Poema de Inverno
Terminar a noite sem um poema, é nem tê-la começado.
Se não achar o verso certo, a inspiração derradeira,
Será um amanhã, mais turvo, menos criativo, um dia como qualquer dia.
PAUTA
Eu queria fazer um poema
Assim, métrico
Tenso como um fio elétrico
Para que todos os dias
Os pássaros venham
Pousar, cantar.
Eu queria fazer uma música
Na pauta tensa da rua
Para que todos as noites
A lua venha
Tocar, rebrilhar.
TEAR
Enquanto eu faço um poema eu te descrevo
Como se não te conhecesse
E meus olhos prego em ti.
Tudo eu lamento na minha poesia
E tudo sai na alegria de tua boca rindo.
Queres uma prova de amor?
Eu ando sobre as brasas.
A caneta dança uma interminável valsa,
E de nós quem rodopia,
Quem tem a autonomia nos pés
És tu. tutora de tudo o que aprendi.
Enquanto sonho tu acordas
Para fazer de mim teu mimo
Teu cãozinho novo, tua maquiagem.
E eu aprendi o que me ensinastes,
Nunca olvidar aprendi também.
Graças a ti, poesia feita agora,
Minhas verdades de outrora
A vida contigo, pode dizer-se eterna.
Sem ti é tudo um desmantelo.
Enquanto eu teço o verso
Tu urdes em minha cabeça
Um templo de bombardeios,
Das tantas guerras,
Que comemoramos o seu final.
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naeno*com reservas
POEMA DO CÉU
Se eu vier a nascer de novo
Pedirei ao Deus da vida...
Seja esta a vez da minha morte.
Mandai-me velho, com todo o tempo que terei
E deixai que progressivamente eu regresse.
Largai-me cambaleante como uma criança
Nos seus primeiros passos
Que daí eu desça, remoçando
Com a carga pesada de tudo o que é meu
Das coisas que vi e fiz e repetirei de novo.
E siga esquecendo, desaprendendo
Diminuindo ou aumentando.
Destapados os ouvidos, limpos meus olhos
Que eu ouça e veja.
E que tudo vá se diluindo e consistindo
No olhar atento e sentidos perfeitos de moço.
Mas que eu vá me esquecendo,
E o que eu lembre dure o tempo de esquecer.
Que a mim seja da beleza
De primeiro ver o crepúsculo
Pra só depois ver a aurora.
Que as estrelas e a lua, eu veja antes
Que a luz ofuscante do sol.
Que as mulheres se surpreendam
Com os beijos que sugarei de suas bocas
Que eu siga de tudo esquecendo...
Que as estações se invertam
Da forma como eu venho vindo e indo.
Que eu veja as águas que não se repetem
No mesmo ponto do rio
Descidas distas dos meus olhos, um dia.
Que as chuvas primeiras sejam as derradeiras
E eu já colha antes de plantar, antes de arar.
Que o meu primeiro presente, uma bola furada
Dê-me a alegria de um menino encantado.
Que eu desça ou suba esquecendo...
Desaprendendo, perdendo e sendo o sentimento adulto.
Que de repente eu me veja
No regaço de minha mãe sugando o colostro,
E de tudo esquecido,
Que se abram as portas
Por onde entrei e saí pela segunda vez.
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naeno*comreservas
O POETA
Como não! Ser hoje mesmo
Me agarro nesta caneta
Para um poema dançar
É porque há muitos anos
Você levantava os olhos
Olhou com força pra mim
Depois levantou os braços
Me abraçou tão carinhosa.
Como não... se nem um dia
Pude esquecer-te quimera
Se a função sair batuta
Deveremos a você.
Se assente aqui, faz favor
Neste luar destinado
Às pessoas de destaque
No lugar de honra mesmo.
Beat
não vou fazer amor
vou fazer um poema beat
vou escorrer pelo ralo
metamorfose kafkaniana borboleta barata
como o poema que não houve
como o leitor que não soube
como a besta estatelada no cartoon
vou deixar de fumar por um momento
apagando meu hálito no seu
você vai dizer que é importante
vou dizer que é vão
você vai pegar um vapor para Londres
vou sonegar meu adeus
vou escarrar num estranho minha insatisfação
vou virar gangrena
você vai me amputar nem que não queira
cadafalso cada passo
sigo comigo sem direção
perdôo sem esforço seus erros e meu perdão
danço um Gardel no caminito
pago ser de outro lugar
minha sombra veste preto e
num último tango se desfaz
Poema infinito
... Tempo é um batimento cardíaco, um beijo, um adeus.
