Poema de Mario Quintana Decendo as Escadas
“Entre Silêncios e Muralhas”
No espelho da parede, um vulto se ergue,
Sereno e firme, mas a alma não sossega.
Olhos que falam de lutas caladas,
De noites em claro, de estradas cansadas.
Na pele, o tempo talhou sua marca,
Mas no olhar — um aço que nunca se quebra.
Não há vaidade, há essência contida,
Feita de escolhas, perdas e vida.
Um guerreiro sem espada empunhada,
Luta com o verbo, com a dor disfarçada.
Diante do muro, não recua nem teme,
Pois sabe que a alma é o que mais o sustenta.
Camisa escura, semblante fechado,
Mas dentro — um universo guardado.
Reflete no branco a própria missão:
Ser inteiro, ser ponte, ser chão.
E mesmo sozinho, na dobra do tempo,
Há fé nos seus passos, há sol no silêncio.
Pois quem já caiu, mas decidiu levantar,
Carrega no peito o poder de mudar.
A minha identidade
nacional brasileira
está presente em tudo
aquilo que posso
usar os meus sentidos,
vivenciando em solitude,
no convívio diário
ou estando distante,
o importante é cultivar
para nunca olvidar,
para não deixar desperdiçar.
No choro ou no riso
capaz de ser recíproco,
Na nossa Natureza
e em tudo aquilo
que a Arte, a Cultura
e os sabores fazem
lembrar que aqui nascemos
ou aqui escolhemos,
quem somos e vivemos,
tudo é parte do que queremos
e de quem na vida seremos.
A ancestralidade e a identidade
nunca serão isoladas
uma da outra,
quando se conhece cada uma,
e se reconhece a sua
identidade nacional
como próxima do espiritual,
nenhuma força externa
será capaz de guiar
o seu destino e na sua terra
vir a se tornar perpétua.
Chega mais, vêm aqui
Hoje me pediram uma gentileza
Vou levar você em um passeio
Não é qualquer um, você verá
É colorido e gramado
Com tanta coisa linda, que só vendo
E é claro que tem fadas, elfos e gnomos
Unicórnios e conto de fadas
Castelos e gente feliz...
Lindas praias de água tranquila
Areia branca e água de côco...
Desertos escaldantes e infindáveis
Precipícios mortais e escarpados
Também terá tempestade e raios,
Seca e destruição
Pedras pontudas e cortes nas mãos
Lugares estranhos, onde você não quer fazer parte
E outros onde dá vontade de ficar pra sempre
Que lugar é esse?...
Tão misterioso, tão óbvio
Vai, pode perguntar
É, prezado viajante
Bem vindo à sua mente, seu íntimo ser
Olhando assim, num passeio
Vendo como é cada recanto
Agora já dá para decidir
Aonde você quer habitar
Pois com seus pensamentos
Seu mundo lindo ou feio
Você poderá formar...
Um dia de outono nunca será mais um dia
Um dia de outono nunca será um dia qualquer
Os cisnes num lago tranquilo
A floresta dourada, quem não quer ver?
E o gramado, salpicado de folhas
De cobre, de ouro, a mais não poder
Nas tardes de outono, as fadas passeiam
Dançam, floreiam, nos vales a voar
Onde vive o outono...no céu tão bonito
Onde a Lua gigante, só faz encantar
Os gramados entoam melodia suave
Com brilho diáfano, lindo de olhar
Os pássaros comemoram, as abelhas adoram
E a vida continua, no eterno pulsar...
Que tua luz brilhe mais neste dia
Que a Sabedoria Universal
Que tudo alcança, que tudo permeia
Faça parte de todos teus momentos
Que teu respirar seja límpido
Como um mágico lago nas montanhas
Que teus passos sempre te guiem suavemente
Porém firmes, rumo ao teu melhor eu
Que teu espírito, repleto de humildade e perdão
Encontre a todo instante, motivos para agradecer
Que cada dificuldade encontrada
Se transforme em oportunidade imediata
E que, sempre, a vontade de perseverar
Te leve a superar a rotina e encontrar motivos para se feliz!
Outro dia, só mais um?
Nunca o mesmo, é um fato
Por mais que pareça igual
Cada momento é um ato
Toda ação emanada, tem reflexo
É a lei, tenha certeza
Pensamentos, palavras, emoções
Tudo é um, do Universo a teia
Então, um dia não é mais um
É o Tudo que se apresenta
Repleto de oportunidade e realização
Preste atenção aos detalhes
Sei que me dará razão...
