Poema de Mario Quintana Decendo as Escadas
Todo filósofo que levar avante e com segurança o seu pensamento, mesmo ateísta, terá de concordar que todas as perfeições, surgidas no processo do Devir, estavam contidas em máximo grau naquele Ser que não tem princípio nem fim, pois, do contrário, teria que admitir que tais perfeições surgiram do nada.
Costumam os céticos rir da Metafísica. Kant julgou, com sua obra, tê-la destruído, e acabou enleado em suas teias. A Metafísica retorna sempre, até na obra dos que buscaram combatê-la com o maior ardor.
Nem falador nem seco, entregue ao mutismo, mas falar com sobriedade e cuidado de tudo quanto se trata, é a regra de ouro da conversação.
A verdade é que ninguém é verdadeiro porque acabamos de descobrir que um dia esta pessoa já enganou-nos algumas vezes.
A grandeza do homem está em superar as condições que lhe são adversas. Quando, pela sua mente, munido apenas do pensamento, penetra no que há de mais profundo, invade o que se lhe oculta aos olhos, e consegue descobrir os nexos das causas remotas e da causa primeira de todas as coisas, descobre ele que há uma fonte de todas as coisas que, pela sua eminência e pelo seu imenso valor, ele respeita e ama. Só quando o homem consegue elevar-se acima da sua contingência e alcançar esse ser supremo, e humildemente lhe presta a homenagem que ele merece, então o homem consegue ultrapassar os seus próprios limites, porque no mesmo instante em que os vence, ele supera a si mesmo.
Há quem diga até que o otimismo é uma atitude de filosofia barata. Mas há algo mais barato que o pessimismo? Olhem para o mundo. Quantos os que se queixam, quantos os que se angustiam, açulados pela imaginação doentia; quantos proclamam angústias (as famosas angústias físicas e metafísicas de tantos intelectuais!). Quantos procuram mágoas para explorá-las? Há coisa mais barata por este mundo?
A cooperação pode ser posta em prática imediatamente. Cada um já pode realizá-la em seu âmbito, e não esperar por outros para iniciar a obra de renovação social, por todos anelada.
"[...] é preciso ver que a vida é sempre nova, e nós, de certo modo, outros, cada dia que passa. Não prestemos tanta atenção ao que se repete. Procuremos o novo no que se repete, e o encontraremos."
Todas as coisas oferecem novidades, embora repetidas. Saber perdurar entre ambas é a melhor lição que nos oferece a vida, pois os excessos, neste como em muitos casos, só nos pode levar a aborrecimentos.
Os otomanos temiam que a Cristandade se unisse, mas quando ficou claro que isto não aconteceria o avanço turco se tornou irresistível. Somente às portas de Viena é que tal expansão se deteve.
Uma das ironias do cerco de Constantinopla em 1453 é que os otomanos usaram sinos derretidos para fabricar os canhões com quais assediaram a cidade.
A erupção do vulcão Kuwaé em 1453 alterou o tempo em várias partes do mundo. Os efeitos de tal mudança fizeram com que Constantinopla, durante o cerco, vivenciasse fenômenos como luzes e nevoeiros que foram interpretados como a retirada da proteção divina da capital do que sobrara do Império Romano.
Uma coisa que as mulheres devem aprender é que homens machistas não mudam: eles continuarão a tratar mulheres como objetos sexuais. O que as mulheres devem fazer é não se envolverem com tais homens e deixá-los sozinhos, apenas acompanhados da própria mão.
O medo de muralhas se encontrava entranhado no espírito tribal até que um povo descendente de guerreiros nômades, os otomanos, criassem a tecnologia necessária para superar o medo e as próprias muralhas.
Os hunos não causavam medo apenas pelo rastro de destruição que deixaram por onde passaram, mas também pela aparência tendo em vista que eles praticavam a deformação do crânio por motivos religiosos.
Mudanças climáticas pioraram a vida nas estepes da Ásia impelindo povos nômades a buscarem lugares melhores para se viver. Como resultado de tal migração a parte ocidental do Império Romano foi tragada pelo afluxo de povos germânicos que fugiam dos hunos.
No Brasil, um policial mesmo aposentado corre o risco de ser morto por um bandido. Isto é uma evidência de que no Brasil policiais e criminosos disputam influência e poder sobre territórios e pessoas que os colocam num ciclo de violência que ignora a aposentadoria do policial e a saída do criminoso da vida de crime.”
Apropriação cultural é uma ideia essencialmente capitalista, pois torna um bem cultural em mercadoria e algo exclusivo de um grupo como se este tivesse uma patente reconhecida em cartório. Ignora que a cultura se dá por meio de trocas e da união de ideias e costumes de diferentes povos.
