Poema de Mario Quintana a Pessoa Errada
"Sofrimento nos amadurece..."
Porém é o amor que faz a gente crescer.
Já possuo o juízo de um imortal.
Um pequeno imortal."
Meu Eclesiastes 7:2
"A percepção de uma finitude, pluraliza.
A morte é a régua que nos nivela!
O desejo de ser singular precisa gerar revolta interna. Por sermos seres finitos, precisamos buscar aquilo que é eterno."
Os argumentos relativos ao problema da existência de Deus têm sido viciados, quando positivos, pela circunstância de frequentemente se querer demonstrar, não a simples existência de Deus, senão a existência de determinado Deus, isto é, de um Deus com determinados atributos.
O conceito de Deus, reduzido à sua abstração definidora, é o conceito de um criador inteligente do mundo. O ser interior ou exterior a esse mundo, o ser infinitamente inteligente ou não — são conceitos atributários. Com maior força o são os conceitos de bondade e outros assim, que, como já notamos, têm andado misturados com os fundamentais na discussão deste problema. Demonstrar a existência de Deus é, pois, demonstrar: (1) que o universo aparente tem uma causa que é externa a ele; e (2) que essa causa é inteligente, isto é, conscientemente ativa. Nada mais está substancialmente incluído na demonstração da existência de Deus, propriamente dita. Reduzido assim o conteúdo do problema às suas proporções racionais, resta saber se existe no raciocínio humano o poder de chegar até ali, e, chegando até ali, de ir mais além, ainda que esse além não seja já parte do problema em si, tal como o devemos pôr.
Coração não têm caução
"Assim como a fé o amor é uma aposta.
Sem blefes, pois há crença. Apostamos sem garantias que dará certo, apostamos porque vale a pena arriscar."
"Já foi provado, o universo é extremamente hostil a vida.
Mesmo sem as devidas condições, com apenas partes das substâncias do espaço o homem se fez.
Deve ser essa a razão de nossa conexão com os céus, lá vemos nossa própria essência, como poeira de estrelas.
A humanidade é o milagre! Somos a própria teima."
Metamorfose
"Como!
Um bicho tão feio?
Impossível de acreditar.
Se for verdade...
ainda há esperança pra nós!"
EU ia
Havia um lugar, inabitado por longo tempo, onde de vez em quando eu ia.
Muitas vezes quando lá eu fui, levei comigo tudo que eu sentia, mal entrava e logo saia deixando para trás todo o sentimento que em mim fluía.
Estive por lá nos últimos dias, e esta porta que quase nunca se abria, fôra arrancada por uma forte Ventania, que espalhou tudo o que lá, eu escondia. Todo o sentimento que eu reprimia, em minha volta se consumia. Muita coisa feia se via! Muito mais feia do que já fôra um dia.
O que eu não sabia, era que em meio à tristeza e rebeldia estava também tudo aquilo que bem me fazia, amor e alegria, em total abandono e em plena agonia.
Com a porta escancarada a dor se esvaía, iam embora frustração e melancolia e tudo o que ali contia, estava em pura harmonia.
De lá, eu não mais saía! Não comia e nem dormia! De mim mesmo, me entorpecia. E transbordei de euforia! Eu existia!
Em 15 de Dezembro de 2015.
Não é Feliz
Só não é feliz, quem vive pelas circunstâncias, ao acaso. Quem não se define e não se aceita como é. Quem não se respeita e portanto, não se ama. Quem procura refletir o externo e não busca em si mesmo a sua própria essência. Apenas não é feliz, aquele que corrompe o próprio ser, e se recusa a viver, plena e satisfatoriamente.
Óutrem Pessoa
29 de Janeiro de 2015.
Insuportável Razão
AHHHH! Sai de mim, intenso sentimento!
Porque fui alimentar-te tanto?
Agora és poderoso, me domina e entorpece a razão, espezinha-me a alma sem nenhuma compaixão.
Óutrem Pessoa
17 de dezembro de 2015.
Espelho Meu
Foi eu mesmo que eu vi?
Por um instante o mundo parou. Girou lentamente, enquanto passava por mim o reflexo de mim mesmo. Meus ossos congelaram! Minha alma estremeceu! Continuei andando e quase olhei pra trás... Tive medo de me encontrar e perdi-me novamente.
Óutrem Pessoa
Em 16 de Dezembro de 2015.
Cama Feita
Se me fizeres a cama, eu não deito.
Eu gosto é de cama pronta!
Não suporto ver-te a fazer-me a cama.
Quando me fazes a cama, estabeleces tudo
E faz desnecessário todo o meu cortejo.
Óutrem Pessoa
23 de dezembro de 2015
"O campo é onde não estamos. Ali, só ali, há sombras verdadeiras e verdadeiro arvoredo". Bernardo Soares
(Em Aforismos e afins - de Fernando Pessoa)
"O pensamento colectivo é estupído porque é colectivo: nada passa as barreiras do colectivo sem deixar nelas, como real de água, a maior parte da inteligência que traga consigo”.
(trecho do livro em PDF: Do livro do Desassossego – Bermardo Reis)
Breve o dia, breve o ano, breve tudo
“Breve o dia, breve o ano, breve tudo.
Não tarda nada sermos”.
(Trecho - Ricardo Reis [Heterônimo de Fernando Pessoa], (escrito em 27.9.1931))
“uma confissão de que a vida não basta. Talhar a obra literária sobre as próprias formas do que não basta é ser impotente para substituir a vida”.
( em "Heróstrato e a busca da imortalidade". )
Os Meus Sonhos São Mais Belos que a Conversa Alheia
Não faço visitas, nem ando em sociedade alguma - nem de salas, nem de cafés. Fazê-lo seria sacrificar a minha unidade interior, entregar-me a conversas inúteis, furtar tempo senão aos meus raciocínios e aos meus projectos, pelo menos aos meus sonhos, que sempre são mais belos que a conversa alheia.
Devo-me a humanidade futura. Quanto me desperdiçar desperdiço do divino património possível dos homens de amanhã; diminuo-lhes a felicidade que lhes posso dar e diminuo-me a mim-próprio, não só aos meus olhos reais, mas aos olhos possíveis de Deus.
Isto pode não ser assim, mas sinto que é meu dever crê-lo.
Fernando Pessoa, 'Inéditos'
"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto”.
(Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa (PDF))
"Sumir-me-ei entra a névoa, como um estrangeiro a tudo, ilha humana desprendida do sonho do mar e navio com ser supérfluo à tona de tudo”.
(Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa (PDF))
A vida, para mim, é uma sonolência que não chega ao cérebro. Esse conservo eu livre para que nele possa ser triste.
(Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares, heterônimo de Fernando Pessoa)
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp