Poema de Mario Quintana a Pessoa Errada

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Aula de filosofia

Eu só te poderia dar uma noção do nada se não tivéssemos nascido. Agora é tarde, é muito tarde, minha filha... Ah, deliciosamente tarde!

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
Inserida por pensador

Meditação para o dia de Natal

Ah! Aquela confiança que tem uma criança rezando... Inocente confiança. Alegria. Quem é de nós que reza com alegria? Parece que só existe mesmo o Deus das crianças... Deus é impróprio para adultos.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
Inserida por pensador

Bebê

Coisinha deficiente, inconsciente, inerme, inválida, trabalhosa, querida.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
Inserida por pensador

Segunda canção de muito longe⁠

Havia um corredor que fazia cotovelo:
Um mistério encanando com outro mistério, no escuro…

Mas vamos fechar os olhos
E pensar numa outra cousa…

Vamos ouvir o ruído cantado, o ruído arrastado das correntes no algibe,
Puxando a água fresca e profunda.
Havia no arco do algibe trepadeiras trêmulas.
Nós nos debruçávamos à borda, gritando os nomes uns dos outros,
E lá dentro as palavras ressoavam fortes, cavernosas como vozes de leões.
Nós éramos quatro, uma prima, dois negrinhos e eu.
Havia os azulejos, o muro do quintal, que limitava o mundo,
Uma paineira enorme e, sempre e cada vez mais, os grilos e as estrelas…
Havia todos os ruídos, todas as vozes daqueles tempos…
As lindas e absurdas cantigas, tia Tula ralhando os cachorros,
O chiar das chaleiras…
Onde andará agora o pince-nez da tia Tula
Que ela não achava nunca?
A pobre não chegou a terminar o Toutinegra do Moinho,
Que saía em folhetim no Correio do Povo!…
A última vez que a vi, ela ia dobrando aquele corredor escuro.
Ia encolhida, pequenininha, humilde. Seus passos não faziam ruído.
E ela nem se voltou para trás!

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005.
Inserida por alex_jr021

As civilizações

As civilizações desabam
por implosão...
Depois,
como um filme passando às avessas
elas se erguem em câmera lenta do chão.
Não há de ser nada...
Os arqueólogos esperam, pacientemente,
A sua ocasião!

Mario Quintana
Quintana de bolso. Porto Alegre: L&PM, 1997.
Inserida por pensador

Não basta saber amar…

Neste mundo, que tanto mal encerra,
não basta saber amar,
mas também saber odiar,
não só servir a paz, mas também ir para a guerra.
Seguiremos assim o próprio exemplo
de Jesus, que tanto amor pregou na Terra...,
quando Ele,
num ímpeto de cólera,
a relhaço expulsou os vendilhões do templo!

Mario Quintana
Quintana de bolso. Porto Alegre: L&PM, 1997.
Inserida por pensador

A mudança

A alegre, a festiva agitação das panelas e tachos
A inútil zanga dos velhos armários de mogno, solenes,
Achando tudo aquilo uma grande palhaçada...
As xícaras e pires fazendo tlin-tlin-tlin-tlin
As gaiolas dos passarinhos cantando em coro com os
próprios passarinhos
Oh! a alegria das coisas com aquela mudança
Para onde? Não importa! Desde que não seja
Este eterno mesmo lugar!

Mario Quintana
Quintana de bolso. Porto Alegre: L&PM, 1997.
Inserida por pensador

Da sinceridade

Tens um amigo que fala bem
E um cão que nada explica.
Um jura-te amizade… O outro, porém,
Seus bons serviços te dedica.

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
Inserida por pensador

Os silêncios

Não é possível amizade quando dois silêncios não se combinam.

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
Inserida por pensador

O ópio

Dizem os comunistas que a religião é o ópio do povo; outros dizem que o ópio do povo é precisamente o comunismo; se pedissem a minha opinião, eu diria que o ópio do povo é o trabalho.

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
Inserida por pensador

...da inocência da infância até à velhice extrema, continuará exatamente assim, só atribuindo interesse e grandeza àquilo que está a serviço da sua pessoa e da sua importância."