No meio da floresta escura
A vida pulsa, vibra e brilha
Raiz,fruto e semente
Folha,caule, eternamente
Cada gota que cai do céu
Transmuta, tinge, colore
A relva, o ser, todos são sua prole
Nada será desperdiçado, é a lei
Tudo e todos, seguem juntos em um só
O amor interligado, desatando cada nó
Passa o tempo, o dia, as Eras
E a teia continua,
Cobrindo com vida plena
A natureza que a nós mantém
Do centro da escura noite, do brilho que o dia traz
Caminhamos por este mundo
Procurando a profunda Paz
Para quem está atento
Segredo já não é mais
Procuremos em nossa essência
Aquele que Foi, É e Será ...
Sentimentos sombrios...quem nunca?
Pensamentos cinzentos...às vezes
Contrastes constantes...rotina
Dilemas e dúvidas...é a vida
Buscar a saída...preciso
Uma mão estendida...qualquer
Procuro caminhos...dia a dia
Encontro-os em mim...alívio
Meu espírito ilumina-se...sou eu
Coração remendado...inteira estou.
Então, eu contemplei o mar
E foi tanto verde, foi tanto azul
Que dali, quando tirei meus olhos
Minh'alma não se afastou
Agora, para matar a saudade
Marejo de lágrimas o olhar
Para salgar a lembrança
... da maresia, e do mar
Pensar que nada se sabe, rebaixa
Tentar provar que tudo se sabe, exaure
Ser o que somos, sem pressa
Liberta
“Farda e Família”
Na firmeza da farda, um brilho no olhar,
Ecoa o valor de quem veio pra honrar.
Ao lado, o sorriso de quem sempre apoiou,
Família que luta, que sonha, que amou.
O menino, pequeno, já segue o caminho,
Com passos serenos e olhar de carinho.
O pai, companheiro, firme como o chão,
Orgulho estampado no peito e na mão.
No centro, a honra de um tempo vivido,
Com medalhas na alma e dever bem cumprido.
Guiando com fé, respeito e missão,
É o elo que une coragem e coração.
E ali, o amor, em vestido e ternura,
Mostra que a força também é doçura.
Nos pés, a elegância; no rosto, a paz,
De quem com certeza vai sempre ser mais.
É mais que um retrato, é mais que um dia,
É história bordada em fotografia.
Família e dever, juntos num só caminho,
Na farda, no sangue, no mais puro carinho.
Xeque-Mate
No tabuleiro frio da vida,
cada passo é planejado,
o silêncio é minha armadura,
meu esforço, meu legado.
Enquanto zombam dos meus planos,
em gargalhadas vazias,
eu sigo firme, sem alarde,
plantando noites e dias.
Não preciso de trombetas,
nem de olhos a me ver,
pois quem brilha antes da hora,
costuma escurecer.
E então, no momento certo,
sem temor, sem falsidade,
a peça branca avança o campo…
E grita: XEQUE-MATE!
O rei negro cai em ruína,
num estalo de explosão,
é o fim de quem subestima
o poder da preparação.
Trabalhei calado e firme,
sem vanglória, sem alarde.
Vitória não se anuncia —
se conquista com vontade.
Entre o Concreto e o Silêncio
No muro, o grito da tinta —
um protesto congelado no tempo.
No peito, a couraça da guerra,
no olhar, um mundo sem alento.
Ele não fala.
Mas carrega nos ombros
o peso de mil batalhas caladas,
de promessas feitas à sombra,
de vidas jamais devolvidas.
Em meio ao caos grafitado,
é estátua viva, sentinela,
homem e máquina fundidos
em nome de uma paz ausente.
Não há glória em seus olhos,
apenas dever e memória.
Cada passo no concreto rachado
é um pacto com a história.
Mas quem ousa julgar o guerreiro,
se não caminhou por seu chão?
Ele é o silêncio armado do mundo,
um poema de pólvora e solidão.
Farda e Honra
No tecido negro repousa um nome,
Zanute, gravado com fé e coragem.
Cada fio costura uma história,
De luta, de sonho, de passagem.
A+ não é só um tipo de sangue,
É símbolo de entrega e missão.
É vida que pulsa na ordem e na lei,
É servir com o coração.
No silêncio da sala vazia,
A farda espera por ação.
