Poema de Mario Quintana o Espelho

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Como o espaço compreende todos os corpos, a ambição abrange todas as paixões.

Os velhos caluniam o tempo presente atribuindo-lhes os males de que padecem, consequências do passado.

Ainda que perdoemos aos maus, a ordem moral não lhes perdoa, e castiga a nossa indulgência.

Ninguém é tão solícito e diligente em requerer empregos, como aqueles que menos os merecem.

O desejo da glória literária é de todas as ambições a mais inocente, sem ser todavia a menos laboriosa.

Há empregos em que é mais fácil ser homem de bem, que parecê-lo ou fazê-lo crer.

Os grandes estados devem dispensar as alianças e os pequenos não devem contar com elas.

Quando os prazeres nos esgotaram, julgamos haver esgotado os prazeres; e então dizemos que nada pode saciar o coração do homem.

Em diversas épocas da nossa vida somos tão diversos de nós mesmos como dos outros homens.

Quando o despotismo está nas leis, a liberdade encontra-se nos costumes, e vice-versa.

Não há homem que não deseje ser absoluto, aborrecendo cordialmente o absolutismo em todos os outros.

É muito difícil, e, em certas circunstâncias, quase impossível, sustentar na vida pública o crédito e conceito que merecemos na vida privada.

A opinião da nossa importância nos é tão funesta como vantajosa e segura a desconfiança de nós mesmos.

É tal a incapacidade pessoal de alguns homens, que a fortuna, empenhada em sublimá-los, não pode conseguir o seu propósito.

Tudo é grande no templo do favor exceto as portas, que são tão baixas, que por elas apenas se pode entrar de rastos.

A ignorância que deverá ser acanhada, conhecendo-se, é audaz e temerária quando não se conhece.

⁠Crítica

Existem muitos poemas
Tecidos sob as nuvens
Cujos repetidos temas
Nada mais intuem

São reles afirmações
Sequências de quase nada
Daqueles que sem inspirações
Querem dos outros a estrada

Inserida por neusamarilda

- Espinhos e flores -

Te quero rosa celestial,
Margarida vital,
Do ocaso irreal.

Amo-te puro lírio,
Essência de meu delírio,
Espinho do meu martírio.

Por que poeta,
Por esta flor te encantastes,
Não sabes que com espinhos,
Ela pode perfurar-te.

Inserida por ANACAROLINEALVES

⁠- A minha paz -

Quero sentir-te paz,
Suave como a brisa por entre as árvores,
Doce como o perfume das flores,
Mas, ter-te em sua plenitude no mundo,
É um pensamento utópico desejável,
Um belo delírio irrealizável,
Tu sublime paz,
É a dádiva dos poetas amantes,
Porque somente quem ama possui a paz,
E no mundo falta amor; falta esperança; caridade; empatia,
Falta-lhe no mundo paz,
E nada mitiga tua ausência,
Porque sois bela, ó paz,
Como flores ao amanhecer primaveril,
E sois passiva,
Como o vento praiano no lusco fusco.
Rejubila-te amor,
Pois tu és a raiz da paz,
Resplandece-a porém,
Com mais êxito que a aurora,
E acalentas a euforia,
Com mais suavidade que a lua,
Ao emergir do ocaso solar,
Amo-te como o orvalho,
Que entre as pétalas e as folhas quer sempre estar,
Desejo-lhe, pois sou poeta,
E sei amar.

Inserida por ANACAROLINEALVES

⁠Um dia não serei mais
Mas antes de partir
Com as palavras tocarei
As melodias da Alma
Coisas que embelezam o mundo
Coisas que só o Silêncio profere

Inserida por modeste_herlic