(in "Um alpendre, uma rede, um açude: 100 crônicas escolhidas", Editora Siciliano, 1994. – Fonte: Templo Cultural Delfos)

Se queres ser feliz, auxilia.
Se desejas que te ouçam, ouve.
Se queres ser amado, ame.
Quando descobrires o verdadeiro caminho e ao indicá-lo fores desacreditado,
crê em ti e segue, pois algum dia vislumbrarás bem distante a despontar pequenas luzes na estrada.
Assim é a vida meus amigos. Um longo caminho, um grande aprendizado, onde o correto, o verdadeiro por vezes começa só. Mas um dia perceberá um séquito a segui-lo.
Portanto, não te afastes de tuas verdadeiras convicções pautadas pelo teu Deus Superior e não questiones se foste ouvido, seguido, amado!
Esta estrada precisa ser achada e a descoberta é individual.
É longa, cheia de percalços e, para muitos, continua bloqueada.
Procura afastar as pedras, as tuas pedras, e se conseguires afasta também as do teu próximo.
E, se for de teu alcance, transforme-as em grãos diminutos, por onde tu e ele possam transitar.
Sem ele perceber, propicia-lhe um atalho sólido. Deixa o caminho pronto e segue.
Completa a tua obra e crê naqueles que te enviam luzes.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o AMOR existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!

Adriana Britto

Nota: Trecho de um poema muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Mário Quintana.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.

Vida Vazia

Pior do que se estar triste e ter uma vida difícil é acordar e não ter um propósito para viver, não ter ninguém que o espere quando voltar do trabalho, ter espaço sobrando na sua cama, não arrancar sorrisos de pessoas queridas e não se perder no abraço de alguém.

Colcha de Retalhos

Vocês já reparam como a vida é feita de pequenos momentos? Alguns marcam, outros traumatizam, uns ensinam, mas a verdade absoluta sobre isso é que você não consegue excluir momentos, eles farão parte de sua vida, seja para o bem ou seja para o mal. E nem seria interessante excluí-los, afinal são eles que fazem de você o que você é hoje. Após cada experiência, você pegará o seu pedaço de pano e irá costurar em sua colcha de retalhos, goste ou não da experiência vivida.

⁠Ninguém morre de fome ou de frio, morre de abandono.

Se houver outro ser humano que possa ajudar e ajuda, essa pessoa não morrerá nem de frio, nem de fome.

Mas se há outras pessoas que podem ajudar e não ajudam, essa pessoa morrerá de frio e de fome, mas causado pelo abandono, nem pelo frio e nem pela fome. Por isso, se nós abandonamos, aí termina a possibilidade daquela vida seguir.

Mas, se nós não abandonamos, ela segue, e, portanto, a vida gera vida, não do modo como está hoje, em que parte do esquecimento da vida gera morte.

Mario Sergio Cortella

Nota: Pensamento dito durante o programa Jornal da Cultura, da TV Cultura, em 19 de maio de 2022.

AMOR RADIANTE

Encantei-me com seu sorriso e seu olhar
Deslizei no tempo feito o vento em sua trajetória
Buscando por caminho presente na memória
Além da imaginação para o seu amor provar.

Encantado fiquei, minha imaginação se perdeu
Loucuras senti, em meu coração o destino selado
Permanecendo em mim o seu amor e o gravado
Na eternidade de um sonho que me envolveu.

Em cada olhar, uma busca permanente
Em cada sorriso, um atrativo presente
Feito o dia e a noite em minha vida.

Seu olhar é como o sol e sua cor
Contagia-me com seu raio fixador
Tornando você minha esfera preferida.

e as Ondas

Era noite. O alto mar se enfurecia...
Para o barco veloz que à morte avança,
Não restava uma simples esperança
De incólume rever a luz do dia...

Entre as brumas, porém, da noite fria
Aparece uma sombra, calma e mansa...
Era um fantasma? – Não! – era a bonança
Que em Jesus, como bênção, se anuncia.

Inda hoje o mar do mundo se encapela;
E, no barco da vida, já sem vela,
Não nos resta sequer uma ilusão...

Mas – Senhor! – sobre as ondas revoltadas,
Volta a trazer às almas torturadas
O consolo da tua salvação!

Evita as longas discussões, sobretudo com pessoas dispersas, que juntam argumentos sobre argumentos, sem ordem e sem disciplina, misturando juízos apenas de gosto com algumas pseudo-idéias mal-formadas e mal-assimiladas. Evita essas discussões que não são em nada benéficas.

Se não for possível conduzir o colóquio com alguém em boa ordem, segundo boa lógica, cuidadosa e organizada, é preferível que te cales. Sempre sê disciplinado no trabalho mental. Essa é a regra importante, e nunca ceder às vagabundagens do pensamento em conversas diluídas, dispersas, em que se fala de tudo e não se fala de nada.

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