Mas já carrega em seu peito
O peso da dedicação.
Ser farda é mais que vestir,
É assumir um propósito maior.
É proteger sem hesitar,
Mesmo quando o mundo for pior.
Zanute, este é o seu chamado:
Ser escudo, ser voz, ser farol.
Mesmo na sombra da madrugada,
Você é quem busca o sol.
Nas curvas da vida
Na trilha do vento e do chão vermelho,
Dois sorrisos se encontram ao sol,
Na paisagem que dança ao longe,
Com montanhas, motores e farol.
Pai e filho, ou talvez irmãos de alma,
De camiseta e coragem no peito,
Vivem o agora com leveza e calma,
No tempo que passa do jeito perfeito.
A pista contorna histórias e sonhos,
Enquanto o céu azul tudo abençoa,
E cada gesto, simples e risonho,
É lembrança que o coração ecoa.
A vida é assim — curva e reta,
Aventura que nunca se desfaz,
Mas quem caminha com afeto na meta,
Faz do presente um instante de paz.
IDIOTAS
A paixão nos deixa idiotas...
Passamos a viver numa dimensão paralela!
Ficamos suspirando pelos cantos,
Criamos situações ridículas,
Entregamos nosso coração de bandeja,
Ofertamos presentes cheios de significados,
Fabricamos poemas sinceros,
Cantamos por todos os lados,
Suplicamos por atenção,
Desejamos aquela presença,
Suspiramos sem querer,
Almejamos felicidade,
Idealizamos uma relação para toda vida!
“Entre Cachos e Sorrisos”
Num vestido claro, brilha a essência,
Olhar sereno, alma em presença.
Nos cachos longos, dança a poesia,
Feitos de sonhos, luz e harmonia.
O sorriso acende a noite calma,
Como quem fala com a alma.
É farol em tempo nublado,
É flor que resiste ao passado.
Seu semblante guarda doçura,
E na postura, a fé mais pura.
Mulher de força e de ternura,
Espalha encanto, cura e altura.
Na moldura simples do lar,
Brota um céu particular.
Pois onde ela passa, floresce
Tudo aquilo que a vida enobrece.
“Sentinelas da Praia”
No alto do posto, firmes no chão,
Três sombras guardiãs fitam o verão.
Entre guarda-sóis e a dança do mar,
São faróis de ordem a vigiar.
O sol se deita na linha do azul,
Enquanto a multidão se agita em um turbilhão sutil.
Mas ali, serenos, atentos, calados,
Três fardados erguem seus fardos pesados.
Não empunham armas de vaidade,
Mas o escudo da responsabilidade.
Protegem sorrisos, olhares, canções,
Mesmo em silêncio, dizem: “estão sob proteção.”
Na areia quente, o dever não cessa,
Mesmo quando o riso é o som que começa.
São mais que vigias do tempo e do espaço,
São rostos ocultos do bem no compasso.
Ao fundo, a brisa e o brilho do mar,
À frente, a missão de nunca falhar.
Três figuras que o povo mal nota,
Mas que sustentam a paz em cada rota.
“Sentinela do Mar”
No aço da farda e no olhar de aço,
carrega o peso de um velho compasso.
Homem do tempo, da guerra e da fé,
de alma erguida, firme como é.
Ao fundo, o navio — gigante a vagar,
no peito, o silêncio de quem vai lutar.
Não por glória, medalha ou canção,
mas por amor, por missão, por nação.
Fuzil em punho, destino em silêncio,
vigia as ondas, o vento e o tempo.
Na mente, memórias — no peito, calor,
de um lar distante que o espera com amor.
Não há medo onde habita coragem,
nem recuo em sua passagem.
Ele é ponte entre o caos e a paz,
soldado do mar, que nunca se desfaz.
Luz que Reflete
Na beira mansa de um espelho d’água,
sorri o sol em forma de mulher.
Vestida de branco, alma que deságua
em paz serena, no que a vida quer.
O céu bordado em nuvens de algodão
repousa inteiro dentro do seu olhar.
E a natureza, em doce contemplação,
silencia o tempo só pra escutar.
Seu riso acende o fim de tarde calmo,
e o vento dança ao redor da emoção.
É como se a vida parasse o salmo
pra reverenciar o pulsar do coração.
Ali, entre o rio, a luz e o horizonte,
floresce a essência de quem sabe ser:
não só presença, mas um monte
de fé, de graça, de renascer.
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