Poema de Mario Quintana Sonhos
Era sorridente
Da dor era descrente
Era feliz
Protejer-se da ilusão não quis
Se apaixonou,
Com o amor se contaminou
Morreu
E ninguém percebeu.
Tenho voz aqui dentro
E não sai,
Não grita essa voz,
Que se debate
Arranha a minha garganta
Essa voz que fala
E nada diz.
Não tem caráter,
Influenciável e preza...
Uma voz amedrontada,
Que se enche de dizeres
E se entala,
E tosse o resto de letras,
Uma voz muda em meio a crise
Uma voz que vive sem nada a ser dito,
E morre engasgada pelas palavras que nunca disse.
A sorte é seletiva,
Tem gente que a leva na fé,
Tem outros que nem acredita,
Preferem fazer sua sorte,
Bater o pé e não esperar o destino,
Outros preferem esperar,
Acreditar que tudo acontece por um motivo.
Eu acho a sorte um bônus,
Que não podemos esperar sentado,
A sorte acontece para poucos,
O melhor é trabalhar pesado,
Lutar pelo que você quer,
Mesmo que leve tropeços,
Por mais que tu suba na vida,
Mais se aumenta os preços.
A sorte é questão de pessoa,
Nem todos nasceram com a mesma,
Tem gente que nasce de vida bacana,
Outros trabalham, trabalham e continuam na mesma...
Por via das dúvidas levante,
Seja o seu próprio amuleto
Acredite ou não nessa sorte,
Mas seja para ti o teu próprio trevo.
Instagram; @eufuipoeta
Páscoa é renascimento. Transformação.
É tempo de recomeçar pela própria libertação. Com fé, esperança e renovação.
Faça da Páscoa um momento de reflexão.
E com o sabor do chocolate, comece uma doce fase, de vida e superação.
Feliz Páscoa com muito amor no coração.
Deixa meu barco passar
(Victor Bhering Drummond)
Deixe meu barco passar
Não pra causar tumulto
Barulho, agitar a água não.
Deixa meu barco passar.
É só o que te peço.
Não pra fugir
Para me atracar em uma ilha distante
Ou navegar para um Porto Seguro.
Não. Não é isso que peço não.
Quero apenas avistar de longe a tempestade
Que acontece aqui no seu cais
Quero olhar confiante e paciente
Aguardando pela quimera
Ah, quem dera!
É só o que os navegantes querem
Para lançarem-se ao mar a despeito do medo
Que seu mar provoca
Isso é coragem
Por favor, apenas deixe meu barco passar
Até sua onda de acalmar.
(Puerto Madero, Buenos Aires)
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“Sonho com amores antigos, escancarados, declarados.
Das flores, das cartas, dos poemas declamados.
Das serenatas, do cantar acompanhado.
Eu queria ter vivido na época em que as pessoas simplesmente amavam.
Sem medo, sem preocupação, sem obrigação;
sem nem saberem porque amavam.
Simplesmente amor.
A troca, o olhar, o laço.
O amor que abre a porta do carro;
Que dança com os corpos colados;
Dos beijos roubados;
Dos dedos entrelaçados;
Do caminhar lado a lado;
Simplesmente amar e ser amado;
Com gosto de primeiro e único amor.”
As vezes acho que tenho um dom
Esse dom que me faz mentir
Eu minto que é um dom
Fingindo não ser maldição
Ah, mas aceito como verdade
E não como negação
Faço tudo que me ama me odiar
E tudo o que eu amo se acabar...
Quem eu sou?
Não sou nada
Apenas mais um número
No meio de tanta gente
Apesar de ser grande
Sou pequeno
perante o mundo
Corro contra o vento
Navego em alto mar
Grito e não tem
ninguém para escutar
Quando penso
que não sou nada
Percebo que posso ser muito
E colorir o mundo
Nesta minha jornada
Gosto de ficar
no meu canto
Sem a preocupação para
provar o meu encanto
Faço o que tenho vontade
Sem ninguém
ficar observando
Às vezes
tenho essa necessidade
De ficar só
Eu e minha companhia
No silêncio da minh'alma
É onde encontro a sabedoria
Permita-me dizer quem eu sou?
Sou uma alma
Que acredita no amor
Não quero acreditar na maldade
Que assombra a humanidade
Deixando um rastro
de tristeza e dor
Permita-me dizer quem eu sou?
Sou um ser comum
Que acredita no amor
Incomum?
É ver a miséria e a pobreza
Muita fome
E também muita riqueza
Para alguns falta o pão
Para outros, falta alma e coração
Permita-me dizer quem eu sou?
Sou um sonhador
Que acredita no amor.
Entre incertezas
Decepções e medos
Fiz uma limpeza.
E no meio de tudo isso
Encontrei a paz,
que é essencial.
Em breve, voltarei.
E será para MELHOR!
Desculpe o transtorno.
Estou em reforma.
Amor perfeito...
Não tem jeito.
