Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Sou pedra bruta e busco o vento para erodir.
Com suavidade e paciência
Minhas arestas esculpir.
Para toda eternidade, assim
seus feitos em mim perpetuar.
Alma perdida
Às vezes sinto-me tão vazia
Como se nada mais pudesse sair de mim
Eu abro e fecho portas
Acendo e apago cigarros
Abro e fecho as mãos
Acendo e apago desejos
Nada mais sai de mim
Nem mesmo essas palavras
Elas saem do vazio
Que tomou posse do que fui
E quando é assim e nada sai de mim
Não vejo o início, não vejo o meio
E isso me acende o desejo do fim
Talvez eu tenha saído ou sido retirada
Por isso nada mais sai de mim
Seria um anjo caído?
Um andarilho sem rumo na estrada?
Alguém viu minha alma?
Acho que ela foi roubada
Quero senti-la de novo
Mesmo se estiver quebrada
A fé é esse sopro invisível que nos faz enxergar além do que os olhos alcançam.
É o fio que liga a gente a algo maior; uma presença serena,
que orienta, acolhe e conduz, mesmo quando o caminho parece incerto.
Ter fé é abrir espaço dentro do peito para o mistério
e permitir que o divino se revele nos detalhes.
Porque, quando o coração confia,
a vida encontra um jeito bonito de abençoar.
— Edna de Andrade
A dor tem ouvidos finos, escuta o som exato do teu medo. Ela percebe quando você hesita, quando sorri por educação, quando diz “tá tudo bem” só para não mostrar o caos por dentro, ainda que a verdade escape pelos dedos.
A dor tem instinto, não tem pena. Sabe onde você se esconde quando finge estar forte. Aparece de mansinho… num silêncio, num sonho, num arrepio que não se explica. E cresce ali, no intervalo entre o que você sente e o que ousa admitir. Você pode mudar de cidade, trocar de corpo, de cama, de assunto. Pode se embriagar de vozes novas e promessas antigas. A dor não se apressa, ela sabe esperar o momento em que o barulho cansa.
No fundo, ela só quer ser reconhecida. Quer um nome, um rosto, um espaço pra existir. E quando, enfim, você a encara, percebe: ela sempre foi tua. Uma mensageira indesejada, mas sábia, apontando o que ainda pulsa mal curado.
Fugir dela é correr de si — e quanto mais rápido vai, mais se encontra. Há uma beleza triste nisso: descobrir que até a dor te ama o bastante pra não desistir de te ensinar. Encare-a, ela só quer que você saiba quem tu és e te mostrar o que você insiste em evitar.
(Douglas Duarte de Almeida)
Não é uma despedida, é só uma hipótese — dessas que a gente pensa baixinho quando o peito lembra que é finito.
Se um dia eu fo, aliás, quando eu for, quero ir sem inventar desculpas. Já pedi perdão demais por ser intenso, por sentir demais, por não caber nos silêncios que esperavam de mim. Cansei de negociar minha essência pra parecer leve.
Não quero ser lembrado por “ter sido bom”, quero ser lembrado por ter sido real. Por ter misturado ternura com acidez, fé com ceticismo, coragem com medo, e mesmo assim, ter seguido. Quero que alguém, em algum momento, perceba que viveu com um pouco mais de coragem depois de cruzar comigo. Isso já me basta. Não deixo herança: deixo faísca. Se ela acender em alguém, sigo vivo.
E se perguntarem o que aprendi, direi: aprendi a me atravessar sem mapa. A perder com dignidade. A me refazer sem plateia. E a amar sem manual — porque o amor, no fim, é o último idioma antes do silêncio.
(Douglas Duarte de Almeida)
Primeiro, aprecie de longe. Deixe que o encanto te alcance antes que tua pressa o estrague. Se puder, aproxime-se com respeito — há segredos que só se revelam a quem chega devagar. Permita que teus olhos curiosos encontrem o que chama tua alma, não apenas tua atenção.
E, se estiver pronto, chegue bem perto — o máximo possível. De longe, talvez tudo pareça apenas cor. Mas quando te aproximas, há uma flor dentro da flor, veias pulsando, nuances que só existem no intervalo entre o olhar e o silêncio.
Não há um jeito certo de ver ou sentir o mundo, mas há uma sabedoria em olhar de longe, depois se aproximar aos poucos e, por fim, mergulhar até enxergar o que ninguém ainda percebeu. É assim com as flores. É assim com as pessoas, com a vida.
(Douglas Duarte Duarte)
Quem já atravessou o próprio abismo sabe: o equilíbrio não se alcança, se habita por instantes. É quando a alma pousa, o coração desacelera e a vida parece, por um segundo, caber nas mãos. Há quem confunda esse intervalo com vitória, mas quem vive intensamente entende: a calmaria é só o fôlego antes da próxima onda. É o espaço entre o desespero e o recomeço, o instante em que a alma recolhe o que sobrou para continuar.
(Douglas Duarte de Almeida)
Mais um dia amanheceu.
Um presente discreto, embrulhado em luz e possibilidade.
Deus, em Sua delicadeza, nos concede outra chance
de recomeçar o que ficou pela metade,
de fazer o bem que ontem faltou tempo,
de ser mais paz, mais fé, mais amor.
