em cada rabisco, uma vida se desenha, traçadas por sonhos, lágrimas e gracejos. O tempo, senhor de todas as coisas, é vencido pela eternidade do instante capturado...
As imagens nunca morrem, subversivas trocando sonhos. E o encontro é sempre afável, numa trilha que não finda. E assim caminha-se, perpetuando imagens criadas...
--- Risomar Sirley da Silva ---
“O que o tempo tem nos mostrado nesses tempos?
Um mundo artificial e desconectado da Vida; pessoas que não tem sentimentos verdadeiros e em nome do “princípio da sinceridade”, ofendem, magoam, envenenam as palavras e distribuem ódio e rancor, mágoa e ressentimento!
Tudo se tornou Inteligência Artificial…
Mas você não precisa se tornar isso!
Você pode ser você, escrever dez palavras e criar suas frases de impacto, estudar e falar com propriedade!
O mundo e as mídias estão cheias de frases bonitas mas vazias, sem sentido!
Pessoas publicam textos, frases, fotos, poesias para criarem efeito sobre os outros e não para demonstrarem quem realmente são.
O mundo é real e precisa de pessoas reais, com sentimentos, emoções, tristezas e alegrias, que gritem e chorem verdadeiramente…
Não permita que a artificialidade desse tempo te transforme numa máquina que só reproduz o que outra máquina cria!
Seja capaz de SER VOCÊ MESMO!”
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