Tempo é guardar as lembranças de grandes amigos, antigos amigos teus.
Tempo é dormir e acordar. É prazo para cumprir e documentos para entregar.
Tempo é um flash de instantes que pode significar uma vida toda.
Tempo é entregar atrasado o presente de aniversário de uma pessoa ou outra.
Tempo é querer correr e uma bengala te impedir.
Tempo é poder parar para observar, analisar e refletir.
Tempo é um infarto fulminante. É jurar de pé juntos que nunca mais fará nada daquilo antes.
Tempo é o que permite que você e é o que impede de fazer.
Tempo são rugas e são espinhas, que insistem em incomodar.
E independente de tudo antes dito, tempo é o ato e o espaço de amar...
# Nestas horas mortas que a noite cria, entre um e outro verso do pavoroso poema, que sob a pálida luz de uma vela eu lia, me chegavam antigas lembranças de um dilema.
Quanto amargo e dissabor o silêncio produz! Entre as sombras vacilantes da noite, chegam em formas indefinidas, que sobre minha cabeça pairam, aves e outras criaturas aladas que de infernal recônditos alçam vôo até minha mente, a perturbar minh’alma.
Essas formas indefinidas das sombras criadas pelo medo, ocupando o vazio do meu ser, preenchendo o que antes era de sentimentos sublimes e, agora, somente o sentimento de dor. O que antes era alegria, agora é tão somente o dissabor.
Que pena paga um condenado pelos sentimentos! Oh, agonia incessante. Que martírios mais terei que suportar? Como um medo tão latente do desconhecido, pode tanto me apavorar? Será do vazio de minha alma que sinto medo? Ou do esquecimento do meu ser, por outro já amado?
Não é do fim da vida que treme minha alma, mas do fim do sentir-se bem eterno. Não mais existir não é tão doloroso quanto o existir sem ser notado, ou amar sem ser amado, ou perder o que jamais será recuperado.#
E um dia ela me pediu um poema, não sabia ao certo como escrever
ou o que escrever. Pois depois de tudo que passamos e tudo que aconteceu
seria uma prova de fogo escrever algo.
Eu poderia rimar amor com dor
flor e cor, querer e saber.
Só que seria tão clichê
tão normal e um poema pra ela não poderia ser desse tipo.
As noites ficam claras na tua ausência
o céu deixa e ser estrelado e passa a ficar cheio de nuvens
e fazer rimas não é fazer um poema, fazer um poema é traduzir o que diz o coração.
POEMA BOCEJADO
Essa névoa que a tudo faz grisalho
e revolve num véu a luz do sol,
põe silêncio e preguiça nos meus olhos;
rege os passos num ritmo contido...
Na manhã deste julho quase agosto,
molho a minha poesia no cenário
como se molha o pão no capuccino;
bem mais por hábito que por sabor...
Por falar de sabor, bebo lembranças,
nostalgias, imagens requentadas,
tomo chá com torradas de saudades...
Neste quadro em que a vida quase para
na moldura do momento infinito,
poetar é meu rito; meu despacho...
POEMA DO CÉU
Se eu vier a nascer de novo
Pedirei ao Senhor da vida:
Seja esta a vez da minha morte.
Mandai-me velho,
Com todo o tempo que tive
Deixai-me progressivamente
Eu regressar.
Largai-me cambaleante como uma criança
Nos seus primeiros passos.
Que daí eu desça, remoçando.
Com a carga de tudo o que é meu
Das coisas que vi e fiz.
E siga esquecendo, desaprendendo
Diminuindo ou aumentando.
E que tudo vá se diluindo e consistindo
No olhar atento e sentidos perfeitos de moço.
E que siga esquecendo,
Tudo que lembre dure o tempo de esquecer.
Que a mim seja da beleza
De primeiro ver o crepúsculo
Pra só depois ver a aurora.
Que as estrelas e a lua, eu veja antes
Que a luz ofuscante do sol.
Que as mulheres se surpreendam
Com os beijos que sugarei de suas bocas
Que eu siga de tudo esquecendo...
Que as estações se invertam
Da forma como eu venho vindo e indo.
Que eu veja as águas que não se repetem
Descidas distas dos meus olhos, um dia.