Nem sempre o novo dia vem com calmaria,
mas sempre traz uma mão invisível
nos guiando pra mais perto do que é essencial.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Há quantas quadras já andei?
Entre todas ruas e calçadas
Todos os rostos, perdidos e tentando se encontrar
Os encontrados tentando se perder
Há quantas esquinas já esbarrei?
Dentre aquelas mais distintas, há de ter a mais bela história.
Há quanto tempo estou andando?
O tempo veio chegando, parece até que ja se foi.
Há mais tempo a passar ou tem passado muito tempo?
Há quanto tempo estou pensando?
Dentro desse tempo sempre há os tempos que passamos
E a quem damos, o bendito do tempo
E se é pra falar em se doar,
Eu me doou aqui e acolá sem saber há quanto tempo estou me dando
Há tempo me doando sem saber de onde vem
Essa vontade de ser alguém
Há quanto tempo estou procurando?
Eu não sei...
Há quantas quadras eu já andei?
Sergio Vinicius de Moraes.
O sol queima a pele
Sua ausência congela o coração
O calor já não me aquece
O que é ruim a sensação...
Filha, não te abandonei
Nem te abandonarei
Por sua ausência chorei
Por sua dor chorarei
Mas sei que sempre te amei
E sempre te amarei
Sei que em meus braços a terei
É o que sempre sonhei.
Te amo sempre Sarah!
Há dias em que a gente não entende o porquê das pausas,
o silêncio parece longo demais
e o coração quase perde o compasso.
Mas Deus conhece os caminhos que os nossos pés ainda não pisaram.
Ele planta esperança na terra mais seca
e faz brotar beleza onde parecia não haver vida.
Confiar é respirar fundo,
soltar o controle
e acreditar que o amanhã já está cuidado.
Há sempre um recomeço sendo preparado no céu —
e quando chegar, vai fazer sentido.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Jesus está voltando!
Não existe ninguém "neutro" tens o céu ou o inferno dentro de você, mas isso não importa.
O que realmente importa é a sua decisão até o seu último suspiro de vida, que reino você decidirá pra viver a sua eternidade?
A alma é eterna e já estamos todos condenados pelo pecado de Adão e Eva, mas aquele que reconhece e recebe O Senhor Jesus como o seu Deus, seu Senhor e Salvador, este passa a ter o " passaporte " para viver com Ele nos céus por toda eternidade! Não terá dor e nem sofrimento, terá vida em abundância!
Mas, o que não tomar nenhuma decisão, condenado já está, e terá a "morte" eterna no lago de fogo, onde terá dor e ranger de dentes. Clamarão por socorro, pedirão a morte mas não morrerão (a alma é eterna).
O relógio da Terra está no final, então desperta tu que dormes!
Somos seres que podem ser regenerados...
Se exercitarmos a fala, seremos excelentes comunicadores;
Se exercitarmos os músculos seremos fortes;
Se exercitarmos a escrita, seremos ótimos escritores;
Se exercitarmos a fé, teremos uma fé inabalável;
Se exercitarmos o nosso espírito, seremos menos carnais;
Se exercitarmos a visão, enxergaremos melhor;
Se exercitarmos a audição, ouviremos melhor;
Se exercitarmos o cérebro, seremos mais inteligentes;
Assim como os nossos órgãos podem ser regenerados através de uma alimentação diferenciada, somada ao exercício, creio na regeneração dos rins, fígado, pulmões, coração, pele, sangue... só não descobrimos ainda como fazer de fato!
Creio que a cura pra muitas doenças esteja nisso!
A mentira tem calças curtas...
O mentiroso costuma se convencer e persuadir pessoas a respeito de alguma mentira e a faz crendo que se tornará uma verdade.
Só que não sabe que a mentira ela tem pouco tempo de duração e no final a verdade sempre dá um jeitinho de aparecer.
Não tem como esconder a verdade e quando ela aparece, ela costuma desvendar todo um enredo mentiroso.
É quando a fachada do castelo desmorona e revela um pequeno e humilde casebre por detrás da fachada.
Não desista de fazer o bem desinteressado...
Pode ser que esteja arrodeado de pessoas que lhe façam mal, ainda assim, faça o bem, seja o diferente, se destaque pelos seus valores basilares, ainda na sua pequenez, o bem sempre haverá de transbordar e uma hora ele sempre haverá de voltar pra você!
Palavras
Se as palavras fossem como flechas, teríamos muito cuidado ao proferí-las.
Falaríamos o necessário, pois uma vez a flecha lançada, não tem como voltar... Provocaríamos feridas e até mataríamos.
Se soubéssemos o peso das palavras, refrearíamos a nossa língua.
Uma vez dita, ecoa pela eternidade, não tem volta.
Pare de fazer pouco caso
com a dificuldade do
outro em se socializar.
você não sabe dos seus
traumas,você não sabe
a batalha que o outro trava
consigo mesmo tentando
Manter as cicatrizes fechadas.
O Paradoxo da Vida Moderna
Vivemos num mundo onde ninguém confia em ninguém… mas também não
conseguimos viver sem confiar em alguém.
Onde encontrar equilíbrio para nossas decisões.