Cada um ama,
do seu jeito.
E a arte de amar...
É aceitar,
cada um,
do seu jeito.
Garota que eu amo
A garota que eu amo
é ciumenta, humilde e companheira
e às vezes se chateia se eu não fico com ela a noite inteira.
Quando ela se chateia,
Se aperreia, e perde a linha,
Pois você e minha, sempre será.
Não ficarás sozinha.
Mesmo que seja a noite inteirinha,
Mesmo que bata aquela brisinha,
Você nunca estarás sozinha,
Porque você e só minha, e de mais ninguém.
Pois eu te amo de coração,
Sinto o meu amorzão perto de mim,
Pois é assim que se vive o coração,
De amor e muita paixão.
Quando chega à noite
Os pássaros se escondem
Com medo da noite
Ou exaustos de voar
De dia
Enchem o peito
Se transformando em vitrolas com asas
Com seu doce canto
Nos fazendo valsar
Médica
Professora
Conselheira
Dona de casa
Casada
Amasiada
Divorciada
ou solteira
Cabeleireira
Motorista
Cozinheira
Tem várias profissionais
espalhadas por aí
Mas a verdadeira
É única e especial
E sabe realizar
todas essas profissões
De uma maneira
rápida e genial
Seu cargo é de chefia
Muito importante
para a maioria
Sempre respeitada
Inadmissível
ser xingada
Seu nome não importa
Pode ser Joana,
Catarina
ou Maria
Atende prontamente
quando é chamada de Mãe
E sempre será
a melhor amiga
Que não falte.
Que não falte poemas!
Nem o perfume de uma flor.
Que não falte mulher,
A quem declamar o amor.
Quem não falte sorrisos,
E nem alegria;
Que venham tempestades de versos.
Para compor uma poesia.
Que não falte versos!
Que venham ventanias!
Carregadas de sentimentos;
Tal como a alegria.
Que não falte versos,
Na esquina da saudade.
Que não falte flores,
No jardim da felicidade.
DENTRO DA TARDE
A tarde seca e fria, de maio, do cerrado
Cheia de melancolia, deita o fim do dia
Sobre cabelos de fogo tão encarnado
Do horizonte, numa impetuosa poesia
A tarde seca e fria, de maio, do cerrado
O mistério, o silêncio partido pelo vento
No seu recolhimento de um entardecer
Sonolento no enturvar que desce lento
Do céu imenso, aveludado a esbater
No entardecer, seco, frio e, sedento
Perfumado de cheiro e encantamento
Numa carícia afogueada e de desejo
Seca e fria, a tarde, tal um sacramento
Se põe numa cadência de um realejo
Numa unção de vida, farto de portento
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Aprendiz de Poeta
Se amar se ensinasse, de poeta eu seria aprendiz.
Viveria só de versos, deles tiraria o sustento,
e assim seria ainda mais feliz.
Mas nasci em um país onde não se vive de cultura
mas justamente por ser tão rica,
abandoná-la para cultuar a dos outros para mim seria tortura.
Se todo poeta é um pouco louco,
Então que seja essa a minha loucura;
O mundo, tenho ganas de conhecer e viajar,
Mas triste demais seria partir, sem saber quando voltar.
No seio dessa pátria cresci e é aqui que vou ficar.
Se espaço para meus versos me faltar,
trabalhando como operária seguirei
esse é um preço que estou disposta a pagar:
talvez nunca colher o que plantei.
Mas onde o solo é fértil, a riqueza brota
história boa, passa de pai para filho
e se nunca publicada isso pouco importa.
Se não puder contar, podem ler
E essa é a maior razão:
Dizer que minha raiz é de uma gente forte,
de muita cultura, porém pouca instrução.
Quase nada estudaram,
cedo tiveram que arar a terra e semear o grão,
Tudo o que me foi contado, guardo com estimação.
Mas só vai fazer sentido, se tudo o que for lido for com o coração.
Por isso tudo digo que não sou poeta
Sou só uma pessoa que para ganhar a vida, trabalha com os números
e para não perder a alma, me divirto com as palavras.
o tempo
ah... o tempo, insensível e ingrato, ao passar
ao ver na parede um retrato, e recordar,
alguns anos atrás,
ver você junto aos seus pais,
felizes de graça,
com abraços e sorrisos em uma praça,
lembranças boas em fim,
mostra-nos que o tempo, nem sempre e ruim,
com o tempo, um namoro de momento,
se transforma em casamento,
e duas famílias viram uma, simplesmente,
com o tempo, se cura até um doente,
ou chega ao fim um grande flagelo,
com o tempo, pode até se fazer um castelo,
com o tempo, também se faz bons amigos,
com o tempo virá as tristezas, más também muitos sorrisos,
com o tempo, aprendemos que e caindo que se levanta,
que até mesmo uma sementinha, com o tempo vira planta,
percebi então que o tempo, nos assusta e nos ensina,
que o próprio passar do tempo, talvez seja nossa sina.