Que as chuvas primeiras sejam as derradeiras
E eu já colha antes de plantar.
Que o meu primeiro presente, uma bola furada
Dê-me a alegria de um menino encantado.
Que eu desça ou suba deslembrando...
Desaprendendo, tendo o sentimento adulto.
Até sentir-me
No regaço de minha mãe
Sugando o colostro,
Que se abram as portas
Por onde entrei e saí
E de tudo esquecido.
Relato neste poema, o nascimento da fera
A morte do corpo físico, em uma vontade de espera
Minha poetisa amada, já estava cansada daqui
Esperando só o momento, de Jesus mandá-la ir
Sua vida foi sofrida, vinda do sertão ameno
Chegou aqui nessa terra com seus seis filhos pequenos
Lutou, batalhou e cresceu
Sorriu, sofreu e morreu
Porque estava merecendo
Há quem diga que a morte é o fim de tudo que nasce
Há quem diga que a morte, é um buraco sem face
Mais a morte é o inicio do fim dessa historia
A morte é precipício, que leva para eterna gloria
Agora minha vó querida, está ao lado de deus
Sobre o manto de Maria, diante dos olhos teus
Agora está feliz, correndo na relva sagrada
Enquanto estamos aqui, sofrendo com a partida
De uma poetisa amada.
Algún día escribiré un poema
que no mencione el aire ni la noche;
un poema que omita los nombres de las flores,
que no tenga jazmines o magnolias.
Algún día te escribiré un poema sin pájaros
ni fuentes, un poema que eluda el mar
y que no mire a las estrellas.
Algún día te escribiré un poema que se limite a pasar
los dedos por tu piel
y que convierta en palabras tu mirada.
Sin comparaciones, sin metáforas, algún día escribiré
un poema que huela a ti,
un poema con el ritmo de tus pulsaciones,
con la intensidad estrujada de tu abrazo.
Algún día escribiré un poema, el canto de mí dicha.
O poder do poema
Um poema pode surgir silente, insolente, trôpego, carente, somente semente
Como o canto que só no recolhimento se ouve, ao toque seguro e forte
Que só o alabê mais velho sabe
Ou o eco que da voz da mulher de Aleduma ecoa
Ou o encanto da manhã mais terna
Quando o sol banha manso e surpreso as areias de uma praia distante, bem distante...
Um poema quando quer surge de onde quer
Veste a fatiota de um baile antigo, ou o abadá do bloco de reggae
E sem perigo segue
Sem amarras, pois cordas não lhe servem para as danças das yaôs vestais e marés
Somente meneios doces e vindos dos pés
Um poema consome o tempo da espera e pode durar um minuto, um século ou uma era
Pode despir-se do sorriso desta tarde e inaugurar outro silêncio na aurora
Pode ainda ser cúmplice de um festim posto a contragosto
Dos miseráveis vestidos todos de ternos e gravatas contando bravatas ao oco do mundo
Um poema vai fundo, pode estar imundo, mas dando respostas aos insurretos, ou a outros que se rotulam ou se julgam donos dos becos,vielas e guetos
Um poema pode e deve ser a resposta de quem gosta ou não gosta do que diz alguém
Um só poema vale mais que cem, pretexto para cena é tema
Desarticula o inusitado do verso curso diverso, afluente da estrofe, desabafo, dilema
Ou erro confesso, não sabe o próprio endereço, para desaguar conjunto,
Verbo, promessa e apreço no oceano pretenso do completo sentimento
Que possuo e mereço.
Mundo, este poema
I
Não me atrevo a falar sobre as pessoas
Nem sobre os trajes humanos, desenvolvidos
Filhos da faminta industrialização
Fetos de insetos, merdívoros, repugnantes
O homem venera a destruição
Guerra, fome produz inocência
Inocência produz o novo produto
Consumido pelos merdívoros
Em cada hemisfério suas fumaças sobem
Cavando o buraco onde se põem os ovos
Impregna-se
Porém a lentidão dos olhos não vê
É fugaz, essa evolução merdívora
Pena...
Pena tem-se de um copo d’água
Metamorfoseado em vinho
Produtos alcoólatras
Que desperdiçam o fruto pela decadência
II
Nas antigas alamedas
Hoje as ciências obscuras
Não haverá mais o novo velho
Cientificamente haverá o velho novo
Imerge-se e emerge-se
Através de uma nova Lei Gravitacional Tecnológica
As lágrimas coroem o rosto
Os próprios Oceanos consomem os peixes
O ar irrita os olhos
E a terra, estas várzeas continentais, absorve os pequenos seres...
