Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Se escolhemos amar, é bem provável que nosso futuro será recheado de saudades boas. Mas se escolhemos negligenciar o amor que podemos oferecer ao outro, é certo que nos restará nas mãos um cesto de arrependimentos e remorsos.
Quando se houverem acabado os soldados no mundo - quando reinar a paz absoluta - que fiquem pelo menos os fuzileiros como exemplo de tudo de belo e fascinante que eles foram!
Querida, no fim o amor é... o que nos faz ver a vida de outra cor e, ultimamente, você só tem visto tudo preto.
Creio que, em qualquer época, eu teria amado a liberdade; mas, na época que em vivemos, sinto-me propenso a idolatrá-la.
Se nos lembrássemos todos os dias que podemos perder alguém subitamente, nós amaríamos mais intensa e livremente, e seríamos mais tolerantes e compreensivos. Ninguém pode afirmar que não há nada a perder porque tudo pode ser sempre perdido.
Nada é tão maravilhoso que a arte de ser livre, mas nada é mais difícil de aprender a usar do que a liberdade.
Se ao escalar uma montanha na direção de uma estrela, o viajante se deixa absorver demasiado pelos problemas da escalada, arrisca-se a esquecer qual é a estrela que o guia.
A natureza é sábia e justa. O vento sacode as árvores, move os galhos, para que todas as folhas tenham o seu momento de ver o sol.
Sempre que você olhar para o céu e ver que ele não tem fim, lembre-se que meu carinho por você também é assim.
Que coisa misteriosa o sono!... Só aproxima a gente da morte para nos estabelecer melhor dentro da vida...
Sou inteligente, exigente e engenhosa demais para alguém ser capaz de se encarregar completamente de mim. Ninguém me conhece nem me ama completamente. Só tenho a mim.
A saudade pura não encontra distância no espaço, nem no tempo, criando de tal sorte um vínculo que, mesmo as almas estando separadas, se sentem unidas pela força do amor.
O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no
íntimo do ser e não das gratificações que o amado oferece.
A imaginação nos torna capazes de suportar a pungente realidade do mundo. Se pararmos em frente ao espelho, e chegando mais perto, olhar bem nos nossos próprios olhos, saberemos que “nós”, somos verdadeiros sonhadores.
Porque, às vezes, o que chamamos de amor não passa de um amontoado de coisas velhas que não conseguimos jogar fora..
Matar não quer dizer a gente pegar o revólver de Buck Jones e fazer bum! Não é isso. A gente mata no coração. Vai deixando de querer bem. E um dia a pessoa morreu.
Não me arrependo de nenhum erro cometido, pois, se não fossem eles, jamais teria aprendido o que é errar.