Mas há um lugar...
Um lugar onde esse poema se dissolve
Não se sabe bem onde
Talvez no futuro de uma criança
Ou no coração moribundo de um velho
Ou no significado das palavras de uma dócil mulher
Um lugar onde os olhos adormecem
E o mundo é mundo.
Eu pensei em escrever esse poema para que pudesse tocar a sua alma.
Meus sentimentos são estratégias que procura o romance que possa oferecer um abrigo.
Quero-lhe erguer e dá-lhe a felicidade que guardo no fundo de mim, pois em silêncio te caço pelo o meu desejo.
Fico assim perdido em seu olhar e esperando que seu gosto eternamente adormeça em meu querer.
Você e o poema
Se você estivesse aqui
Aí sim eu pararia com o poema
Que estou tentando fazer.
Faria um poema pessoal, diferente
Onde os corpos se misturariam com a mente
E sentir o coração não seria ouvir somente
Mas sim se amar, explorando a gente.
Explorar nossos corpos, nos beijar
Seria um poema de amor tocado
Sentido, pegado, arrojado
Desejado e realizado.
Poema de amor que chama, de alguem que Ama
No chão ou na cama
Amor que seja assim
Um poema, um Amor Sem fim..
Poema que as vezes nem se usam palavras
Ou letras, muito menos papel
Poemas que mesmo estando no chão
A gente se sente no céu..
Isso sim é poema
Sem dilema, sem complicação, sem pontuação
Pois o ponto é simplesmente o G
Seria sim um poema exclusivo pra você.
Um poema sem estrofes
Sem vírgulas, sem início e sem fim
Por que seria apenas...um poema
Uma linha reta do Amor que existe em mim.
É, seria um pobre e simples poema
Poema que ainda irei fazer
Uma simples frase de amor
Amor verdadeiro que me faz lembrar de você.
Poema do Desalento
Quando o começo e o final se encontram, quando a vida retoma um ponto de chegada que deveria ter se encerrado em fase vencida.
Quando o tempo que passa vai revelando a face mortal e dura da falta de perspectiva, quando o sentido de ser e do ser se perde na imensidão de um nó atrelado a garganta.
Quando o fulgor das sensações é substituído pela frieza e inenarrável descrição do desalento.
Quando a busca pelo caminho definitivo e derradeiro, anseado e aguardado, ao se fundir com o efetivo trilho de sua extensão, se mostra asfixiante e impraticável.
Quando a medida de equilibrio e a serenidade vislumbrada são na realidade a beira do precipício, a insanidade declarada, o desequilíbrio e o descontentamento.
Quando o encanto de dias idos, a promessa de afetos, afagos e amassos apresentam-se na forma de desamor, desesperança e destemperança.
Quando o visso, a busca, a conquista, o sonho e o amor viram sumiço, letargia, derrotas e pesadelos.
Quando a vida , a alma e o vigor se tornam sombras de sua própria figura, num passado não distante, mas infinitamente irrecuperável…
Pelo que vale sonhar ou lutar? Não seria mais apropriado apagar, cerrar, encerrar?
Fugir pela lacuna existente de uma vida interrompida e mau vivida…
Parabéns amor
Eu poderia criar versos como em um poema, sim!
Eu poderia rimar palavras em uma poesia, sim!
Eu poderia compor emoções e sentimentos numa bela canção, sim!
Sim... Eu poderia deixar o dia amanhecer, o sol resplandecer, as estrelas dizer sim com o seu brilho... Eu podia tudo e de todas as formas... Mas não, é perder tempo demais...
__________, não precisa de versos, rimas, nem compor nenhuma escrita, nem precisa do sol e nem de esperar as estrelas aparecerem para dizer o quanto EU TE AMO e o quanto SOU FELIZ COM VOCÊ. E o meu querer de te fazer feliz é mais intenso do que se possa imaginar. Você sabe o quanto ÉS IMPORTANTE PRA MIM.
Parabéns!___________. Uma vida inteira de felicidades, sonhos realizados, muito amor em tua vida.
Que a mão do menino JESUS te abençoe sempre, tudo de bom pra você, Muita LUZ!!!!
Eu te amo!!!!!!!!!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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